DISPNEIA‼️ Flashcards

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1
Q

O que é a capacidade pulmonar total, capacidade residual funcional e volume residual?

A

1) CPT: volume de ar nos pulmões após inspiração máxima
2) CRF: volume de ar que resta nos pulmões após expiração normal
3) VR: volume de ar que resta nos pulmões após expiração máxima

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2
Q

O que é o VEF1? Qual seu valor normal?

A

1) Volume de ar exalado no primeiro segundo de expiração forçada
2) 4 L num adulto

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3
Q

O que é o índice de Tiffeneau? Qual seu valor normal?

A

1) VEF1/CVF: percentual do ar que é exalado no primeiro segundo em relação ao total de ar exalado durante expiração forçada
2) 75-80%

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4
Q

O que é o Peak Flow?

A

Mede o fluxo expiratório máximo em uma expiração forçada

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5
Q

O que é o fluxo mesoexpiratório ou FEF-25-75%? Qual sua importância?

A

1) Mede o fluxo de ar exalado entre 25 e 75% da capacidade vital forçada
2) É o primeiro parâmetro a se alterar nas doenças pulmonares obstrutivas

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6
Q

O que ocorre com a CVF, VEF1 e Tiffeneau num distúrbio obstrutivo?

A

1) CVF mais baixa
2) VEF1 mais baixo (proporcionalmente mais do que a CVF)
3) Tiffeneau mais baixo (< 70%)

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7
Q

Como se caracteriza uma doença restritiva do ponto de vista espirométrico?

A

1) Redução de todos os volumes pulmonares
2) Manutenção dos fluxos expiratório
3) VEF1 reduz proporcionalmente à CVF, mantendo normal ou elevado o índice de Tiffeneau

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8
Q

O que é a capacidade vital forçada?

A

Corresponde ao volume total de ar exalado de forma forçada, partindo-se de uma inspiração máxima

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9
Q

Como é feita a prova broncodilatadora?

A

400 mcg de salbutamol ou fenoterol via inalatório, realizando-se a espirometria 15-20 minutos após

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10
Q

Como se define uma prova broncodilatadora positiva?

A

Aumento absoluto (> 200 ml) e percentual (> 12%) do VEF1 após o uso do broncodilatador em relação ao valor antes do uso

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11
Q

O que é a asma?

A

Doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores, reversível, que acarreta hiperreatividade da árvore traqueobrônquica

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12
Q

Quais os fatores de risco para asma?

A

1) Predisposição genética (principal)
2) Atopia
3) Exposição a tabagismo e alérgenos
4) Moradia em grandes cidades

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13
Q

Quando se considera reduzir um step no TTO da asma?

A

Após 3 meses de tratamento com melhora

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14
Q

Como é feito o TTO de alívio dos sintomas da asma para adultos e adolescentes?

A

Corticoide inalatório (budesonida) + formoterol (estratégia bud-form) OU beta 2 agonista inalatório de ação curta

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15
Q

Qual o pico de incidência da asma?

A

3 anos de idade

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16
Q

Como se manifesta a asma?

A

Episódios de dispneia, tosse, desconforto torácico e sibilos

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17
Q

Como é o infiltrado inflamatório da asma? E da DPOC?

A

1) Asma: eosinofílico e linfocítico

2) DPOC: neutrofílico e monocitário

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18
Q

O que é a hiperreatividade brônquica da asma?

A

1) Contração da musculatura lisa
2) Edema
3) Hipersecreção de muco

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19
Q

Quais os 4 tipos de asma brônquica?

A

1) Asma extrínseca atópica ou alérgica: mais frequente
2) Asma criptogênica (intrínseca): principal tipo de asma que se inicia na fase adulta
3) Asma extrínseca não alérgica: principalmente por isocianato (presente em tintas, vernizes e plásticos). Sintomas aparecem nos dias de trabalho
4) Asma induzida por aspirina: rara, porém grave

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20
Q

como ocorre o desenvolvimento da resposta asmática atópica?

A

1) Sensibilização: ocorre diferenciação de linfócitos B ativados pelos Th2 em plasmócitos produtores de IgE e em células de memória
2) Resposta antigênica imediata: mastócitos reagem imediatamente a um novo contato antigênico, com degranulação e liberação de mediadores que causam broncoconstrição, edema e produção de muco
3) Resposta antigênica tardia: citocinas produzidas na fase imediata atraem eosinófilos, linfócitos e outros leucócitos que perpetuam a reação inflamatória, que se torna crônica

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21
Q

Quais os critérios diagnósticos de asma na espirometria?

A

1) Padrão obstrutivo +

2) Prova broncodilatadora positiva

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22
Q

Que outros exames que não a espirometria podem auxiliar no diagnóstico de asma?

A

1) Teste de broncoprovocação com agentes broncoconstritores (metacolina, histamina e carbacol) com queda do VEF1 em pelo menos 20%
2) Teste de broncoprovocação por exercício com queda do VEF1 acima de 10-15%

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23
Q

Como se faz o diagnóstico de asma em lactentes?

