Cancer De Prostata Flashcards

1
Q

O que são os antiandrogênicos periféricos?

A

São inibidores do receptor de androgênio que bloqueiam a ligação, translocação e atividade transcricional, sem efeito agonista parcial como os de 1ª geração.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais são os principais antiandrogênicos periféricos?

A

Enzalutamida, Apalutamida e Darolutamida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual o desenho do estudo AFFIRM?

A

Fase III, mCRPC pós-docetaxel, comparou enzalutamida vs placebo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais os resultados do AFFIRM?

A

SG: 18,4 vs 13,6 meses;
HR: 0,63.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual o desenho do estudo PREVAIL?

A

Fase III,
mCRPC pré-quimioterapia,
comparou enzalutamida vs placebo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais os resultados do PREVAIL?

A

SG: HR 0,71; SLP: HR 0,19. Benefício robusto.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual o objetivo do estudo PROSPER?

A

Avaliar enzalutamida em pacientes com nmCRPC e PSA-DT <10 meses.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os resultados do PROSPER?

A

MFS: 36,6 vs 14,7 meses; HR: 0,29.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual o cenário do estudo ARCHES?

A

Cenário mHSPC;
enzalutamida + ADT vs placebo + ADT.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Resultado do ARCHES?

A

rSLP: HR 0,39;.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual o objetivo do estudo SPARTAN?

A

Avaliar apalutamida em nmCRPC com PSA-DT <10 meses.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Resultados do SPARTAN?

A

MFS: 40,5 vs 16,2 meses; HR: 0,28.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual o objetivo do estudo TITAN?

A

Avaliar apalutamida + ADT vs placebo + ADT em mHSPC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Resultados do TITAN?

A

SG: HR 0,67; rSLP: HR 0,48.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual o objetivo do estudo ARAMIS?

A

Avaliar darolutamida em nmCRPC com PSA-DT <10 meses.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Resultados do ARAMIS?

A

MFS: 40,4 vs 18,4 meses; HR: 0,41.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual o cenário do estudo ARASENS?

A

mHSPC; darolutamida + ADT + docetaxel vs placebo + ADT + docetaxel.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Resultados do ARASENS?

A

SG: HR 0,68; benefício de SG com triplet therapy.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual antiandrogênico tem melhor perfil de segurança?

A

Darolutamida, devido à menor penetração no SNC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual antiandrogênico tem maior corpo de evidência?

A

Enzalutamida, com estudos em mCRPC, nmCRPC e mHSPC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual a principal vantagem do uso de triplet therapy com darolutamida?

A

Melhora da sobrevida global em mHSPC conforme o estudo ARASENS.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Como calcular o PSADT (tempo de duplicação do PSA).

A

PSADT = (ln 2) × (t₂–t₁) / (ln PSA₂–ln PSA₁); usar ≥ 3 valores em ≤ 12 m p/ maior acurácia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

PSADT ≤ 12 m após PR implica qual categoria de risco segundo EAU 2024?

A

Alto risco de progressão/metástase — considerar intensificação (RT precoce + ADT).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Decipher® score ≥ 0,6 em tecido prostático indica o quê na recidiva?

