Infecções congênitas Flashcards
Qual a maneira de prevenção da síndrome da rubéola congênita?
Vacinação fora do período gestacional (vírus vivo atenuado);
Em que período da gestação é mais provável acometimento do feto por rubéola?
A taxa de infecção fetal é maior nas primeiras 12 semanas e cai conforme evolução da gestação;
Qual o agente etiológico da toxoplasmose?
Toxoplasma gondii
Como é o quadro clínico da toxoplasmose aguda?
Sintomas inespecíficos
Quadro febril, Linfadenopatia, Assintomático
Como é feito o rastreamento da toxoplasmose?
Elisa IgG/IgM
Como é feito o diagnóstico da toxoplasmose?
Soroconversão de gestante suscetível durante pré-natal;
No casos de gestantes que possuem no primeiro exame IgM e IgG positivos, fazer o teste de avidez (IgM pode se manter positivo por 6 meses, se alta avidez - baixa chance de infecção aguda) ou imunofluorescência de IgM;
Quanto mais próximo do termo ———- (maior/menor) a chance de infecção fetal por toxoplasmose e ——– (maior/menor) o risco de comprometimento fetal.
Maior e Menor;
Como pode ser a apresentação clínica fetal em casos de toxoplasmose?
Abortamento
Prematuridade
Baixo Peso
Quais as alterações ultrassonográficas podem indicar infecção por toxoplasmose?
Hidrocefalia Calcificações cerebrais Hepatoesplenomegalia Ascite Espessamento da placenta Catarata;
Quais os principais sinais neonatais de infecção fetal por toxoplasmose?
Coriorretinite
Hidrocefalia
Calcificações cerebrais
Como é feito o tratamento de toxoplasmose na gestante?
Espiramicina 3g/dia (Trata a mãe, diminuindo as chances de infecção fetal, mas não atravessa a placenta);
Como é feito o tratamento do feto infectado por toxoplasmose?
Sulfadiazina 3g/d Pirimetamina 100 mg/dl Ácido Folínico 10 mg/dl ALTERNANDO A CADA 3 SEMANAS COM Espiramicina 3g/dl
O tratamento para toxoplasmose deve ser feito até …
O final da gestação.
Qual a infecção congênita mais comum?
Citomegalovírus.
Quais as formas de transmissão do citomegalovírus?
Contato íntimo (secreção de orofaringe, vaginal, sêmen, leite materno, sangue, urina, lágrimas), transplante.
Como é feito o diagnóstico clínico de CMV?
A infecção por CMV é assintomática ou mono-like;
Como é feito o diagnóstico de CMV?
Métodos laboratoriais; IgG e IgM, avidez de IgG;
Pode-se pesquisar o vírus no LA por amniocentese;
De acordo com a avidez do IgG na citomegalovirose, quando uma infecção é considerada recente?
Baixa avidez (< 30%) nas primeiras 8 a 12 semanas de infecção.
Se avidez maior que 65% indica infecção a mais de 6 meses;
Como se faz o rastreamento de CMV no Brasil?
Não é recomendado pelo MS, mas em barreiras (e outros municípios) é feito por sorologia mesmo;
Como ocorre a infecção viral fetal?
Mãe é infectada, os vírus passam para a placenta, há replicação viral e passagem para o concepto;
Ou por ascensão a partir da vagina - contaminação do LA - orofaringe fetal;
Quais as possíveis consequências fetais a partir da infecção por CMV?
RCF Microcefalia Hepatoesplenomegalia Petéquias Icterícia Coriorretinite Trombocitopenia Anemia Alterações cardíacas e do SNC Óbito sem causa aparente;
Qual a conduta possível em uma gestação com infecção pelo CMV?
Imunoglobulina hiperimune (diminui a replicação viral e pode ajudar no prognóstico fetal, mas pode ter relação com complicações obstétricas.
Qual medicamento usado em neonatos infectados pelo CMV?
Ganciclovir
Qual o possível prognóstico para fetos infectados por CMV?
Deficiência visual e/ou auditiva, convulsões, déficit intelectual, paresias e/ou paralisias, outras morbidades e mortalidade;
Em casos assintomáticos a mortalidade é rara.
Como pode ser feita a prevenção contra o CMV?
Evitar o contato com secreções de pessoas infectadas.
Quais as características do vírus relacionado a parvovirose?
Parvovírus B19, possui 2 proteínas estruturais VP1 e VP2, sendo que a VP2 é responsável pelo tropismo viral ao antígeno de surpefície P presente nas células humanas da linhagem eritroide, magacariócitos, células endoteliais, placentárias, miocárdicas fetais e hepáticas;
Qual a forma de transmissão do Parvovírus?