A

1) História de pelo menos 4 episódios de sibilância tendo sido diagnosticado por médico em pelo menos um +
2) Critérios principais: pai ou mãe com asma; dermatite atópica
3) Critérios secundários: rinite alérgica; sibilos sem resfriado; eosinofilia > 4%
2 critérios principais OU 1 principal + 2 secundários

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24
Q

Quais são as variáveis avaliadas para definir o tipo de asma brônquica em relação ao seu controle?

A

A) Atividades limitadas?
B) Broncodilatador > 2x/semana?
C) Calada da noite (sintomas noturnos)?
D) Dia (sintomas diurnos > 2x/semana)?

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25
Q

Como pode ser classificada a asma brônquica em relação ao seu controle?

A

1) Controlada: 0 variáveis
2) Parcialmente controlada: 1 ou 2 variáveis
3) Não controlada: 3 ou 4 variáveis

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26
Q

Como pode ser classificada a asma em relação a sua gravidade?

A

1) Leve: para ser bem controlada, necessita de baixa intensidade de TTO (etapa 2)
2) Moderada: necessita de intensidade intermediária de TTO (etapa 3)
3) Grave: necessita de alta intensidade de TTO (etapas 4 e 5)

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27
Q

Como é feito o TTO em steps da asma para adultos e crianças > 12 anos?

A

1) Step 1: corticoide inalatório em dose baixa + formoterol quando necessário OU corticoide inalatório em dose baixa + beta 2 agonista de ação curta quando necessário
2) Step 2: corticoide inalatório em dose baixa cronicamente OU igual ao step 1 OU antileucotrieno oral
3) Step 3: corticoide inalatório em dose baixa + beta 2 agonista de ação longa OU corticoide inalatório em dose média isoladamente
4) Step 4: corticoide inalatório em dose média + beta 2 agonista de ação longa + terceira droga que pode ser antileucotrieno ou tiotrópio ou aumentar a dose do corticoide
5) Step 5: corticoide inalatório em dose alta + beta 2 agonista de ação longa + terapias adicionais

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28
Q

Como se faz o TTO de alívio da crise de asma?

A

1) Corticoide inalatório em dose baixa + formoterol SE o paciente já faz uso dessa combinação no TTO de manutenção
2) Senão, beta 2 agonista de ação curta
3) Crianças de 6 a 11 anos: beta 2 agonista de ação curta

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29
Q

O que é considerado dose baixa, média e alta em crianças e adultos de beclometasona?

A

1) Dose baixa: 50-100mcg/dia em crianças e 100-200mcg/dia em adultos
2) Dose média: > 100-200mcg/dia em crianças e > 200-400mcg/dia em adultos
3) Dose alta: > 200mcg/dia em crianças e > 400mcg/dia em adultos

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30
Q

O que é considerado dose baixa, média e alta em crianças e adultos de budesonida?

A

1) Dose baixa: 100-200mcg/dia em crianças e 200-400mcg/dia em adultos
2) Dose média: > 200-400mcg/dia em crianças e > 400-800mcg/dia em adultos
3) Dose alta: > 400mcg/dia em crianças e > 800mcg/dia em adultos

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31
Q

Quais são mais comumente os beta agonistas de curta e longa duração usados no TTO da asma?

A

1) Curta duração: salbutamol

2) Longa duração: formoterol

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32
Q

Qual o distúrbio eletrolítico associado ao uso de broncodilatadores beta 2 agonistas?

A

Hipocalemia

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33
Q

Como pode ser caracterizada a crise asmática em relação a sua gravidade?

A

1) Leve/moderada: PFE > 50%, paciente estável
2) Grave: PFE < ou = 50%, alcalose respiratória, frases incompletas, FC > 120 bpm
3) Muito grave: PFE < 30%, acidose respiratória, sibilos ausentes com MV diminuídos, sonolência/confusão mental

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34
Q

Qual o alvo da saturação de O2 em pacientes com crise de asma?

A

93-95% em adultos e 94-98% em crianças

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35
Q

Qual a primeira medida a ser iniciada num paciente com crise asmática? E a segunda?

A

1) Iniciar beta 2 agonista inalatório de curta ação 3x de 20/20 minutos
2) Se não melhorar após as 3 doses, fazer beta 2 agonista + brometo de ipratrópio (Berotec + Atrovent)
3) Pode iniciar já com os dois em crises graves ou muito graves

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36
Q

Quando se deve iniciar o corticoide sistêmico no paciente em crise asmática? De que forma deve ser administrado? Como manter seu uso após alta?

A

1) Na primeira hora
2) Oral em casos leves e venoso em casos graves ou muito graves
3) Fazer 5-7 dias de corticoide VO em adultos de 3-5 dias em crianças

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37
Q

Qual a alteração gasométrica mais comum no paciente em crise asmática?

A

Alcalose respiratória, pela hiperventilação

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38
Q

Qual o fator de risco mais fortemente associado à evolução fatal ou quase fatal na asma?

A

História de crise prévia com necessidade de internação em UTI, especialmente com indicação de VM

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39
Q

Quando devemos considerar intubação no paciente em crise asmática?

A

1) Cianose de extremidades
2) Hipoxemia
3) Ausência de MV e RA
4) Agitação psicomotora

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40
Q

Qual a principal diferença entre DPOC e asma?

