Nefropatias Flashcards
Quais as principais alterações fisiológicas que ocorrem no sistema urinário durante a gestação?
Aumento de 1 a 1,5 cm no comprimento renal
Aumento do fluxo sanguíneo e volume vascular renal
Aumento da permeabilidade capilar e redução da reabsorção tubular
Dilatação da pelve renal e ureter
Tônus vesical diminui (pela ação da progesterona - predispondo refluxo e estase urinária)
Aumenta o ritmo de filtração glomerular (hemodinâmica renal)
Níveis séricos de ureia e creatinina diminuem (20 e 0,5)
Diminuição do ácido úrico plasmático
Proteinúria pode chegar a até 200 mg fisiologicamente
IRA
Síndrome caracterizada por rápida perda da função de filtração glomerular, com consequente retenção de produtos derivados de nitrogênio e perturbação dos equilíbrios hidroeletrolítico e acidobásico. Representa
uma das mais sérias complicações da gravidez
Classificação da IRA gestacional
Pré-renal
Intrínseca (renal)
Pós-renal
*Hipoperfusão, sepse, pré-eclâmpsia grave, púrpura e síndrome hemolítico-urêmica.
Fatores etiológicos de IRA gestacional Pré-renal
De maneira geral HIPOPERFUSÃO
Hipovolemia (hemorragias, vômitos, queimaduras), Insuficiência cardíaca, Alterações vasculares sistêmicas (sepse, anafilaxia, cirrose), Alterações da auto regulação do fluxo renal (AINES e IECAS), Hiperviscosidade sanguínea (policitemia, mieloma múltimo).
Fatores etiológicos de IRA gestacional Intrínseca (renal)
Obstrução renovascular (aterosclerose, trombose, vasculite)
Doenças glomerulares (glomerulonefrites, púrpura trombocitopênica, pré - eclâmpsia, HAS)
Necrose tubular aguda (isquemias e toxinas)
Nefrite Intersticial (Alérgica, infecciosa, infiltrativa, idiopática)
Depósito intra tubular e obstrução (ácido úrico, oxalato, aciclovir, metotrexato)
Rejeição de aloenxertos
Fatores etiológicos de IRA gestacional pós - renal
Obstrução!!
Ureter (litíase, neoplasias)
Bexiga
Uretra
Manifestações clínicas da IRA na gravidez
Semelhantes as do período não gravídico:
Choque, septicemia e coagulação intravascular
Diagnóstico da IRA
Avaliação seriada de exames:
Ureia e creatinina sérica
Eletrólitos
Sedimento urinário
Tratamento IRA
Varia de acordo com a etiologia - Corrigir o distúrbio que está causando a insuficiência renal.
- Infusão lenta de líquidos (6 a 8 ml/kg)
- Reposição de eletrólitos
- O tratamento dialítico deve ser considerado com ureia > 75 mg/dL e creatinina > 5,5 mg/dL, ou ainda em situações de sobrecarga volêmica persistente, hipercalemia ou acidose resistente às medidas conservadoras.
IRC
Processo fisiopatológico decorrente de inúmeras causas, cujo resultado principal é a disfunção renal progressiva e irreversível, com redução da função glomerular.
Principais causas de IRA no 1º trimestre de gestação
Choque séptico por abortamento
Hiperemese gravídica (raro)
Principais causas de IRA no 3º trimestre de gestação
Hemorragias (PP, DPP, pós aborto) Pré - eclâmpsia Síndrome de HELLP Embolia por líquido amniótico Esteatose hepática da gestação IRA idiopática pós-parto
Principais causas de IRA durante toda gestação
Pielonefrite aguda Glomerulonefrites Litíase Aminoglicosídeos, ANEIS e contrastes nefrotóxicos Morte fetal intraútero prolongada Diminuição do débito cardíaco
Porque AINES são proibidos na gestação?
Predispõem o fechamento precoce do ducto arterioso e alterações renais que podem causar oligodrâmnio.
Principais causas de IRC
Diabetes mellitus, HAS, doenças genéticas, obstrução urinária, Glomerulonefrites e doenças císticas renais.
O que a IRC causa em relação a fertilidade feminina?
A fertilidade em pacientes com insuficiência renal encontra- se reduzida, com a presença de alterações nos ciclos menstruais e anovulação. Após a introdução de métodos de diálise, o potencial reprodutivo dessas pacientes melhorou.
Doença renal crônica
Lesão renal ou diminuição da função renal por um período maior ou igual ao 3 meses.
