Tireoidopatias Flashcards

1
Q

Modificações fisiológicas envolvendo a tireoide

A

Aumenta o TBG (globulina fixadora de hormônio tireoidiano) pelo aumento da concentração de estrogênio - aumenta T4 ligado a proteína - aumenta T4 total.
Níveis elevados de hCG causam queda do TSH no 1º trimestre

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2
Q

Hipotireoidismo aumenta a prevalência de…

A
Aborto
Anemia
DPP
DHEG
Hemorragia pós-parto
Prematuridade
Baixo peso
Angústia respiratória
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3
Q

O hormônio tireoidiano é importante para o desenvolvimento neurológico no período intrauterino e pós-natal.
Verdadeiro ou falso?

A

VERDADEIRO

*um feto com hipotireoidismo crônico nasce com malformações como raquitismo

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4
Q

O hormônio tireoidiano é importante para o desenvolvimento neurológico no período intrauterino e pós-natal.
Verdadeiro ou falso?

A

VERDADEIRO

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5
Q

Quando se desenvolve a tireoide e o eixo hipotálamo-hipófise do feto?

A

Em torno de 10 a 12 semanas, porém a produção efetiva de hormônios de 18 a 20 semanas

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6
Q

Porque ocorre uma queda do TSH no início da gestação (1º trimestre)?

A

Pelas altas taxas de hCG

  • Mas o TSH aumenta com a avançar da gravidez permanecendo dentro dos limites normais
  • T3 e T4 continuam no valor normal.
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7
Q

Rastriamento de tireoidopatias

A

Não é feito para todas, só em situações especiais como casos de autoimunidade e abortos prévios inexplicados.
1º Dosa o TSH e se alterado faz o rastreamento com T3 e T4, sendo que TSH > 4 - risco de aborto.

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8
Q

Quadro clínico das pacientes com hipotireoidismo sintomático

A
Fadiga
Obstipação
Intolerância ao frio
Perda de cabelo
Aumento de peso
Pele seca
O bócio pode ou não estar presente
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9
Q

Tratamento Hipotireoidismo

A

Levotiroxina
Para usuárias prévias: aumento da dose em 30 a 50%
*Pelo MS só trata o clínico, mas os Guidelines pedem pra tratar

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10
Q

Dose inicial de Lovotiroxina

A

150 microg/dia ou 2 microg/kg/dia
*pós-parto - vai dosando TSH e reduzindo a dose

*reajuste da dose para quem já tinha hipo
TSH > 4 e < = 10 adicionar 50
TSH > 10 e < = 20 adicionar 75
TSH > 20 adicionar 100

  • depois que inicia o tratamento dosar TSH a cada 4 a 6 semanas até o final da gravidez
  • Pós parto - reduzir a dose e dosar de 4 a 6 semanas
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11
Q

valores normais de T4 total

A

7,5 - 18 mg/dL (1,5 x os valores de referências para pacientes não gestantes)

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12
Q

Eutireodeas com autoanticorpos + (anti-TPO ou TRAb)

A

Não trata, mas dosa TSH a cada 4 ou 6 semanas

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13
Q

Hipertireoidismo aumenta o risco de:

A
TPP
RCF
Baixo peso
Pré-eclâmpsia
Morte fetal
Insuficiência cardíaca congestiva
DPP
Bócio fetal
Hipo ou hipertireoidismo fetal e neonatal
Crise tireotóxica
Anti-tireoidianos: mal formações
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14
Q

Qual o pior prognóstico na gravidez Hiper ou Hipotireoidismo?

A

HIPERTIREOIDISMO

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15
Q

TRAb pode atravessar a placenta? Quais os riscos para o feto e qual o valor de referência?

A

TRAb atravessa placenta e pode gerar hipertireoidismo fetal ou após o nascimento
VR: TRAb (AC anti-receptor de TSH < 1,5 U/L)
Se 3x > que VR - hipertireoidismo fetal
Se tiver 3x acima com a maior com a dose máxima de medicação possível na gestação = cirurgia (melhor que seja feita no 2º trimestre)

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16
Q

Causas de Hipertireoidismo gestacional

A

Mutação no receptor do TSH
Doença trofoblástica
Síndrome do hiper tireoidismo gestacional mediada por hCG
*Tende a ser autolimitada

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17
Q

O que o TRAb + pode indicar em um caso de hipertireoidismo?

A
Etiologia autoimune (Doença de Graves)
Pior prognóstico e difícil controle
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18
Q

TRAb negativo em hipertireoidismo geralmente indica

A

Hipertireoidismo gestacional

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19
Q

Quando está indicado o tratamento do hipertireoidismo na gestação

A

Quando o valor de T4 está 1,5 x maior que o valor de referência

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20
Q

Quais as drogas mais utilizadas no tratamento do hipertireoidismo na gestação

A

1º Trimestre PTU - propiltiouracila (pode causar neutropenia e plaquetopenia - monitorar 1x/mês)
Depois: Metimazol

21
Q

Hipertireoidismo subclínico trata?