A

No DPOC, a inflamação das vias aéreas é irreversível com espessamento inflamatório e fibrose da parede dos brônquios distais e dos bronquíolos. Além disso, há enfisema pulmonar

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41
Q

Quais os principais fatores de risco para DPOC?

A

1) Tabagismo (principal)
2) Exposição ocupacional a poeira
3) Irritantes químicos
4) Deficiência de alfa 1 antitripsina

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42
Q

Quais são os 3 componentes etiopatogênicos da DPOC?

A

1) Bronquite obstrutiva crônica (inflamação e fibrose das vias aéreas)
2) Doença de pequenas vias aéreas
3) Enfisema pulmonar (destruição dos septos alveolares por enzimas proteolíticas)

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43
Q

Quais os dois tipos de enfisema e em que condições costumam estar presentes?

A

1) Enfisema centroacinar: mais comum no tabagismo

2) Enfisema panacinar: mais comum na deficiência de alfa-1-antitripsina

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44
Q

Como pode se apresentar a gasometria de um paciente com DPOC em fases avançadas?

A

1) PaO2 muito baixa
2) SatO2 muito baixa
3) PaCO2 alta (> 45 mmHg)
4) HCO3 alto (> 26 mEq/L)
5) pH normal ou levemente reduzido
6) BE alto

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45
Q

Como é a clínica de um paciente com DPOC?

A

1) Tosse produtiva matinal (representante da bronquite crônica relacionada ao tabaco)
2) Dispneia aos esforços progressiva
3) Ortopneia
4) Cianose
5) Tórax em tonel
6) Pletora facial e edema de MMII
7) MV bem reduzido; sibilância e roncos

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46
Q

Quais são os dois esteriótipos da DPOC?

A

1) Pink puffer: enfisematoso com pouco ou nenhum componente bronquítico. Magros, diâmetro ânteroposterior do tórax bem aumentado, pletora facial, dispneia expiratória do tipo soprador, hipoxemia leve
2) Blue bloater: bronquítico, hipoxemia grave, retenção crônica de CO2, tórax ruidoso com roncos, sibilos e estertores, cor pulmonale crônico com disfunção de VD, edema de MMII, turgência jugular, hepatomegalia, ascite

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47
Q

O que é cor pulmonale?

A

Insuficiência ventricular direita decorrente de pneumopatias que possam cursar com hipertensão arterial pulmonar

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48
Q

Qual o primeiro parâmetro espirométrico a se alterar na DPOC?

A

FEF 25-75%

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49
Q

Como é classificada DPOC de acordo com o GOLD?

A

Estágio 0: sintomas de bronquite crônica com espirometria normal
Estágio 1 (leve): Tiffeneau < 70% e VEF1 > 80% do previsto
Estágio 2 (moderado): Tiffeneau < 70% e VEF1 entre 50 e 80% do previsto
Estágio 3 (grave): Tiffeneau < 70% e VEF1 entre 30 e 50% do previsto
Estágio 4 (Muito grave): Tiffeneau < 70% e VEF1 < 30% do previsto

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50
Q

Qual a alteração radiográfica mais comum no DPOC?

A

Hiperinsuflação pulmonar

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51
Q

Como se faz o diagnóstico e estadiamento de DPOC pela espirometria?

A

1) Diagnóstico: Índice de Tiffeneau < 70% pós prova broncodilatadora
2) Estadiamento: valor de VEF1 pós prova broncodilatadora

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52
Q

Quais são as grandes drogas usadas no TTO de DPOC?

A

Broncodilatadores inalatórios

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53
Q

Como é feita a classificação dos pacientes com DPOC para fins de TTO?

A

Grupo A: CAT < 10 e 0 ou 1 episódio de exacerbação no último ano sem necessidade de internação hospitalar
Grupo B: CAT > ou = 10 com 0 ou 1 episódio de exacerbação no último ano sem necessidade de internação hospitalar
Grupo C: CAT < 10 com 2 ou mais episódios de exacerbação no último ano com pelo menos uma necessidade de hospitalização
Grupo D: CAT > ou = 10 com 2 ou mais episódios de exacerbação no último ano com pelo menos uma necessidade de hospitalização

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54
Q

Como é feito o TTO dos pacientes com DPOC para os grupos A e SOS?

A

Grupo A: broncodilatador de ação longa, beta 2 agonista de longa ação (formoterol ou salmeterol a cada 12h) ou anticolinérgico de ação longa (tiotrópio). Não precisa ser para todos os pacientes
SOS: beta 2 agonista de curta ação (fenoterol, salbutamol e terbutalina) ou anticolinérgico inalatório (brometo de ipratrópio)

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55
Q

Qual o TTO para pacientes do grupo B com DPOC?

A

Broncodilatador para todos os pacientes assim como grupo A e se sintomas persistirem com uma droga, acrescenta-se um fármaco de outra classe

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56
Q

Qual o TTO para pacientes do grupo C com DPOC?

A

Anticolinérgico de ação longa isoladamente, sendo beta 2 agonista como segunda opção ou se o uso isolado de anticolinérgico não for suficiente

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57
Q

Qual o TTO para pacientes do grupo D com DPOC?