Caráter progressivo: estágio terminal -> diálise -> transplante
Diagnóstico IRC
Proteinúria
Hematúria
Anormalidades histológicas
Complicações IRC
Pré-eclampsia TPP RCF Polidrâmnio Cesariana Morte fetal e materna (dificuldade em função renal retornar ao normal no pós-parto)
Manejo IRC
Controle da PA, infecção, anemia, uso de eritropoietina, folato, hemodiálise, diálise peritoneal.
Fatores importantes na gestante com IRC em diálise
Diálise (maior número de sessões que antes da gestação)
Aporte calórico (vitaminas, zinco e proteínas)
Anemia (manter Hg entre 10 e 11 e suplementar ferro)
Manter PAD de 80 a 90 mmHg
Suplementação de cálcio (atentar para o risco de hipocalcemia e acidose metabólica).
*Maior risco de TPP e Plidrâmnio
Orientações complementares ao tratamento da cistite
Ingesta > 2L de água/dia Esvaziamento vesical regular Higiene íntima correta Roupas adequadas Evitr sexo durante o tratamento
Controle pós tratamento da cistite
Urocultura após 1 semana do término
Menalmente até o parto
Manejo cistites de repetição
10 dias de tratamento + profilaxia com 100 mg de nitrofuantoína (1 cmp a noite)
Principais microorganismos das ITUs
E. cole Proteus Klebsiella Enterobacter Staphylococcus saprophyticus Enterococcus faecalis Estreptoccos do grupo B
Sintomatologia cistite na gestação
Polaciúria
Disúria
Dor suprapúbica
*Geralmente sem febre e dor a punho percussão costolombr
Tratamento Pielonefrite
Internação
Antitérmico
Hidratação paraenteral (SF)
Antibioticoterapia (Cefazolina ou Cefalotina - Cefalosporina de 1ª geração - esquema alternativo ampicilina ou ceftrixona)
Fazer o ATB EV até 72h após a febre regredir e depois ajustar medicação VI por 48h
Se não houver melhora em 48 - 72h: Nova urocultura, SG de rins e vias urinárias.
Exames complementares na pielonefrite
Urina 1, Urocultura
Hemograma, hemocultura
Creatinina, eletrólitos
Indicações para diálise na gestação
Ureia > 120 mg/dl
Sobrecarga de volume
Hipercalemia não responsiva a outras medidas
Pericardite ou derrame pericárdico
Alteração no estado mental
Hipermagnesemia não responsiva a outras medidas
Complicações da nefrolitíase
Pielonefrite aguda
ITUs
TPP
Sintomas de nefrolitíase
Dor abdominal aguda em cólica no flanco
Náuseas, vômitos
Hematúria (micro ou macro)
Diagnósticos diferenciais de nefrolitíase
Apendicite, colecistite, pielonefrite e doenças envolvendo o intestino delgado ( diverticulite) e os órgãos pélvicos (torção ovariana).
Tratamento de nefrolitíase
Conservador (aumento da ingesta de líquidos, analgesia e ATB se necessário)
Evitar codeína, AINES.
Se necessário cirurgia
Nefrostomia percutânea + quimioprofilaxia
Colocação do cateter J
Prednisona no manejo do cálculo menor que 1 cm
Fatores de risco litíase urinária
ITU crônica Hiperparatireoidismo Uropatia obstrutiva Histórico familiar 2º e 3º trimestre
Exames litíase urinária
USG de vias urinárias (hidronefrose fisiológica aumenta - principalmente à direita)
RNM
TC (restrita - radiação)
Urocultura
Quando uma mulher que fez um transplante renal pode engravidar?
Mínimo 01 ano (Preferencial aguardar 2 anos)
Ausência de rejeição, função renal estável
Creatinina inferior a 1,5 mg/dl
Proteinúria < 500 mg
PA controlada
Complicações possíveis em uma gestação de pós transplantada (renal)
Aborto, RCF, TPP, Pré-eclâmpsia, HAS, cesaria
Cuidados na gestação de uma mulher que fez previamente transplante renal
Avaliar rejeição, HAS, DM, terapia imunossupressora
Cuidados acerca de imunossupressores
Não usar micofenolato, Sicrolimus e ciclofosfamida.
Azatioprina - uso aceitável na gestação [mas é bom reduzir porque pode causar má-formação], mas evitar amamentação
A doença renal crônica aumenta o risco de pré-eclâmpsia (Verdadeiro ou falso?)
VERDADEIRO