Doença Hemolítica Perinatal Flashcards
Qual o tipo de incompatibilidade sanguínea materno-fetal mais comum?
Incompatibilidade ABO
Qual o tipo de incompatibilidade sanguínea materno-fetal mais grave?
Incompatibilidade pelo sistema Rh
Em quais condições (tipo sanguíneo materno x tipo fetal) ocorre incompatibilidade ABO? É necessária sensibilização prévia materna?
CONDIÇÕES: mãe O e filho:
- Tipo A ou
- Tipo B ou
- Tipo AB
NÃO É NECESSÁRIA SENSIBILIZAÇÃO PRÉVIA, pois existem anticorpos naturais na circulação materna (anti-A e anti-B) devido a exposição a bactérias que possuem antígenos A e B.
V ou F: a incompatibilidade materno-fetal do tipo O protege da incompatibilidade Rh
Verdadeiro. Pois antes da paciente sensibilizar para o sistema Rh, as hemácias fetais que passaram para o sangue materno já foram destruídas por anticorpos Anti-A ou Anti-B.
V ou F: o coombs indireto tem utilidade na avaliação da incompatibilidade materno-fetal tipo ABO
Falso. O Coombs indireto se presta apenas para avaliação da incompatibilidade materno-fetal tipo Rh (anticorpos IgG).
Diante de mãe G1P1cA0, TS O+, deu a luz a filho A+, que se apresentou nas 20 primeiras horas de vida com icterícia leve, qual o diagnóstico?
Incompatibilidade sanguínea materno-fetal tipo ABO
Quais são as condições necessárias (fator RH materno x paterno x fetal) para que ocorra incompatibilidade materno-fetal tipo Rh?
- Mãe Rh negativo e Du negativo
- Feto Rh positivo
- Pai Rh positivo
O que é a variante Du (em se tratando de sistema Rh)? Qual sua importância?
A incompatibilidade Rh é determinada pela expressão de alguns antígenos, dos quais o principal é o antígeno D. Pacientes que apresentam a variante Du tem uma expressão fenotípica fraca do antígeno D.
Gestantes que são Du positivo apresentam o antígeno D e portanto NÃO DESENVOLVEM anticorpo anti-D (o principal da incompatibilidade Rh).
Portanto…
- Gestante Rh negativo com fator Du positivo = NÃO SENSIBILIZA
- Gestante Rh negativo com fator Du negativo = SENSIBILIZA
É necessário sensibilização prévia materna para ocorrência de incompatibilidade tipo Rh?
Verdadeiro. A incompatibilidade não acomete com frequência o primeiro filho, a não ser em casos de hemotransfusão prévia sem conhecimento do fator Rh.
O que significa dizer que a gravidade do quadro da incompatibilidade Rh tende a ser progressiva a cada gestação?
A gravidade das repercussões fetais tende a aumentar a cada gestação, pois a produção de anticorpos se eleva a cada gestação.
Com qual exame se faz o “rastreio” da sensibilização materna para o sistema Rh?
Solicitar para todas gestantes Rh NEGATIVO o Coombs indireto no primeiro trimestre gestacional.
Se o Coombs indireto for negativo no primeiro trimestre gestacional, em se tratando de mãe Rh negativo com parceiro Rh positivo, qual a conduta?
Repetir o exame nas seguintes semanas gestacionais: 28, 32, 36 e 40.
Se o Coombs indireto for positivo no 1º tri, em se tratando de mãe Rh negativo com parceiro Rh positivo (na primeira gestação), qual a conduta?
Depende da titulação.
Se < 1:16 (1:8): repetir mensalmente até o parto
Se ≥ 1:16 (1:8): investigação de anemia fetal
Qual o primeiro exame indicado para RASTREIO de anemia fetal? Qual resultado indica a necessidade de um exame mais invasivo?
Dopplerfluxometria de artéria cerebral média (ACM).
Se máxima velocidade de pico sistólico ≥ 1,5 MoM = indicar cordocentese
OBS: a espectrofotometria é um método de rastreio invasivo através de amniocentese, em que se estima a anemia fetal a partir da bilirrubina encontrada no LA por amniocentese. Não é mais usado na prática.
Qual o exame PADRÃO-OURO para diagnóstico de anemia fetal?
CORDOCENTESE
É exame diagnóstico e terapêutico (pois possibilita a transfusão intra-útero caso necessária).
Explique sobre a profilaxia de doença hemolítica perinatal com imunoglobulina anti-Rh (imunoglobulina anti-D) na 28ª semana de gestação. Como saber se a profilaxia foi eficaz?
A imunoglobulina anti-Rh pode ser aplicada de rotina em TODAS AS GESTANTES que sejam Rh NEGATIVO, com PARCEIRO Rh POSITIVO, que se apresentem com Coombs indireto NEGATIVO na 28ª SG, visando-se a prevenção de doença hemolítica perinatal.
A gestante deve ser Coombs negativo, pois se for positivo, já há anticorpos anti-Rh na circulação materna, e a Ig não neutraliza eles, mas sim o sangue fetal circulante.
Comprova-se a eficácia da profilaxia quando se faz o Coombs indireto após algumas semanas, ele será positivado (devido à injeção da imunoglobulina), mas depois negativa.
Esta profilaxia não dispensa a necessidade da profilaxia pós-parto.
Para quais situações está indicada a Imunoglobulina anti-Rh materna (imunoglobulina anti-D)?
- Após o parto (preferência: até 72 h, mas no máximo até 28 dias)
- Após exames invasivos (cordocentese, amniocentese, biópsia de vilo corial)
- Após sangramentos gestacionais (abortamento, gravidez ectópica)
OBS: a gestante que apresenta Coombs indireto positivo (ou seja, já foi sensibilizada em outra gestação) não adianta receber imunoglobulina! Nesses casos, o ideal é fazer o acompanhamento do feto com o doppler de cerebral média
Como é feito o acompanhamento de gestantes que possuem gestação com antepassado de doença hemolítica perinatal grave?
Partir direto para o doppler de artéria cerebral média (ACM). O acompanhamento com Coombs indireto não tem validade.
Como é feito o tratamento do feto na doença hemolítica perinatal?
É possível fazer o tratamento intra-útero (transfusão intra-uterina com O negativo) através da cordocentese OU fazer o parto com posterior exsanguineotransfusão (caso o feto seja viável).
O Rezende coloca:
Fetos com ACM ≥ 1,5 MoM de IG > 35 = parto
Fetos com ACM < 1,5 MoM de IG < 35 = cordocentese
V ou F: o ideal seria repetir o Coombs indireto nas mães Rh negativas com parceiro Rh positivo no pós-parto para avaliar a necessidade de imunoglobulina. Se o Coombs é positivo, não há eficácia em se aplicar a imunoglobulina
Verdadeiro