GINECO - VULVOVAGINITES Flashcards
Qual o pH vaginal?
Varia entre 4 e 5
Como é a fisiologia da flora vaginal?
-Composta principalmente por lactobacilos
-Lactobacilos convertem glicogêncio em ácido lactico, que auxilia na manutenção do pH vaginal
-Existem substâncias protetoras que inibem patogenos
-Desequilibrio na flora vaginal = Doença
Qual a relação das infecções vaginais com a menopausa?
Menopausa - diminui estrogenio - diminui glicogênio - aumenta pH - altera flora - aumenta perda da barreira protetora - aumenta infecções
Quais as causas de vulvovaginites?
50% por vaginose bacteriana
25% por candidíase
20% por tricomoníase
5% causas não infecciosas (vaginose citolítica)
Caracterize a VB
ocorre crescimento de bactérias anaerobias por conta da diminuição ou redução dos lactobacilos
causa mais frequente de sintomas ginelocológicos
VB é uma IST?
não
mas tem associação com ists visto que aumenta o risco de ter uma
Quais os fatores de risco para VB?
sexo oral, duchas, tabagismo, diu, sexo durante menstruação, multiplos parceiros sexuais, relações sexuais com outras mulheres, negras
Qual o quadro clinico da VB?
50 a 70% assintomáticas
corrimento de intensidade variável ou ausente
odor muito forte que piora no sexo ou na menstruação (odor de peixe)
sem processo inflamatório
conteúdo vaginal homogêneo
coloração branco-branco, branco-acinzentada, amarelada
Como é feito o diagnóstico da VB pelos critérios de amsem (mais utilizados)?
3 dos 4 critérios
leucorreia
ph>4,5 (mais basico)
liberação de aminas voláteis (odor presente; whiff test)
exame a fresco - microscópio - “clue cells”
Como é feito o diagnóstico da VB pelos critérios de nugent (padrão ouro)?
contagem de morfótipos e pontuação
0 a 3 pontos =normal
4 a 6= intermediário
7 a 10=vaginose
Qual o tratamento para VB?
objetivo é aliviar os sintomas e reestabelecer a flora vaginal
não precisa tratar todas as assintomáticas
opções com metronidazol em gel ou comprimido; clidamizina creme
durante tratamento abstinência sexual e alcoolica
tratar sempre antes de procedimento no trato genital
não trata parceiro!
não faz uso de ducha!
não faz tratamento rotineiro!
Caracterize candidiase vulvovaginal
não é ist!
muito comum; existem mais de 200 tipos de candida que habitam os tecidos do corpo, elas podem passar a ser patogenicas
é homonio dependente, logo, não é comum na infancia nem na menopausa
tem relação com queda da imunidade
ph <4,5 (mais ácido)
Qual o quadro clínico da candidíase vaginal?
prurido de intensidade variavel que pode ser na vulva ou internamente
corrimento branco fluido ou “coalhada” eu pode ou não estar aderido as paredes
dor, ardencia, disúria, dispareunia; se for muito forte: ardencia durante relação sexual, impedindo-a
no exame físico: hiperemia da mucosa + corrimento vaginal aderido ou não a parede
Como se dá o diagnóstico da candidiase?
diagnóstico clínico, porém, para confirmação:
exame a fresco de hifas e esporos
cultura
bacterioscopia com coloração de gran
Como é o tratamento da candidiase?
MEV!
-não complicada (candida albicans o agente): ocorre esporadicamente; intensidade leve a moderada; miconazol gel vaginal 7 dias, fluconazol dose única. uso de probioticos via oral ou vaginal
-complicada (candida não albicans o agente): recorrente; mulheres comprometidas (ex: diabetes descompensada ou imunossuprimidas); tratamento tópico por 7 a 14 dias, fluconazol; manutenção fluconazol; ácido bórico
não é necessário tratar parceiro!
Caracterize a tricomoníase
é isi! ist não viral mais comum do mundo
1/3 das mulheres são assintomáticas durante longo período; quando ocorre comprometimento da imunidade os sintomas aparecem
homens são vetores pouco sintomáticos ou assintomáticos
parasita cobre-se com proteína do hospedeiro, ou seja, dribla o sistema imune
tem inflamação intensa!!