A

Maior chance de metástase; orienta uso de ADT mais longa ou RT pélvica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Volume clínico‐alvo (CTV) padrão da loja prostática segundo RTOG.
Desde vesícula seminal distal até anastomose vesico‐uretral; incluir leito de vesícula se pT3b.
26
Dose‐constraint reta tardio (V65) comum em RT‑R IMRT.
Manter V65 Gy < 35 % para reduzir proctite tardia G 2+.
27
Justificativa para não escalonar dose > 66 Gy em RT‑R.
SAKK 09/10 mostrou ↑ toxicidade GI sem ganho em FFBP; IMRT moderna mantém isso.
28
Toxicidade aguda GU mais frequente na RT‑R.
Disúria e urgência; maioria G 1‑2, resolvendo em 3‑6 meses.
29
Fator de risco clássico para estenose uretral pós RT‑R.
Cirurgia prévia de ressecção transuretral (RTU) repetida.
30
Uso de ADT ≥ 24 m aumenta qual risco metabólico?
Síndrome metabólica/diabetes e eventos CV – monitorar glicemia e perfil lipídico.
31
Qual foi o ganho absoluto de metástase‑free survival no GETUG‑AFU 16?
7 pontos percentuais aos 10 anos (73 % vs 66 %).
32
Taxa de falha bioquímica 5 a no SPPORT braço triplo (lRT na loja pélvica + campos pélvicos + ADT)
25 % (vs 45 % PBRT isolada).
33
Principal evento adverso ≥ G3 adicional observado com bicalutamida no RTOG 9601.
Ginecomastia/dor mamária em 69 %.
34
Limite de detecção típico do PSMA‑PET (68Ga ou 18F) em RT‑R.
PSA ~0,2–0,5 ng/mL para sensibilidade > 50 %.
35
Quando considerar boost focado guiado por PET na loja.
Lesão concordante PET/MRI com planejamento IMRT; estudos fase II sugerem controle local > 90 %.
36
Vantagem do VMAT sobre 3D‑CRT em RT‑R.
Menor dose em reto/bexiga -> ↓ toxicidade GI/GU tardia; tempo de entrega menor.
37
Hipofracionamento moderado (e.g., 54 Gy/18 fx) em RT‑R: evidência atual.
Dados fase II mostram bPFS similar e perfil de toxicidade aceitável; protocolos ainda não padrão.
38
SBRT para oligorrecidiva nodal após PR – esquema clássico.
35‑40 Gy em 5 frações sobre linfonodo PET‑positivo; fase II mostra ADT‑free survival 2 a ~50 %.
39
Proporção de pacientes poupados de RT no braço ‘salvage’ do RADICALS‑RT.
39 % não precisaram de RT após mediana 5 anos de seguimento.
40
Meta‑análise ARTISTIC – conclusão sobre toxicidade GU ≥ G2 adjuvante vs salvage.
Maior toxicidade GU aguda/tardia no braço adjuvante; reforça esperar gatilho de PSA.
41
Frequência de dosagem de PSA após RT‑R concluída.
A cada 3 m no 1º ano, 6 m até 5 anos, depois anual se estável.
42
Critério Phoenix adaptado para falha pós RT‑R.
Nadir PSA + 0,2 ng/mL (valor absoluto menor vs + 2 ng/mL em RT primária).
43
Definição clássica de recidiva bioquímica pós-prostatectomia radical (PR).
PSA ≥ 0,2 ng/mL confirmado em duas dosagens sucessivas.
44
PSA alvo para iniciar radioterapia de resgate (RT‑R).
Iniciar idealmente com PSA ≤ 0,5 ng/mL (preferência < 0,3–0,4 ng/mL).
45
Dose padrão recomendada da RT de resgate na loja prostática.
64‑66 Gy em 1,8‑2 Gy/fração; **dose‐escalação ≥ 70 Gy não mostrou benefício (SAKK 09/10).
46
RTOG 9601 – desenho do estudo.
RT‑R 64,8 Gy vs RT‑R + bicalutamida 150 mg/dia por 24 meses; n = 760.
47
RTOG 9601 – resultado principal em sobrevida global (OS).
HR 0,77; ganho absoluto de 5 p.p. em OS aos 15 anos no braço com bicalutamida.
48
RTOG 9601 – lição clínica sobre PSA de entrada.
Benefício de ADT longa restrito a PSA 0,7‑1,5 ng/mL; possível dano se PSA < 0,6 ng/mL.
49
GETUG‑AFU 16 – desenho do estudo.
RT‑R 66 Gy ± goserrelina por 6 meses; n = 743; PSA mediano 0,3 ng/mL.
50
GETUG‑AFU 16 – benefício em progressão.
PFS 64 % vs 49 % (HR 0,54) a favor do braço com ADT curta de 6 meses.
51
SPPORT (RTOG 0534) – desenho dos três braços.
1) RT‑R; 2) RT‑R + ADT 4‑6 m; 3) RT‑R + ADT 4‑6 m + RT pélvica 45 Gy.
52
SPPORT – falha livre de progressão (FFP) aos 5 anos.
PBRT 71 % vs PBRT+ADT 81 % vs PBRT+ADT+PLNRT 87 %.
53
SPPORT – implicação prática.
Combinação RT loja + RT pélvica + ADT curta fornece melhor controle sem ↑ toxicidade tardia.
54
SAKK 09/10 – pergunta investigada.
RT‑R 64 Gy vs 70 Gy na loja prostática, sem ADT.
55
SAKK 09/10 – resultado chave.
- Sem diferença em FFBP; - toxicidade GI ≥ G2 maior com 70 Gy → dose‑escalação não recomendada.
56
EMPIRE‑1 – desenho do estudo de imagem.
Planejamento com imagem convencional vs + PET/CT ¹⁸F‑fluciclovina para guiar RT‑R.
57
EMPIRE‑1 – impacto em falha livre de progressão.
FFS 75 % (PET) vs 63 % (convencional); PET alterou campos em 35 % dos casos.
58
EMPIRE‑1 – mensagem prática.
PET molecular deve ser considerado antes de RT‑R para individualizar volume e boost.
59
