Alteração do sistema nervoso do recém-nascido Flashcards

1
Q

Quais são as 3 principais alterações do sistema nervoso do recém-nascido?

A
  • Hemorragia intraventricular
  • Lesões de nervos periféricos
  • Convulsões neonatais
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Q

Além da própria hemorragia intraventricular, essa hemorragia pode ocasionar uma outra repercussão clínica no SNC. Qual repercussão é essa?

A
  • Leucomalácia periventricular:
    • Lesão da substância branca periventricular levando a várias repercussões no futuro, associada a perfusão inadequada decorrente da hemorragia intraventricular.
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3
Q

Fatores predisponentes da hemorragia intraventricular:

A
  • Prematuridade
  • Estresse respiratório
  • Asfixia
  • Hipotensão
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4
Q

Qual o fator mais relacionado com a incidência da hemorragia intraventricular?

A

O peso ao nascimento:

  • 60 a 70% PN: 500 - 750g
  • 10 a 20% PN: 1000 a 1500g
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5
Q

Quando costuma ocorrer a hemorragia intraventricular?

A
  • 80 a 90% dos casos acontecem até o 3º dia de nascimento
    • 50% no 1º dia
  • A hemorragia tardia:
    • 10 a 15% após a 1º semana de vida
  • Após 1 mês de vida:
    • É rara, e independe do peso ao nascimento.
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6
Q

Qual exame complementar é usado para graduar a gravidade da hemorragia intraventricular?

A

USG Transfontanela: consegue graduar a gravidade de acordo com a distribuição da hemorragia

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7
Q

Descreva a classificação da hemorragia intraventricular feita a partir do exame de USG transfontanela:

A
  • Grau I:
    • Hemorragia restrita à matriz germinativa
  • Grau II:
    • Hemorragia intraventricular sem dilatação ventricular
  • Grau III:
    • Hemorragia intraventricular com dilatação ventricular
  • Grau IV:
    • Hemorragia intraparenquimatosa (visto com mais frequencia em neonato à termo)
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8
Q

O que é a classificação de Volpe?

A

É outra classificação da hemorragia intraventricular baseada na presença de sangue na matriz germinativa e ventriculos laterais visto no USG transfontanela.

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9
Q

Descreva a classificação de Volpe:

A
  • Grau I:
    • < 10% dos ventriculos com sangue
  • Grau II:
    • 10 a 50% de sangue
  • Grau III:
    • > 50% e ventrículos dilatados
  • Grau IV:
    • Ecodensidade periventricular
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10
Q

Quais são as complicações da hemorragia intravenricular?

A
  • HIDROCEFALIA:
    • 10 a 15% dos RN’s de baixo peso com HIC desenvolvem hidrocefalia.
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11
Q

Em relação aos exames complementares para visualização da hemorragia intraventricular o/a ___________ (USG / TC ou RNM) é o melhor exame para visualização desse sengramento. Porém, em relação à lesão intraparenquimatosa, mais comum em RN a termo com lesão cerebral, o/a ___________ (USG / TC ou RNM) é o melhor método dagnóstico com melhor acurácia na visualização das lesões.

A

USG transfontanela;

TC ou RNM.

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12
Q

Sabe-se que ao evitar à prematuridade, há diminuição do risco de hemorragia intraventricular. Porém, em gestações em que não é possível adiar o o parto e há resolução da gestação com parto prematuro, como previnir à hemorragia intraventricular?

A
  • Corticóide para gestantes em trabalho de parto prematuro (24 a 34 semanas):
    • Com 12h de antecendencia diminui os riscos de hemorragia intracventeicular e leucomalácia periventricular.
    • Betametasona ou Dexametasona.
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13
Q

Quais são os corticóides que diminuem os risco de hemorragia inytravencular e leucomalácia periventricular em filhos de gestantes em trabalho de perto prematuro?

A
  • Dexametasona:
    • Reduz os riscos de hemorragia intraventricular
  • Betametasona:
    • Reduz os riscos de hemorragia intraventricular
    • E reduz os riscos de leucomalácia periventricular.
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14
Q

A paralisia obstétrica é definida como uma lesão por tração ou compressão do plexo braquial decorrente das manobras de parto. O recém-nascido que apresneta atitude de rotação interna, com pronação e com abdução ativa impossível, evidencia a paralisia:

  • a) total do plexo braquial
  • b) baixa do tipo Klumpe
  • c) alta tipo Erb-Duchenne
  • d) total do plexo braquial, com sinal de Claude Bernard-Horner
A
  • c) alta tipo Erb-Duchenne:
    • Lesão dos nervos C5 e C6, tipo mais prevalente da paralisia de plexo (75% dos casos) = Sinal do garõm pedindo gorjeta
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15
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

A maior parte das lesões de plexo braquial por manobras obstétricas é irreversível.

A

FALSO:

A maior parte das lesões do plexo braquial é reversível (80%).

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16
Q

Qual é a relação do plexo braquial com a distócia de ombro?

A

Em 45% dos casos de distocia de ombro, ha paralisia braquial.

17
Q

Reflexo primitivo que está evidentemente prejudicado com a paralisia braquial?

A

Reflexo de Moro.

18
Q

Qual o tratamento para parilisia braquial neonatal?

