SD. R3SP1R4T0R14 V14 A3R34 5UP3R10R: R3SFRIADO, OMA, F4RINGITE, SINUSIT3 Flashcards

1
Q

Criança com infecção respiratória aguda e: Sem taquipneia e sem estridor, em quais DD pensar?:

A

tem uma infecção das vias aéreas superiores (resfriado comum e suas complicações ou faringite aguda).

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2
Q

Criança com infecção respiratória aguda Com estridor (frequência respiratória variável)em quais DD pensar?:

A

tem uma infecção das vias aéreas intermediárias (epiglotite aguda, laringotraqueobronquite aguda).

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3
Q

Criança com infecção respiratória aguda Com taquipneia e sem estridor em quais DD pensar?:

A

: tem uma infecção das vias aéreas inferiores (pneumonia por microrganismos típicos, viral ou por microrganismos atípicos).

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4
Q
  1. Cite alguns fts de risco para Infecções respiratórias na infância:
A
  • Desmame precoce
  • Tabagismo domiciliar
  • Aglomerado de pessoas
  • Baixo peso ao nascer
  • Desnutrição
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5
Q
  1. Quais sinais podem apontar para gravidade do quadro da infecção de VA?
A

Sínais gerais de perigo para as crianças com idade entre dois meses e cinco anos são:
• a criança não consegue beber nem mamar;
• a criança vomita tudo o que ingere;
• a criança apresentou convulsões;
• a criança está letárgica ou inconsciente.

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6
Q

RESFRIADO COMUM

Qual o conceito de um resfriado comum ou rinossinusite?

A

é uma inflamação por uma infecção viral que afeta o nariz, seios paranasais e faringe. As mães podem reclamar dizendo “Dr. Esse menino vive doente, isso é normal?” Nos primeiros 5 anos de vida as crianças podem ter de 6-8 episódios por ano.

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7
Q

RESFRIADO COMUM

Pq o resfriado comum é mais comum em crianças?

A
  • Contato constante com outras crianças infectadas
  • Sistema imune pouco desenvolvido
  • Higiene precária
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8
Q

RESFRIADO COMUM

Quais as manifestações clínicas do resfriado comum ou rinossinusite?

A
  • Predominam coriza ou rinorreia e obstrução nasal, tossse, irritação de garganta “sensação de que a garganta está arranhando” e febre.
  • Na ausência de taquipneia e estridor, pensamos exclusivamente em VA superiores
  • A tosse pode ainda perdurar por 1-2 semanas após a melhora do quadro clinico e um de seus mecanismos pode ser o gotejamento pós nasal, que se agrava ao deitar

Exame físico: edema e hiperemia de cornetos, roncos pela obstrução nasal.

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9
Q

RESFRIADO COMUM

Quais os agentes do Resfriado comum?

A
Rinovirus – há 200 tipos de rinovírus diferentes: uma infecção por esse vírus pode causar uma exacerbação asmática 
Outros possíveis agentes:
-Coronavirus
-Virus sincicial respiratório
Menos comuns:
-Influenza
-Parainfluenza
*Alguns desses vírus são circulantes durante o ano inteiro.
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10
Q

RESFRIADO COMUM

Qual a forma de tranmissão do Resfriado comum?

A

São três os mecanismos principais:

  • Aerossois: o individuo tosse e as partículas ficam em suspensão no ar, podendo viajar alguma distancia.
  • Gotículas: liberadas num espirro, se depositam na mucosa nasal ou na conjuntiva, infectando o individuo suscetível.
  • Contato direto: quando o individuo entra em ctt com a pessoa contaminada ou com superfície contaminada e inocula o vírus em sua própria mucosa nasal ou conjuntiva – principal forma de transmissão, o vírus permanece viável por 2h na pele humana.
  • Transmissão através de fômites: bem menos frequente;
  • O surgimento de secreção brancacenta, amarelada ou esverdeada ocorre a partir da liberação de enzimas pelos polimorfonucleares;
  • Adultos não costumam ter febre, mas lactentes e pré escolares podem apresenta-la.
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11
Q

RESFRIADO COMUM

Quais as possiveis complicações do resfriado comum?

A
  • Otite media aguda:
  • Sinusite bacteriana aguda:
  • Exacerbação da asma brônquica
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12
Q

RESFRIADO COMUM

Qual o tto do resfriado comum?

