(CIR PED) Gastrocirurgia Parte 1/3 Flashcards

1
Q

O que é Atresia do Esôfago?

A

É uma malformação congênita caracterizado pela interrupção da luz do esôfago e pode existir comunicação com a árvore brônquica

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Q

Como é a Classificação de Gross na Atresia de Esôfago?

A

A - Sem fístula (8%)

B - Com fístula traqueoesofagica proximal (1%)

C - Com fístula traqueoesofagica distal (87%)

D - Com dupla fístula, proximal e distal (1,4%)

E - Fístula traqueoesofagica em “H” (3%)

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3
Q

Qual é a Síndrome de Malformação associada a Atresia de Esôfago?

A

Síndrome de VACTERL

V- vértebras 
A- anorretais
C- cardíacas (mais comum)
T- traqueais
E- esofágicas
R- renais e osso rádio 
L- Limbs (membros)
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4
Q

Qual é o quadro clínico no pré natal na Atresia de Esôfago?

A

Polidramnio
Estômago pequeno ou ausente
Coto esofágico proximal dilatado

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5
Q

Qual é o quadro clínico na sala de parto na Atresia de Esôfago?

A

Impossibilidade de progredir a sonda

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6
Q

Qual é o quadro clínico no berçário de Atresia de Esôfago?

A

Salivação excessiva

Sintomas respiratórios (aspiração de saliva)

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7
Q

Como é o tratamento inicial de Atresia de Esôfago?

A

Jejum
Decúbito elevado 30°
Suporte nutricional IV
ATB
Sonda no voto esofágico em aspiração contínua com sistema Venturi
Avaliação radiológica com contraste (iodo)

Obs: com o diagnóstico sem fístula deixar em posição de Trendelenburg

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8
Q

Oq acha no exame radiológico tórax e abdome na Atresia de Esôfago?

A

Sonda enrolada no coto proximal
Stop de contraste no coto
Bastante ar no estômago (fístula distal)

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9
Q

Como é feito o tratamento cirúrgico da Atresia de Esôfago?

A

Toracotomia posterolateral direita com acesso extrapleural

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10
Q

Quais são os parâmetros para prognóstico cirúrgico em Atresia de Esôfago?

A

Peso de nascimento e anomalias associadas (Sd de VACTERL)

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11
Q

Como chama as classificações de prognóstico de Atresia de Esôfago?

A

Classificação de Waterston

Classificação de Spitz

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12
Q

Quais as complicações precoces e tardia no pós operatório em Atresia de Esôfago?

A

Precoce:
Fístula de anastomose
Estenose de esôfago
Recidiva traqueoesofagica

Tardia:
Impactação do alimento no esôfago
Refluxo gastroesofágico

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13
Q

Qual é a lesão aguda esofágica causada por agente química mais comum?

A

Hidróxido de sódio - Soda Cáustica

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14
Q

Qual o mecanismo da lesão em ingestão de agente químico ácido?

A

Necrose de coagulação

Age em extensão e não em profundidade

Secreção gástrica não neutraliza

Pode ter corrosão do piloro (espasmo de piloro)

Evolui 24-48h necrose -> perfuração

Tardiamente fibrose cicatricial com deformidade e obstrução do piloro

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15
Q

Qual o mecanismo da lesão em ingestão de agente químico alcalis?

A

Necrose de liquefação

Compromete em profundidade

Espasmo esofágico

Piloro se contrai e a substância permanece em movimento entre estômago e esôfago distal até neutralização ou atonia gástrica

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16
Q

Como é o manejo inicial da ingestão de agentes químicos?

A

Manutenção das vias aéreas
Oxigenação
Estabilidade cardiovascular

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17
Q

Como é feito o diagnóstico por ingestão de agentes químicos?

A

Endoscopia

Obs: Realizado nas primeiras 24-48h após a ingestão

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18
Q

Qual é o agente química q provoca mais lesões graves e mais frequente?

A

As substâncias alcalinas provocam lesões mais frequentes e geralmente mais graves do que as ácidas

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19
Q

Como é feito o manejo em pacientes graves por ingestão de agentes químicos?

A

Sonda nasogástrica para alimentação precoce, guia para dilatações programadas e manutenção da latência do lúmen esofágico

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20
Q

Como é o refluxo fisiológico?

A

Regurgitação indolor sem esforço em RN saudável

Início 1-3m de vida

Não existe deficit de ganho ponderal ou doença respiratória

Regride em até 18m

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21
Q

Como é o refluxo patológico?

A
Sintomas gastrointestinais 
(Vômitos, dor em queimação, disfagia, irritabilidade)

Sintomas respiratórios
(Tosse, cianose, apneia, broncoespasmos)

Sintomas otorrinologicas
(Otites, sinusites de repetição, rouquidão, estridor)

Deficit de ganho ponderal, distúrbio do sono e anemia

22
Q

Qual é o exame padrão ouro para diagnóstico de Refluxo gastroesofágico?

A

pHmetria esofágica 24h

23
Q

Como é o tratamento da Refluxo Gastroesofágico?

A

Medidas posturais e Dietéticas

Medicamentos (IBP, procinéticos, antiácidos)

24
Q

Como chama a cirurgia para tratamento do Refluxo Gastroesofágico?

