UT2 - Cancro da Próstata (3) Flashcards
Castration-resistant PCa?
❑ Quando um doente deixa de responder à terapêutica de castração médica ou cirúrgica, quando deixa estar naquela fase que chamamos de fase de sensibilidade à castração, entra numa fase de resistência à castração.
❑ Como é que se faz diagnóstico de resistência à castração? É quando existe uma progressão do PSA apesar de se manter os níveis baixos de testosterona ou então aparecem novas lesões metastáticas normalmente, metástases ósseas.
❑ Em alguns doentes, mesmo em fase de resistência à castração, não conseguimos detectar metastização, não conseguimos ter evidência de metastização óssea ou visceral.
❑ São frequentes, mas são uma entidade própria que são o cancro da próstata resistente à castração não metastáticos, que só existem porque houve uma alteração da história natural do cancro da próstata, porque houve uma intervenção, uma intervenção cirúrgica ou radioterapia e depois houve uma intervenção hormonal na fase em que houve recidiva bioquímica.
❑ Quando os doentes metastizados deixam de estar na fase sensível à castração, passam a estar na fase de cancro da próstata resistente à castração.
Life prolonging therapies?
❑ Nesta fase, o docetaxel é o fármaco de eleição nesta fase de cancro da próstata resistente à castração, embora como disse à pouco possa também ser usado na fase hormossensível, na fase sensível à castração, associado à hormonoterapia.
❑ Só quero lembrar aqui que mesmo estando numa fase de resistência à castração, a castração continua a ser utilizada.
❑ E depois temos outro tipo de fármacos, como o rádio 223, essencialmente para doentes com metástases ósseas e sem metástases viscerais e que tem utilidade e tem indicação em doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração.
mCRPC - Management?
❑ O tratamento e a abordagem terapêutica dos doentes com cancro da próstata metastizado tem sido alvo de muitas modificações e ainda hoje não se sabe qual é a melhor terapêutica, qual é a sequência, qual a melhor combinação para alcançar os melhores resultados.
❑ O que nós sabemos hoje é que não há esquemas deferidos e perentórios, o que sabemos é que temos que utilizar de uma forma criteriosa este tipo de tratamentos, de uma forma sequencial e às vezes uma forma combinada e com isso consegue-se aumentar muito a sobrevida dos doentes e a qualidade de vida dos doentes.
Portanto o que é que está assente hoje?
❑ Nos doentes que desenvolvem, que entram na fase de resistência à castração, o que está mais ou menos estabelecido é que deverão, além de manter a castração médica, na maior parte das vezes o agonista LHRH, poderá ser oferecida uma terapêutica se tiverem condições que é a quimioterapia com docetaxel ou então os novos fármacos que prolongam a vida e que são fármacos anti-androgénicos de 2a geração ou inibidores da síntese de androgénios, como a abiraterona ou enzalutamida.
❑ E em alguns casos o rádio 223 que é um radionuclídeo administrado de forma sistémica.
❑ Em alguns casos após progressão ainda pode ser utilizado o cabazitaxel.
❑ Nesta fase de resistência à castração temos ainda uma panóplia de fármacos que nos permitem prolongar a vida, repito, com qualidade de vida aos doentes.