HEMOSTASIA ‼️ Flashcards
Como é dividida didaticamente a hemostasia?
1) Hemostasia primária: plaquetas
2) Hemostasia secundária: fatores de coagulação
3) Reparo tecidual: fatores fibrinolíticos
Quais os exames que avaliam a hemostasia primária? Qual o gatilho para que ela ocorra?
1) Contagem de plaquetas e tempo de sangramento (TS)
2) Lesão endotelial com exposição de colágeno
Quais são as 3 etapas da hemostasia primária?
1) Adesão: ligação das plaquetas ao colágeno
2) Ativação: plaquetas chamam outras plaquetas
3) Agregação: plaquetas que chegam prendem-se às que já estão ligadas ao colágeno
Qual a ligação mais forte entre plaquetas e colágeno?
Glicoproteína Ib (GP-Ib) ao fator de von Willebrand do colágeno
Como ocorre a ativação das plaquetas na hemostasia primária?
1) Liberação de substâncias como ADP e tromboxano A2, que chamam novas plaquetas para o local de lesão endotelial
2) Emissão de pseudópodes pelas plaquetas, expondo novos ganchos em sua superfície para chegada de novas plaquetas
Como ocorre a agregação plaquetária na hemostasia primária?
Exposição de GP IIb/IIIa para chegada de novas plaquetas, que se ligarão por uma ponte de fibrinogênio
Como agem os principais antiagregantes plaquetários?
1) AAS: inibe irreversivelmente a COX1, enzima responsável pela síntese do tromboxano A2
2) AINEs: inibe reversivelmente a COX1
3) Bloqueadores do receptor de ADP (clopidogrel, prasugrel, ticagrelor): inibem irreversivelmente o receptor P2Y12
4) Antagonistas GPIIb/IIIa (abciximabe, tirofiban)
Qual o objetivo da hemostasia secundária?
Formação de uma rede de fibrina para estabilização do tampão plaquetário
Quais os fatores envolvidos na via intrínseca da hemostasia secundária? Qual o objetivo dessa via? Como avaliá-la?
1) VIII, IX, XI, XII, fator de von Willebrand
2) Ativação do fator X
3) PTTa
Quais os fatores envolvidos na via extrínseca da hemostasia secundária? Qual o objetivo dessa via? Como avaliá-la?
1) VII
2) Ativação do fator X
3) TAP ou TP ou INR
Quais os fatores envolvidos na via comum da hemostasia secundária? Qual o objetivo dessa via? Como avaliá-la?
1) X, V, II (protrombina) e fibrinogênio
2) Formação da rede de fibrina
3) TAP e PTTa
Quais fatores de coagulação dependem da vitamina K?
2, 7, 9 e 10
Que fator une as fibrinas?
XIIIa
Qual o primeiro fator de coagulação a ser depletado em uso de warfarin? Qual a primeira alteração laboratorial decorrente disso?
1) VII
2) TAP aumenta antes do PTTa
Como ocorre a terceira fase da hemostasia?
Trombina => estimula formação de tPA => ativação do plasminogênio em plasmina => plasmina degrada rede de fibrina
Quais são os principais trombolíticos e suas ações?
1) rTPA: ativa apenas o plasminogênio ligado à rede de fibrina (trombólise seletiva)
2) Estreptoquinase: ativa tanto o plasminogênio ligado à rede de fibrina quanto o circulante (causa hipofibrinogenemia e aumenta risco de sangramento)
Quais são os principais anticoagulantes endógenos?
1) Antitrombina III
2) Proteína C
3) Proteína S
Quais os principais fármacos anticoagulantes e sua ação?
1) Heparina não fracionada: aumenta atividade de antitrombina III (aumenta PTT)
2) HBPM: aumenta atividade de antitrombina III com ação inibitória sobre o fator Xa (não aumenta PTT)
3) Warfarin: inibe síntese dos fatores vitamina K dependentes (alarga TAP, TP ou INR)
4) Inibidores indiretos do fator Xa (fondaparinux)
5) Inibidores diretos do fator Xa (rivaroxabana, apixabana)
6) Inibidores diretos da trombina - fator II (dabigatran, argatroban)
Quais as características dos sangramentos nos distúrbios da hemostasia?
1) Distúrbios primários: sangramento em pele e mucosa; epistaxe, gengivorragia, equimoses, não para de sangrar porém é controlável com Compressão mecânica
2) Distúrbios secundários: sangramento de articulações, músculos e órgãos internos, hemartroses, hematomas musculares, sangramento que volta e de difícil controle
Quais os valores normais de TAP/PT e de PTTa?
1) TAP: 10-13s
2) PTTa: 25-35s
Que situação cursa com clínica de distúrbio secundário da hemostasia porém com exames normais?
