NT5 - Distúrbios do metabolismo do potássio e hipertensão secundária (2) Flashcards

1
Q

Etiologia de hipercaliémia - Excreção renal reduzida?

A

■ Insuficiência renal
✔ IRA
✔ IRC
✔ Distúrbios tubulares, doençatubulo-intersticial,uropatia obstrutiva

■ Insuficiência adrenal
✔ Hipoaldosteronismo
✔ D. Addison

■ Fármacos que inibem a excreção renal de potássio
✔ Diuréticos poupadores de potássio
✔ Antibióticos: trimetoprim, pentamidina
✔ IECA, ARA, AINEs, heparina, tacrolimus, ciclosporina (inibem o eixo SRAA)

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2
Q

Mecanismos de Ação de algumas etiologias de Hipercaliémia - Fármacos inibidores SRAA?

A

■ Os fármacos que inibem o SRAA atuam por inibição da aldosterona.
■ Quanto aos diuréticos poupadores de potássio:
✔ a espirolactona, atua como um antagonista da aldosterona;
✔ o triantereno e a amilorida inibem os canais de Na+.
■ A pentamidina e o trimetroprim (antibióticos) atuam também como inibidores dos canais de Na+.

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3
Q

Etiologia de hipercaliémia?

A

■ Transferência aumentada para o compartimento EC
✔ Destruição de tecidos / de células com libertação do conteúdo IC. Tal pode ocorrer na rabdiomiólise maciça, no estado mal epilético, no síndrome de lise tumoral (que ocorre mais no início da quimioterapia) e no síndrome de compartimento.
✔ Fármacos (digoxina, succinylcholine)
✔ Acidose
✔ Hiperosmolalidade
✔ Deficiência de insulina
✔ Paralisia periódica hipercalémica

■ Ingestão excessiva: ocorre mais frequentemente associado a um defeito da excreção renal (como em doentes em hemodiálise)

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4
Q

Pseudohipercaliémia?

A

Quando ocorre um aumento de K+ sérico, mas é um falso aumento
✔ Trombocitose
✔ Leucocitose
✔ Erro na técnica de punção venosa
✔ Hemólise in vitro

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5
Q

Manifestações clínicas de hipercaliémia?

A

→ A hipercaliémia sintomática é uma situação muito grave. É uma emergência médica!

■ Alterações progressivas do ECG: ondas T pontiagudas, aplanamento ou ausência das ondas P, alargamento do QRS
■ Desenvolvimento de arritmias ventriculares mortais / paragens cardíacas
■ Paralisia muscular com paralisia respiratória (do diafragma, por exemplo)
■ Acidose tubular renal tipo IV (diminuição da actividade H+, K+ - ATPase)

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6
Q

Terapêutica da Hipercaliémia - Considerar os níveis de potássio e o ECG?

A

■ Antagonizar os efeitos de membrana (da hipercaliémia na membrana)
– Gluconato de cálcio iv
– É uma ação temporária para ganhar tempo para tratamento definitivo, após visualização de alterações no ECG.
– A sua administração não influencia o valor sérico de K+! Serve apenas para repor o potencial de repouso e melhorar a condutividade celular (nomeadamente, no miocárdio), normalizando o ECG destes doentes.

■ Promover a entrada de potássio nas células (esta atitude diminuí os níveis séricos de K+ mas não o retiram de dentro do doente)
– Glicose com/sem insulina
– Bicarbonato de sódio para corrigir acidemia
– Agonistas beta-adrenérgicos
– Solução salina hipertónica (se hiponatremia)

■ Remoção do excesso de potássio
– Diuréticos - da ansa em doentes com função renal preservada
– Resinas permutadoras de catiões por via oral ou enema; atua ao nível do cólon, aumentando a excreção de K+; tempo de atuação mais lento
– Hemodiálise se tiver diminuição significativa da função renal ou não tiver diurese

■ Se houver depleção intravascular, deve-se repor a volémia com fluidoterapia intravenosa. Também isso irá ajudar a excretar mais K+.
■ Se doente estiver medicado com IECAs e/ou ARAs deve-se retirar.

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7
Q

Hipertensão Arterial Secundária?

A

■ Renal
– R enal paremquimatosa
– R eno-vascular (forma de hiperaldosterimo secundário)
■ Endócrina
– H iperaldosteronismo primário
■ Cardiovascular
■ Fármacos
■ Hereditária

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8
Q

Caracteristicas clínicas de HTA secundária?

A

■ Idade de início jovem
■ Início súbito de HTA
■ HTA refractária/não controlável
■ HTA maligna
■ Caracteristicas de uma causa secundária reconhecida (como são as situações que serão abordadas: hiperaldosterismo com hipocaliémia e muitas vezes com alcalose metabólica)

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9
Q

Hipertensão Reno-Vascular?

A

■ Doença aterosclerótica da artéria renal 2/3 dos casos, em idade mais avançada e muitas vezes com doença aterosclerótica conhecida noutros locais
■ Displasia fibromuscular mais frequente em mulheres jovens < 40 anos de idade

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10
Q

Hipertensão Reno-Vascular - Fisiopatologia?

