Cardio: arritmias Flashcards

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1
Q

Critérios de instabilidade hemodinâmica (4)

A
  1. Hipotensão
  2. Precordialgia
  3. Dispneia
  4. Redução do nível de consciência
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Q

Conduta na taquiarritmia instável (2)

A

QRS largo+irregular: desfibrilação 200 J (+ sulfato de magnésio, se torsades de pointes)

QRS largo+regular OU QRS estreito: cardioversão sincronizada

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Q

Conduta nas taquiarritmias estáveis de QRS estreito e regular (4)

A
  1. Manobra vagal (Valsalva modificado ou massagem do seio carotídeo)
  2. Adenosina 6 mg IV bolus (exceto flutter!)
  3. BB EV
  4. Cardioversão sincronizada (orientar o paciente > analgesia e sedação > choque > avaliação do ritmo com as pás)

[Não se aplica à FA, que apresenta R-R irregular e deve ser revertida com amiodarona ou cardioversão]

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4
Q

Taquiarritmias de QRS estreito (5)

A
  1. Taquicardia sinusal
  2. Taquicardia por reentrada nodal (protótipo do grupo das taquicardias supraventriculares)
  3. Fibrilação atrial
  4. Flutter atrial
  5. Taquicardia atrial multifocal
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Q

Taquicardia sinusal (2)

A
  1. QRS estreito e regular
  2. Presença de P/QRS/T
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6
Q

Manobras vagais e adenosina apresentam ação sobre o nó AV, portanto são eficazes apenas em arritmias supra-hissinianas sem via acessória

Verdadeiro ou falso

A

Verdadeiro

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7
Q

Taquicardia por reentrada nodal (2)

A
  1. QRS estreito e regular
  2. Sem onda P, apenas QRS/T
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8
Q

Fibrilação atrial (2)

A
  1. QRS estreito e irregular
  2. Sem onda P, com onda f (padrão em serrilhado fino)
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9
Q

Flutter atrial (3)

A
  1. QRS estreito e regular (pode ser irregular, se bloqueio AV variável)
  2. Sem onda P, com onda F (padrão em serrote - V1 e parede inferior)
  3. Frequências “mágicas”: atrial de 300 -> ventricular de 150, 100, 75 (flutter 2:1, 3:1, 4:1)
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10
Q

Taquicardia atrial multifocal (3)

A
  1. QRS estreito e irregular
  2. Ondas P com 3 morfologias distintas
  3. Típica da DPOC e HAP
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11
Q

Tratamento da TRN (2)

A
  1. Ablação
  2. Betabloqueador ou verapamil (se IC)

(Tratamento apenas se sintomas recorrentes)

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12
Q

Taquiarritmias de QRS alargado (5)

A
  1. Taquicardia supraventricular com aberrância
  2. WPW
  3. Taquicardia ventricular
  4. Torsades de pointes
  5. Fibrilação ventricular
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13
Q

Conduta nas taquiarritmias estáveis de QRS alargado (4)

A
  1. Manobra vagal - pouco usada na prática
  2. Adenosina (após descartada pré-excitação!) - pouco usada na prática
  3. Amiodarona
  4. Cardioversão
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14
Q

Síndrome de WPW (2)

A
  1. PR curto + onda delta
  2. Taquiarritmia paroxística sintomática (palpitação, lipotímia, dispneia)
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15
Q

Fisiopatologia da síndrome de WPW

A

Taquicardia por reentrada atrioventricular (TRAV) antidrômica (desce pela via anômala e sobe pelo nodo AV)

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16
Q

Tratamento da fase aguda da síndrome de WPW

A

Cardioversão elétrica

PROSCRITO o uso de bloqueadores do nó AV (manobra vagal, adenosina), pois diminui o filtro das conduções em direção ao ventrículo, podendo causar fibrilação ventricular

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17
Q

Comorbidade temida em portadores de WPW

A

Fibrilação atrial

Portadores de WPW não têm filtro das conduções para o ventrículo feito pelo nó AV - com FA, há alto risco de morte súbita

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18
Q

Fatores de risco para taquicardia ventricular (3)

A
  1. Cardiopatia estrutural (isquemia)
  2. Síndrome do QT longo
  3. Síndrome de Brugada
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19
Q

Fisiopatologia da TV decorrente do QT longo

A

Fenômeno R sobre T: despolarização ventricular coincidente à repolarização, desesncadeando a arritmia

