AIDS / HIV Flashcards

1
Q

Como é caracterizada a fase aguda da infecção pelo HIV, tanto clinica como laboratorialmente?

A

Na forma clínica, se apresenta como uma síndrome mononucleose like, com febre, rash, linfonodomegalia e faringite.

Laboratorialmente, percebe-se um aumento intenso da carga viral e uma queda abrupta do CD4.

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2
Q

O que é a fase de soroconversão e por cerca de quanto tempo ela costuma estar ativa?

A

A fase de soroconversão é quando o sistema imune do indivíduo reconhece o HIV, formando anticorpos contra o mesmo.

Costuma estar ativa por 1 a 2 meses.

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3
Q

Porque se desenvolve uma fase assintomática na infecção pelo HIV, conhecida como fase de latência clínica?

A

Um equilíbrio entre o sistema imune e o vírus é estabelecido naquele momento.

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4
Q

Na fase de latência clínica do HIV, a replicação viral está cessada?

A

Não, há apenas um equilíbrio entre o sistema imune e a infecção pelo vírus, garantindo que o indivíduo esteja assintomático

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5
Q

Apesar de ser conhecida como fase de latência clínica, esse período da infecção pelo HIV pode manifestar um achado muito importante. Qual é?

A

Linfonodomegalia generalizada persistente (que dura mais de 3 meses)

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6
Q

Há duas fases sintomáticas na infecção por HIV, como as classificamos?

A
  • Fase precoce

- Fase AIDS

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7
Q

É possível determinar a fase sintomática (precoce ou AIDS) em que se encontra o paciente apenas pela clínica?

A

Sim.

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8
Q

Cite as manifestações precoces e da AIDS relacionadas à candidíase.

A

Precoces: oral e vaginal.

AIDS: esôfago e árvore respiratória

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9
Q

Cite as manifestações precoces e da AIDS relacionadas à tuberculose.

A

Precoce: pulmonar

AIDS: extrapulmonar, principalmente meníngea e miliar

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10
Q

Cite as manifestações precoces e da AIDS relacionadas à doenças virais.

A

Precoce: leucoplasia pilosa por EBV e herpes zoster

AIDS: CMV disseminado (com retinite, por exemplo), vírus JC e encefalopatia demencial por HIV

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11
Q

Cite as manifestações precoces e da AIDS relacionadas a neoplasias.

A

Precoce: displasia cervical ou CA cervical in situ

AIDS: CA cervical invasivo, linfoma não-Hodgkin (100x mais chance do que a população geral) e Sarcoma de Kaposi

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12
Q

Anemia, plaquetopenia e diarreia crônica são manifestações precoces ou da fase AIDS da infecção pelo HIV?

A

Fase sintomática precoce.

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13
Q

Pneumocistose, neurotoxoplasmose e meningite criptocócica são manifestações precoces ou da fase AIDS da infecção pelo HIV?

A

Fase sintomática AIDS.

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14
Q

Paciente com histórico de comportamento de risco recente para HIV realiza TR com amostra não reagente. Qual a orientação a ser feita?

A

Paciente ainda pode estar na fase de janela imunológica e, portanto, não apresentar AC para o teste. Portanto, solicita-se novo TR em 30 dias.

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15
Q

Paciente com histórico de comportamento de risco recente para HIV realiza TR com amostra reagente. Qual a conduta?

A

Testar a mesma amostra de sangue em um novo TR de outro fornecedor, ou seja, fazer um novo TR.

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16
Q

Paciente com histórico de comportamento de risco recente para HIV realiza imunoensaio (ELISA) com amostra reagente. Qual a conduta?

A

Solicitar ao laboratório responsável que identifique o próprio vírus por carga viral (HIV-RNA).

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17
Q

Paciente com histórico de comportamento de risco recente para HIV realiza ELISA com amostra reagente. Posteriormente, identificou-se HIV-RNA na amostra do paciente. Qual a conduta?

A

Realizar novo ELISA para confirmar o diagnóstico.

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18
Q

Em crianças abaixo de 18 meses, os protocolos de TR e ELISA também estão indicados?

A

Não, na população < 18 meses a investigação de HIV é por titulação da carga viral.

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19
Q

Paciente com histórico de comportamento de risco recente para HIV realiza TR1 com amostra reagente e TR2 com amostra não reagente. Qual a conduta?

A

Em cenários de sorodiscordância nos TR, solicitar imunoensaio (ELISA).

