Apresentação Cefálica Fletida Flashcards
Apresentações Occipitais
Em ordem de frequência:
OEA - Occipitoesquerda anterior
ODP - Occipitodireita posterior
OEP - Occipitodireita posterior
ODA - Occipitodireita anterior (quase nunca)
A OET - occipitoesquerda transversa é a mais frequente da cabeça ao insinuar-se
Quais as variedades da apresentação cefálica?
flexão ou deflexão do polo cefálico ao penetrar na pelve
Fletido - Vértice (sutura sagital e fontanela lambdóide/posterior)
Defletido 1º Grau - Bregma (fontanela anterior)
Defletido 2º Grau - Fronte (Glabela)
Defletido 3º Grau - Face (Mento)
A insinuação depende da forma da bacia. Quais os tipos de insinuações mais comuns de acordo com cada tipo de bacia?
Ginecoide -> Diâmetros transversos
Platipeloide -> Diâmetros transversos
Androides -> Encaixamento occipitoposterior
Antropoides -> Encaixamento occipitoposterior
A insinuação nas apresentações cefálicas fletidas varia conforme o tipo de bacia.
O feto orienta-se de tal forma a direcionar a sutura sagital no diâmetro x da bacia.
Quais os principais diâmetros que o feto direciona a sutura sagital?
Diâmetro transverso: 60% Oblíqua posterior: 18,5% Oblíqua anterior: 16% Anteroposterior: 5,5% *Posições esquerdas são mais frequentes que as direitas.
6 Tempos do mecanismo de parto
1- Insinuação 2- Descida 3- Rotação interna 4- Desprendimento cefálico 5- Rotação externa 6- Desprendimento do ovoide córmico
Insinuação
Encaixamento!
É a passagem da maior circunferência da apresentação através do anel do estreito superior
Na maioria das mulheres quando a parte fetal apresentada está insinuada, o ponto de referência ósseo está no nível de que estrutura materna?
Espinhas isquiáticas (plano 0 de Lee ou terceiro plano de Hodge - ou muito perto dele)
Qual o diâmetro de insinuação nas apresentações cefálicas?
Biparietal
Qual o diâmetro de insinuação nas apresentações pélvicas?
Bitrocantérico
A flexão da cabeça pode ser explicada por três teorias descritas:
Teoria de Zweifel
Teoria de Lahs
Teoria de Sellheim
Teoria de Zweifel
O mecanismo de flexão cefálica é resultante da pressão axial do feto.
A articulação da cabeça com a coluna vertebral representa uma alavanca de braços desiguais: de um lado, o occipício (braço menor); do outro, a fronte (braço maior). Pressionado o fulcro dessa alavanca, pela contração uterina de cima para baixo, e havendo uma contrapressão representada pela resistência da parede pélvica ou do assoalho pélvico, ocorre a flexão (teoria de Zweifel)
Teoria de Lahs
Define que as pressões laterais exercidas sobre a cabeça pelo canal de parto alcançam níveis diferentes, sendo o mais baixo o lado occipital.
A ação das linhas de força em sentido oposto resulta no abaixamento do occipital
Teoria de Sellheim
Explica que mediante uma diferença de pressão atmosférica, quando um elipsoide de rotação, colocado obliquamente ao seu eixo, progride através de um tubo reto dispõe-se de modo que seu eixo maior coincida com o eixo do tubo
A insinuação ocorre por dois processos diferentes: Estático e dinâmico.
INSINUAÇÃO ESTÁTICA
Processada na gravidez em mais de 50% das primigestas, flexão por aconchego no segmento inferior e na descida, conjuntamente com o útero por tração dos ligamentos sustentadores do órgão e pressão das paredes abdominais.
A insinuação ocorre por dois processos diferentes: Estático e dinâmico.
INSINUAÇÃO DINÂMICA
Surge no fim da dilatação cervical ou no início do período expulsivo
Nas multíparas - flexão por contato com o estreito superior da bacia e descida à custa das contrações expulsivas
No início a cabeça fetal mostra-se em atitude…
Semifletida ou indiferente
*Oferecendo o diâmetro occipitofrontal (12 cm) à passagem pelo estreito superior da bacia, sucedendo-se as contrações exagera-se a flexão e ocorre a substituição por diâmetros menores:
Suboccipitofrontal (10,5 cm)
Suboccipitobregmático (9,5 cm)
Assinditismo anterior
É quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro e mais baixo está o parietal anterior
Assinditismo posterior
A sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno (região anterior da pelve) - obliquidade de Liltzann
*Mais comum em primíparas
Sinclitismo
Durante o trabalho de parto, existe um momento em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o promontório, e a cabeça fica em sinditismo nesse momento. (ambos parietais no mesmo nível)
cavalgamento
dos ossos do crânio fetal
Processo que contribui para o mecanismo de insinuação reduzindo as dimensões do polo cefálico.
