CIRURGIA - COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS Flashcards
Sobre FEBRE
Caracterize a imediata e suas principais causas
Imediatas → <24h → Considerar causas pré cirúrgicas, reação medicamentosa, REMIT, hipertermia maligna
Sobre FEBRE
Caracterize a precoce e suas principais causas
Precoces → 1-3 dia → Atelectasia (principal), flebite, ITU, pericardite
Sobre FEBRE
Caracterize a tardia e suas principais causas
Tardias → >5 dias → Infecção do sítio cirúrgico, deiscência da anastomose (5-7 dias), pneumonia
Sobre SEROMA
Qual a definição e suas características
-Coleção em subcutâneo, com acúmulo de gordura, sérum, linfa (não infecta)
-Edema localizado
Sobre SEROMA
Qual a conduta?
Drenar (abertura dos pontos caso a cirurgia mais recente e fácil acesso para drenar) ou aspirar (guiado por USG).
Sem necessidade de anestesia
Sobre HEMATOMA
Qual a definição e suas características
-Coleção em subcutâneo com conteúdo hemático
-Pode infectar
-Edema localizado
-Pode acompanhar sinais flogísticos
Sobre HEMATOMA
Qual a conduta?
Drenagem de sangue por ferida operatória
Sobre DEISCÊNCIA DA SUTURA
Caracterize a parcial
Parcial → Pele e Subcutâneo (fechamento por segunda intenção) OU na aponeurose → pele íntegra com extravasamento contínuo de líquido da barriga exemplo
Sobre DEISCÊNCIA DA SUTURA
O que é eventração e qual a abordagem?
Eventração = Abertura Parcial da aponeurose
Realizar reabordagem com tela profilática.
*eventração é a abertura da aponeurose com integridade da pele, se torna uma hérnia
Sobre DEISCÊNCIA DA SUTURA
Caracterize a total
-Total → Pele E Aponeurose → Cursa com evisceração que dá para ver a alça intestinal
Sobre DEISCÊNCIA DA SUTURA
Qual a conduta quando tem evisceração?
Cirurgia de EMERGÊNCIA → ATB profilático prolongado
Sobre INFECÇÃO DE SÍTIO SUPERFICIAL
Quais as características?
-Pele e subcutâneo com sinais flogísticos
-Pode cursar com secreção purulenta
Sobre INFECÇÃO DE SÍTIO SUPERFICIAL
Qual a conduta?
-Não necessariamente precisa administrar ATB
*Interessante administrar em diabéticos, obesos, com problemas de seguimento
-Conduta → Drenagem local; Lavagem
Sobre INFECÇÃO DE SÍTIO PROFUNDA
Quais as características?
-Tecidos moles profundos
-Abcesso
Sobre INFECÇÃO DE SÍTIO PROFUNDA
Qual a conduta?
Drenar, lavar a ferida com soro e administrar ATB
Segue em internamento e acompanhado
Sobre INFECÇÃO DE SÍTIO INTRA ABDOMINAL
Quais as características?
-Órgão/Cavidade
-Cursa com sinais sistêmicos
Sobre INFECÇÃO DE SÍTIO INTRA ABDOMINAL
Qual a conduta?
-Deve-se fazer a drenagem cirúrgica com o dreno (se necessário faz TC para ver onde o dreno está)
-ATB
-Vigilância clínica
Sobre ATELECTASIA
Qual a definição e as características?
-Quando os alvéolos pulmonares sofrem um colapso, se fechando e ficando sem ar em seu interior, o indivíduo apresenta um quadro médico conhecido como atelectasia.
-Deve-se sempre pensar em atelectasia; é a mais comum
-Colabamento do tecido pulmonar com perda de volume
-Opacidade em região torácica
Sobre ATELECTASIA
Qual o quadro clínico?
-É a principal causa de febre nas primeiras 48h
-Cursa com dispnéia e desconforto respiratório
Sobre ATELECTASIA
Quais os fatores de risco?