A
  • Solução fisiológica
  • Antipireticos
  • Antitussígenos e descongestionantes não são comprovadamente eficazes na terapia de crianças, os mesmos não devem ser prescritos para menores de 06 anos;
  • Hidratação adequada para fluidificar as secreções

Para a coriza e obstrução nasal: anti histamínico de primeira geração (Dexclorfeniramina e Clorfeniramina), devido as suas propriedades anticolinergicas e descongestionante (adrenérgicos orais ou tópicos – fenilefrina e oximetazolina) não devem ser usados por tempo prolongado devido ao risco de rinite medicamentosa, um efeito rebote que se instala com a interrupção do medicamento e ao risco de bradicardia em crianças.

Para a tosse: alguns pacientes apresentam uma hiper responsividade brônquica induzida pela infecção viral e podem se beneficiar de broncodilatadores. Guaifenesina, vitamina C e Extrato de Equinacea tem a mesma eficácia do placebo.
-o zinco parece reduzir o tempo de duração da doença;
Orientar a procurar a assistência caso a criança apresente:
-Dificuldade respiratória ou respiração mais acelerada;
-Incapacidade para ingerir líquidos
-Deterioração do estado geral

Tratamento especifico: é difícil pois o tto deveria ocorrer nas primeiras 48h e não há antiviral especifico para o rinovírus. Temos:

  • Ribavirina: VSR
  • Oseltamivir e Zanamivir: influenza
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13
Q

RESFRIADO COMUM

Qual a medida de prevenção contra a infecção do resfriado comum?

A
  • Lavagem de mãos

- Vacinação para Influenza

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14
Q

RESFRIADO COMUM E GRIPE

Qual a diferença entre gripe e resfriado comum?

A

São duas coisas distintas. A gripe é causada pelo vírus Influenza A ou B, principalmente.
Acomete em graus variáveis as vias respiratórias superiores e inferiores e, diferentemente
do que ocorre nas rinossinusites virais, produz uma série de sintomas sistêmicos como
febre, mal-estar, cefaleia, astenia e mialgias. Nas crianças pequenas, o quadro geralmente
manifesta-se com febre alta, sintomas de acometimento das vias aéreas superiores (coriza
hialina, obstrução nasal e tosse) e sintomas gastrointestinais (anorexia, náuseas e vômitos).
A doença é benigna e autolimitada, mas para alguns indivíduos pode representar grande morbidade, como aqueles portadores de doenças pulmonares, doenças neurológicas, imunodeficiências, doenças crônicas de um modo geral e cardiopatias. A idade abaixo de dois anos também é um fator de risco para a doença grave.

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15
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Qual o conceito da OMA?

A

É uma inflamação da orelha média provocada por agentes bacterianos, principalmente Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.

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16
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Como estabelecer o diagnostico da OMA?

A

Através da anamnese e do exame físico (otoscopia), sendo o abaulamento da mb timpânica o achado mais importante.

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17
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais os fts de risco para OMA?

A
  • Idade inferior a 02 anos, pela imaturidade imunológica e pela anatomia da trompa de Eustáquio (tuba auditiva) nessa idade que é mais curta e mais horizontal dificultando o funcionamento dos mecanismos antirrefluxo e de drenagem da orelha média.
  • Mais comum em meninos
  • O primeiro episódio de otite média aguda antes dos 6 meses é um importante preditor de OMA recorrente;
  • Aglomerações, higiene inadequada, nutrição inadequada;
  • Contato maior com outras crianças, ida á creche;
  • Más formações como fenda palatina e Sd de Down;
  • Tabagismo passivo;
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18
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais os fts de proteção contra OMA?

A
  • Vacinação anti-pneumocócica e contra a Influenza

- Aleitamento materno;

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19
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Qual a patogênese da OMA?