Via respiratória, sanguínea e transplacentária;
Quais os sintomas maternos da parvovirose?
Febre baixa, mialgia, mal -estar;
Cerca de 17 dias após a infecção se inicia a fase exantemática da doença e pode ser acompanhada de prurido e poliartralgia simétrica;
Pode ser assintomática;
Pode levar a queda dos níveis de Hb, podendo causar crise aplásica em pacientes com anemia falciforme ou doença renal;
Quais as características do rash cutâneo da parvovirose?
Vermelho vivo, da face para o tronco e extremidades, se inicia cerca de 17 dias após a infecção, e pode ser acompanhada de prurido e poliartralgia simétrica;
O que pode acontecer no feto infectado por parvovírus B19?
Maioria dos quadros são assintomáticos e autolimitados, mas é relacionado com perdas gestacionais precoces, anemia, hidropsia fetal e óbito intra útero;
Menos frequente: hepatite, miocardite, vasculite, meningite.
Quais os achados que podem ser observados em uma USG de um feto com parvovirose?
Ascite, edema, derrame pericárdico, cardiomegalia, placentomegalia e alteração do LA;
Qual a causa mais comum de hidropsia não imune na gestação?
Infecção por parvovírus;
Qual a conduta na suspeita de infecção por parvovírus?
Sorologia.
Se imune - não há risco
Se suscetível - repetir sorologia após 1 semana
Se IgG - e IgM + infecção materna recente -> acompanhamento com USG e dopplervelocimetria.
Pode-se procurar DNA viral em sangue fetal ou líquido amniótico;
Qual o tratamento indicado nos casos de infecção fetal por parvovírus?
Se anemia -> Cordocentese -> Transfusão fetal; (quando termo considerar parto terapêutico).
Tratamento antiviral e imunoglobulina -> não disponíveis;
Rubéola
Família e gênero do vírus causador…
Vírus RNA única hélice
Família: Togaviridae
Como se dá a transmissão da rubéola?
Gotículas de saliva/secreção.
5 dias antes e 6 dias após início do exantema;
Qual o padrão do exantema da rubéola?
Tipo: Rubeoliforme (as macupapulares são isoladas);
Início: Face, couro cabeludo e pescoço com evolução para troncos e extremidades. Progressão Crânio-caudal rápida.
Descamação: ausente;
Quais os pródromos da rubéola?
- Febre baixa;
- Linfadenopatia generalizada (mas principalmente “ROC” : Retroauricular, occipital e cervical;
- Sinal de Forcheimer: Enantema com petéquias, no palato mole (não é patognomônico.
2 principais complicações da rubéola…
ÁS.
Artropatia (auto-limitada/mais comum no sexo feminino/pequenas articulações)
Síndrome da Rubéola Congênita (aborto, natimorto, malformações congênitas);
Qual o quadro clínico da gestante infectada pelo vírus da rubéola?
Rash cutâneo, precedido por: febre, linfadenopatia, artralgia e queixas respiratórias.
20 a 50% das infecções são assintomáticas.
Complicações raras: encefalite e neurites, trombocitopenia hemorrágica e conjuntivite;
Como é feito o diagnóstico laboratorial da rubéola?
Elisa, hemaglutinação e imunofluorescência.
Avidez de IgG;
Reação cruzada no diagnóstico laboratorial da rubéola
Pode ocorrer reação cruzada (IgM): mononucleose, parvovirose e em portadores de artrite reumatoide.
Qual a tríade clássica de infecção fetal na rubéola?
Anormalidade cardíaca
Catarata
Surdez congênita
Quais as principais anormalidades cardíacas possíveis na infecção congênita da rubéola?
Septo interventricular
Ducto arterioso patente
Estenose pulmonar
Coarctação de aorta
Se a rubéola acometer o concepto no 2º trimestre é mais frequente…
Retinopatia
Microcefalia
Atraso do crescimento
Se a rubéola acometer o concepto no 3º trimestre é mais frequente…
RCF
Síndrome da rubéola estendida
Panencefalite progressiva e DM em 20% dos casos;
Instalação tardia (2ª ou 3ª década de vida)
Como fazer o diagnóstico de acometimento fetal pelo vírus da rubéola?
