Câncer de Tireoide Flashcards
Qual o tumor maligno mais comum da tiroide?
Acomete pessoas de que sexo e de que idade?
O carcinoma papilífero.
Mulheres entre 20 a 40 anos
Qual tipo histológico de CA de tireoide mais associado à exposição à radiações?
Carcinoma papilífero.
Dois achados histopatológicos típicos do CA papilífero de tireoide.
- Corpos psamomatosos
* Cromatina nuclear fina e não condensada (núcleo em olhos da Órfã Annie).
O carcinoma papilífero possui três principais subtipos, quais são?
- CA papilífero com projeções papilares
- CA papilífero com estrutura folicular (variante folicular do papilífero)
- Misto dos dois acima
Principal forma de disseminação do CA papilífero.
Principalmente linfática, acometendo linfonodos cervicais.
Quadro clínico típico do CA papilífero de tireoide.
- Massa de crescimento lento na topografia da tireoide.
* Achado de linfonodo aumentado sugere o CA papilífero como tipo de CA de tireoide.
Como é feito o diagnóstico do CA papilífero de tireoide?
Punção aspirativa por agulha fina (PAAF).
Quais são os fatores a serem levados em consideração para o prognóstico do CA papilífero de tireoide?
- Idade
- Sexo
- Extensão
- Tamanho
- Grau
- Metástase
Características de bom prognóstico (baixo risco) no CA papilífero de tireoide.
- Idade < 40 anos
- Sexo: feminino
- Extensão: TU confinado à tireoide, sem extensão capsular ou extracapsular
- Tamanho: < 2 cm
- Grau: bem diferenciado
- Metástase: ausente
Características de mau prognóstico (alto risco) no CA papilífero de tireoide.
- Idade: 40 anos
- Sexo: masculino
- Extensão: extratireoidiana; invasão subcapsular
- Tamanho: > 4 cm
- Grau: pouco diferenciado
- Metástase: metástases regionais ou à distância
Em geral, o CA papilífero possui bom ou mau prognóstico?
Em relação aos de tireoide, é o de melhor prognóstico.
Como é feito o tratamento do CA papilífero de tireoide em lesões < 1 cm ou que sejam consideradas de baixo risco?
Tireoidectomia parcial (lobectomia + istmectomia).
Como é feito o tratamento do CA papilífero de tireoide em lesões > 2 cm, que sejam consideradas de alto risco, com história de exposição à irradiação ou em menores de 15 anos?
- Tireoidectomia total
* Linfadenectomia reservada aos pacientes com linfonodomegalia palpável
Possíveis complicações da tireodectomia.
- Hipotireoidismo
- Paralisia do nervo laríngeo recorrente:
- Unilateral: rouquidão
- Bilateral: insuficiência respiratória por paralisia bilateral de cordas vocais - Lesão do ramo externo do laríngeo superior: dificuldade em elevar o tom de voz
- Hipoparatireoidismo (lesão ou ressecção da glândula)
- Hemorragia pós-op
Protocolo imediato a ser realizado pós-tireoidectomia total.
Levotiroxina ad eternum
+
Depois da cirurgia:
- Cintilografia de corpo inteiro com Iodo
- Dosagem de tireoglobulina sérica
Paciente realizou tireoidectomia total e no pós-operatório apresentou aumento de tiroglobulina sérica e/ou cintilografia de corpo inteiro de iodo positiva. O que fazer?
Radioablação com iodo radioativa.
Como é feito o acompanhamento do CA papilífero de tireoide?
- 6 meses após cirurgia: cintilografia de corpo inteiro
- De 6 em 6 meses: dosar tireoglobulina
Na tireoidectomia total:
- Tireoglobulina positiva e > 1 a 2: recidiva tumoral
Na tireoidectomia parcial:
- Tireoglobulina deve permanecer entre 3 e 5
Qual CA de tireoide mais associado à deficiência de iodo?
O carcinoma folicular.
O carcinoma folicular é mais comum em que sexo e em que idade?
Mulheres > 40 anos.
Qual a forma de disseminação mais comum do CA folicular de tireoide?
Hematogênica.
Acometimento linfonodal é raro!
Aspecto clínico marcante do CA folicular de tireoide.
Crescimento RÁPIDO de nódulo tireoidiano.
Questão importante relacionada ao diagnóstico do CA folicular de tireoide.
Como os nódulo de tireoide são abordados via PAAF, esse também seria o raciocínio para o folicular. Entretanto, é impossível diferenciar o adenoma folicular de tireoide do carcinoma folicular de tireoide pela PAAF.
Assim, o diagnóstico de carcinoma folicular de tireoide só pode ser confirmado após a cirurgia.