Deficiência de fator XIII
Quais são as principais causas de trombocitopenia?
1) Aumento da destruição (principal)
2) Diminuição da produção (2o mais comum)
3) Distribuição anormal (sequestro esplênico)
4) Dilucional
5) Pseudotrombocitopenia
Quais as indicações de transfusão terapêutica de plaquetas?
Presença de sangramento mucoso + pelo menos 2:
1) Plaquetopenia < 50 mil
2) Disfunção plaquetária provável (TS > 12s, uso de antiplaquetários)
3) Pós operatório de cirurgia cardíaca com plaquetometria < 150 mil
Como se faz a transfusão de plaquetas e qual o aumento esperado?
1) Uma unidade para cada 10kg de peso do paciente
2) Aumento de 10 mil plaquetas/mm3 para cada bolsa transfundida
3) Se o aumento for < 5 mil, pensar em destruição plaquetária (como na PTI)
Qual a patogenia da PTI idiopática?
Presença de anticorpos anti GPIIb/IIIa de causa desconhecida
Qual o quadro clínico da PTI idiopática?
1) Petéquias, equimoses, púrpuras, gengivorragia, epistaxe
2) Crianças (mais comum): ocorre após IVAS em até 4 semanas
3) Adultos (evolução crônica em 90%): curso flutuante
Como é feito o TTO da PTI idiopática? Quais as indicações?
1) Corticoides por 1-2 semanas
2) Crianças com sangramento ou com plaquetometria < 10 mil
3) Adultos com sangramento e aqueles com plaquetometria < 20-30 mil
Quando está indicada a reposição de plaquetas na PTI idiopática?
Em caso de sangramento grave e ameaçador à vida, devendo ser associada à imunoglobulina polivalente e ao corticoide venoso
Quais são as causas de PTI secundária?
1) Drogas (heparina, sulfas, betalactâmicos)
2) Infecções (HIV, dengue, CMV, EBV)
3) LES
4) LLC
5) Gestação
Como ocorre a trombocitopenia secundária ao uso de heparina (HIT)? Como se manifesta?
1) Formação de anticorpos contra o complexo PF4-heparina, provocando ativação e consumo plaquetário
2) Trombose venosa e arterial, plaquetopenia
Como se faz o diagnóstico de HIT?
4 T’s
1) Trombocitopenia
2) Tempo de queda das plaquetas em relação ao uso da heparina
3) Trombose
4) Outras causas de plaquetopenia
Como é feito o TTO da HIT?
1) Prevenção de eventos trombóticos
2) Não fazer transfusão de plaquetas
3) Retirada imediata da heparina
4) Troca de heparina por outros anticoagulantes (sem ser warfarin)
Quais as características da PTT?
1) Anemia hemolítica microangiopática
2) Plaquetopenia
3) Manifestações neurológicas
4) Insuficiência renal aguda
5) Febre
Como é o laboratório da PTT? Como é seu TTO?
1) Anemia hemolítica, leucocitose, plaquetopenia < 50 mil, TAP e PTTa normais, coombs direto negativo
2) Plasmaférese (não transfundir plaquetas)
Quais as características da SHU?
1) Diarreia sanguinolenta pela E. Coli O157:H7
2) Crianças
3) Anemia microangiopática
4) Plaquetopenia
5) IRA oligoanúrica
Como é a patogenia da PTT?
1) Deficiência da protease ADAMTS13, responsável pela clivagem do FvWB
2) Achado histopatológico de depósitos hialinos subendoteliais
Como é a clínica da PTT?
1) Mulheres adultas
2) Dor abdominal, náuseas e vômitos
3) Evolução para anemia hemolítica microangiopática, plaquetopenia
4) Manifestações neurológicas
Como é o laboratório de indivíduos com distúrbio plaquetário qualitativo?
1) Tempo de sangramento aumentado
2) Contagem plaquetária normal ou, quando reduzida, desproporcional ao sangramento
Quais as 4 desordens hereditárias que causam distúrbio da hemostasia primária por má qualidade plaquetária?
1) Síndrome de Bernard Soulier (deficiência da GP Ib, prejudicando adesão das plaquetas)
2) Trombastenia de Glanzmann (defeito na GP IIB/IIIa, com prejuízo à agregação plaquetária)
3) Doença do Pool de armazenamento plaquetário (deficiência de ADP, impedindo ativação e agregação plaquetária)
4) Doença de von Willebrand (redução da produção do FvWb)
Como se faz o TTO da trombastenia de Glanzmann e da síndrome de Bernard Soulier?
Transfusão de plaquetas normais em caso de sangramento
Quais são as duas principais causas adquiridas de distúrbio qualitativo das plaquetas?
1) Uremia (por acúmulo de substâncias tóxicas no sangue)
2) Drogas