A

Começamos com os dois broncodilatadores de longa duração (um beta agonista e um anticolinérgico). Podemos ainda associar um corticoide inalatório, se o paciente mantiver exacerbações frequentes ou com contagem alta de eosinófilos

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58
Q

Que medidas não farmacológicas devem ser tomadas pelos pacientes com DPOC?

A

1) Cessar tabagismo
2) Vacinação anti-influenza (gripe) e antipneumocócica
3) Reabilitação pulmonar
4) Oxigenioterapia domiciliar (baixo fluxo, 1-3 L/min por 15 horas por dia no mínimo)

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59
Q

Quando está indicada a oxigenioterapia domiciliar no paciente com DPOC?

A

1) PaO2 < 55 mmHg OU SatO2 < 88% em repouso

2) PaO2 entre 55 e 60 mmHg OU SatO2 de 89% associado à policitemia (Ht > 55%), cor pulmonale ou hipertensão pulmonar

60
Q

Quais medidas comprovadamente reduzem a mortalidade na DPOC?

A

1) Interrupção do tabagismo
2) Oxigenioterapia nos pacientes francamente hipoxêmicos
3) Cirurgia pneumorredutora

61
Q

Como se define a exacerbação aguda da DPOC?

A

Piora aguda e sustentada dos sintomas da doença com dispneia e/ou alteração do escarro (da cor ou do volume)

62
Q

Como pode ser classificada a exacerbação?

A

1) Leve: tratada apenas com broncodilatadores de ação curta
2) Moderada: tratada ambulatorialmente porém também requer antibiótico e/ou corticoide oral
3) Grave: requer internação hospitalar e pode estar associada à insuficiência respiratória

63
Q

Qual a causa mais comum de descompensação no DPOC?

A

Infecção respiratória que pode ser viral ou bacteriana

64
Q

Quais as 3 bactérias mais comuns envolvidas na descompensação de DPOC?

A

1) Haemophilus influenzae
2) Streptococcus pneumoniae
3) Moraxella catarrhalis

65
Q

Como tratar a exacerbação aguda da DPOC?

A

A: antibiótico por 5-7 dias se houve sinais de descompensação por condição bacteriana
B: broncodilatador inalatório de ação curta (beta 2 agonista como fenoterol, salbutamol ou terbutalina; e/ou anticolinérgico como brometo de ipratrópio)
C: corticoide sistêmico por 5 dias
D: dar oxigênio em baixo fluxo (1-3 L/min) sendo alvo da saturação entre 88 e 92%. Se nível de consciência preservado e com acidose mais importante, VNI. Se nível de consciência rebaixado, IOT

66
Q

Quais são os critérios que autorizam o início de ATB em pacientes com DPOC descompensada?

A

1) Aumento da dispneia
2) Escarro purulento
3) Aumento da tosse

67
Q

O que ocorre com a gasometria de um paciente com DPOC em ventilação mecânica? Como corrigir isso?

A

1) Alcalose metabólica, pois há normalização da pCO2 (antes elevada) e o bicarbonato permanece elevado
2) Reduzir a FR ou o volume corrente, deixando pCO2 subir e manter o pH em faixa normal

68
Q

Como se apresenta um paciente com DPOC descompensado na gasometria?

A

Acidose respiratória descompensada

69
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da fibrose cística?

A

1) Tosse crônica
2) Expectoração volumosa
3) Sibilos frequentes
4) Dispneia aos esforços
5) Sinusites, bronquite e pneumonias de repetição

70
Q

Como é definida a fibrose cística?

A

Doença autossômica recessiva caracterizada por mutação no gene que codifica a proteína reguladora do transporte iônico transmembrana (CFTR)

71
Q

Como ocorre a fisiopatologia da fibrose cística?

A

Acúmulo intracelular de cloreto por disfunção das CFTR => acúmulo de sódio e deslocamento de água para o intracelular => desidratação com aumento da viscosidade das secreções mucosas => obstrução glandular => inflamação neutrofílica e fibrose das mucosas

72
Q

Quais as principais bactérias que colonizam as vias aéreas de pacientes com fibrose cística?

A

1) S. Aureus
2) H. Influenzae
3) P. Aeruginosa
4) Burkholderia cepacia

73
Q

Quais são as principais complicações respiratórias da fibrose cística?

A

1) Hemoptise de repetição (por bronquiectasias)
2) Formação de rolhas de secreção
3) Empiema
4) Atelectasias obstrutivas
5) Pneumotórax
6) Fibrose parenquimatoso
7) Cor pulmonale

74
Q

Quais as manifestações extrapulmonares da fibrose cística?

A

1) Pancreatite crônica que evolui para insuficiência endócrina e exócrina do pâncreas
2) Obstrução canalicular e intestinal (diarreia crônica, com conteúdo gorduroso)
3) Íleo meconial no 1o ano de vida
4) Azoospermia, infertilidade, atraso no desenvolvimento puberal
5) Pólipos nasais na infância

75
Q

Como se faz o diagnóstico de fibrose cística?

A

1) Sintomas compatíveis ou screening neonatal positivo +

2) Teste do suor com cloro > 60 mEq/L OU pesquisa das mutações no gene CFTR

76
Q

Qual a primeira conduta frente a um teste do pezinho positivo para fibrose cística?