Fatores de risco → Obesidade; FIO2 alta (estimula o colabamento); Gestação; Paciente em ventilação sob mais de 72h; Acamados em decúbito dorsal por longos períodos
Sobre ATELECTASIA
Qual o tratamento?
*Secreção abundante → aspiração, pressão positiva e fisioterapia
*Pouca secreção → CPAP (máscara)
Sobre ATELECTASIA
Como é a prevenção?
Prevenção → Mobilização; FIO2 mínima; Recrutamento
Sobre TEP
Qual a definição?
-TEP é a oclusão (fechamento) parcial ou total de uma ou mais artéria pulmonares, por embolização
Sobre TEP
Qual o quadro clínico?
Cursa com dispneia, dor torácica, edema de membros inferiores (trombose endovenosa que pode gerar a TEP)
Ausculta diferente.
Sobre TEP
Quais os fatores de risco?
Obesidade; Imobilização; Gestação; TVP
Sobre TEP
Como é feito o diagnóstico?
Score de wells; Doppler MMII; AngioTC de tórax
Sobre TEP
Como é feito o tratamento?
Anticoagulação plena; Suporte ventilatório
Sobre ÍLEO PARALÍTICO
Qual o quadro clínico?
Cursa com sintomatologia e quadro clínico similar de abdome agudo obstrutivo → dor abdominal, náuseas, vômitos, ausência de flatos e fezes
Qual seria o retorno esperado dos órgãos do TGI após uma cirurgia?
*Intestino delgado → <24h
*Estômago → 24 - 48h
*Intestino grosso → 48 - 72h
Sobre ÍLEO PARALÍTICO
Quais as características e as causas?
-Lentificação no retorno da motilidade do TGI
-Mimetizando um abdome agudo obstrutivo
-Causas → Hemorragia intra abdominal; Infecção intra abdominal; Cirurgia de grande porte; Uso de medicamentos
Sobre ÍLEO PARALÍTICO
Como é feito o diagnóstico?
TC de abdome para afastar obstrução - Realizada no 4/5 dia, porque na abordagem inicial pode deixar um pneumoperitônio residual
Sobre ÍLEO PARALÍTICO
Como é feito a conduta?
Regredir dieta; procinéticos; deambulação; considerar SNG (se paciente tiver vomitando muito)
*Suspender opióides, pode agravar o quadro de paralisia
Sobre DEISCÊNCIA DA ANASTOMOSE NO TGI
Qual a definição?
Abertura inadvertida de anastomose cirúrgica
Sobre DENESCÊNCIA DA ANASTOMOSE NO TGI
Qual o quadro clínico?
-Quadro clínico → Piora clínica (5 a 7 dias), líquido entérico no dreno (deve-se sempre avaliar dreno, pode ter coco), sepse
-Se trata de um abdome agudo perfurativo → Dor abdominal, taquicardia, febre, pneumoperitônio
Sobre DENESCÊNCIA DA ANASTOMOSE NO TGI
Quais são os fatores de risco?
-Fatores de risco → Aspectos técnicos, tensão na linha de sutura, fatores do paciente, local da anastomose
Sobre DENESCÊNCIA DA ANASTOMOSE NO TGI
Como é feito o diagnóstico?
Clínica cirúrgica é soberana;
TC de abdome se dúvida diagnóstica
Sobre DENESCÊNCIA DO TGI
Como é a conduta?
Prevenção; Dieta zero; Suporte clínico;
Reabordagem cirúrgica em casos de sinais de gravidade e sepse
Sobre FÍSTULA GASTROINTESTINAL
Qual a definição e suas características?
-Comunicação anormal entre órgão do TGI e outra superfície
-Mais incidente em íleo
Sobre FÍSTULA GASTROINTESTINAL
Qual o quadro clínico?
Sepse; distúrbio eletrolítico; desnutrição
Sobre FÍSTULA GASTROINTESTINAL
Qual a conduta?
Dieta oral zero, suporte clínico e nutricional;
Correção clínica tardia para evitar reincidência e inflamação.