A

Não

22
Q

Iodo radioativo é contraindicado na gestação ou nas mulheres que pretendem engravidar.
Verdadeiro ou falso?

A

VERDADEIRO

- atravessa barreira placentária

23
Q

Screening para gestantes com TRAb elevado ou em uso de drogas anti-tireoidianas

A

USG morfológico + obstétrico mensal

Se em uso de propiltiouracila pode-se fazer o doppler porque pode causar anemia materna ou fetal

24
Q

Sinais de disfunção na tireoide fetal:

A

Aumento da glândula, bócio, taquicardia, RCF, cardiopatia e hidropsia

25
Q

Tratamento do hipertireoidismo fetal

A

Aumento da dose de anti-tireoidianos

26
Q

Hiperêmese gravídica + Hipertireoidismo

A

Ocorre pelos autos níveis de beta- hCG
Definição: Perda de 5% peso, desidratação e cetonúria
Dosagem de TSH, T4 livre e TRAb na hiperêmese com sinais clínicos de hipertireoidismo
Tratamente se HG pura: suporte
Tratamento se HG + Graves: suporte + tionamidas + beta bloqueadores

27
Q

Tireoidites autoimunes X aborto

A

Correlação positiva com presença de anticorpos anti- TPO e aumento de abortos
*levotiroxina diminui essas taxas, mas não é indicado pelo MS, nem o screening para anti-TPO mesmo ele causando risco de progressão para hipotireoidismo

28
Q

Nódulos prévios na tireoide tendem a regredir na gestação?

A

Não!
Podem ser abordados cirurgicamente (preferencialmente no 2º trimestre)
Não indicam interrupção da gestação

29
Q

Tireoidite pós -parto

A

Processo inflamatório autoimune que pode acontecer até 1 anos após o parto

Maior risco nas anticorpos positivos
Diagnóstico TSH, TRAb
Tratamento: Na fase hiper - betabloqueador, na fase hipo - levotiroxina
Screenin universal não é recomentado

30
Q

Quando fazer screening de tireoidopatias nas gestantes?

A

Idade superior a 30 anos
História familiar de doença autoimune de tireoide ou
hipotireoidismo
Bócio
Presença de autoanticorpos, particularmente anti-TPO
Sintomas de hipotireoidismo
Diagnóstico de diabetes tipo 1 ou outra autoimunidade
Infertilidade
Antecedente de abortamento ou trabalho de parto prematuro
Antecedente de irradiação de cabeça ou pescoço ou de cirurgia prévia de tireoide
Uso atual de levotiroxina
Área com deficiência de iodo

31
Q

Valores de referência para o TSH de acordo com cada trimestre

A

1º trimestre: > 0,1 e < 2,5
2º trimestre: > 0,2 e < 3
3º trimestre: > 0,3 e < 3,5

32
Q

Controle laboratorial hipertireoidismo

A

O controle laboratorial é realizado por meio da dosagem sérica deT4 livre a cada 2 semanas nos casos mal controlados e a cada 4 a 6 semanas nos casos bem controlados.
Deve-se dosar o TRAb no início da gestação e entre 22 e 26 semanas, para se avaliar o risco de hipertireoidismo fetal/neonatal.

33
Q

Tratamento radioativo na gestação

A

Contraindicado!
O iodo radioativo pode atravessar a barreira placentária e causar ablação da tireoide fetal. Recomenda-se intervalo mínimo de 6 meses
entre o tratamento com esse agente e a gravidez.

34
Q

Tratamento radioativo na gestação

A

Contraindicado!
O iodo radioativo pode atravessar a barreira placentária e causar ablação da tireoide fetal. Recomenda-se intervalo mínimo de 6 meses
entre o tratamento com esse agente e a gravidez.
Na amamentação, a terapêutica radioativa também
está contraindicada.

35
Q

Controle hipertireoidismo

A

O controle laboratorial é realizado por meio da dosagem sérica deT4 livre a cada 2 semanas nos casos mal controlados e a cada 4 a 6 semanas nos casos bem controlados.
Deve-se dosar o TRAb no início da gestação e entre 22 e 26 semanas, para se avaliar o risco de hipertireoidismo fetal/neonatal.
Ultrassonografia mensal
Dopplervelocimetria a partir da viabilidade fetal e o perfil biofísico fetal, a partir de 34 semanas.

36
Q

Crise tireotóxica

A

Emergência clínica rara que ocorre em pacientes com hipertireoidismo, mortalidade materna 25%. Caracteriza-se por febre alta, taquicardia, agitação, vômitos, diarreia, desidratação, confusão, estupor, arritmia cardíaca e hipotensão.
Laboratorialmente: elevação de T4 livre e supressão de TSH.
Tratamento em UTI.
A resolução da gestação durante tempestade tireotóxica não é recomendada, a não ser em casos de sofrimento fetal ou quando não ocorrer melhora do quadro clínico. A gestação não muda o prognóstico do evento, cuja ocorrência está relacionada ao tempo de mau controle da doença.

