Onco: emergências oncológicas Flashcards

1
Q

Fisiopatologia da hipercalcemia maligna (2)

A

80%: produção de PTHrP (recombinante) pelo tumor primário
20%: metástases ósseas (também libera PTHrP)

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2
Q

Clínica da hipercalcemia maligna

A

Inespecífica:
1. Desidratação
2. Confusão mental
3. Constipação
4. Fadiga

2 primeiros: aguda / 2 últimos: crônica

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3
Q

Investigação da hipercalcemia maligna (4)

A
  1. Cálcio iônico
  2. PTH e PTHrP
  3. Vitamina D
  4. Cintilogafia óssea (excluir metástases ósseas)
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4
Q

Como corrigir o valor do cálcio em casos de hipoalbuminemia?

A

Acrescentar 0,8 de Ca para cada 1 de albumina abaixo de 3,5 / 4

Ex: Alb 3 - Ca 10,5 ==> Cálcio “real” 10,9

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5
Q

Valores laboratoriais esperados na hipercalcemia maligna (cálcio, PTH, PTHrP, vitamina D)

A

Cálcio: > 10,5
PTH: reduzido (se aumentado = hiperpara primário sobreposto)
PTHrP: aumentado (reduzido se a causa for metástase óssea)
Vitamina D: reduzida (aumentada se for linfoma)

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6
Q

Conduta na hipercalcemia maligna (4)

A
  1. Hidratação vigorosa (1000 mL a cada 6h)
  2. Suspender AINEs e tiazídicos
  3. Repor fosfato
  4. Bisfosfonato (ação após 2-4 d)
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7
Q

A hipercalcemia é um marcador de péssimo prognóstico

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro

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8
Q

Secreção inapropriada de ADH

A

Aumento da produção de ADH levando à hiponatremia normovolêmica

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9
Q

Fisiopatologia da SIADH (3)

A
  1. Retenção hídrica inicial causando hiponatremia dilucional
  2. Ativação de ANP - natriurese, com espoliação de sódio > perda hídrica
  3. Restauração da euvolemia, causando hiponatremia normovolêmica
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10
Q

Causa de hipouricemia na SIADH

A

Espoliação de ácido úrico junto à natriurese causada pelo ANP

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11
Q

Clínica da hiponatremia causada pela SIADH (4)

A

Edema cerebral levando à síndrome da HIC:
1. Cefaleia
2. Náuseas e vômitos
3. Rebaixamento do nível de consciência
4. Convulsão

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12
Q

A SIADH é o distúrbio mais frequente em pacientes hospitalizados, sobretudo nos portadores de neoplasias

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro

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13
Q

Protótipo de neoplasia causadora de SIADH

A

CA de pulmão tipo pequenas células

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14
Q

Diagnóstico de SIADH (4)

A
  1. Hiponatremia normovolêmica
  2. Osmolaridade urinária aumentada (> 100)
  3. Na+ urinário aumentado (> 40)
  4. Osmolaridade sérica reduzida (< 275)

Hiponatremia com osmolaridade e Na urinário aumentados (paradoxal)

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15
Q

Tratamento da SIADH (4)

A
  1. Restrição hídrica < 800 mL/d
  2. Furosemida
  3. Demeclociclina ou vaptano (antagonista de ADH)
  4. Reposição de Na+ (se necessária!)
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16
Q

Principais causas de síndrome da veia cava superior (2)

A
  1. Neoplasias (CA de pulmão e linfoma - pelo tumor ou por linfonodos acometidos)
  2. Trombose de VCS (CVC)
    Outros: aneurisma de aorta, bócio, fibrose mediastinal
17
Q

Clínica da SVCS (4)

A
  1. Dispneia
  2. Turgência jugular
  3. Edema de face
  4. Circulação colateral em tórax
  5. Casos graves: HIC (edema cerebral), IRespA (edema de laringe)
18
Q

A maioria dos casos de SVCS não é emergência, devendo ser feita biópsia da massa ou de linfonodos associados para definição da conduta

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro

19
Q

Tratamento da SVCS (4)

A
  1. Cabeceira elevada
  2. Evitar hiperidratação
  3. Se radioterapia: corticoide
  4. Se trombose de VCS: anticoagulação + remoção do cateter
20
Q

Indicações de stent intraluminal na SVCS (2)

A
  1. Desobstrução imediata em caso de emergência (edema cerebral, edema laríngeo)
  2. SVCS refratária
21
Q

Síndrome da compressão medular

A

Compressão da medula espinal e/ou das raizes nervosas por metástase óssea localizada no corpo vertebral ou no forame neural, causando isquemia e podendo levar à lesão neurológica definitiva

