Dermatoses gestacionais Flashcards
Penfigóide gestacional (ou herpes gestacional)
Doença vesico bolhosa autoimune
Dermatose comum da gestação, de caráter imunológico (sem relação com herpes viral).
Caracterizada pela presença de placas pruriginosas e urticariformes, contém também vesículas que começam no abdome e podem se estender, modificando-se em erupção bolhosa generalizada.
*Geralmente inicia-se em região peri umbilical.
Diagnóstico histológico do penfigóide gestacional
Imunofluorescência direta ou biópsia
Depósito de complemento na membrana basal (c3) juntamente com eosinófilos provocando a dissolução das junções entre a epiderme e a derme.
IgG especifico contra a membrana basal epidérmica.
Presença de anticorpos anti-HLA: ALTA agressão imunológica durante a gravidez.
Penfigóide gestacional (ou herpes gestacional) geralmente surge no primeiro trimestre.
Verdadeiro ou falso?
FALSO
Geralmente surge no terceiro trimestre, na época do parto, mas pode surgir no 2º e já foi relatado no 1º (raro)
O Penfigóide gestacional é associado a que outras doenças gestacionais?
Mola hidatiforme ou coriocarcinoma.
Além de aumentar as chances de desenvolvimento de doença de Graves
Quadro clínico Penfigóide gestacional
Prurido na região periumbilical
Pápulas eritematosas, urticariformes no abdome.
Disseminação gradual pelo tronco, dorso, nádegas e membros
Não acomete face, couro cabeludo e muito raramente mucosas
*Localização atípica em palmas das mãos, planta dos pés e extremidades.
Evolução Penfigóide gestacional
Após uma semana do surgimento das placas, surgem vesículas e bolhas sobre elas, com conteúdo citrino com hemácias (coloração rosada)
Repercussões do Penfigóide gestacional no neonatos
10% dos RN nascem com lesões discretas e autolimitadas.
Diagnóstico Penfigóide gestacional
Eosinofilia tecidual, clivagem subepidérmica com infiltrado inflamatória perivascular linfocitário
Tratamento Penfigóide gestacional
Prednisona/Prednisolona 0,5 a 1 mg/kg/dia VO
Anti- histamínicos sistêmicos e corticóides tópicos geralmente são ineficazes
*Remissão após o parto
A erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez) geralmente atingem primigestas no 3º trimestre.
Verdadeiro ou Falso?
VERDADEIRO
Etiologia da erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)
Desconhecida
*Pode ter relação com hormônios (inclusive sexuais) e com reações imunológicas.
Quadro clínico erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)
Erupção polimorfa: múltiplas pápulas ou placas urticarianas eritematosas pruriginosas que evoluem para pápulas vesiculosas, purpúricas, em “alvo” ou circinadas.
Principais locais de aparecimento da erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)
Abdome, SOBRE AS ESTRIAS (pápulas eritematosas de 1 a 2 mm, circundadas por uma halo isquêmico)
Coxas, nádegas, braços e mamas.
Costumam poupar palmas das mãos e planta dos pés.
Diagnóstico erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)
- Laboratorial: sem alterações
- Histologia: Paraceratose e espongiose, com permeio de eosinófilos
- Clínica
Diagnóstico Diferencial erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)
Penfigoide gestacional Prurido e foliulite da gravidez Dermatite de contato Farmacodermias Pitiríase rósea
Tratamento erupção polimorfa da gravidez (pápulas e placas urticariformes da gravidez)
Involução espontânea até 6 semanas após o parto.
Corticoides tópicos
Anti-histamínicos sistêmicos sedantes (dexclorfeniramina, loratadina)
Loções antiprurinosas
Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Prurido autotóxico, difuso, mais comum no terceiro trimestre de intensidade variável e com tendência a ser generalizado e persistente, desaparecendo após o parto
Etiologia Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Pouco esclarecida
fatores alimentares, hormônios, genética, meio ambiente
Época de aparecimento Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Fase tardia da gravidez
Quadro clínico Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Prurido nas palmas das mãos e plantas dos pés ou generalizado
Exacerbação noturna
Escoriações pela coceira
Astenia
Náuseas, vômitos e anorexia
1 a 4 semanas após o prurido aparece a icterícia
Urina escura e fezes claras
Pode ocorrer fenômenos hemorrágicos pela deficiência de Vit K
Resolução Colestase da gravidez (prurido gravídico)
2 a 4 semanas após o parto
Diagnóstico Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Elevação dos ácidos biliares (mais sensível) Elevação de: Transaminases Fosfatase alcalina Triglicerídeos e fosfolípides Lipoproteínas Gamaglutamiltransferases Bilirrubina direta E diminuição de albumina
Diagnósticos Diferenciais Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Hepatites (virais e medicamentosas) Obstrução biliar Cirrose biliar Hipertireoidismo Hipersensibilidade Policitemia vera Escabiose
Manejo Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Monitorização fetal a partir de 34 semanas
Indução do parto com 37-38 semanas
Loções antipruriginosas com mentol
Emolientes tópicos
Fototerapia com UVB
ÁCIDO URSODESOXICÓLICO (diminui ácidos biliares)
Riscos para as crianças de mães com Colestase da gravidez (prurido gravídico)
Prematuridade, mecônio no líquido amniótico e perdas fetais
Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)
rash com intenso prurido de curso benigno e autolimitado que ocorre em pacientes atópicos ou com histórico familiar de atopias (asma, rinite, eczemas), ocorre principalmente no 3º trimestre da gestação e tem resolução no pós-parto
Lesões da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)
Placas eczematosas (tipo E) e Lesões papulosas pruriginosas (tipo P) Lesões na face, pescoço, no colo e nas dobras flexurais antecubitais e poplíteas. Exacerbação noturna
Qual a dermatose gestacional mais comum?
Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)
Placas eczematosas “tipo E” da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)
Placas eritematosas Edematosas Mal definidas nas bordas Tamanhos variados Superfície por vezes úmida
Lesões Papulosas prurigoides “tipo P”
Pequenas elevações eritematosas
Papulosas ou nodulares
Faces de extensão de membros, pescoço e colo
Diagnóstico laboratorial da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)
Eosinofilia 20 - 70%
IgE
Histopatologia inespecífica
Tratamento da Erupção atópica da gravidez (Prurido gestacional de Bernier)
Alívio sintomático Emolientes tópicos Cremes de corticoide Anti histaminicos VO Raro o uso de corticoide sistêmico Fototerapia com UVB
Psoríase pustulosa da gravidez
Afecção pustulosa rara que ocorre primariamente na gestação e, com frequência, está associada à febre, tetania e hipocalcemia.
Variante da psoríase pustulosa.
Lesão característica da Psoríase pustulosa da gravidez
Erupção aguda, iniciada no 3º trimestre, raramente segue com prurido.
Placas eritematosas, edemaciadas, com pústulas superficiais nas bordas, pode começar nas grandes dobras e depois se disseminar.
Não se observam lesões de face ou palmoplantares (raro).