Cervicites e DIP Flashcards
Quais são os dois principais agentes causadores de cervicites?
- Gonococo (N. gonorrhoeae)
- Chlamydia thrachomatis
Outras: Mycoplasma, Ureoplasma, E. coli, Actinomyces israelli (usuárias de DIU)
Qual o germe causador de cervicite que é praticamente exclusivo das usuárias de DIU?
ACTINOMYCES ISRAELLI
VERDADEIRO OU FALSO
“60-80% dos casos de cervicites em mulheres são ASSINTOMÁTICAS”
VERDADEIRO
> > Ou seja, na maior parte das vezes o único sinal é a leucorreia
Qual o tratamento antimicrobiano para a cervicite por gonococo?
Ceftriaxone 500mg, IM dose única
+
Azitromicina 1g VO (ou doxiciclina 100mg 12/12h por 7 dias)
OBS: Não confundir!! –> caso optado por usar doxicilina, não confundir com o tratamento da DIP, que são por 14 dias!
A uretrite por Chlamydia thrachomatis pode gerar sintomas urinários muito semelhantes a uma ITU. Qual o achado no exame de urina que aumenta minha suspeita para tal?
PIÚRIA ESTÉRIL
> > lembrar que a Chlamydia é um germe INTRACELULAR, logo não aparece nos exames de urina. Nesses casos haverá leucocitúria, porém com cultura negativa.
Por que muitas literaturas consideram os ACO como fatores de proteção para a DIP?
Pois além de gerarem anovulação, eles também geram um espessamento do muco cervical e uterino, dificultando a ascensão dos germes.
OBS: Porém lembrar que o uso do ACO pode gerar uma falsa noção de proteção, fazendo com que algumas mulheres exponham a situações de risco para DIP (como o não uso de preservativo, por ex.) !
Quais os fatores de risco para desenvolvimento de DIP?
- Fatores de risco clássicos para qualquer IST (múltiplos parceiros, não uso de preservativo, baixo nível socioeconômico)
- DIP prévia
- Presença de vaginose ou qualquer IST
- Ducha vaginal
- Procedimento intra-uterino (inserção de DIU, curetagem, biópsia)
- Raça negra
De acordo com o MS, o diagnóstico de DIP pode ser definido pela presença de 3 critérios maiores + 1 critério menor OU presença de pelo menos 1 critério elaborado. Quais são esses critérios?
MAIORES – referentes à DOR!
> Dor pélvica/infraumbilical
> Dor à palpação dos anexos
> Dor à mobilização do colo uterino
MENORES:
> Conteúdo vaginal anormal
> Febre
> Alterações laboratoriais (leucocitose, PCR elevado, comprovação laboratorial de infecção por chalmydia, gonococo ou micoplasma)
ELABORADOS –> os mais específicos
> Histopatologia com evidência de endometrite
> USG evidenciando abscesso tubo-ovariano ou em fundo de saco de Douglas
> Laparoscopia com evidências de DIP
Qual a TRÍADE de sintomas clássicos da DIP?
Febre + Dor abdominal + Corrimento vaginal anormal
Qual a tríade de antibióticos para o tratamento da DIP ambulatorial?
Ceftriaxone (cobre o gonococo) \+ Doxiciclina (cobre a clamídia) \+ Metronidazol (cobre os anaeróbios)
Quais as complicações crônicas mais comuns da DIP?
- Infertilidade
- Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (perihepatite gonocócica - aderência “em corda de violino”)
- Gravidez ectópica
- Dor pélvica crônica
De maneira resumida, como se dá a classificação da DIP em 4 estágios e qual a conduta em cada um?
Estágio I –> sem peritonite
> Tratamento ambulatorial
Estágio II –> com peritonite
> Tratamento hospitalar
Estágio III –> abscesso tubo-ovariano ÍNTEGRO
> Tratamento hospitalar
Estágio IV –> abscesso tubo-ovariano ROTO
> Tratamento cirúrgico
Qual a diferença em relação à conduta nos casos de abscesso tubo-ovariano (íntegro) e o abscesso em fundo de saco de Douglas?
No abscesso tubo-ovariano íntegro a conduta é CONSERVADORA (internação e ATB EV)
No abscesso em fundo de saco de Douglas o tratamento é CIRÚRGICO !!
Quais as indicações de cirurgia para tratamento da DIP?
> Falha do tratamento clínico;
Massa pélvica que persiste ou aumenta, apesar do tratamento clínico
Suspeita de rotura de abscesso tubo-ovariano;
Hemoperitônio
Abscesso de fundo de saco de Douglas.