A

A tuba auditiva comunica a nasofaringe com a orelha média, ela tem três funções em relação a orelha média:
-Ventilar
-Proteger
-Permitir o clearance de secreções da orelha média pela nasofaringe
Quando ocorre infecção de VAS a inflamação ali instalada obstrui a drenagem do liquido estéril de dentro da orelha média e ainda oermite o refluxo de vírus e bactérias da orofaringe para a orelha média, onde esses MOS encontram local ideal para se proliferarem e estabelecer a otite média aguda.
O acúmulo de pus dentro da orelha média forma uma espécie de abscesso que causa um abaulamento da membrana timpânica levando a otalgia (Principal sintoma da otite média aguda).
Se a OMA não for tratada, esse pus no ouvido médio pode, eventualmente, encontrar uma via de saída (autodrenagem) através de uma pequena perfuração na membrana timpânica. Neste momento, a otalgia melhora e a criança elimina secreção purulenta pelo conduto auditivo externo (otorreia).
A obstrução da tuba pode também ser secundária a fts mecânicos como hipertrofia de adenoide ou tumores.

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20
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais os principais agentes da OMA?

A
Mais comuns por ordem de frequencia 
-S. pneumoniae – mais comum 
-H. influenzae (não tipável – o que está na vacina é o tipo B)
-Moraxella catharralis
Em lactentes e crianças hospitalizadas
-S. aureus
-S. pyogenes
-Anaeróbios

Vírus: já foram isolados o VSR e o rinovírus, mas eles estão geralmente associados a bacteria, não causando otite quando presentes isoladamente.

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21
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais as manifestações clínicas da OMA?

A

A história típica da OMA é a de uma criança com uma infecção das vias aéreas superiores que, agudamente, desenvolve febre, otalgia e hipoacusia, mas essa história clássica não é tão frequente.

Em lactentes sinais possíveis de OMA são: irritabilidade, choro intenso, mudança nos hábitos alimentares ou de sono, vômitos, ou, eventualmente, o ato de coçar e puxar o pavilhão auricular. A febre pode ou não estar presente. Em crianças maiores a queixa é mais objetiva: hipoacusia e otalgia.

O achado de otorreia purulenta ocorre quando há ruptura da mb timpânica.

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22
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais as alterações da otoscopia da OMA em comparação a uma otoscopia normal?

A

MB timpânica normal:
• Transparente, cabo do martelo bem visualizado;
• Brilhante (reflexo luminoso presente, chamado de “triângulo luminoso”);
• Levemente côncava;
• Móvel à insuflação pneumática.
Obs.: Alguma opacidade é normal nos primeiros meses de vida

MB timpânica na OMA

  • Hiperemiada – achado isoladamente não indica OMA pois a MB pode ficar eritematosa até mesmo durante o choro no exame físico.
  • Opaca
  • Congesta: com áreas esbranquiçadas
  • Cabo do martelo não visível
  • Convexa ou abaulada – especificidade desse achado com OMA
  • Convexa ou abaulada
  • Sem mobilidade a insuflação pneumática – exame pouco realizado – alta especificidade
  • Raro: miringite bolhosa – bolhas no tímpano: pode ser causada pelas mesmas bactérias da OMA, por vírus e pelo Mycoplasma pneumoniae
  • Otorreia – perfuração da mb
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23
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais os criterios diagnosticos para OMA?

A
  • Historia de inicio abrupto de sinais e sintomas de OMA
  • Otoscopia com sinais de efusão da orelha média:
  • Nivel hidroaereo atras da MT
  • Abaulamento- deve estar presente nas questões
  • Otorréia
  • Mobilidade da MT reduzida
  • Sinais de inflamação da orelha média
  • Hiperemia de mb timpânica
  • Otalgia
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24
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais possíveis exames complementares e suas indicações?

A
  • Timpanometria ou impedanciometria acústica: investigam a mobilidade e a complacência timpânica. Confirmam a presença de efusão em casos de otoscopia duvidosa.
  • Timpanocentese com cultura: indicada nos casos refratários de OMA, na sepse em menores de três meses de vida, na presença de complicações supurativas associadas, e, eventualmente, nas crianças com imunodeficiência.
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25
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Qual a Síndrome conjuntivite - Otite

A

Síndrome conjuntivite - OMA Algumas crianças apresentam simultaneamente o surgimento de conjuntivite purulenta e otite média aguda. Na maioria das vezes o agente etiológico é o H. influenzae não tipável. O tratamento requer o uso de antibióticos por via oral (os colírios antibióticos tópicos serão ineficazes).

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26
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais as possíveis complicações agudas da OMA?