A

Repetir a dosagem de tripsinogênio imunorreativo (novo teste do pezinho na 3a ou 4a semana de vida)

77
Q

Como se faz o TTO de suporte para fibrose cística?

A

1) Eliminação do muco (exercícios respiratórios, inalação de salina hipertônica (evitar n-acetilcisteína)
2) Antibioticoterapia nas exacerbações pulmonares agudas; para profilaxia de colonização e infecção por P. Aeruginosa
3) Moduladores do CFTR

78
Q

Quais os sinais na TC de bronquiectasias? Como se manifestam clinicamente?

A

1) Sinal da linha do trem ou sinal do anel de sinete

2) Tosse produtiva persistente e infecções pulmonares de repetição

79
Q

O que são as pneumopatias intersticiais difusas? Como se manifestam? Qual o padrão tomográfico?

A

1) Doenças que acometem os pulmões bilateralmente de forma difusa, com inflamação e posterior fibrose dos septos alveolares
2) Dispneia aos esforços seguida por tosse seca
3) Infiltrado em vidro fosco na fase de alveolite e faveolamento pulmonar na fase de fibrose

80
Q

Quais os padrões das pneumopatias intersticiais difusas no RX?

A

1) Infiltrado reticulonodular predominante em lobos inferiores: fibrose pulmonar idiopática
2) Infiltrado nodular ou reticulonodular nos 2/3 superiores: sarcoidose, granulomatose de células de Langerhans
3) Infiltrado associado à adenomegalia hilar ou mediastinal: sarcoidose, beriliose e silicose
4) Infiltrado associado a derrame pleural: AR, LES, asbestose
5) Infiltrado com áreas de condensação alveolar: BOOP, síndromes hemorrágicas pulmonares

81
Q

Quais as características da fibrose pulmonar idiopática?

A

1) Idade entre 40 e 60 anos
2) Dispneia insidiosa e estertores crepitantes (em velcro) em bases pulmonares
3) FAN positivo em 20% dos casos; baixa relação com tabagismo
4) Padrão de infiltrado reticulonodular em lobos inferiores
5) Prognóstico ruim apesar da terapêutica (nintedanib)
6) 40-50% dos pacientes têm baqueteamento digital
7) Confirmação requer biópsia

82
Q

Como se caracteriza a síndrome de Löeffler?

A

1) Infiltrados migratórios em ambos os pulmões
2) Eosinofilia periférica
3) Causada por SANTA (strongiloide, ancylostoma, necator, toxocara, ascaris)

83
Q

Quais as características da granulomatose das células de Langerhans?

A

1) Idade entre 20-30 anos
2) Mais comum em homens
3) Tabagismo é fator de risco universal (única intervenção que mostrou resultado foi cessação do tabagismo)
4) Manifesta-se como PID lentamente progressiva
5) Episódios de pneumotórax recorrente e hemoptise
6) Infiltrado reticulonodular nos 2/3 superiores
7) Diagnóstico com biópsia com infiltrado granulomatose e células com grânulos de Birbeck

84
Q

Qual o primeiro exame a se alterar nas pneumopatias intersticiais difusas?

A

Teste de difusão com monóxido de carbono, que mostra-se diminuído

85
Q

Que medicamentos podem estar associados às PID?

A

1) Amiodarona
2) Sais de ouro
3) AINE
4) Nitrofurantoína
5) Metotrexate
6) Ciclofosfamida
7) Fenitoína

86
Q

Quais as características da pneumonite intersticial descamativa?

A

1) Grande associação com tabagismo
2) RX com aspecto semelhante à fibrose pulmonar idiopática
3) Histopatológico com grande acúmulo de macrófagos no espaço alveolar (exsudato mononuclear associado a pequeno grau de fibrose parenquimatosa)
4) TTO com glicocorticoides sistêmicos e interrupção do tabagismo

87
Q

Como se manifesta a pneumonite por hipersensibilidade?

A

1) Exposição prolongada ou aguda a agentes orgânicos ou inorgânicos
2) Forma crônica: dispneia aos esforços, tosse, períodos de febre
3) Biópsia com nódulos granulomatose e infiltrado rico em células plasmáticas, linfócitos e eosinófilos
4) Tabagismo parece ser protetor

88
Q

Quais as características da pneumonia em organização criptogênica (antiga BOOP - bronquiolite obliterante com pneumonia em organização)?

A

1) Infiltrado intersticial e alveolar bilateral com áreas de condensação
2) Opacidades em vidro fosco entremeadas por áreas de consolidação na TCAR
3) Sintomas inespecíficos
4) TTO com glicocorticoide sistêmico (prednisona)

89
Q

Como se manifesta a angiite de Churg Strauss?

A

1) Vasculite sistêmica
2) Sintomas constitucionais
3) Mononeurite múltipla
4) Infiltrados pulmonares associados à asma brônquica refratária
5) Diarreia
6) Miocardite aguda
7) Laboratório com eosinofilia periférica

90
Q

Quais as características da síndrome de Goodpasture?

A

1) Autoimune
2) Anticorpos antimembrana basal alveolar e glomerular
3) Mais comum em jovens do sexo masculino
4) Síndrome pulmão rim recorrente com hemoptise franca e glomerulonefrite rapidamente progressiva e anemia ferropriva

91
Q

Quais as partículas que causam pneumoconiose?