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20
Q

Paciente com histórico de comportamento de risco recente para HIV realiza imunoensaio (ELISA) com amostra reagente, porém não foi encontrada carga viral na amostra testada. Qual a conduta?

A

Solicitar imunoblot ou Westernblot.

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21
Q

Em quais casos a terapia antirretroviral (TARV) está prioritariamente indicada?

A
  1. Pacientes sintomática (fase precoce ou fase AIDS)
  2. CD4 < 350 (iniciam-se as manifestações mais graves)
  3. Gestantes
  4. Tuberculose ativa (maior causa de morte em HIV)
  5. Hepatite B ou C (o tenofovir também atua no tratamento para a hep B)
  6. Risco cardiovascular elevado (Framingham > 20%) - a infecção pelo HIV atua também de maneira inflamatória no sistema CV
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22
Q

No paciente HIV assintomático e com contagem de CD4 inalterada, há benefício na indicação da TARV?

A

Para o paciente diretamente não, mas o benefício se torna claro quando falamos em transmissão do vírus.

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23
Q

Há duas situações especialmente importantes para se realizar a genotipagem a fim de se conhecer a sensibilidade do vírus HIV às medicações da TARV. Quais são?

A

Gestantes e pacientes com TB ativa.

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24
Q

Como são classificadas as drogas que antagonistas da fusão vírus-CD4 no contexto do HIV?

A

Antagonistas do receptor CCR5.

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25
Q

Quais classes de drogas compõem a base da TARV?

A
  1. Inibidores de transcriptase reversa.

2. Inibidores da integrase.

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26
Q

O que fazem os inibidores da integrase?

A

Atuam na inibição da integração do material genético do vírus ao DNA da célula.

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27
Q

Quais são as drogas inibidoras da transcriptase reversa que estão sempre presentes em qualquer esquema TARV?

A

Tenofovir (TDF) e a Lamivudina (3TC).

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28
Q

Cite inibidores da transcriptase reversa considerados, hoje, de segunda linha.

A
  1. Zidovudina (AZT).
  2. Abacavir (ABC).
  3. Efavirenz (EFV).
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29
Q

A zidovudina (AZT) e o efavirenz (EFV) são fármacos de que classe. Quais são seus principais efeitos adversos que os tornaram drogas de segunda linha?

A

Fármacos da classe dos inibidores da transcriptase reversa.

  1. AZT - mielotoxicidade.
  2. EFV - alterações neuropsiquiátricas.
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30
Q

Cite dois fármacos da classe dos inibidores da integrase.

A
  1. Dolutegravir (DTG)

2. Raltegravir (RTG)

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31
Q

Qual o esquema de primeira linha da TARV sugerido pelo MS para tratamento da infecção por HIV?

A

Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir.

TDF + 3TC + DTG.

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32
Q

O tenofovir (TDF) é um fármaco que está contraindicado no caso de uma certa insuficiência orgânica. Qual é essa insuficiência e qual é a opção para substituir essa droga?

A

Insuficiência renal, já que o tenofovir pode ser nefrotóxico.

Opções são a zidovudina e o abacavir.

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33
Q

Caso o paciente se trate com anticonvulsivantes como fenitoína, carbamazepina e fenobarbital, qual droga da TARV estaria contraindicada? Qual seria a opção a essa droga?

A

O dolutegravir.

O efavirenz é a opção.

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34
Q

Há contraindicações ao uso do dolutegravir. Quais são?

A

HIV em gestantes ou com tuberculose ativa.

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35
Q

Qual o esquema da TARV para pacientes com co-infecção com tuberculose?

A

Tenofovir + Lamivudina + Efavirenz.

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36
Q

Qual o esquema da TARV para pacientes com HIV + tuberculose grave ou HIV + gestante?

A

Tenofovir + Lamivudina + Raltegravir.

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37
Q

Como determinar que o paciente com HIV está com um quadro de tuberculose grave?

A
  1. CD4 < 100
  2. Outra infecção oportunista presente
  3. Internação por TB
  4. Tuberculose extrapulmonar.
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38
Q

O objetivo da TARV é zerar a carga viral, ou melhor, torná-la indetectável. Quanto tempo se espera para avaliar eficácia da TARV?

A

6 meses.

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39
Q

Passado o tempo de espera de avaliação da eficácia da TARV com evolução para falha do tratamento (falha virológica), como proceder?

A

Solicitar genotipagem do vírus para avaliar sensibilidade aos possíveis componentes do esquema da TARV.