A
  • Fisioterapia motora
    • A imobilização seria indicada para alguns casos de fratura de clavícula.
  • Após esse período se não houver melhora, deve ser avaluada conduta cirurgica pois pode ter ocorrido uma neurotimese (rompimento dos plexos nervosos):
    • Fazer enxerto de nervo de uma outra região do corpo e emendar o nervo que foi rompido.
19
Q

Outra lesão nervosa periférica, além da lesão do plexoa braquial, que pode ocorrer em partos laboriosos com o uso do fórceps?

A

Paralisia periférica do nervo facial.

20
Q

Como identificar, ao exame físico, o lado do nervo facial que foi lesado durante o trabaho de parto?

A

No lado lesado, o RN não consegue fechar o olho. Portanto, a hemiface com olho aberto é o lado lesado;

Além disso, a rima da boca fica desviada para o lado lesado.

21
Q

Em relação a importância das lesões hipóxico isquêmicas, qual é sua gravidade?

A
  • 15 a 20% dos Rn que sofreram lesões hipóxico-isquêmicas morrem no período neonatal
  • E 25 a 30% dos sobreviventes ficam com sequelas neurológicas permanentes.
22
Q

Quais são os sinais que a criança que sofreu uma encefalopatia hipóxico-isquêmica pode apresentar no momento do parto?

A
  • Palidez
  • Cianose
  • Apneia
  • Bradicardia
  • Falta de resposta ao estímulo
  • E convulsões nas primeiras 24h de vida
    • Porque o edema cerebral pode ocorrer nesse período.
23
Q

Sinais de pior prognóstico em RN que sofreram lesões hipóxico-isquêmicas:

A
  • Apgar baixo aos 20 minutos de vida
  • Ausência de Respirações espontâneas aos 20 minutos de vida
  • Sinais neurológicos anormais com 2 semanas de vida.

Essas alterações falammuito a favor de taxa elevada de mortalidade ou graves déficits motores e cognitivos.

24
Q

Como previnir lesões decorrentes da asfixia neonatal?

A

Pela Hipotermia induzida, ao nascimento, e às 6h de vida (que é quando ocorre a morte definitiva de neurônios que sofreram hipóxia).

25
Q

Quais são as características das convulsões neonatais?

A
  • Não são tônico-clônicas generalizadas
  • São dificeis de reconhecer clinicamente
  • Dificil de diferenciar Tremor de Convulsão:
    • Se há tremor, quando segura o membro para de tremer, na convulsão não para de tremer.
  • Mastigação
  • Sialorreia
  • Apneia
  • Piscar de olhos
  • Nistagmo
  • Pedaladas
26
Q

Exame padrão ouro para diagnóstico de convulsão neonatal:

A

VIDEO-EEG

27
Q

Qual é a principal etiologia das convulsões neonatais?

A

Encefalopatia hipóxica isquêmica.

28
Q

Quais outras etiologias possíveis de convulsão neonatal além da encefalopatia hipóxico-isquêmica?

A
  • Alterações metabólicas:
    • Erros inatos do metabolismo
  • Infecção
  • Trauma
  • Hemorragia
  • Má-formação (citoarquitetura do SNC):
    • Lisoencefalia
  • Drogas (anestésicos locais):
    • Lidocaína
29
Q

Quais exames complementares podem ajudar na investigaçãoda etiologia das convulsões neonatais?

A
  • Fundo de olho:
    • Hemorragia
    • Coriorretinite = fala a favor de infecção congênita (ex.: toxoplasmose)
  • Exames de sangue:
    • Glicemia
    • Cálcio
    • Magnésio
    • Sódio
    • Ureia
  • Punção lombar:
    • Pode mostrar infecção ou sangramentos
30
Q

Geralmente, quando a convulsão é devido erros inatos do metabolismo, quais outras alterações podem estar presentes?

A
  • Convulsões
  • Anorexia e vômitos
  • Letargia
  • Coma
31
Q

O que é e qual a explicação fisiopatológica da convulsão neonatal por dependência de piridoxina?

A

A Convulsão neonatal por dependência por piridoxina (B6) é uma disfunção que ocorre devido a um erro enzimático que não sintetiza adequadamente o GABA (neurotransmissor inibitório). Para haver síntese adequada desse neurotransmissor é necessário doses maiores do que o habitural de piridoxina no metabolismo desses RN’s, pois é uma substância que está envolvida no processo de síntese.

Por isso o nome de convulsão por dependencia de piridoxina (B6)

32
Q

Quando devo desconfiar que o paciente está tendo convulsão neonatal por dependência de piridoxina (B6)?

A

Quando neonato não tem história de hipóxia, sangramentos, alteração metabólica, infecção e trauma e durante episódio convulsivo o paciente não tem resposta adequada à anticonvulsivante (fenobarbital, por ex.) e respota adequada à piridoxina EV.

33
Q

Quais efeitos colaterais do tratamento das convulsões por dependencia de piridoxina (B6) (reposição de piridoxina)?

A

Depressão do SNC e respiratório (apneia).

Isso ocorre devido a formação excessiva de GABA que estava até então represado. Com a infusão de Piridoxina, toda essa substância represada, é liberada ocasionando uma grande depressão do SNC e respiratória.

Por isso, a infusão de pridoxina deve ser feita em um ambiente hospitalar em que haja recurso para se fazer IOT caso seja necessário.

34
Q

Pergunta:

A