Gestação ectópica Flashcards
Ectociese
Gestação ectópica
Implantação do óvulo fertilizado fora do útero
Gravidez extra-uterina
Principal causa de morte materna no 1º trimestre de gestação
GESTAÇÃO ECTÓPICA
(pelo choque hemorrágico)
Fatores de risco
- Histórico de DIP (aumenta 7x a chance de GE)
- Gravidez ectópica anterior
- Manipulação tubária prévia (probabilidade 4x maior de GE)
- Exposição ao dietilestilbestrol (DES – estrógeno usado em carcinoma mamário metastático)
- Histórico de infertilidade
- Cervicite (por clamídia ou gonococo)
- Anormalidade tubária documentada
- Ligadura tubária
- Falha de anticoncepção de emergência (pílula do dia seguinte – motilidade tubária é alterada)
- Uso de DIU
- Reprodução assistida (FIV principalmente)
GE Primária X GE Secundária
- Primária: A nidação ocorre e prossegue em zona única do aparelho genital
- Secundária: Quando após implantar-se, o zigoto desprende-se e continua o desenvolvimento em outro local
Principal local de implantação ectópica
Tuba uterina (95%)
- Ampola (mais comum ⇒ 70%)
- Ístimo (2° mais comum ⇒ 12%)
Possíveis lugares de implantação extra uterina
- Tuba uterina (ampola, ístimo, fímbria, interstício/corno)
- Ovário
- Colo uterino
- Cavidade abdominal
- Cicatriz de cesária
Gestação tubária
- 95% das ectópicas
- A ampola é o local mais frequente (70%), depois o ístimo (12%)
- Abortamento é comum
- Ruptura: usual na gestação ístimica
Gravidez ectópica intraligamentar
Saco gestacional se desenvolve na porção da tuba não coberta por peritônio, entre os folhetos do ligamento largo
Gravidez intersticial ou cornual
- Implantação do embrião no corno uterino
- Ruptura geralmente ocorre com hemorragia, muitos casos são fatais
Gravidez heterotrópica ou combinada
- Gestação gemelar com um embrião no útero e um ectópico
- Geralmente secundário a técnicas de reprodução assistida (FIV e indução da ovulação)
- Centro cirúrgico, nunca prescrever MTX, pois pode matar o outro concepto ⇒ iatrogenia.
Gestação ovariana
(incidência dentre as GE e causas)
- Cerca de 3% das ectópicas
- Forma primária é muito rara, geralmente é resultante de:
- Rotura com reabsorção ovular
- Rotura evoluindo para um tipo secundário
Gestação abdominal
(Porcentagem dentre da GE, principal causa, riscos)
- 1% das ectocieses
- A maioria é secundária à rotura ou ao abortamento tubário
- Risco de morte materna 7,7x > do que nas g. tubárias e 90x maior do que nas g. normais
- A pré-eclâmpisia ocorre em 1/3, com mortalidade de 80 a 90%
- Poucas avançam além do 2° trimestre
- A sobrevivência fetal é exceção e o feto que sobrevive frequentemente é malformado
Gestação cervical
(Porcentagem em relação as GE, diagnóstico e tratamento)
- < 1% de todos os casos
- Saco gestacional na cérvix
- A USG TV revela útero vazio, canal cervical aumentado com saco gestacional exibindo embrião em seu interior, com ou sem BFC
- Caso o BCF esteja presente e a paciente estável o tratamento será com metotrexato intraovular 1mg/kg, se o BCF estiver ausente a administração do quimioterápico será sistêmica. Caso a paciente esteja instável a conduta é cirurgia
Gravidez em cicatriz de cesárea
(aspectos gerais e tratamento)
- Forma mais rara de ectopia
- O saco gestacional se desenvolve na porção anterior do segmento inferior do útero
- Ausência de miométrio saudável entre a bexiga e o saco gestacional
- Pacientes instáveis: laparotomia com histererotomia ou, mais provável, histerectomia
- Pacientes estáveis: laparoscopia e histeroscopia ou Metotrexato (MTX) IM.
Clínica se gestação ectópica íntegra
- Sangramento vaginal (a hemorragia de 1º trimestre/1ª metade: escuro ou claro, raramente excede o fluxo menstrual normal)
- Atraso menstrual (Em 1/3 das ectópicas não há relato de amenorreia, pois o atraso menstrual é encoberto pelo sangramento vaginal)
- Dor abdominal ou pélvica
- Sinais vitais estáveis
- Ao exame especular: Colo arroxeado (característico da gestação ⇒ gestantes tem o colo arroxeado pela estase venosa)
- Ao toque bimanual: As vezes é possível palpar uma tumoração em topografia de anexo D ou E