A

Partículas < 10 µm

92
Q

Quais as características da silicose?

A

1) Pneumoconiose mais comum no Brasil e no mundo
2) Causada pela inalação da sílica
3) Sintomas surgem após período > 10 anos
4) Fibrose generalizada do parênquima pulmonar
5) Risco em trabalhadores da extração mineral, com cerâmica ou vidro, na escavação e em jateadores de areia
6) Infiltrado nodular difuso maior nos 2/3 superiores dos pulmões (RX com Infiltrados nodulares e micronodulares)
7) Pode ter associação com tuberculose

93
Q

O que é síndrome de Caplan?

A

Síndrome que associa presença de nódulos reumatoides pulmonares à pneumoconiose dos trabalhadores do carvão ou à silicose

94
Q

Quais as características da asbestose?

A

1) Exposição inalatória a poeiras com fibras de asbesto
2) Risco em fabricação de produtos de cimento-amianto, materiais de fricção , fabricação de telhas ou tubulações
3) Opacidades irregulares predominante em campos inferiores e placas pleurais associadas no RX

95
Q

Quais as características da doença pleural pelo asbesto?

A

1) Manifestação mais frequente da doença pelo asbesto
2) Formação de placas de calcificação ou espessamento pleural
3) Pode formar atelectasia redonda

96
Q

A que substância o mesotelioma está associado?

A

Amianto e asbestose

97
Q

Quais as características da beriliose?

A

1) Inalação de berílio
2) Risco para trabalhadores da indústria eletrônica de alta tecnologia
3) Reação de hipersensibilidade do tipo granulomatosa

98
Q

Quais as características da sarcoidose?

A

1) Doença sistêmica caracterizada por resposta imunológica anormal; maior incidência entre 20-40 anos
2) Formação de granulomas não caseoso em diversos órgãos
3) Maior repercussão em pulmão e olhos
4) Hipercalcemia por produção anormal de vitamina D
5) Maior acometimento de nervo facial
6) RX com aumento de linfonodos hilares bilateral e simétrico + infiltrado reticulonodular
7) TTO: glicocorticoide

99
Q

Quais as duas síndromes da forma aguda da sarcoidose?

A

1) Síndrome de Löefgren: uveíte + eritema nodoso + achados radiológicos de adenopatia hilar bilateral + artrite periférica aguda ou poliartralgia
2) Síndrome de Heerfordt-Waldeström: febre + aumento de parótida + uveíte anterior + paralisia do nervo facial

100
Q

Como é a forma crônica da sarcoidose?

A

1) Pneumopatia intersticial com dispneia e tosse seca
2) Derrame pleural
3) Obstrução nasal, Rouquidão, sibilos e dispneia alta obstrutiva
4) Linfadenopatia bilateral e simétrica, podendo apresentar calcificação em casca de ovo
5) Eritema nodoso; erupções e nódulo maculopapulares; lúpus pérnio
6) Hipercalcemia, nefrocalcinose e nefrolitíase
7) Paralisia facial periférica por acometimento do nervo facial

101
Q

O que é o lúpus pérnio característico da sarcoidose?

A

Lesões endurecidas, azuladas e brilhantes no nariz, bochechas, lábios, orelhas, dedos e joelhos

102
Q

Como é feita a classificação radiológica da sarcoidose?

A

0: sem alterações radiológicas
1: adenopatia hilar, sem doença parenquimatosa
2: adenopatia hilar + doença parenquimatosa
3: doença parenquimatosa sem adenopatia hilar
4: doença parenquimatosa com fibrose, sem adenopatia hilar

103
Q

Quais os achados laboratoriais da sarcoidose?

A

1) Linfopenia
2) Hiperglobulinemia
3) Hipercalcemia
4) Dosagem de ECA elevada

104
Q

Quando devemos tratar a sarcoidose?

A

Quando há:

1) Envolvimento do SNC
2) Envolvimento ocular
3) Envolvimento cardíaco
4) Sintomas respiratórios
5) Acometimento ósseo, muscular ou articular

105
Q

Qual o sintoma e o sinal mais frequente de TEP?

A

1) Sintoma: dispneia

2) Sinal: taquipneia

106
Q

Quais as alterações eletrocardiográficas mais frequente no TEP?

A

1) Taquicardia sensual
2) Inversão da onda T de V1 a V4 (sobrecarga de VD)
3) Padrão S1Q3T3

107
Q

Quais os sinais radiográficas sugestivos de TEP?

A

1) Sinal de Westermark: oligoemia localizada

2) Corcova de Hampton: imagem hipotransparente em cunha que se apresenta sobre o diafragma e representa infarto pulmonar

108
Q

Como é o TTO do TEP?

A

1) Anticoagulação: plena com heparina mantendo PTT entre 1,5 e 2,5x o valor normal e iniciar warfarin mantendo TAP entre 2 e 3
2) Trombolíticos: em casos de instabilidade hemodinâmica, PCR ou comprometimento de 50% ou mais da vasculatura pulmonar. Escolha: rTPA
3) Filtro de VCI: indicado em casos de contraindicação à anticoagulação ou na falha dela
4) Embolectomia cirúrgica: indicada para pacientes com tromboembolismo maciça, instáveis hemodinamicamente

109
Q

Quais são os fatores de risco para TEP?