A

Perfuração timpânica, otite média secretora, otite média crônica, mastoidite, infecção do SNC,

Perfuração da mb timpânica:
A perfuração da membrana em geral cicatriza-se espontaneamente. Eventualmente, pode haver perfuração crônica com necessidade de intervenção cirúrgica.
Dermatite infecciosa Infecção da pele do conduto auditivo externo por contaminação
pela secreção da orelha média. O tratamento é a higiene e
antibioticoterapia ototópica.
Otite média crônica supurativa Infecção persistente da orelha média com drenagem de secreção
por uma perfuração na membrana, os agentes mais comuns são Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, mas qualquer um dos agentes que causa OMA pode estar envolvido, especialmente nas crianças menores.
Uma complicação possível da OM crônica é a formação de um colesteatoma, uma reação de metaplasia do epitélio timpânico,
formando um agregado pseudotumoral cístico, revestido por queratinócitos e contendo debris celulares, essa “massa polipoide” envolve a cadeia ossicular, inflama e infecta, provocando otorreia fétida e sanguinolenta, e perda rápida da audição.
Mastoidite Sempre que ocorre OMA ocorre tamb´pem inflamação das células aeromastoideas que se recuperam com a resolução do quadro, contudo quando a infecção atinge o periósteo a mastoidite se mantem, com deslocamento do pavilhão, apagamento do sulco retroauricular.
Os principais agentes são S. pneumoniae e h. influenzae, o tto é a miringotomia, solicitação de TC para avaliar a extensão do processo e ATB parenteral.
Mastoidite coalescente: afeta atrabeculas osseas do processo mastoide
Petrosite: porção petrosa do osso temporal
Dor ocular: comprometimento do ramo oftálmico do nervo trigêmeo;
A tríade de Gradenigo é caracterizada pela associação de otite média supurada, paralisia do músculo reto lateral e dor orbitária ipsilateral.

Paralisia facial Complicação pouco comum que se resolve com miringotomia e ATB para tto da OMA.
Labirintite
Meningite, abscesso
epidural ou subdural,
encefalite focal,
abscesso cerebral,
trombose do seio sigmoide São complicações intracranianas que podem se estabelecer por extensão direta do processo infeccioso, por disseminação hematogênica ou por tromboflebite.
A presença de sintomas neurológicos em uma criança com OMA deve
prontamente levantar a suspeita de alguma complicação intracraniana.

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27
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Quais as possíveis complicações crônicas da OMA?

A

Alterações crônicas da orelha média que causam perda auditiva de condução.
Atraso do desenvolvimento, problemas na aquisição da fala e linguagem.

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28
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

O que pode ser considerada OMA recorrente?

A

OMA recorrente: três ou mais episódios nos últimos seis meses ou quatro ou mais episódios no último ano, sendo episódios claramente bem separados e bem documentados, com a melhora da efusão da orelha média entre os episódios, caso contrario seria uma efusão da orelha media com agudização.

29
Q

OTITE MÉDIA AGUDA

Qual o tto da OMA recorrente?

A

-Afastamento do tabagismo
-Estímulo ao aleitamento materno),
-Vacinação,
-Colocação do tubo de timpanostomia
-Adenoidectomia - em casos selecionados (como crianças que colocaram o tubo
de ventilação e que após a extrusão do mesmo voltaram a ter episódios de OMA).

30
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Qual a melhor definição da sinusite bacteriana aguda?

A

Infecção e inflamação da mucosa de um ou mais seios paranasais, provocadas por vírus ou bactérias. É uma complicação comum do resfriado comum

Sinusites virais → consequência direta dos resfriados comuns (resolução espontânea).

Sinusites bacterianas → mesmos agentes da OMA: pneumococo, hemófilos e moraxela..

31
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Quais os fts de risco para rinossinusite?

A

-Infecções virais das vias aéreas superiores,
-Rinite alérgica
-Exposição à fumaça de cigarro
-Anomalias estruturais,
-Disfunção ciliar,
-Fibrose cística
-Imunodeficiências congênitas ou adquiridas
-Refluxo gastroesofágico.
-Presença de corpos estranhos -tubos e
sondas nasotraqueais, porque obstruem os ostios de drenagem dos seios paranasais

32
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Qual a patogênese da Sinusite bacteriana aguda?