Torácica (70%) > lombar > cervical

22
Q

Tumores que mais causam SCM (4)

A

Pulmão, mama, próstata e mieloma múltiplo

23
Q

Clínica da SCM (4)

A
  1. Dor (primeiro sintoma)
  2. Perda de sensibilidade
  3. Paralisia flácida > espástica
  4. Disfunção esfincteriana (retenção urinária, constipação)
24
Q

Exame complementar mais indicado para confirmação diagnóstica de SCM

A

Ressonância magnética (RX e TC podem ser usados para avaliação inicial)

25
Conduta em paciente com suspeita de SCM e **alterações neurológicas**
Dexametasona antes da realização de RNM!
26
Tratamento da SCM (3)
1. **Dexametasona** 10 mg IV bolus + 4 mg 6/6h 2. **Radioterapia** (se radiossensível) 3. **Cirurgia** (descompressão ou estabilização da coluna)
27
Características de **metástase cerebral** na neuroimagem (3)
1. **Localização** entre substância branca e cinzenta 2. Anel de **contraste** perilesional 3. **Edema** perilesional
28
Conduta frente a metástase cerebral na **urgência**
Dexametasona 4 mg 6/6h
29
Clínica da SLT (4)
1. Náuseas e **vômitos** 2. **Arritmia** 3. **Convulsão** e alteração do nível de consciência 4. **IRA** 5. Hipercalemia, hiperuricemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia
30
Intervalo temporal mais comum de ocorrência de SLT
1-5 dias após **início de QT** | Também pode ser espontânea
31
Conduta na SLT (3)
1. **Hidratação** vigorosa 2. **Alopurinol** ou rasburicase 3. Monitorização de **função renal e eletrólitos** (12/12h nos primeiros 3 dias)
32
**NEUTROPENIA** Definição e condutas inicias na neutropenia febril
Definição: - Febre + neutro **< 500** OU neutro **< 1000 com tendência à queda** ~ Chemocare: checar o nadir de cada QTx Condutas iniciais: - Investigação de **foco infeccioso**: anamnese e exame físico minuciosos (incluindo pele, mucosas, cateteres) + HMC + cultura de cateter + EAS/URC + RX tórax +/- TC seios da face, tórax e abdome - Investigação de **disfunção orgânica**: HMG, coagulograma, função renal e eletrólitos, função e lesão hepática, lactato arterial, PCR - ATB empírico com cobertura para Pseudomonas e primeira dose EV: **cefepime OU tazocin +/- vancomicina** ~ Associar vanco se: pele, partes moles, ICS associada a cateter, pneumonia, mucosite intensa, instabilidade hemodinâmica
33
Neutropenia febril Microrganismos causadores (4)
1. Stafilo coagulase negativo 2. E. coli 3. Klebsiela 4. Pseudomonas
34
**NEUTROPENIA** Como decidir entre tratamento hospitalar ou ambulatorial e condições que devem ser feitas mesmo no regime ambulatorial
- Geral: todo paciente vai ser internado, tendo o médico que ser convencido do contrário 1) Julgamento **clínico** 2) Escore **MASCC >= 21** 3) Escore **CISNE =< 2** 4) Condição psicossocial + **distância =< 1h** do hospital Mesmo se for ambulatorial: - Primeira dose **EV** - Observação no serviço por **4h** - Reavaliação diária após alta
35
Neutropenia febril Indicações de internação independente do escore MASCC (3)
1. Neoplasia hematológica (mais grave = leucemia aguda) 2. População pediátrica 3. Suspeita de MRSA (mucosite intensa, cateter profundo)
36
Neutropenia febril Tratamento hospitalar vs ambulatorial
Hospitalar: cefepime, ceftazidima, tazocin, imipenem, meropenem Ambulatorial: **amox-clav + ciprofloxacino** * Adicionar teico ou vanco se risco de MRSA
37
Neutropenia febril Suspeita de MRSA (3) e conduta
1. Infecção de **cateter** profundo, de **pele/partes moles** e **pneumonia** 2. **Mucosite** intensa 3. **Instabilidade** hemodinâmica 4. Adicionar teicoplanina ou **vancomicina**
38
**NEUTROPENIA** O que pensar se quadro em piora mesmo após 72h de tratamento
- Foco **retido**: ~ **TC** seios da face, tórax, abdome - Microrganismo **resistente**: ~ Acrescentar **vancomicina** ~ Repetir culturas - Infecção **fúngica**: ~ Antifúngico empírico (**micafungina**/caspofungina ou anfotericina B - NÃO pode ser fluconazol) [Em outras palavras, acrescentar antifúngico e vanco se persistência de febre >= 72h]