Tratamento do carcinoma folicular de tireoide para lesões < 2 cm.
Lobectomia + istmectomia.
Tratamento do carcinoma folicular de tireoide para lesões > 2 cm.
Tireoidectomia total. Associar linfadenectomia cervical no caso de linfadenomegalia palpável.
O que é o carcinoma de células de Hürthle?
- Variedade do carcinoma folicular que é mais agressiva e menos diferenciada.
- Costuma metastatizar para linfonodos regionais.
- Apresenta células oxifílicas (oncócitos).
- Ttto: tireoidectomia total + dissecção cervical central ipsilateral.
De que células é originado o carcinoma medular da tireoide?
Das células C (ou parafoliculares) produtoras de calcitonina.
Idade mais comum do CMT.
Surge entre a 5ª e 6ª década de vida.
A maioria dos CMT são de origem esporádica ou familiar?
- 80% esporádicos
* 20% familiar (NEM 2A e 2B)
A NEM tipo 2A associa que achados?
- CMT
- Feocromocitoma
- Hiperparatireoidismo
A NEM tipo 2B associa que achados?
- CMT
- Feocromocitoma
- Hábito marfanoide
- Neuromas de mucosa
Que gene, ao ser encontrado em familiares que apresentem NEM 2, indica tireoidectomia profilática?
Proto-oncogene RET
Suspeita diagnóstica e confirmação diagnóstica do CMT.
- Massa palpável em região de tireoide + calcitonina elevada sugere o diagnóstico.
- Confirmado pela PAAF.
Qual o cuidado devemos ter no paciente com CMT para excluir feocromocitoma associado?
Investigar catecolaminas urinárias.
Como é o tratamento do CMT?
Tireoidectomia total + ressecção linfonodal.
Não responde à ablação com iodo ou terapia supressiva com levotiroxina.
Em que população há maior incidência do carcinoma anaplásico de tireoide?
Em idosos.
Também há incidência aumentada em áreas deficientes de iodo.
Características do tumor anaplásico de tireoide.
- É mais agressivo: sobrevida acima de 6 meses é rara
- Crescimento extremamente rápido, com invasão de linfonodos e estruturas contíguas
- Mutações no gene supressor p53
Como fazer o diagnóstico do carcinoma anaplásico de tireoide?
PAAF.
Tratamento para o carcinoma anaplásico da tireoide.
- Traqueostomia para prevenir asfixia por invasão traqueal
* QT + RT (pouco valor prognóstico)
O linfoma de tireoide está associado a que doença?
Hashimoto.
Qual o tipo mais comum de linfoma a se desenvolver na tireoide?
Linfoma B de grandes células.
Conduta no nódulo tireoidiano com TSH baixo.
No caso de indicação de PAAF, o que fazer no seguintes casos?
PAAF não diagnóstica PAAF maligna PAAF com suspeita de CA papilífero PAAF com neoplasia folicular PAAF com atipia ou lesão folicular PAAF benigna
- Nódulo presente com TSH baixo
- Realizar cintilografia
- Nódulo quente/captante = ADENOMA TÓXICO (benigno)
- Nódulo frio/não captante = USG
Resultados da PAAF:
PAAF não diagnóstica: repetir PAAF e USG
PAAF maligna: cirurgia
PAAF com suspeita de CA papilífero: cirurgia
PAAF com neoplasia folicular: teste molecular
PAAF com atipia ou lesão folicular: teste molecular ou PAAF
PAAF benigna: seguimento
Conduta no nódulo tireoidiano com TSH alto.
No caso de indicação de PAAF, o que fazer no seguintes casos?
PAAF não diagnóstica PAAF maligna PAAF com suspeita de CA papilífero PAAF com neoplasia folicular PAAF com atipia ou lesão folicular PAAF benigna
- Nódulo tireoidiano com TSH alto (ignorar cintilografia) = USG
- USG com lesão sólida = PAAF
Resultados da PAAF:
PAAF não diagnóstica: repetir PAAF e USG
PAAF maligna: cirurgia
PAAF com suspeita de CA papilífero: cirurgia
PAAF com neoplasia folicular: teste molecular
PAAF com atipia ou lesão folicular: teste molecular ou PAAF
PAAF benigna: seguimento
Classificação de Bethesda e o que fazer.
- I - Amostra insatisfatória
- Complementar a PAAF com PAAF + USG
- II - Benigna
- Seguimento
- III - Atipia de significado indeterminado
- Repetir a PAAF
- IV - Suspeito de Neoplasia Folicular
- Lobectomia
- IV - Suspeito de Malignidade
- Tireoidectomia / Lobectomia
- Malignidade
- Tireoidectomia