A

1) Obesidade
2) Tabagismo
3) Uso de ACO
4) Imobilização prolongada
5) Cirurgia recente
6) Trauma
7) Câncer
8) SAF

110
Q

Quais as consequências pulmonares do TEP?

A

1) Hipoxemia
2) Hiperventilação (por estímulo aos receptores J alveolares)
3) Alcalose respiratória (pela hiperventilação)
4) Cor pulmonale agudo quando mais de 50% da circulação pulmonar são obstruídos por êmbolos

111
Q

Qual o quadro clínico de TEP?

A

1) Dispneia súbita
2) Ausculta pulmonar inocente
3) Taquipneia
4) Dor pleurítica
5) Tosse
6) Dor em MMII

112
Q

Como é feito o escore de Wells para avaliar a presença de TEP?

A

Sinais e sintomas clínicos de TVP - 3 pontos
Diagnóstico alternativo menos provável que TEP - 3 pontos
FC > 100 - 1,5 pontos
Imobilização ou cirurgia nas últimas 4 semanas - 1,5 pontos
Episódio prévio de TVP ou TEP - 1,5 pontos
Hemoptise - 1 ponto
Câncer - 1 ponto

113
Q

Quais os sintomas clássicos de TVP?

A

1) Edema mole
2) Aumento da temperatura
3) Dor à palpação
4) Sinal de Homans (aumento de resistência ou dor a dorsiflexão do pé)

114
Q

Qual o sinal que indica gravidade da TVP?

A

Palidez distal

115
Q

Quais as síndromes clínicas de embolia pulmonar?

A

1) Embolia pulmonar maciça: risco de choque cardiogênico, dispneia, hipotensão arterial
2) Embolia pulmonar moderada a grande: VD dilatado e hipocinético e PA normal
3) Embolia pulmonar pequena a moderada: função ventricular direita e PA normais
4) Infarto pulmonar: dor torácica contínua, febre, leucocitose

116
Q

Quais as 5 regras básicas do diagnóstico de TEP?

A

1) D-dímero não deve ser usado em pacientes internados
2) D-dímero não deve ser usado em pacientes com alta probabilidade clínica de TEP
3) A angio-TC é o exame de escolha para o diagnóstico
4) Cintilografia pulmonar é o exame de segunda linha
5) Arteriografia pulmonar é o padrão ouro para diagnóstico de TEP

117
Q

O que é o sinal McConnel?

A

Hipocinesia da parede livre e da base do VD poupando o ápice no ECO TT (indica sobrecarga aguda de VD)

118
Q

Até quando podemos iniciar o uso de trombolíticos no TEP?

A

Até 14 dias

119
Q

Quando a heparina não fracionada é preferível em relação à de baixo peso ou fondaparinux no TTO de TEP?

A

1) Hemodinamicamente instáveis
2) Candidatos à trombólise
3) Obesos mórbidos (absorção subcutânea de HBPM é errática)
4) Portadores de IRC com ClCr < 30 ml/min
5) Pacientes com maior risco de sangramento (já que seu efeito é neutralizável pela protamina)

120
Q

Para quais pacientes a HBPM necessita de monitorização do fator Xa?

A

1) Portadores de insuficiência renal
2) Gestantes
3) Obesos

121
Q

Quais as indicações de filtro de VCI no TEP?

A

1) Embolia pulmonar na presença de sangramento ativo (contra-indica anticoagulação)
2) Trombose venosa recorrente a despeito de anticoagulação
3) Pneumopatia muito grave ou status hemodinâmico tão comprometido que um novo episódio de TEP seria fatal

122
Q

Por quanto tempo devemos manter o paciente anticoagulado?

A

1) Com fator de risco removível (cirurgia, imobilização, trauma): 3 a 6 meses
2) Com fator de risco permanente: pelo menos 6 meses; considerar indefinidamente
3) tromboembolismo recorrente: indefinidamente

123
Q

Qual a principal causa de embolia gordurosa?

A

Fratura de ossos longos ou da pelve

124
Q

Qual o quadro clínico clássico da embolia gordurosa?

A

1) Hipoxemia, taquipneia e dispneia
2) Alterações neurológicas
3) Rash petequial
4) 12 a 72h após o evento precipitante

125
Q

Qual o TTO e a prevenção da embolia gordurosa?

A

1) Suporte
2) Imobilização precoce de fraturas; correção cirúrgicas de fraturas e evitar fatores que elevem a pressão dentro do osso durante procedimentos ortopédicos

126
Q

Quais são as principais vasculites que acometem o pulmão?

A

1) Poliangeíte microscópica
2) Síndrome de Churg Strauss
3) Granulomatose de Wegener

127
Q

Que condições tipicamente causam síndrome pulmão rim (hemoptise e glomerulonefrite)?

A

1) LES
2) Síndrome de Goodpasture
3) Síndrome de Wegener
4) Poliangeíte microscópica
5) Leptospirose

128
Q

Quais as características da granulomatose de Wegener?