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40
Q

Quais são os grupos populacionais prioritários ao recebimento da PrEP?

A
  1. Gays e HSH
  2. Pessoas trans
  3. Profissionais do sexo
  4. Parcerias sorodiscordantes
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41
Q

Avaliado um paciente e percebido que faz parte da população prioritária ao recebimento de PrEP, quais são os critérios que indicam necessidade de receber a medicação.

A
  1. Relação anal ou vaginal, sem preservativo, nos últimos 6 meses.
  2. Episódios recorrentes de IST por configurarem, em alguns casos, portas de entrada para o vírus HIV.
  3. Uso repetido de profilaxia pós-exposição
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42
Q

Quais são as drogas utilizadas na PrEP?

A

Tenofovir e entricitabina.

43
Q

Qual tempo para se ativar a PrEP em relação às atividades sexuais?

A

Relação vaginal: 20 dias

Relação anal: 7 dias

44
Q

Qual o tempo máximo de eficácia da PEP?

A

72h

45
Q

Quais são os materiais que são considerados como infectantes para transmissão do HIV?

A
  1. Sangue
  2. Sêmen
  3. Fluidos vaginais
  4. Líquidos de serosa
  5. Líquidos articulares
  6. Líquido amniótico
  7. Líquor
46
Q

Quais são as vias de exposição de risco para contração do HIV?

A
  1. Mucosa
  2. Percutânea
  3. Pele não-íntegra
  4. Mordedura com sangue
47
Q

Como é o esquema terapêutico da PEP?

A

Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir

48
Q

A partir de que idade gestacional se provou o benefício de se iniciar TARV com o objetivo profilático da transmissão do HIV para o feto?

A

A partir da 14ª semana de gestação.

49
Q

Qual o esquema terapêutico da TARV utilizado pelas gestantes?

A

Tenofovir + Lamivudina + Raltegravir.

50
Q

Iniciado o trabalho de parto ou a preparação para cirurgia cesariana, qual fármaco deve estar sendo administrado, quando se pode parar sua administração e por qual via?

A

Zamivudina (AZT) por via IV até que o cordão umbilical seja clampeado.

51
Q

A partir de que idade gestacional a carga viral começa a ser estudada a fim de se delimitar a via de parto?

A

A partir da 34ª semana.

52
Q

Em um cenário de carga viral baixa (< 1000), qual a via de parto indicada?

A

Nesse caso, segue indicação obstétrica (vaginal ou cesário).

53
Q

Em um cenário de carga viral alta (> 1000) ou desconhecida, qual a via de parto indicada?

A

Cesariana.

54
Q

Num caso de amniorrexe de uma paciente HIV + com carga viral alta ou desconhecida, qual a via de parto indicada?

A

Segue critérios obstétricos para resolução mais rápida do parto a fim de evitar transmissão do vírus ao feto.

55
Q

Paciente HIV+ com carga viral indetectável e gestante em fase final de gestação. Em que momento do trabalho de parto se inicia a zamivudina (AZT) por via IV?

A

Pacientes gestantes HIV+ com CV indetectável não possuem indicação de profilaxia de transmissão do HIV para o feto.

56
Q

Há indicação de alguma droga profilática para RN de mães HIV+?

A

Sim, faz-se zamivudina (AZT) a partir das primeiras 4h de vida até 4 semanas de vida.

57
Q

Em que situações está indicado o uso de nevirapina (NVP) nos RN de mães HIV+?

A
  1. Mãe sem uso de TARV na gestação ou má adesão.
  2. CV > 1000 ou desconhecida no terceiro trimestre.
  3. Mãe com IST, principalmente sífilis.
  4. Teste rápido reagente no momento do parto.
58
Q

Há indicação de se realizar profilaxia para pneumocistose em RN de mães HIV+? Se sim, com qual droga e por quanto tempo?

A

Sim. Com sulfametoxazol + trimetoprim até se excluir o diagnóstico de infecção por HIV no RN.

59
Q

Quais são as doenças/acometimentos oportunistas pulmonares mais associados à AIDS?

A
  1. Pneumocistose.
  2. Tuberculose.
  3. Histoplasmose.
  4. Micobacteriose atípica.
60
Q

A pneumocistose é uma infecção comumente associada à imunossupressão relacionada ao HIV. Qual o agente responsável pela doença?

A

O fungo Pneumocystis jovirecii.

61
Q

Em que contagem de CD4 espera-se que o paciente esteja a ponto de desenvolver pneumocistose?