RADICALS‑RT – qual a pergunta do estudo?
RT adjuvante imediata ≤ 6 m vs RT de resgate precoce (gatilho PSA ≥ 0,1 ng/mL).
60
RADICALS‑RT – resultado principal.
Nenhuma diferença em falha à distância/metástase; mais toxicidade no braço adjuvante. Fazer RT de resgate é não inferior a fazer RT adjuvante
61
ARTISTIC – qual o objetivo da meta‑análise?
Consolidar dados de adequação adjuvante vs salvage precoce pós‑PR.
62
ARTISTIC – conclusão.
Equivalência em EFS (HR 0,95); apoia estratégia ‘salvage on demand’.
63
Tempo de ADT recomendado com RT‑R segundo evidências.
Geralmente 4‑6 meses; prolongar para 24 m apenas se PSA pré‑RT > 0,7 ng/mL ou Gleason alto.
64
Importância do campo pélvico na RT‑R.
RT pélvica + ADT curta melhora FFP (SPPORT) em pacientes de risco (Gleason ≥ 8 ou PSADT curto).
65
Mensagem sobre dose‑escalação na loja prostática.
Não acrescenta controle e aumenta toxicidade (SAKK 09/10) – manter 64‑66 Gy.
66
Papel do PET molecular antes da RT‑R.
Muda planejamento em ~30 % e melhora FFS (EMPIRE‑1); PSMA‑PET tende a substituir fluciclovina.
67
Câncer de próstata anaplásico: o que é? O que são os critérios de Aparício?
- Tumor de próstata que deixa de se comportar como adenocarcinoma dependente de androgênio e passa a agir como carcinoma indiferenciado, muito agressivo, com características clínicas semelhantes ao câncer de pequenas células. - Critérios de Aparício: conjunto de sinais clínicos para identificar essa transformação e mudar a abordagem terapêutica.
68
Quais são os Critérios de Aparício?
Um paciente com câncer de próstata avançado é considerado “anaplásico” se apresentar qualquer um dos seguintes: 1. Progressão visceral predominante (por exemplo, fígado, pulmão, cérebro) sem envolvimento significativo de osso. 2. Lesões ósseas predominantemente líticas (não apenas blásticas como é o mais comum no adenocarcinoma de próstata clássico). 3. Metástases volumosas nos linfonodos (geralmente >5 cm). 4. Níveis muito elevados de marcadores neuroendócrinos, como: • CEA (antígeno carcinoembrionário), • CA 19-9, • NSE (enolase neuroespecífica), mesmo sem confirmação histológica de diferenciação neuroendócrina. 5. Progressão rápida da doença com PSA relativamente baixo comparado ao volume de doença. 6. PSA baixo, mas doença muito agressiva, sugerindo que o tumor já não é mais dirigido primariamente pelo eixo androgênico. 7. Histologia já compatível com pequenas células ou componentes neuroendócrinos, se biópsia for feita.
69
Qual o objetivo do estudo SPPORT?
Avaliar se RT de loja isolada ou combinada com campos pélvicos e ADT melhorava controle da recidiva bioquímica.
70
Qual o resultado principal do SPPORT?
RT da loja + campos pélvicos + 6 meses de ADT melhoraram a sobrevida livre de progressão bioquímica.
71
Quem era a população do GETUG-AFU 16?
Pacientes com PSA detectável (0,2-2,0 ng/mL) após PR, sem metástase.
72
Qual o resultado principal do GETUG-AFU 16?
Adicionar 6 meses de ADT à RT de resgate melhorou a sobrevida livre de progressão bioquímica.
73
O que o RADICALS-RT comparou?
Radioterapia adjuvante imediata versus radioterapia de resgate precoce após PR.
74
Qual o achado principal do RADICALS-RT?
Radioterapia de resgate precoce foi equivalente à adjuvante, com menos toxicidade.
75
Qual a comparação do RAVES Trial?
RT adjuvante imediata versus RT de resgate precoce em margem positiva/pT3.
76
Qual a conclusão do RAVES Trial?
Radioterapia de resgate precoce é segura e equivalente em controle ao invés da adjuvante imediata.
77
Quem foi incluído no EMBARK?
Homens com recidiva bioquímica de alto risco (PSA elevado, PSADT ≤9 meses), sem metástase.
78
Qual a intervenção testada no EMBARK?
Enzalutamida + Leuprolida vs Enzalutamida isolada vs Leuprolida isolada.
79
Qual o desfecho primário do EMBARK?
Sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP).
80
O que mostrou o EMBARK em termos de progressão?
Combinação de enzalutamida + ADT reduziu em 58% o risco de progressão comparado a ADT isolada.
81
Quando indicar intensificação com enzalutamida segundo EMBARK?
Em casos de recidiva bioquímica de alto risco: PSA elevado e PSADT ≤9 meses.
82
Por que a SPPORT sugeriu irradiar campos pélvicos?
Porque irradiar campos pélvicos junto com a loja e adicionar ADT melhorou o controle da doença.
83
Por quanto tempo foi o bloqueio hormonal no GETUG-AFU 16?
6 meses de bloqueio hormonal com goserelina.
84
Quais os principais estudos do cenário recorrência bioquímica castração sensível?
1. GETUG AFU 16 2. EMBARK 3. RADICALS 4. SPORRT 5. RTOG 9601