A

A infecção das vias aéreas superiores causa obstrução dos óstios de drenagem dos seios paranasais, provocando o acumulo de muco no espaço aéreo e estéril dos seios paranasais (SP). A mucosa dos SP é continua com a mucosa nasal e nesse período de infecção pode ocorrer refluxo de bactérias patogênicas daí para os SP onde se proliferam levando a formação de pus.

O ato de assoar o nariz aumenta a pressão intranasal, provocando
refluxo de muco contaminado para os seios paranasais, aumentando o risco de SBA, isso não acontece na tosse e espirros.

33
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Quais os possíveis agentes da SBA?

A
  • S. pneumoniae
  • H. influenzae
  • M. catarrhalis

Menos comuns

  • Anaerobios
  • S. aureus

Sinusite bacteriana crônica (>90 dias)

  • S. pneumoniae
  • H. influenzae
  • M.catarrhalis
  • Strepto alfa e beta hemolíticos

-Aspergillus: em pacientes com imunodepressão grave, como aqueles com neoplasia ou após transplante de medula óssea, é uma sinusite grave e com potencial de disseminação para o SNC

34
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Qual a idade de desenvolvimento de cada seio paranasal?

A
  • Os seios paranasais não estão todos bem desenvolvidos ao nascimento:
  • Ao nascer:possui os seios etmoidais
  • Aos 04 anos: maxilar
  • Aos 5 anos: esfenoidal
  • Após 7 anos: frontal
35
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Em quais quadros clínicos tipicos devemos pensar em SBA?

A
  • Resfriado arrastado”; quadro de resfriado comum que dura 10 dias ou mais, isso por que uma rinossinusite viral geralmente tem melhora espontânea após 10 dias, logo, a persistência do quadro deve nos fazer pensar em etiologia bacteriana.
  • Quadro grave → sintomas respiratórios mais graves, incluindo febre alta (>39º C) coriza mucopurulenta por 3 dias ou mais consecutivos.
  • Quadro que piora → recorrência dos sintomas após melhora inicial ou novos sintomas de febre, secreção nasal e tosse diurna.

Sintomas: congestão nasal, rinorréia, tosse diurna que pode piorar a noite.
Sintomas menos comuns: halitose, hiposmia (diminuição do olfato), edema periorbital.
Achados do exame físico: edema e hiperemia de mucosa, secreção mucopurulenta.
Obs.: a criança até os 07 anos não possui seio frontal, dessa forma, cefaleia não faz parte do quadro clinico.

36
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Como é estabelecido o diagnostico de SBA e SBC?

A

SBA: pelo quadro clínico: através da identificação de um dos três quadros detalhados acima.
SBC (crônica): pela duração dos sintomas por 90 dias ou mais.
Os exames complementares não são necessários nos primeiros anos de vida.

37
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Qual a importância e indicação de exames complementares?

A

TC e RX de seios da face são dispensáveis pois eles apenas mostram a inflamação em curso, um achado já esperado no quadro clinico compatível com rinossinusite, além de não ser capaz de identificar o agente etiológico que é o fator definidor do inicio da terapia com o antimicrobiano.
Assim em menores de 06 anos eles não estão indicados, em crianças maiores há ainda alguma controvérsia.
Indicações:
-Esclarecer alguma complicação orbitária ou intracraniana

Cultura de aspirado dos seios da face
-Suspeita de infecção fungica em imunoderpimidos

38
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Quais os criterios radiológicos no RX e TC de seios da face para rinossinusite?

A

Embora não indicados, a TC é mais sensível que o RX para diagnostico. Os achados compatíveis no RX e TC de seios da face são:
1. Espessamento mucoso (≥ 4 mm).
2. Opacificação (velamento) do seio (comparar
com o seio contralateral).
3. Nível hidroaéreo.

39
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Quais os DD da SBA?

A

• Rinite alérgica: predominam sintomas de espirros e prurido nasal, a mucosa nasal é pálida e encontram-se eosinófilos na secreção nasal.

• Corpo estranho: obstrução unilateral, espirros e, por vezes, dor. A secreção
pode ser mucopurulenta, fétida e sanguinolenta, o corpo estranho pode ser visualizado através da simples inspeção com espéculo nasal.