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20
Q

Fármacos causadores de síndrome do QT longo (5)

A
  1. Amiodarona
  2. Sotalol
  3. ATB (quinolonas, macrolídeos)
  4. Antipsicóticos e antidepressivos
  5. Metoclopramida
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21
Q

Síndrome de Brugada

A

Mutação genética do canal de sódio cardíaco - risco de morte súbita em pacientes jovens sem cardiopatia estrutural

22
Q

Alterações no ECG da síndrome de Brugada

A

SupraST > 2mm em V1-V3
Inversão de onda T

(Alterações transitórias desencadeadas por febre, isquemia, drogas, cardioversão)

23
Q

A decisão de anticoagulação na FA é feita com base no escore CHA2DS2VASc para todos os pacientes

Verdadeiro ou falso

A

Falso. Apenas nos casos de FA não valvar. Na FA valvar (estenose mitral moderada/grave ou prótese metálica), sempre é feita a anticoagulação (e apenas com varfarina)!

24
Q

Opções de anticoagulantes na FA (2)

A
  1. AC de ação direta (DOACS): rivaroxabana, edoxabana, apixabana e dabigatrana
  2. Dicumarínicos: varfarina

(Primeira opção = DOACS)

25
Q

Mecanismo de ação dos DOACS

A

Rivaroxabana, edoxabana e apixabana: inibição do fator Xa (sílaba “xa”)
Dabigatrana: inibição direta da trombina

26
Q

Mecanismo de ação da varfarina

A

Inibição dos fatores dependentes de vitamina K - 2, 7, 9 e 10

27
Q

Cuidados na administração da varfarina (2)

A
  1. Controle do RNI: para anticoagulação na FA, alvo de RNI 2-3
  2. Administrar longe das refeições e evitar folhas verdes (rúcula, espinafre, brócolis)
28
Q

Contraindicações aos DOACs (3)

A
  1. FA valvar (prótese metálica, estenose mitral moderada/grave)
  2. DRC com clearance < 15 mL/min
  3. Gestantes

Usar varfarina!

29
Q

Pilares do tratamento da FA estável (3)

A
  1. Anticoagulação (se CHA2DS2VASc 2H/3M ou FA valvar)
  2. Controle da FC (sempre - betabloqueador ou diltiazem/verapamil)
  3. Controle do ritmo cardíaco = cardioversão elétrica ou química/amiodarona (se houver indicação)
30
Q

Contraindicações à cardioversão (5)

A

Não há nenhum dos critérios:
1. FA há < 48h
2. Anticoagulação há > 3 meses
3. ECO transesofágico descartando trombos intracardiácos

Ou

  1. FA valvar
  2. CHA2DS2VASc 3+ H / 4+ M

Risco de tromboembolismo após cardioversão - deve anticoagular antes!

31
Q

Condições em que não vale a pena cardioverter, pois a FA irá recidivar (2)

A

FA > 1 ano OU AE muito aumentado

32
Q

Modalidades de cardioversão na FA

A
  1. Química: amiodarona (primeira escolha)
  2. Elétrica (após falha de cardioversão química)
33
Q

Cardioversão no flutter atrial

A

Apenas cardioversão elétrica (baixa resposta à cardioversão química)

34
Q

Fisiopatologia da FA e do flutter

A

FA: microreentradas múltiplas (FC 350-600)
Flutter: macroreentrada no istmo cavotricuspideo (FC 220-350)

35
Q

Terapia de ablação na FA e no flutter

A

FA: resolução temporária (múltiplos circuitos)
Flutter: resolução definitiva (circuito único)

36
Q

Local de ablação na FA e no flutter

A

FA: óstios das veias pulmonares
Flutter: istmo cavotricuspideo

37
Q

Commotio cordis

A

Trauma mecânico na parede torácica desencadeando FV - estímulo mecânico coincide com o período vulnerável do coração (próximo ao pico da onda T)

38
Q

Exames confirmatórios após colocação de marca-passo (2)

A

ECG e radiografia de tórax

39
Q

Conduta no flutter atrial (3)

A
  1. Controle da FC
  2. Reversão (sempre!)
  3. Anticoagulação
40
Q

Condição sistêmica causadora de taquiarritmia

A

Tireotoxicose (sempre solicitar TSH)

41
Q

Indicações de MP provisório (4)

