Alterações do Crescimento na Criança Flashcards
1
Q
Fatores que influenciam o crescimento
A
- Fatores genéticos: são os mais importantes
- Fatores neuroendócrinos: incluem a hormona de crescimento, hormonas tiroideias e hormonas sexuais
- Fatores ambientais: incluem o estado nutricional, doenças crónicas, iatrogenia, etc.
- Cartilagens de crescimento
2
Q
3 fases do crescimento
A
- Até aos 2 anos: aumento rápido do peso e comprimento; depende sobretudo do estado nutricional e da componente genética
- Dos 2 anos à puberdade: estabilização da progressão do peso e comprimento; depende sobretudo da hormona de crescimento e das hormonas tiroideias
- Na puberdade: aumento rápido do peso e comprimento; depende da ação sinérgica entre a hormona de crescimento e as hormonas sexuais
3
Q
Regras práticas sobre a progressão do peso
A
- Peso ao nascer de RN de termo: 2500-4000g
- Nos primeiros dias perde até 7% do PN
- Recupera o PN entre os 7º e 10º dias de vida
- PN duplica aos 4-5 meses
- PN triplica aos 12 meses
- PN quadriplica aos 24 meses
- Dos 2 anos à puberdade o peso aumenta 2kg/ano
- Investigar se evolução de peso < 1kg/ano
4
Q
Regras práticas sobre a progressão da estatura
A
- Aumenta cerca de 25cm no 1º ano
- Aumenta 10-12cm no 2º ano
- Aumenta 9cm no 3º ano
- Aumenta 7cm no 4º ano
- Até à puberdade aumenta 5cm/ano
- Na puberdade aumenta 8-13cm/ano
- Investigar se evolução for < 4cm/ano
5
Q
Avaliação da velocidade de crescimento
A
- Calcular a variação do z-score
- Identificar o percentil através das tabelas de Hermanussen
- A variação anual de z-score da estatura é normal se > P10
6
Q
Quando é que o crescimento estatural não é adequado?
A
- Baixa estatura, isto é, abaixo do percentil 3 ou menos 2 desvios-padrão
- Quando a variação do z-score da estatura é inferior ao percentil 10 durante 2 anos ou inferior ao percentil 3 durante 1 ano
- Quando o percentil da estatura for inferior a 1,5 desvio-padrão em relação à estatura-alvo familiar
7
Q
Baixa estatura - etiologia
A
- Variante do normal (80% dos casos)
- Baixa estatura familiar
- Atraso constitucional do crescimento
- Causa patológica (20% dos casos)
- Síndromes genéticos (S. Turner, S. Prader-Willi)
- Displasias ósseas
- Doenças sistémicas crónicas
- Nutricional (falta de aporte)
- Psicossocial ou emocional
- Doenças endócrinas (hipotiroidismo, défice de hormona de crescimento, etc.)
- Restrição de crescimento intrauterino
8
Q
Variante normal vs patológica
A
- Avaliar a velocidade de crescimento - é normal quando se trata de uma baixa estatura variante do normal
9
Q
Baixa estatura - ECDs
A
1ª linha: - Avaliar idade óssea (radiografia do punho e mão) - Investigação de doença sistémica - Investigação de doença endócrina (nomeadamente função tiroideia e GH e IGF) 2ª linha: - Cariótipo - RMN CE - Radiografia do esqueleto - Provas de estimulação da GH
10
Q
Baixa estatura familiar
A
- São saudáveis, sem dismorfias e sem desproporções
- Comprimento ao nascer adequado à idade gestacional
- Estatura no percentil 3 ou abaixo
- Velocidade de crescimento normal
- Idade óssea igual à idade cronológica
- Puberdade com início adequado
- Estatura final adequada à estatura-alvo familiar
11
Q
Atraso constitucional do crescimento
A
- É mais frequente nos rapazes
- Normalmente há história familiar
- São saudáveis, sem dismorfias e sem desproporções
- Comprimento ao nascer adequado à idade gestacional
- Estatura inferior ao percentil 3 aos 2 anos
- Velocidade de crescimento diminui
- Idade óssea inferior à idade cronológica
- Atraso da puberdade
- Estatura final adequada à estatura-alvo familiar
12
Q
Défice de hormona de crescimento
A
- Peso e comprimento ao nascer normais
- Estatura fica muito abaixo do percentil 3
- Velocidade de crescimento está diminuída
- Estatura final é inferior à estatura-alvo familiar
- Idade óssea tem um atraso superior a 2 anos da idade cronológica
- ECDs: IGF-1 diminuída; prova de estimulação com GH diminuída; RM-CE que pode ser normal ou com alterações anatómicas do eixo
- Pode ser de etiologia congénita, adquirida ou hereditária
- Pode estar associado a outros défices hormonais (+ comum é a TSH)
- Tratamento com administração subcutânea de somatotropina uma vez ao dia
13
Q
Doenças crónicas
A
- A diminuição do percentil do peso é mais precoce e acentuada do que a diminuição do percentil da estatura
14
Q
Displasias esqueléticas
A
- Suspeitar quando existe desproporção dos segmentos corporais
15
Q
Indicações para tratamento com somatotropina
A
- Défice de hormona de crescimento
- Síndrome de Turner
- Síndrome de Prader-Willi
- Insuficiência renal crónica
- Crianças que nasceram pequenas para a idade gestacional e não recuperaram a sua estatura-alvo familiar