A

CD4 < 200. Se maior que isso, a hipótese de pneumocistose se torna improvável.

62
Q

Como costumar ser a clínica do paciente com pneumocistose?

A

Tosse seca, febre arrastada, dispneia progressiva.

63
Q

Quando há manifestações na radiografia de tórax num doente com pneumocistose, o que podemos encontrar tipicamente?

A

Infiltrado bilateral, peri-hilar que poupa os ápices (diferentemente da TB).

64
Q

Qual outro achado clínico pode ser encontrado tipicamente com um paciente com pneumocistose?

A

Candidíase.

65
Q

Como é feito o tratamento da pneumocistose?

A

Sulfametoxazol-Trimetoprim por 21 dias VO ou IV. Corticoide no caso PaO2 < 70 mmHg para reduzir inflamação pulmonar e evitar complicações.

66
Q

Quais são os elementos que um paciente HIV+ deve apresentar que servem como indicação para profilaxia da pneumocistose com SMX+TMP?

A
  1. CD4 < 200
  2. Candidíase oral.
  3. Febre de origem indeterminada por mais de 2 semanas.
67
Q

Na pneumocistose, esperamos que a doença se manifeste num contexto de HIV quando o CD4 do indivíduo alcança níveis < 200. Na tuberculose, também só esperamos que a doença se manifeste com tal redução de CD4?

A

Não, a TB associada ao HIV pode se manifestar em qualquer nível de contagem de CD4.

68
Q

Como é a clínica do paciente com coinfecção de TB e HIV?

A

Típica da tuberculose: febre, tosse crônica, emagrecimento, sudorese noturna.

69
Q

Quais tipos de tuberculose começam a aparecer no indivíduo com CD4 < 350?

A

Miliar, difusa.

70
Q

Nos pacientes com tuberculose e HIV, a cultura da Mycobacterium tuberculosis é solicitada?

A

Sim, num cenário de coinfecção de HIV + TB a cultura é necessária.

71
Q

Paciente com quadro de tuberculose e HIV. Qual tratamento iniciar primeiro e quando iniciar o segundo?

A

Começar com o tratamento RIPE para TB. Após 2 meses, passar apenas para RI e iniciar tratamento com TARV para HIV.

72
Q

Em que situação se adianta a TARV num paciente com TB + HIV para que o seu início ocorra em 2 semanas após o diagnóstico das doenças?

A

CD4 < 50.

73
Q

Existem indicações para se realizar profilaxia de TB para pacientes com HIV. Quais são elas?

A
  1. Raio-X de tórax com cicatriz pulmonar de TB nunca tratada.
  2. Contactante de TB.
  3. CD4 ≤ 350 (maior que isso se faz PPD para analisar exposição prévia ao BK).
  4. CD4 > 350: PT ≥ 5 mm
  5. PPD ≥ 5 mm documentada e nunca tratada - passar a tratar porque, agora, o paciente é HIV+.
74
Q

Com qual droga é feita a profilaxia para TB em pacientes HIV+? Por quanto tempo?

A

Isoniazida por 270 dias (9 meses).

75
Q

O Sarcoma de Kaposi está associado à coinfecção entre HIV e outro vírus, qual é?

A

Herpes vírus 8.

76
Q

Outras micobacterioses, além da TB, podem acometer pacientes HIV+ e apresentarem manifestações pulmonares. Como são conhecidas essas micobacterioses e qual o agente?

A

Micobacterioses atípicas, causadas pelo complexo Mycobacterium avium ou MAC (Complex M. avium)

77
Q

Quais são as manifestações da micobacteriose atípica?

A

Febre, emagrecimento, diarreia e manifestações pulmonares.

78
Q

A micobacteriose atípica costuma se desenvolver com certo nível de redução de CD4. Quais níveis típicos de CD4 são encontrados nesses pacientes?

A

CD4 < 50.

79
Q

Como é feito o tratamento da micobacteriose atípica associada ao HIV?

A

Claritromicina + etambutol.

80
Q

Qual o agente responsável pela histoplasmose?

A

Histoplasma capsulatum.

81
Q

A histoplasmose tem característica de disseminação. Essa disseminação ocorre independentemente do nível de CD4?

A

Não, tipicamente ocorre quando o CD4 está abaixo de 100.

82
Q

A disseminação fúngica típica da histoplasmose acomete dois órgãos, quais são eles e quais os sinais e sintomas consequentemente?