A
  1. Pós-IAM
  2. Pós-cirurgia cardíaca ou cirurgia de grande porte em cardiopatas por Chagas
  3. Intoxicação por medicamentos bradicardizates (BB, antiarrítmicos)
  4. Controle agudo de bradicardia com instabilidade hemodinâmica
42
Q

Indicações de MP definitivo (4)

A
  1. Bradiarritmias malignas (Mobitz 2, BAVT)
  2. Doença do nó sinusal
  3. Síndrome taqui-bradi (bradicardia grave induzida por medicamento necessário para controle de taquiarritmia)
  4. Síndrome do seio carotídeo
43
Q

Indicações de CDI (3)

A
  1. TV sustentada
  2. IC com FE < 30%
  3. Síndrome de Brugada com antecedente de síncope ou arritmias
44
Q

Conduta nas bradiarritmias instáveis (3)

A
  1. Atropina (apenas se QRS estreito)
  2. MPTV
  3. Se não houver MPTV: dopamina ou adrenalina em bomba de infusão
45
Q

Nomenclatura do MP (5)

Letras

A
  1. Câmara sobre a qual atua (A/V/D)
  2. Câmara cuja atividade detecta (A/V/D/O)
  3. Ação do MP com base no que detectou (I/T/D/O)
  4. Regula a FC com base na atividade física detectada (R)
  5. Desfibrila (CDI)
46
Q

ARRITMIAS - FIBRILAÇÃO ATRIAL

Quando indicar anticoagulação antes de cardioversão? (3)

A
  1. FA > 48h ou tempo indefinido
  2. FA valvar (EM moderada/grave, valva metálica)
  3. CHA2DS2VASc >= 2 (homens) / >= 3 (mulheres)

(Na impossibilidade de realizar ECO transesofágico para evidenciar ausência de trombo)

47
Q

ARRITMIAS - FIBRILAÇÃO ATRIAL

Quando indicar anticoagulação indefinida?

A

CHA2DS2VASc >= 2H/3M (mesmo se não for realizar cardioversão)

CHA2DS2VASc = 1H/2M é recomendado, mas sempre individualizando o caso

48
Q

ARRITMIAS - BAVT

Causas de BAVT (6)

A
  1. Degenerativo (idade)
  2. Isquêmico
  3. Intoxicação (betabloqueador, amiodarona, digitálico)
  4. Hipotireoidismo
  5. Chagas
  6. DHE
49
Q

TORSADES DE POINTES

Tratamento (estável ou instável)

A

Estável: sulfato de magnésio

Instável: desfibrilação

50
Q

SÍNCOPES

Causas e características (3)

A

Cardiogênica:
- Idosos com cardiopatia
- Durante exercícios, posição deitada ou sentada
- Liga e desliga (sem pródromos ou pós-ictal)
- Avaliação com ECG

Neuromediada/autonômica (principal = vasovagal)
- Mulheres jovens
- Histórico familiar
- Posição em pé após muito tempo
- Avaliação com tilt test - se for paciente jovem, sem sinais de alarme e primeiros episódios, o diagnóstico de síncope vasovagal é clínico e NÃO precisa de exames adicionais além do ECG!

Hipotensão ortostática/postural:
- Idosos polimedicados
- Durante troca de posição (deitado > em pé)
- Avaliação com medição da PA 5 min deitado, imediatamente em pé e 3 min em pé

> Todo paciente com síncope deve receber ECG, mesmo se a suspeita não for cardiogênica!

51
Q

ADENOSINA

Importância diagnóstica da adenosina

A
  • Flutter:
    Diminui a FC e “aparece” as ondas F
  • WPW:
    Reverte o ritmo e “aparece” a pré-excitação (PR curto + onda delta)
52
Q

FA

Manejo do quadro agudo de FA estável

A

Decidir entre controle do ritmo OU apenas da frequência cardíaca

  • Controle do ritmo:
    ~ Indicação:
    Ecotransesofágico sem trombo
    FA < 48h
    Anticoagulação plena por 21 dias
    ~ Como:
    Amiodarona
    Propafenona
    CVE
  • Controle da FC:
    ~ Indicação:
    Risco de reverter ritmo (cardioembólico)
    ~ Como:
    Deslanosídeo
    Metoprolol
    Amiodarona - paciente crítico, em que o risco de cardioembolismo é “melhor” que PCR pelo metoprolol