Epilepsia Flashcards
Crise epilética única
Alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, não causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos - descargas neuronal neuronal anormal acompanhada ou não de perda de consisência
Consequências da Crise epilética na gestação
Pode afetar o desenvolvimento fetal
Aumenta o risco de mortalidade materna
Medicações usadas para o tratamento possuem risco teratogênico
Epilepsia
Recorrência das crises epiléticas de forma espontânea
Classificação da Epilepsia
Crise Parcial - Início local
Crise generalizada
Crise de ausência
Crise parcial simples
SEM alteração de consciência
Começa em uma região e progride em direção a outras áreas homólogas do corpo com movimento tônico-clônico
Crise parcial complexas
COM alteração de consciência
Podem se tornar generalizadas
Perda de consciência e convulsões
Crise generalizada
Envolvimento inicial simultâneo e generalizado de ambos os hemisféricos cerebrais
Perda de consciência
Contrações musculares tônicas com rigidez postural
Contrações clônicas generalizadas dos membros
Crise de ausência
Crise generalizada que envolve rápida e fugaz perda de consciência desacompanhada de atividade muscular
Como o estrógeno e a progesterona podem intervir na excitabilidade neuronal?
E - aumenta excitabilidade neuronal
P - diminui excitabilidade neuronal
Risco de convulsão materna isolada na gestação
Menos perigosa. Feto é capaz de se recuperar, ocorre bradicardia fetal por até 20 minutos após crise
Risco de mal epilético durante a gestação
As crises de repetição são ameaças para a mãe e para o feto, com risco de morte duas vezes maior para a mãe e 50% para o feto.
Etiologia - Epilpsia na gestação
Crise provocada ou sintomática
Eclâmpsia
AVE
Infecções sistêmicas e do SNC
Doenças autoimunes
Hipoglicemia
Distúrbios hidreletrolítico (ex: hiperêmese gravídica)
Abstinência etílica
Uso de substâncias ilícitas e medicamentos
Tumores cerebrais primários e metastáticos
*Primeiro trata eclâmpsia, depois investiga e usa outras medicações
Diagnóstico epilepsia na gestação
Anamnese e Exame físico Ex Neurológico EEG TC cerebral ou RM Hemograma, glicemia, íons, ureia, creatinina, enzimas hepáticas, líquor.
Diagnósticos diferenciais
Síncope Eclâmpsia Hiperventilação Aura migranosa Transtorno conversivo Transtorno do sono AVE Amnésia global transitória
Conduta
Monoterapia
Drogas mais utilizadas: barbitúricos, cabamazepina e a lamotrigina - dosagem individualizada
Difenil-hidantoina e ácido valpróico não devem ser utilizados - aparecimento de malformações
Quais fatores levam a maior depuração plasmática dos anticonvulsivantes na gestação?
Êmese gravídica, diminuição da motilidade gástrica
Uso de antiácidos
Aumento do volume plasmático
Retenção de água e sal, hiperventilação e dor no TP
- FAZER MODIFICAÇÕES NA POSOLOGIA
Qual o impacto materno e fetal da epilepsia na gestação?
Maior chance de abortamento espontâneo Sangramentos durante a gestação Hemorragia pós-parto Necessidade de indução de parto Cesárea Prematuridade Síndrome hipertensivas RCF Fendas orofaciais Alterações cardíacas Coagulopatias no neonato Hipoplasia digital distal Hipertelorismo *podem ser causados pela medicação ou pela doença
Porque suplementar o folato em mulheres grávidas com epilepsia ?
Alguns anticonvulsivantes diminuem a absorção do ácido fólico, predispondo ao surgimento de defeitos abertos do tubo neural
*Mais associado a fenitoína e o fenobarbital (menor risco com carbamazepina)
FOLATO ANTES DA CONCEPÇÃO (e durante a gestação) - 0,5 e 5 mg/dia
Porque alguns anticonvulsivantes como a fenitoína, primidona e o fenobarbital, aumentam o risco de hemorragia fetal e natal?
Porque diminuem o transporte da vitamina K através da placenta
*Fazer 01 mg de vit K IM no RN após o parto
20 mg/dia durante o último mês gestacional
Exames complementares
USG morfológica de 2º trimestre (avaliar se as medicações causaram algo no feto)
Vitalidade: perfil biofísico fetal e dopplervelocimetria
Aleitamento materno deve ser encorajado - quantidade de anticonvulsivantes no leite é pequena
Poque pacientes com epilepsia devem fazer anticoncepção no puerpério?
A estimulação da enzima citocromo P450 hepática pelos anticonvulsivantes pode acelerar o metabolismo dos hormônios exógenos e causar falha contraceptiva.
Qual anticoncepcional é mais indicado para anticoncepção puerperal de uma gestante com epilepsia?
Aqueles com 50 ug de etinilestradiol, desde que não estejam amamentando.
Estado de mal epilético
Atividade clínica epilética que se prolongue por mais de 05 min com recuperação incompleta da consciência, hipertermia, lesões renais e cerebrais.
- Fazer controle hemodinâmico: hipotensão arterial, acidose lática e hipoxemia
- Se quadro materno não controlado ou comprometimento fetal - interrupção da gestação pode ser necessária
Conduta no Estado de mal epilético
1º Manutenção das vias aéras livres, prevenção da hipoxemia, acesso venoso calibroso, glicemia, PA, exames laboratoriais. 2º Glicose + Tiamina (nas etilistas) 3º Diazepam (ou clonazepam, midazolam), se a paciente for hipertensa - Sulfato de magnésio. 4º Fenitoína 5º Fenobarbital 6º Midazolam contínuo 7º Propofol ou tiopental 8º Avaliação fetal: continuar gestação??