Como é o quadro clínico da tricomoníase?
muita inflamação
corrimento moderado a intenso, amarelo ou amarelo esverdeado, bolhoso!
ardor genital, disúria, dispareunia, prurido intenso, hiperemia
piora no período pos menstrual
ph>4,5 (mais basico)
no exame físico: hiperemia vulvar. corrimento característico bolhoso; colo uterino com aspecto morango framboesa
Como se dá p diagnóstico de tricomoníase?
bacterioscopia a fresco da a confirmação: presença do trichomonas vaginalis na secreção vaginal
coloração por gram; cultura; whiff test
Como é o tratamento da tricomoníase?
metronidazol dose única 2g
OU
metronidazol 7d 500mg de 12 em 12h
tratar parceiro!!1 é uma ist!!!!
Qual é o quadro clínico da vaginose citolítica?
prurido, queimação, desconforto e dispareunia
semelhante a candidiase
ph entre 3,5 e 4,5
Caracterize vaginose citolitica
causa não infecciosa!
proliferação excessiva de lactobacilos que causa dano epitelial e sintomas clínicos
vão ter muitas células mortas no corrimento vaginal
Como se dá o diagnóstico de vaginose citolitica?
bacterioscopia por gram: aumento dos lactobacilos
Como é feito o tratamento da vaginose citolitica?
alcalinizar o meio
ducha vaginal com bicarbonato de sódio 30 a 60mg diluido em 1l de água
Caracterize a cervicite
inflamação da mucosa endocervical
pode ser gonocócica ou não gonococica
clamidia e gonorreia causam cervicite (são ists)!!
maioria é assintomática: ocasionando desfechos ruins - descoberta tardia=infecção; pode levar a DIP
Como é o quadro clínico de cervicite?
colo edemaciado, hiperemiado, mucorreia purulenta, friável(fragmentação), sangrante, dor a mobilização do colo uterino (clamidia e gonorreia)
sangramento pos coito e bartholinite apenas em gonorreia
Como se dá o diagnóstico de cervicite?
PCR, captura hibrida
cultura
bacterioscopia
Como é o tratamento de cervicite?
clamidia: aztromicina ou doxiciclina
gonorreia: ceftriaxona
Como é a evolução da DIP?
cervicite - endometrite - salpingite - peritonite - podendo evoluir para óbito
Caracterize DIP
inflamação do trato genital superior feminino e estruturas adjacentes
é polimicrobiana porém principais são: clamidia e gonorreia
fatores de risco envolvendo sexualmente ativa, multiplos parceiros, historia de ist, não uso de preservativo, baixo nivel socioeconomico
Como é o quadro clínico da DIP?
60% assintomática
pode ser dor pelvica crônica + dispareunia, corrimento vaginal, sangramento pós coito ou intermenstrual
pode criar várias aderencias levando a infertilidade
pode cursar com disuria e sintomas gastrointestinais
Como se dá o diagnóstico de DIP?
3 critérios maiores + 1 critério menor
OU
1 critério elaborado sozinho
Quais os critérios maiores para diagnóstico da DIP?
dor abd/pélvica espontanea
dor a palpação abd/anexal
dor a mobilização cervical
Quais os critérios menores para diagnóstico da DIP?
temperatura axilar >37,5 ou 38,3
massa pélvica
secreção vaginal/cervical anormal
vsh ou pcr elevados
cultura positiva para gonococo, clamidia ou micoplasmas
leucocitose em sangue periférico
>5 leucocitos/campo imersão em material endocervice
Quais os critérios elaborados para diagnóstico da DIP?
biopsia de endometrio
laparoscopia com evidência de DIP
abscesso tubo ovariano ou fundo de saco de douglas em exame de imagem
Qual tratamento da DIP leve?
atb oral ou intramuscular
tratar parceiro!!
Quando deve-se considerar internação em DIP?
febre alta, irritação peritoneal, sinais de sepse (hipotensão, taquicardia)
Quando é obrigatório internar na DIP?
abscesso tubo ovariano, ausência de resposta clínica em 72h, suspeita de complicações
Qual o tratamento da DIP mais grave?
metronidazol + ceftriaxona + doxiciclina
tratar parceiro!!!