Diabetes Mellitus Flashcards
Quais são as complicações macrovasculares clássicas do DM?
IAM e AVE.
Quais são as complicações microvasculares clássicas do DM?
Retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética.
Quando devemos começar a rastrear as complicações do DM?
No DM tipo 1, 5 anos após o estabelecimento da doença.
No DM tipo 2, no momento do diagnóstico.
Quais são as principais características da retinopatia diabética não proliferativa?
- Microaneurismas.
- Exsudato duro.
- Hemorragia em chama-de-vela.
- Manchas algodonosas.
- Veias em rosário.
Quais são as principais características da retinopatia diabética proliferativa?
O processo de isquemia da vasculatura retiniana favorece a neovascularização naquela área. Esses novos vasos podem complicar e romper.
Qual o tratamento para retinopatia diabético proliferativa?
Usar anticorpos anti-VEGF, que é o fator de crescimento que favorece a neovascularização.
Por que a diabetes favorece o hiperfluxo renal e, assim, a esclerose glomerular?
O aumento de glicose no sangue faz com que ele se torne hipertônico, favorecendo o deslocamento de água para os vasos sanguíneos. Dessa forma, mais sangue (e água) chega ao rins, promovendo o hiperfluxo que os glomérulos não estão adaptados para receber.
Qual a consequência inicial da esclerose glomerular promovida pelo DM?
Diminui a capacidade de reter albumina e, depois, proteínas em geral.
Qual o primeiro exame a ser solicitado para se rastrear nefropatia diabética?
A microalbuminúria é a primeira se alterar, posteriormente a creatinina sérica também pode estar aumentada.
Quais são os níveis laboratoriais que definem microalbuminúria e macroalbuminúria?
Microalbuminúria: ≥ 30 mg/g
Macroalbuminúria: ≥ 300 mg/g
Num paciente com microalbuminúria por nefropatia diabética, qual droga devemos utilizar para promover nefroproteção?
IECA ou BRA com o objetivo de dilatar a arteríola eferente e, assim, diminuir o hiperfluxo glomerular.
Qual o índice laboratorial que indica perda proteica de nível de síndrome nefrótica?
Proteinúria ≥ 3,5 g/dia.
Paciente com síndrome nefrótica por nefropatia diabética, qual a conduta?
Diálise.
Como saber se a nefropatia é de origem diabética ou não?
Biópsia renal.
Qual característica histopatológica vista na biópsia renal é a mais específica para nefropatia diabética?
Glomeruloesclerose nodular (Kimmelstiel-Wilson).
Como a neuropatia diabética pode se manifestar?
Em mononeuropatia, disautonomia e polineuropatia simétrica distal.
A mononeuropatia diabética acomete principalmente quais nervos?
Mediano (comum haver sd do túnel do carpo) e III par craniano.
Como a disautonomia diabética pode se manifestar?
Disautonomia digestiva, cardíaca e genitourinária. Lembrar que pacientes podem apresentar disfunção sexual por disautonomia diabética.
Qual o nome técnico da neuropatia em luvas-e-botas do DM?
Polineuropatia simétrica distal.
Quais drogas, além do controle glicêmico, podem ser prescritas para um paciente com neuropatia diabética?
Antidepressivos e anticonvulsivantes, como a pregabalina, amitriptlina e duloxegina.
Explicar sucintamente a fisiopatologia da cetoacidose diabética.
Doença típica do DM1. Ausência total de insulina gera catabolismo extremo e, com isso, lipólise intensa. Assim, há formação de cetoacidos que favorecem a acidose metabólica no paciente. Os cetoácidos depois se dissociam, liberando ânions na circulação. Finalmente, há acidose metabólica com ânion-Gap aumentado.
Quais são os três cetoácidos produzidos durante a cetoacidose diabética?
- Ácido beta-hidroxibutírico.
- Ácido acetoacético.
- Acetona.
Qual a clínica característica do paciente com cetoacidose diabética?
Poliúria, desidratação, hiperventilação e fortes dores abdominais.
Critérios diagnósticos da cetoacidose diabética.
- Glicose > 250 mg/dl.
- Cetonúria (3+ ou 4+)
- pH < 7.3 e HCO3 < 15
Quais são os três principais passos do tratamento da cetoacidose diabética?
Tratamento “VIP”
- Volume.
- Insulina.
- Potássio.
A insulina é feita antes, junto ou depois da reposição volêmica no paciente com cetoacidose diabética?
É feita 1h depois da ressuscitação volêmica.
Qual a insulina utilizada e a sua posologia no tratamento da cetoacidose diabética?
Insulina regular: 0,1 U/kg em bolus venoso e seguir com bomba infusora de 0,1 U/kg/h em acesso venoso.
Como é o “sódio corrigido” no paciente com cetoacidose diabética?
A cada 100 mg/dl de glicose aumentada no plasma, devemos estimar que o sódio está, na verdade, 1,6 mEq/L maior do que aquele mostrado laboratorialmente.
Depois da primeira hora de reposição volêmica na cetoacidose diabética, como continuar o esquema?
Manter reposição em 250-500 ml/h. Se sódio > 135 mEq, fazer SF 0,45%. Se sódio < 135 mEq, NaCl 0,9%.
Qual o objetivo de redução da glicemia em um paciente com cetoacidose diabética? Em qual nível glicêmico devemos iniciar SG a 5%?
Diminuir de 50-75 mg/dl/h.
Quando alcançar 200-250 de glicemia.
Como decidir sobre a reposição de potássio?
- Se K > 5.2, adiar reposição.
- Se K 3.3-5.2, repor 20-30 mEq/L de soro.
- Se K < 3.3, adiar insulina.
Se administra bicarbonato em paciente com cetoacidose diabética?
Apenas se pH < 6.9.
Quando dizer que o paciente está compensado na cetoacidose diabética?
Se o HCO3 > 15 / pH 7.3 / AG < 12 (NÃO PARAR A BOMBA DE INSULINA ANTES DE ATINGIR ESSE PAR METROS).