A

Fundoplicadura Nissen em Videolaparoscopia

25
Oq é Estenose Hipertrofica do Piloro?
Hipertrofia progressiva da musculatura do piloro
26
Como é o quadro clínico da Estenose Hipertorfica do Piloro?
Vômitos em jatos não biliosos na 2-3 sem de vida Exame Físico: Desnutrido, desidratado e irritado (faminto) Massa abdominal palpável, móvel e indolor no HCD (oliva pilórica) Peristaltismo de luta (ondas de Kussmaul) Sinal do Vascolejo (barulho de água no estômago)
27
Quais são os distúrbios hidroeletroliticos na Estenose Hipertrofica do Piloro?
Alcalose metabólica hipocloremica Hipocalemia Acidúria Paradoxal
28
Como é feito do diagnóstico de Estenose Hipertrofica do Piloro?
Rx de abdome simples/contrastado Distensão gástrica Sinal da chama de vela
29
Qual é o exame de maior acurácia na Estenose Hipertrofica do Piloro?
US de Abdome Comprimento do canal pilórico: >= 17mm Espessura do músculo: >= 4mm Diâmetro: >= 14mm
30
Como é feito o tratamento da Estenose Hipertrofica do Piloro?
Cirurgia: Piloromiotomia extramucosa | Fredet-Ramstedt-Weber
31
Qual é a causa da hipopotassemia na Estenose Hipertrofica do Piloro? E qual íon deve ser primeiramente reposto para seu tratamento?
Depleção de sódio do LEC pelo vômitos, leva uma alcalose metabolica hipocloremia e no rim reabsorção de sódio e excreção de potássio e H+ gerando hipopotassemia e aciduria paradoxal O íon reposto é o Sódio por meio de Cristaloide
32
Como são causados as Obstruções Duodenais?
Podem ser intrínsecas e extrínsecas Intrínsecas: Atresia, estenose e membranas Extrínsecas: Pancreas Anular, má rotação intestinal com bandas de Ladd e duplicidade duodenal
33
Qual é a causa mais comum de Obstrução Duodenal e o quadro clínico?
Distal a papila duodenal Vômitos vilosos desde as primeiras horas de vida
34
Quais são as associações de Síndromes com a Obstrução Duodenal?
Síndrome de Down (20-30%) Síndrome VACTERL Anomalias do SNC e cardíacas
35
Como é feito a suspeita da Atresia e Obstrução Duodenal?
Desde a gestação com polidramnio detectado por meio do sinal da dupla-bolha à US até Rx simples de abdome com o mesmo sinal
36
Como é o tratamento da Atresia e Obstrução Duodenal?
Duodenoduodenoanastomose
37
Oq consiste a Atresia das Vias Biliares?
Obstrução completa ou ausência de Ducto biliares intra e extra-hepáticos Doença colestático neonatal
38
Como é classificado a Atresia das Vias Biliares?
Tipo 1: atresia no nível do ducto biliar comum Tipo 2: atresia no nível do ducto hepático Tipo 3 (mais comum): atresia nos ducto hepáticos direito e esquerdo (desde intra e extra-hepáticas, pode evoluir para cirrose)
39
Como podem ser classificadas com sua origem na Atresia de Vias Biliares?
``` - Embrionárias (10-20%): Sindromicas - associadas a poliesplenia (90%) Má rotação (30%) Veia porta pré-duodenal (50%) Ausência de veia cava inferior (50%) ``` - Perinatal
40
Como é o quadro clínico e laboratorial da Atresia das Vias Biliares?
2-3 sem de vida Icterícia, colúria, hipocolia ou acolia e hepatomegalia Evolui com anemia, má nutrição, deficiência de vitaminas lipossolúvel, esplenomegalia, ascite e cirrose Aumento da bilirrubina D, FA, Gama-GT
41
Como é feito o diagnóstico da Atresia das Vias Biliares?
US de Abdome - avaliação inicial Cintilografia hepática (DISIDA) - detecta se há drenagem da bile para o duodeno Biópsia hepática percutânea (antes do 10 semana de vida)
42
Como é o tratamento da Atresia das Vias Biliares?
Tratamento cirúrgico até 10sem de vida Procedimento de Kasai: portoenteroanastomose em Y de Roux
43
Qual é a complicação mais comum no pós operatório na Atresia das Vias Biliares?
Colangite
44
Oq fazer quando há falha na cirurgia e falência hepática na Atresia das Vias Biliares?
Transplante Hepático
45
Oq consiste a Dilatação Congênita das Vias Biliares?
Anormalidades congênitas dos ductos biliares com dilatação cística da árvore biliar extra-hepática e/ou ramos intra-hepáticos
46
Qual é a tríade clássica da Dilatação Congênita das Vias Biliares?
Dor abdominal intermitente Icterícia Lesão palpável no HCD Obs: na primeira década de vida
47
Como é a Classificação de Todani da Dilatação das Vias Biliares?
Tipo 1: dilatação cística isolada do ducto hepático/colédoco (cisto de colédoco) Tipo 2: divertículo do ducto hepático/colédoco Tipo 3: dilatação do colédoco terminal com saliência para luz duodenal (coledococele) Tipo 4: dilatação do ducto hepático/colédoco com dilatação de via biliar intra-hepática Tipo 5: dilatação predominante da árvore intra-hepática (Doença de Caroli)
48
Quais os quadros clínicos da Doença de Caroli?
Colangite de repetição Cirrose biliar secundária
49
Como é feito o diagnóstico de Dilatação Congênita das Vias Biliares?
Colangiorressonancia (exame de eleição) US de Abdome CPRE
50
Como é feito o tratamento da Dilatação Congênita das Vias Biliares?
Cirúrgico Tipo 1: ressecção do cisto e derivação biliodigestiva em Y de Roux Tipo 2: ressecção do divertículo Tipo 3: papiloesfincterectomia endoscópica Tipo 4 e 5: hepatectomias parciais ou transplante hepático Cirrose: Transplante hepático Doença de Caroli: hepatectomia parcial