A

Acomete o sistema reticuloendotelial, principalmente por comprometer fígado e baço. Assim, os principais achados são anemia e hepatoesplenomegalia.

83
Q

Como é feito o tratamento da histoplasmose?

A

Itraconazol.

84
Q

Quais são as principais doenças/acometimentos neurológicos ligados à AIDS?

A
  1. Meningite criptocócica.
  2. Neurotoxoplasmose ou toxoplasmose cerebral.
  3. Linfoma primário do SNC.
  4. Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP)
  5. Encefalite pelo HIV
85
Q

A meningite criptocócica é causada por qual agente?

A

Pelo fungo Cryptococcus neoformans.

86
Q

A meningite criptocócica costuma se desenvolver com certo nível de redução de CD4. Quais níveis típicos de CD4 são encontrados nesses pacientes?

A

Níveis de CD4 < 100 tipicamente.

87
Q

Como é a clínica da meningite criptocócica?

A

Característica de uma meningite subaguda:

  • Sem sinais meníngeos.
  • Febre
  • Cefaleia
  • Confusão
88
Q

Existem alterações típicas do líquor quando investigamos meningite criptocócica. Quais são?

A
  1. Aumento da pressão de abertura à punção lombar (HIC)
  2. Número aumentado de mononucleares
  3. Proteína Aumentada
  4. Glicose diminuída
89
Q

Que coloração pode ser utilizado para se identificar o Cryptococcus neoformans na análise liquórica?

A

Tinta nanquim.

90
Q

Como é feito o tratamento da meningite criptocócica?

A
  1. Fase de indução: anfotericina B por 2 semanas.

2. Fase de consolidação/manutenção: fluconazol por 8 semanas.

91
Q

Como é feita a profilaxia primária para pacientes HIV+ em relação à meningite criptocócica?

A

Não existe profilaxia primária para meningite criptocócica.

92
Q

Qual o agente causador da neurotoxoplasmose?

A

Toxoplasma gondii

93
Q

A neurotoxoplasmose costuma se desenvolver com certo nível de redução de CD4. Quais níveis típicos de CD4 são encontrados nesses pacientes?

A

Níveis de CD4 < 100 tipicamente.

94
Q

Como é o quadro clínico do paciente com neurotoxoplasmose?

A

Por edema cerebral local, faz déficits motores associados a febre, cefaleia, convulsões etc.

95
Q

Qual achado típico da neurotoxoplasmose à TC com contraste?

A

Lesões hipodensas com edema perilesional, com realce do contraste em anel (captação periférica do contraste).

96
Q

Como é o tratamento da neurotoxoplasmose?

A

Sulfadiazina + Pirimetamina por 6 semanas.

Associar ácido folínico pois tais drogas depuram folato.

97
Q

Em quanto tempo se espera a melhora de um paciente com neurotoxoplasmose?

A

14 dias.

98
Q

Como é feita e pra quem é indicada a profilaxia de neurotoxoplasmose em um contexto de paciente HIV+?

A

Se faz com sulfametoxazol-trimetoprim nos seguintes casos:

  • CD4 < 100
  • IgG + para toxoplasmose.
99
Q

Qual distúrbio neurológico ligado ao HIV está tipicamente associado ao vírus JC?

A

Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMC).

100
Q

Vírus JC - lembrar de …

A

“judia do cérebro”

Cursa com leucoencefalopatia multifocal progressiva

101
Q

Como é o tratamento para a leucoencefalopatia multifocal progressiva?

A

Realiza-se apenas a TARV a fim de controlar a carga viral do paciente, já que não é possível desfazer os danos cerebrais da doença.

102
Q

Tanto o linfoma primário do SNC como a neurotoxoplasmose são condições do SNC ligadas à AIDS. Suas imagens típicas à TC também são semelhantes. Como diferenciá-las?

A

Linfoma primário do SNC comumente apresenta EBV na análise do líquor e, além disso, costuma aparecer com contagem de CD4 extremamente baixa: < 50.

A neurotoxoplasmose já aparece com CD4 maior que 50.

103
Q

Sabe-se que a neurotoxoplasmose comumente responde ao tratamento em até 14 dias. Caso contrário, o que pensar?

A

Pensar em linfoma primário do SNC, já que as manifestações e a imagem são semelhantes. Possui prognóstico pobre.

104
Q

Que síndrome a encefalite pelo HIV costuma desenvolver naqueles que são acometidos? Comumente surge com qual contagem de CD4?

A

Síndrome demencial.

CD4 < 200.