O maciço frontal e o occipital se locam por baixo dos parietais. Do mesmo modo, a borda interna de um dos parietais se sobrepõe à outra.
Descida
Segundo tempo do mecanismo de parta.
Passagem do polo cefálico do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna.
Usa-se o esquema de Lee para definir a descida.
Esquema de Lee na descida do feto durante o parto
Móvel: > -3 cm. Ajustada ou fixada: -3, -2 ou -1 cm. Insinuada: 0 cm. (Espinha isquiática) Fortemente insinuada: + 1, +2 ou +3 cm. Baixa: +4 ou +5 cm (já aflorando na vulva).
O canal de parto é um cilindro regular?
Não.
Possui uma curvatura em sua porção mais inferior (tendo forma de “J”)
Para o feto conseguir passar ocorrem movimentos de flexão (anteroposterior e lateral, para reduzir os diâmetros), rotação e mecanismos de cavalgamento ósseo.
Elementos que contribuem para a descida (2º momento do parto)
Contração uterina, contração dos músculos abdominais, pressão do líquido amniótico e extensão do ovoide fetal, que se transforma em cilindro
Objetivo da rotação interna fetal
Coincidir o diâmetro ântero-posterior do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia materna
O grau de rotação varia conforme a variedade de posição. Nas apresentações cefálicas fletidas, o occipício é o ponto de referência que irá percorrer a distância de um arco de circunferência, necessária para sua locação no subpúbis. Dessa forma, será observada a rotação, em graus, conforme as seguintes variedades…
45 º nas anteriores (occipitoesquerda anterior e occipitodireita anterior).
90 º nas transversas (occipitoesquerda transversa e occipitodireita transversa).
135 º nas posteriores (occipitoesquerda posterior e occipitodireita posterior)
Quando a rotação interna completa-se?
Quando a cabela chega ao assoalho pélvico
Desprendimento cefálico
Ocorre com a descida final da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até que seja possível a locação do suboccipício no subpúbis materno.
Como o polo cefálico está em flexão, é necessário que ocorra movimento de deflexão ou extensão da cabeça para ocorrer exteriorização do maciço frontal.
Por meio de duas forças antagônicas (contração uterina e resistência perineal), o feto é impulsionado para baixo e para fora do canal de parto. Ao vencer tal resistência, a cabeça fetal desfere movimento abrupto de extensão, externando os diâmetros anteroposteriores do polo cefálico na sequência: suboccipitobregmático, suboccipitofrontal e suboccipitomentoniano. Ocorre, portanto, a exteriorização do bregma, da fronte, do nariz e do mento do feto, sucessivamente.
Retropulsão cocígea
O diâmetro suboccipitobregmático (9,5 cm) ocupa o diâmetro anteroposterior do estreito inferior e a fronte do feto rechaça o cóccix, aumentando esse diâmetro de 9 para 11 cm, o que se denomina retropulsão cocígea.
Hipomóclio
A região que se fixa ao subpúbis como ponto de apoio para o movimento de expulsão -> é o hipomóclio ou suboccipício, que se localiza 7 cm abaixo da fontanela lambdoide. Ocorre a deflexão/extenção e exteriorização do bregma, da fronte, do nariz e do mento fetal.
Rotação externa
A rotação externa da cabeça fetal (ou movimento de restituição) leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto.
As espáduas, que se insinuaram no diâmetro oblíquo oposto ao da cabeça fetal, rodam, trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior.
Esse movimento ocorre com os ombros.
Desprendimento do ovoide córmico
Exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto.
Após a rotação das espáduas, o ombro anterior fixa-se no subpúbis, apresentando a inserção braquial do deltoide como ponto de apoio, e desprende-se por movimento de abaixamento.
Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e, em seguida, completa-se a expulsão da cintura escapular.