USG (hidropsoa, intestino hiperecoico, RCF)
Confirmação por PCR (sangue ou LA - esperar 6 semanas após o início materno dos sintomas e pelo menos 22 semanas)
Transmissão Toxoplasmose
Ingestão de oocistos (presentes em alimentos, água, solo, lixo, fezes de felinos) e/ou bradzoítos (presentes nas carnes de mamíferos);
Transplante, acidente ocupacional;
Hospedeiro intermediário do Toxoplasma gondii
Mamíferos
Hospedeiro definitivo do Toxoplasma gondii
Felinos
Clínica gestante com toxoplasma
Inespecífica e autolimitada (maioria assintomática);
Fadiga, mialgia, linfadenopatia cervical e/ou occipital;
Diagnóstico Toxoplasmose
Sorologia pré-natal e se IgM positiva, fazer avidez IgG (IgM pode permanecer positiva por até 1 ano);
Tríade clássica de toxoplasmose congênita
Coriorretinite, calcificações intracranianas e hidrocefalia;
Gestantes suscetíveis para toxoplasmose
Repetir sorologia a cada 2 meses.
Achados ultrassonográficos de feto com toxoplasmose
Normal ou: Calcificações intracranianas (corticais, difusas) Dilatação ventricular Microcefalia Hepatoesplenomegalia Ascite RCF Plancetomegalia;
Padrão ouro para diagnóstico de toxoplasmose
Pesquisa de DNA do parasita por PCR em amostra de LA por amniocentese;
Conduta toxoplasmose no caso de acometimento somente materno
Espiramicina 3g/dia/3 doses VO;
Conduta toxoplasmose no caso de acometimento fetal
Pirimetamina (50 mg/dia) +
Sulfadiazina (3g/dia) + Ácido folínico (15 mg/dia)
intercalado a cada 3 semanas com:
Espiramicina 3g/dia até o final da gestação;
Prognóstico de fetos com toxoplasmose
Maioria assintomático
Toxoplasmose
Achados possíveis no período neonatal
Baixo peso, hidrocefalia, microcefalia, calcificações intracranianas, coriorretinite, estrabismo, cegueira, hepatoesplenomegalia, anemia, icterícia, trombocitopenia, convulsões;
2 vírus responsáveis por infecções congênitas da família Herpesviridae
Varicela Zóster e CMV
Varicela zóster infecta…
Exclusivamente humanos
Transmissão Varicela zóster
Líquido de lesões , saliva, secreções mucosas, inoculação na conjuntiva.
Diagnóstico clínico Varicela zóster
Lesões cutâneas macupapulares pruriginosas.
Período de transmissibilidade Varicela zóster
Início 2 dias antes do surgimento das lesões e persiste até 7 dias após;
Complicação mais comum no adulto com Varicela zóster
Pneumonia
Fatores de risco para infecção por Varicela zóster
Tabagismos
DPOC
3º Trimestre
Imunossupresão
Quadro clínico Varicela zóster
Tosse, febre, dispneia, hipoxemia materna;
Complicações maternas: meningite, encefalite, ataxia cerebelar, glomerulonefrite, miocardite, óbito.
Reativação de infecção latente por Varicela zóster
Herpes- zóster (lesões vesiculares, pruriginosas, ao longo do dermátomo) - raro na gestação;
Diagnóstico laboratorial de Varicela zóster
Estudo sorológico
Tratamento Varicela zóster
Aciclovir 24 a 72 horas após início do quadro materno
10 a 15 mg/kg IV 8/8h por 10 dias
ou
Vanciclovir oral
Transmissão vertical Varicela zóster
Durante período de viremia materna
De 2 dias antes do surgimento das lesões até 7 dias após;
Síndrome da Varicela congênita
0,7%, maioria no 2º trimestre
lesões vesiculares ao longo do dermátomo, cicatriciais, defeitos neurológicos, encurtamento de extremidades, hipoplasia muscular unilateral, doença ocular, anormalidades gastrointestinais e genitúrinárias, RCF e atraso do desenvolvimento;
Varicela Neonatal
Pode ocorrer acometimento neural fatal; Isolar os recém-nascidos infectados para não contaminar outros no berçário;
Diagnóstico Varicela zóster
PCR de LA ou sangue
USG após 5 semanas do início do quadro materno, achados: Microcefalia, hidrocefalia, polidrâmnio, calcificações teciduais, RCF.
Prognóstico Varicela zóster
Mortalidade nos primeiros meses é de 30%;
Conduta Varicela zóster
Imunoglobulina para Varicela zóster até 96h após contatos, diminui complicações maternas graves.
Infec~]ao materna próxima ao parto -> Imunoglobulina ao recém nascido (pode associar aciclovir);