37
Q

Etiologia do Hipotireoidismo

A

Associado à disfunção primária da glândula tireoide. Raramente é secundário a uma doença da hipófise e/ou do hipotálamo.
Doenças primárias que podem levar à destruição da glândula:
Tireoidite de Hashimoto, tratamento prévio com iodo radioativo, ablação cirúrgica da tireoide ou mesmo a doença de Hashi- Graves em fases mais avançadas.

38
Q

Etiologia do Hipotireoidismo

A

Associado à disfunção primária da glândula tireoide. Raramente é secundário a uma doença da hipófise e/ou do hipotálamo.
Doenças primárias que podem levar à destruição da glândula:
Tireoidite de Hashimoto, tratamento prévio com iodo radioativo, ablação cirúrgica da tireoide ou mesmo a doença de Hashi- Graves em fases mais avançadas.

39
Q

Controle hipertireoidismo

A

O controle laboratorial é realizado por meio da dosagem sérica de T4 livre a cada 2 semanas nos casos mal controlados e a cada 4 a 6 semanas nos casos bem controlados.
Deve-se dosar o TRAb no início da gestação e entre 22 e 26 semanas, para se avaliar o risco de hipertireoidismo fetal/neonatal.
Ultrassonografia mensal
Dopplervelocimetria a partir da viabilidade fetal e o perfil biofísico fetal, a partir de 34 semanas.

40
Q

Diagnóstico Hipotireoidismo

A

Clínico: TSH acima dos valores de referência para o trimestre (2,5, 3 e 3,5) e T4 total ou livre diminuídos.

Subclínico: TSH acima dos valores de referência para o trimestre (2,5, 3 e 3,5) e T4 total ou livre normais.

Overt hipotireoidismo: TSH maior que 10 mUI/L, independente dos níveis de T4 total ou
livre estarem normais ou diminuídos.
*A presença de anti-TPO e antitireoglobulina (anti-TG) relaciona-se com a doença de Hashimoto.

41
Q

Complicações materno-fetais - hipotireoidismo

A

Abortamento, óbito fetal, prematuridade, pré -eclâmpsia, RCE anemia e anomalias congênitas.
Presença de anti-TPO e alto TSH aumenta o risco de perdas fetais.
O não tratamento, mesmo em formas leves de disfunção tireoidiana, está associado a déficit no desenvolvimento intelectual de crianças em idade pré-escolar e escolar.

42
Q

Anticorpos que atravessam ou não a placenta

A

Anti-TG e anti-TPO não atravessam a barreira placentária e, portanto, não causam disfunções na tireoide fetal;
TRAb podem atravessar essa barreira e causar
hipotireoidismo neonatal.

43
Q

Hipotireoidismo subclínico deve ser tratado?

A

Alterações no desenvolvimento neuropsicológico
têm sido observadas em filhos de mulheres
com hipotireoidismo subclínico.
DEVE SER TRATADO, os benefícios superam os riscos (ao contrário do hiper subclínico), mas o MS diz que não é pra tratar.

44
Q

Hipotireoidismo subclínico deve ser tratado?

A

Alterações no desenvolvimento neuropsicológico
têm sido observadas em filhos de mulheres
com hipotireoidismo subclínico.
DEVE SER TRATADO, os benefícios superam os riscos (ao contrário do hiper subclínico), mas o MS diz que não é pra tratar.

45
Q

Tratamento Hipotireoidismo

A

Reposição hormonal com levotiroxina sódica administrada uma vez ao dia, preferencialmente em jejum.
Para mulheres que já usavam a levotiroxina antes da gestação, orienta-se aumento da dose.

46
Q

Controle hipotireoidismo

A

O controle laboratorial:
Dosagem de TSH e T4 livre em intervalos de 4 semanas até se atingir controle adequado, a partir de quando pode ser espaçada para 6 semanas.
Existe um potencial de piora do hipotireoidismo nos
últimos trimestres da gravidez.
Ultrassonografia mensal
Vitalidade fetal por meio do perfil biofísico fetal, a partir de 34 semanas.

47
Q

tireoidite pós-parto

A

Síndrome que ocorre no primeiro ano após o parto em mulheres sem doença tireoidiana prévia.
É uma doença autoimune caracterizada por infiltração inflamatória linfocítica, destrutiva e indolor da tireoide.
Complicação: hipotireoidismo permanente

48
Q

Fases e tratamento da tireoidite pós-parto

A

Três fases sequenciais:
Tireotóxica (hipertireoidismo) - sintomáticos (com beta bloqueadores)
Hipotireoidiana (levotiroxina)
Recuperação

49
Q

N ósdulos tireoidianos

A

A presença de nódulo tireoidiano palpável ou de bócio é indicativa de investigação ultrassonográfica.
A PAAF está indicada nos nódulos maiores que 1 cm ou que apresentem características suspeitas à ultrassonografia.
O curso do câncer não é alterado pela gravidez, nem
o prognóstico.18
Medidas devem ser tomadas dependendo da idade gestacional e do estadiamento do tumor. Na maioria dos casos, o tratamento pode ser postergado até o período pós-parto. Se necessária, a tireoidectomia deve ser realizada no segundo trimestre, adiando-se a radioiodoterapia para o período pós-parto.