A

1) Vasculite sistêmica, necrosante e granulomatosa
2) Acomete vasos de médio e pequeno calibre
3) Rinite sanguinolenta ou purulenta; otite; úlceras nasais e orais; nariz em sela
4) Hemoptise, Infiltrados alveolares
5) Glomerulonefrite e insuficiência renal
6) C-ANCA positivo

129
Q

Quais as características da Poliangeíte microscópica?

A

1) Vasculite necrosante pauci-imune não granulomatosa
2) Acomete arteríolas, capilares e vênulas
3) Glomerulonefrite
4) Capilarite pulmonar (hemoptise e Infiltrados)
5) Vasculite cutânea (púrpura palpável)
6) P-ANCA positivo

130
Q

Quais as características da síndrome de Churg Strauss?

A

1) Doença autoimune
2) Acomete vasos de médio e pequeno calibre
3) Vasculite necrosante
4) Infiltração eosinofílica
5) Granulomas extravasculares

131
Q

Como se define a hipertensão pulmonar?

A

Pressão arterial pulmonar média > 25 mmHg em repouso, obtida por cateterização do VD

132
Q

Quais os sintomas da hipertensão pulmonar?

A

1) Dispneia aos esforços
2) Precordialgia
3) Hiperfonese de P2

133
Q

Quais as principais causas de edema agudo de pulmão?

A

1) IAM e insuficiência cardíaca descompensada
2) Estenose e insuficiência mitral
3) Arritmias com instabilidade hemodinâmica
4) Drenagem rápida de pneumotórax ou de derrame pleural
5) Sepse, infecções pulmonares, SDRA
6) Insuficiência linfática (linfangite carcinomatosa)

134
Q

Quais as manifestações clínicas do edema pulmonar cardiogênico?

A

1) História compatível
2) Ansiedade
3) Tosse seca ou expectoração rósea
4) Taquidispneia
5) Prefere posição sentada ou cabeceira elevada
6) Hipoxemia, palidez e sudorese fria
7) Alta FC
8) Estertores crepitantes na ausculta; sibilos e broncoespasmo

135
Q

Quais os achados radiográficos do EAP?

A

1) Infiltrado alveolar (hipotransparência de aspecto algodonoso e coalescente)
2) Inversão do padrão vascular
3) Linhas B de Kerley (vasos linfáticos ingurgitados)
4) Infiltrado peri-hilar sugere edema cardiogênico e infiltrado periférico sugere edema não cardiogênico

136
Q

Qual exame pode ajudar a diferenciar um edema pulmonar cardiogênico de um não cardiogênico?

A

BNP (aumentado no cardiogênico)

137
Q

Como é feito o TTO do edema pulmonar cardiogênico?

A

1) Oxigênio
2) Furosemida
3) Morfina
4) Nitrato nos pacientes hipertensos

138
Q

Quais as principais manifestações pulmonares das neoplasias?

A

1) Tumores centrais (oat cell e epidermoide): tosse, hemoptise e sibilos
2) Tumores periféricos (adenocarcinoma e de grandes células): tosse e dor torácica

139
Q

Quais as principais características dos Tumores secundários?

A

1) Predominam em bases pulmonares
2) Localizam-se preferencialmente no subpleural
3) São arredondados e bem limitados
4) Os tumores primários mais associados são os cânceres de mama e colorretal

140
Q

Quais são os critérios de Light e o que eles significam?

A

1) Proteína pleural/proteína plasmática > 0,5
2) LDH pleural/LDH plasmático > 0,6
3) LDH pleural > 200 UI/L (ou 2/3 do limite superior no sangue)
4) Um deles presente já significa exsudato

141
Q

Quais as principais causas de exsudato no derrame pleural?

A

1) Tuberculose
2) Neoplasias
3) Empiema
4) TEP

142
Q

Quais as características do mesotelioma?

A

1) É um câncer de cavidades serosas (células mesoteliais)
2) O pleural está associado à exposição ao asbesto
3) Dor torácica não pleurítica é o principal sintoma
4) Achado radiológico mais comum é um derrame pleural unilateral de grande monta (normalmente à direita)
5) Diagnóstico por biópsia pleural aberta

143
Q

Quando está indicada a intervenção cirúrgica no pneumotórax?

A

Quando o pulmão não reexpandir completamente ou caso persista por mais de 72h em selo d’água

144
Q

Quais as condições mais comuns de acometimento de mediastino?

A

1) Mediastino médio: linfomas,

2) Mediastino ântero-superior: timoma, teratoma, tireoide (bócio mergulhante) e terrível linfoma

145
Q

Quais as 3 principais causas de pneumomediastino?

A

1) Ruptura alveolar com dissecção de gás para dentro do mediastino
2) Perfuração ou ruptura do esôfago, traqueia ou brônquios principais
3) Dissecção de ar proveniente da região cervical ou do abdome para dentro do mediastino

146
Q

Quais os sinais clássicos de pneumomediastino?

A

1) Enfisema subcutâneo na fúrcula esternal ou região supraclavicular
2) Sinal de Hamman (ruído crepitante ou estalido concomitante aos batimentos cardíacos mais audível com paciente em decúbito lateral esquerdo)