Isoimunização Rh Flashcards
Por que não há consequências para o feto na gestação em que a mãe foi isoimunizada?
Pois nessa fase haverá inicialmente a produção de IgM, que possui ALTO PESO MOLECULAR e, portanto, não passa a barreira fetoplacentária!
Que situações podem gerar HEMORRAGIA FETO-MATERNA, principal causa
1) ESPONTÂNEA:
- ante e intraparto
- aborto
- gestação ectópica
- mola hidatiforme
2) PROVOCADAS:
- Procedimentos invasivos
- Cesárea
- Curetagem e curagem
- Versão externa
> > cerca de 0,25mL são necessários para sensibilização
Qual o período gestacional preconizado para realização da profilaxia com IMUNOGLOBULINA ANTI-D? Como realizar seguimento da paciente caso a imunoglobulina não seja disponível?
28 SEMANAS*
> > Se não disponível: realizar Coombs indireto mensalmente a partir de 28 semanas (28, 32, 36 e 40 semanas)
*Se estabeleceu esse período, pois 85% das transfusões feto-maternas ocorrem no 3º trimestre e intraparto!
**OBS: cada 10mcg da imunoglobulina neutraliza 1mL de sangue fetal (dose usualmente realizada = 300 mcg)
VERDADEIRO OU FALSO
“Após a administração da profilaxia com imunoglobulina anti-D é importante realizar dosagem do Coombs indireto mensalmente até o parto”
FALSO
> > Pois após a realização da imunoglobulina o exame será positivo!
**OBS: entretanto, espera-se que com 35 semanas a titulação seja de até, no máximo 1:4 e deve NEGATIVAR após 3 meses da administração!
VERDADEIRO OU FALSO:
“A incompatibilidade ABO confere proteção parcial contra a isoimunização Rh”
VERDADEIRO
> > Pois por já apresentarem anticorpos naturais (toda mulher que é O possui naturalmente anti-A e anti-B, por ex., independente da exposição prévia a feto ABO incompatível), as hemácias ABO incompatíveis são rapidamente destruídas antes de estimularem o sistema imunológico materno.
- *RISCO DE ISOIMUNIZAÇÃO ANTI-D (após hemorragia feto-materna):
- Se COMPATIBILIDADE ABO = 16%
- Se INCOMPATIBILIDADE ABO = 2%
Por que nas mães classificadas como Rh - é importante realizar também a identificação do FATOR Du ?
**Pois mulheres que se comportam como Rh -, porém sãoDu POSITIVAS, na verdade são Rh +
» Portanto, não haverá produção materna de anticorpo anti-D e não haverá necessidade de profilaxia!
**OBS: Du = antígeno D fraco
VERDADEIRO OU FALSO
“A incompatibilidade ABO é mais comum que a incomptildiade Rh, porém gera casos leves, em geral”
VERDADEIRO
> > No máximo o RN costuma precisar de fototerapia, pelo maior risco de hiperbilirrubinemia.
No que consiste o TESTE DE KLEIHAUER-BETKE ?
PESQUISA DE HEMÁCIAS FETAIS NO SANGUE MATERNO
> > Não consegue, entretanto, identificar se houve ou não isoimunização!
> > Serve para identificar o sucesso da profilaxia. Se tiver sido bem sucedida, o teste de Kleihauer deve ser negativo!
**OBS: um exame mais moderno e fidedigno para identificação de hemácias fetais no sangue materno é CITOMETRIA DE FLUXO (não disponível no SUS)
É possível que uma gestante cujo sangue é Rh+, com primeiro filho também Rh+, apresentar Coombs indireto positivo?
SIM
> > Nesse caso a isoimunização terá ocorrido pela passagem de ANTÍGENOS IRREGULARES/ ATÍPICOS (ou seja, que não são o antígeno D)
Quando pedir COOMB INDIRETO mesmo em mulheres Rh+, para pesquisa de ANTICORPOS ATÍPICOS?
- História de hemotransfusão prévia
- Abortamento provocado
- Filhos ictéricos graves
- Natimortos
- Hidrópicos
Qual a causa fisiopatológica da HIDROPSIA FETAL (anasarca fetal) dos fetos com doença hemolítica perinatal?
Pela junção da ICC + Hipertensão portal e hipoproteinemia
**ICC –> causada pela ANEMIA FETAL
** Hipertensão porta + disfunção hepática (com consequente HIPOPROTEINEMIA) –> decorrente da tentativa de compensação fetal com ERITROPEISE EXTRAMEDULAR (fígado e baço)
Qual o ponto de corte (valor crítico) do Coombs indireto (para antígeno D) para RASTREIO de anemia hemolítica fetal?
≥ 1/16
**Se títulos menores que isso, repetir Coombs indireto mensalmente.
**OBS: Esse ponto de corte é para os anticorpos ANTI-D. No caso de Coombs indireto positivo para ANTÍGENO DE KELL, por ex. (que causa uma anemia hemolítica mais grave que a causada por anticorpos anti-D), qualquer valor positivo já deve gerar investigação de anemia fetal!
Qual o melhor padrão não invasivo para RASTREIO DE ANEMIA FETAL? Quando o exame é considerdo alterado?
DOPPLERVELOCIMETRIA DA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA
> > Valores alterados:
**Acima de 1,5 MOM (múltiplo da mediana) = alta probabilidade de anemia MODERADA a GRAVE
**Entre 1,29 e 1,5 MOM = anemia LEVE –> repetir doppler a cada 5-10 dias
Quais os procedimentos INVASIVOS podem ser realizados para avaliação do grau de anemia fetal?
1) ESPECTROFOTOMETRIA
> estima a concentração de bilirrubina no líquido amniótico, utilizando a CURVA DE LILEY ou de QUEENAN, por ex.
> em desuso, em geral só é utilizado na ausência de dopplervelocimetria
2) CORDOCENTESE –> Padrão-ouro!
> permite quantificar Hb/Ht fetal, Coombs direto e tipagem sanguínea fetal, além de permitir TERAPÊUTICA
> Deve ser solicitada apenas se doppler sugestivo e/ou hidropsia fetal
**OBS: um exame minimamente invasivo e útil para avaliar a tipagem sanguínea é a PESQUISA DE DNA FETAL no sangue materno!
VERDADEIRO OU FALSO
“Nos fetos com Doença Hemolítica Perinatal submetidos a transfusão intra-uterina, o hematócrito costuma cair 1% por dia”
VERDADEIRO