A

■ Diminuição da perfusão renal com activação do eixo renina-angiotensina-aldosterona
■ Aumento da secreção de renina do rim lesado resulta em níveis altos de angiotensina II com aumento da reabsorção proximal tubular renal de Na, aumento do volume intravascular e estimulação da secreção de aldosterona

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11
Q

Hipertensão Reno-Vascular: Etiologia?

A

■ Displasia fibromuscular (média - 30%, intima - 1-2%)
■ Doença aterosclerótica (a mais frequente)
■ Causas raras:
– Compressão extrinseca da arteria renal (por exemplo, neoplasia)
– Neurofibromatose tipo 1
– Aneurisma da artéria renal / disseção da aorta com envolvimento das artérias renais
– Embolia da arteria renal
– Vasculite dos médios e grandes vasos (doença de takayasu, poliarterite nodosa)

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12
Q

Caracteristicas clinicas da HTA reno-vascular?

A

■ Inicio súbito ou HTA acelerada em qualquer idade
■ Episódios de edema pulmonar agudo súbito
■ Elevação aguda inexplicada dos níveis de creatinina sérica após inicio de terapêutica com IECA ou antagonistas do receptor da angiotensina
■ Creatinina elevada em doentes com HTA severa ou refractária
■ Assimetria das dimensões renais com atrofia do rim isquémico
■ HTA moderada ou severa num doente com doença aterosclerótica difusa e comprometimento das artérias renais
■ Presença de níveis elevados de renina (estimulado pela mácula densa), aldosterona, hipocaliemia e alcalose metabólica (por aumento excreção renal de H+)
■ Sopro abdominal ao exame físico; não é diagnóstico de estenose da artéria renal mas em contexto de HTA, com rins assimétricos e associado ao ponto anterior, suporta muito o diagnóstico

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13
Q

Hipertensão Reno-Vascular: Diagnóstico?

A

■ Arteriografia convencional (antigamente era o gold-standard)
– risco de nefropatia de contraste, embolia de colesterol, e lesão da arteria femural e renal
■ Angioressonância magnética (mais usada atualmente)
– 97% sensibilidade e 93% de especificidade
■ Ecografia com estudo Doppler
■ TAC espiralado (angioTAC; com muita especificidade e sensibilidade; mais usada atualmente)
– sensibilidade diminui em doentes com creatinina > 2 mg/dl e risco de contraste em doentes com insuficiencia renal

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14
Q

Hipertensão Reno-Vascular: Terapêutica?

A

■ Todos os doentes devem fazer antihipertensivos, controlo lipidico e antiagregante plaquetário
■ Doentes com displasia fibromuscular
– IECA ou boqueador do receptor da angiotensina (é a escolha de primeira linha; há risco adicional de agudização da função renal; é importante monitorizar)
– Se mantiverem HTA - revascularização percutânea (eficaz, seguro, minimamente invasivo; tem bons resultados)

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15
Q

Hipertensão Reno-Vascular: Terapêutica - Aterosclerose?

A

■ Doentes com doença aterosclerótica
→ Como estes doentes têm muitas vezes comorbilidades associadas, com doença coronária e/ ou cerebro-vascular, se estiverem bem controlados com anti-HTA, e não houver progressão da IRC por isquemia renal progressiva, deve-se monitorizar e fazer tratamento médico conservador.
– Se HTA não controlada com vários fármacos ou insuficiência renal crónica progressiva considerar revascularização percutanea ou cirurgica
– Mau prognóstico para preservação de função renal: Creatinina > 2.5 mg/dl, dimensão renal menor de 9 cm (diminuída), função renal reduzida numa cintigrafia de perfusão, indice de resistência renal > 80 no doppler, IRC de estadio avançado → mesmo apesar de atitude terapêutica adequada a insuficiência renal progride. Nestes casos é importante pensar no risco / benefício de tratamento de revascularização.

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16
Q

Hiperaldosteronismo Primário?

A

■ HTA
– Hipo K
– Supressão da actividade da renina plasmática (ao contrário do que ocorre no hiperaldosterismo secundário)
– Aumento dos níveis de aldosterona (por autonomia da suprarrenal, normalmente associada a adenoma da glândula supra-renal)
■ Doentes com idades entre os 30 e os 50 anos (jovens)
■ Mais frequente nas mulheres

17
Q

HTA e Hipo K?

A

K+ urinário
■ < 30 mEq/dia
— Uso de diuréticos; Perdas intestinais
■ > 30 mEq/dia
— Atividade da renina plasmática
–> Aumentada -> Aldosterona aumentada => Hiperaldosterismo secundário
. HTA renovascular
. Estrogénios
. HTA maligna
–> Baixa -> Aldosterona
- Baixa
. Ingestão de Licorice
. Excesso de outro mineralocorticóide
. “Liddle ́s Syndrome”
- Alta
. Hiperaldosteronismo primário