Adenomegálias e Esplenomegália em Pediatria Flashcards
1
Q
Hipertrofia dos gânglios retroauriculares e/ou da cadeia ganglionar cervical
A
-Pode ajudar no diagnóstico de cáries dentárias, otites, faringites ou sinusites
2
Q
Adenite vs adenomegália
A
- Adenite: aumento do gânglio linfático associado a sinais inflamatórios
- Adenomegália ou adenopatia: aumento de tamanho de um ou mais gânglios sem sinais inflamatórios; geralmente associado a patologia benigna e auto-limitada mas pode estar associado a doença maligna e grave (linfoproliferativa)
3
Q
Adenopatias - etiologia
A
- Infecciosa
- Iatrogénica (medicamentos e doença do soro)
- Autoimune (artrite idiopática juvenil, LES, dermatomiosite)
- Neoplásica (leucemias, linfomas, sarcoma Kaposi, metástases)
- Outras (sarcoidose, doenças de Kawasaki, hipertiroidismo, histiocitose, linfadenite de Kikuchi)
4
Q
Sinais de alarme
A
- Adenopatias supraclaviculares, epitrocleares e cervicais inferiores - muito sugestivos de malignidade
- Aderência a planos profundos e consistência dura
- Persistência após investigação negativa ou tratamento
- Sintomas sistémicos associados (febre, anemia, perda ponderal, hepatoesplenomegália)
5
Q
Abordagem clínica de acordo com a idade
A
- Os gânglios normalmente não são palpáveis nos RN
- São palpáveis geralmente entre os 3-5 anos
- Com o tempo de exposição antigénica, o volume dos gânglios aumenta
6
Q
Abordagem clínica de acordo com o tamanho
A
- Gânglios de dimensões normais:
- Axilares e cervicais < 1cm
- Inguinais < 1,5cm
- Epitrocleares < 0,5cm
- Quando maior o tamanho, maior o risco de malignidade
7
Q
Abordagem clínica de acordo com a qualidade
A
- Sinais inflamatórios sugerem infeção do gânglio
- Gânglios moles, compressíveis e móveis são normalmente benignos
- Gânglios pétreos e fixos são sugestivos de malignidade
8
Q
Abordagem clínica de acordo com a localização
A
- Adenopatias axilares em contexto de arranhadela de gato - infeção por Bartonella
- Adenopatias cervicais anteriores em contexto de faringite
- Adenopatias supraclaviculares requerem investigação (biópsia excisional)
- Adenopatias generalizadas associam-se a doenças sitémicas
9
Q
Abrodagem clínica de acordo com a duração
A
- Se não regredir em 4/6 semanas ou normalizar em 8/12 semanas -> indicação para biópsia
- Duração muito longa não é sugestiva de doença oncológica (exceto linfoma de Hodgkin)
10
Q
Esplenomegália - definição
A
- Baço palpável 2cm abaixo do rebordo costal esquerdo (pode ser normal nos RN)
- Pode ser objetivado com radiografia (valores dependem com a idade)
11
Q
Funções do baço
A
- Armazenamento e mobilização de plaquetas em caso de hemorragia
- Envolvido no metabolismo eritrocitário
- Maturação linfocotária e produção de anticorpos
12
Q
Esplenomegália - etiologia
A
- Exacerbação do normal funcionamento do baço (+ comum):
- Hiperplaisa reticuloendotelial
- Esferocitose
- Talassemia major
- Hemoglobinopatia
- Anemia perniciosa
- Hiperplasia imune
- Reposta a infeção (HIV, CMV, TB, leishmaniose)
- Doença autoimune (LES, sarcoidose, trombocitopenia imune)
- Hematopoiese extremedular (mielofibrose ou doença infiltrativa)
- Congestiva/Alteração do fluxo sanguíneo esplénico:
- Cirrose e HTP
- Obstrução da veia hepática/esplénica
- Aneurisma da artéria esplénica
- ICC
- Infiltrativa:
- Amiloidose
- Doença Gaucher
- Doneça Tangier
- Hiperlipidémia
- Leucemia
- Linfoma
- Angiossarcoma
- Metástase
- Malformações anatómicas:
- Quistos
- Hemangiomas
13
Q
Palpação do baço
A
- Palpação em “garra” (manobra de Mathieu Candarelli)
- Normalmente o baço não é palpável, mole e indolor
14
Q
Causas mais comuns de esplenomegália
A
- Infeções (EBV e CMV)
- Doença oncológica
- Doença autoimune
15
Q
Exame de eleição para estudo de esplenomegália
A
- Ecografia abdominal