USG, cordocentese, amniocentese e biopsia de vilo Flashcards
Em quais momentos podem ser feitas as USG morfológicas da gestação?
1º Trimestre (11 a 13s e 6 d) - melhor momento para avaliar translucência nucal - via transvaginal e transabdominal
2º Trimestre - 20 a 24 semanas
Qual o intuito da USG de 1º Trimestre?
Datação da gravidez Rastreamento de aneuploidias Diagnóstico de anomalias fetais Diagnóstico de gemelaridade Predição de toxemia gravídica e de parto pré-termo
Parâmetros avaliados na USG morfológica de 1º trimestre
Saco Gestacional (a parti da 5ª sem), deve ser avaliado para:
Identificação da vesícula vitelínica
Do embrião e deve ser medida a distância cabeça-nádega (CCN) para cálculo do comprimento
BFC
Placenta em desenvolvimento
Corte transversal da cabeça é obrigatório para atestar a normalidade do plexo coróide (sinal da borboleta)
Colo uterino
Osso nasal
*feita via transvaginal
O que é o sinal da borboleta evidenciado na USG morfológica de 1º trimestre e o que sua ausência significa?
O sinal da borboleta corresponde a formação normal dos plexos coróide e sua ausência pode indicar holoprosencefalia - pesquisar cariótipo fetal
Translucência nucal
Medida tirada no ultrassom morfológico do 1º trimestre. Seu principal objetivo é ajudar a detectar o risco de síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas, além de problemas cardíacos.
As anomalias cromossômicas estão presentes em cerca de 1/3 dos fetos com TN anormal (maior que 2,5 mm), principalmente Down (trissomia do 21)
Ducto venoso
Comunicação normal entre a veia umbilical e a veia cava inferior no período fetal e, seu fluxo, reflete o que está acontecendo no compartimento cardíaco.
Ducto venoso na USG morfológica
Ao doppler espectral:
Dois picos e um vale (onda a - contração atrial)
Durante o primeiro trimestre a presença de diástole zero no doppler da a. umbilical é normal, mas diástole reversa se relaciona a risco anormal de cromossomopatia fetal
Vantagens da avaliação ultrassonográfica do osso nasal
Visto que se trata de uma malformação estrutural, pode ser avaliada por toda a gestação.
Fetos com Down tem o osso nasal menor e mais achatado (hipoplasia)
Objetivos da USG morfológica de 2º trimestre
Atividade cardíaca fetal (BCF)
Quantidade de fetos
Apresentação
Localização da placenta
Comprimento do colo uterino
vLA (maior bolsão < 2 = oligo, se > 8 = polidrâmnio)
A gravidez pode ser datada pela:
Medida do diâmetro biparietal (DBP) ou Comprimento do fêmur, com precisão de + ou - 10 dias
*via abdominal, pode-se complementar com via vaginal
Procedimentos invasivos diagnósticos mais utilizados na investigação fetal
Amniocentese Cordocentese Biopsia de vilosidades coriônicas Embrioscopia e fetoscopia Amnioinfusão
Biopsia de vilosidades coriônicas
Obtenção de amostras de vilosidade coriônica no nível do cório frondoso
Indicações para biopsia de vilosidades coriônicas
Investigação de anomalias cromossômicas (explicar os riscos para o casal)
Doenças genéticas (análise do DNA para doenças autossômicas dominantes e recessivas)
Erros inatos do metabolismo
Condições em que o risco de anomalias cromossômicas se encontra aumentado
Idade materna > 35 anos,
Antecedente de cromossomopatia
Concepção após um período de < de 3 meses após irradiação de células germinativas de um dos genitores
Translucência nucal alterada
Malformação fetal identificada à USG de 1º trimestre
Técnica para biopsia de vilosidades coriônicas transabdominal
Coleta transcervical -> realizada a partir de 7 semanas de gestação
Biópsia transabdominal -> a partir de 9 semanas até o 3º trimestre de gravidez
*período ideal para realização -> 11 a 13 semanas
Paciente em decúbito dorsal, com a bexiga vazia, guiada por USG
Contraindicações para biopsia de vilosidades coriônicas transabdominal
Obstáculos como a interposição de alças intestinais
Leiomiomas grandes
Impossibilidade de atingir a placenta sem atingir o saco gestacional
Na presença de sangramento vaginal o procedimento deve ser adiado
Técnica para biopsia de vilosidades coriônicas transcervical
Avaliação USG do útero determinando posição da placenta
Paciente em posição de litotomia
Antissepsia da vulva, vagina e cérvix
Espéculo - visualização do colo e avaliação do útero por USG
Molda-se o cateter com mandril maleável de acordo com a posição da placenta.
Contraindicações para biopsia de vilosidades coriônicas transcervical
Herpes genital, canal cervical ou placenta inacessível
Miomas no istmo e flexão uterina acentuada
Comprimento cervical 1. 5 cm
Útero retrovertido
Qual a melhor via para coleta de biopsia de vilosidades coriônicas: transcervical ou transabdominal?
Não há consenso.
Complicações da biopsia de vilosidades coriônicas
Perda fetal (1%) RPMO Infecção Evitar fazer em mulheres com sorologia + Sensibilização Rh (pode ocorrer sangramentos na coleta, se sim e risco fazer a imunoglobulina anti-D Microgrlossia, micrognatia Amputação transversa de membros
Amniocentese
Obtenção de LA da cavidade uterina por via transabdominal
*1º método em medicina fetal e mais utilizado
Por que optar por uma amniocentese?
Investigação do cariótipo, de infecção fetal
Avaliar a maturidade pulmonar
Drenar líquido amniótico nos casos de polidrâmnio
Investigação doenças genéticas e erros inatos do metabolismo
Antes de fazer uma amniocentese avaliar previamente
USG prévio IG Localização da placenta vLA Vitalidade fetal
Período ideal para realização de amniocentese
Entre 15 e 18 semanas
Técnica da amniocentese
Escolher um bolsão de LA livre de partes fetais e de placenta
Agulha de 20 a 22 gauges
Não necessita de anestésicos locais
Aspira-se LA, desprezando o primeiro mm coletado
volume aspirado varia com IG, sendo usualmente 15 a 20 ml ou 1ml por semana da IG
Após o procedimento avaliar sangramento intra-amniótico e vitalidade fetal