• Rinite sifilítica: uma das manifestações típicas da sífilis congênita precoce é o surgimento da rinite sifilítica, que se caracteriza por rinorreia serosanguinolenta persistente com início entre um e três meses de vida devido à necrose da cartilagem causada pelo Treponema pallidum.

40
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Quais as complicações possíveis da SBA?

A

Na sinusite do seio etmoidal: celulite orbitária e periorbitária, onde a infecção atravessa a fina lâmina lateral do seio etmoidal. A celulite periorbitária cursa com inflamação da orbita, sem acometer a fossa orbitaria ou estruturas oculares, coom ausência de dor a movimentação ocular e proptose.

Já a celulite orbitária inflama tecidos da órbita. Cursa com proptose, limitação da mobilidade ocular, edema da conjuntiva,
além de inflamação e edema palpebral. São casos graves com risco de perda da visão e infecção do SNC. Merecem ser hospitalizados, TC da orbita e ATB parenteral.
O ATB proposto pode ser Amoxi+Clavulanato ou Vanco + Ceftriaxona.

Se não houver melhora ou se o quadro progredir, deve ser realizada a drenagem do seio

Complicações intracranianas
Incluem meningite, abscesso (epidural, subdural, cerebral parenquimatoso)
e trombose do seio cavernoso.

41
Q

SINUSITE BACTERIANA AGUDA

Qual o tratamento da SBA?

A

Antimicrobianos estão sempre indicados em casos graves e nos quadros com piora, nos quadros de apresentação persistente, pode ser feita a prescrição do medicamento ou pode ser oferecido ao paciente um período de observação de mais três dias, aguardando-se uma possível resolução espontânea.

A droga de escolha é a Amoxicilina e para indivíduos alérgicos está indicada a Cefuroxima ou outra Cefalosporina.
Dose
Amoxicilina 45mg/kg/dia: quadro não complicado
Amoxio + Clavulanato: para menores de 02 anos, quadros mais graves, ATB nos últimos 30 a 90 dias, crianças que frequentam creches.
Solução salina para liquefazer as secreções.
O tempo de uso deve variar de acordo com o caso mantendo-se o ATB por ate 07 dias após a melhora clinica.

42
Q

FARINGITE

O que é uma faringite?

A

Infeccção de VAS que tem como principal sintoma a dor de garganta.
Nesse termo amplo estão as tonsilites, faringotonsilites e nasofaringites, que tem em comum a dor de garganta.

43
Q

FARINGITE

Qual a epidemiologia da faringite estreptocócica?

A

-Mais comum entre 5-15 anos de idade: incomum nos primeiros anos de vida, a frequência aumenta com a entrada na escola, em lactentes o S. pyogenes é pouco provável.

44
Q

FARINGITE

Quais os principal agente da faringite?

A
-Vírus: são geralmente quadros mais brandos, exceto no caso da Mononucleose (Epstein Barr) outros agentes virais são:
Adenovírus, 
Enterovírus, 
Herpes simplex
HIV
  • Bactérias:
  • S. pyogenes (Streptococcus do grupo A): 15-30% dos casos
  • Streptococcus
  • Arcanobacterium haemolyticum,
  • Neisseria gonorrhoeae,
  • Corynebacterium diphtheriae e o
  • Mycoplasma pneumoniae.
  • Fusobacterium necrophorum – mais comum em adolescentes e adultos
45
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Qual a forma de transmissão da faringite estreptocócica?

A

Através de secreção nasal e saliva contaminada.
Há pessoas que tem essa bactéria na orofaringe e não manifestam sintomas, essas pessoas não costumam transmitir a bactéria.
A maioria dos casos de faringite estreptocócica evoluicom cura espontânea, mesmo sem o uso de ATB, só não é considerada uma afecção benigna devido ao risco de febre reumática, GNPE e complicações supurativas.
O uso de ATB interrompe a transmissão 24h após administração.

46
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais os principais sintomas da faringite estreptocócica?

A

O quadro clínico tem inicio muito mais abrupto, devemos primeiramente buscar sinais como dispneia e estridos, na ausência desses achados podemos nos certificar que estamos diante de uma infecção de VAS. Diferente da rinossinusite (resfriado comum), a queixa principal da faringoamigdalite não será obstrução rinorréia e tosse, e sim dor de garganta.
Minha investigação seguinte será a cerca do possível agente.
Nas questões os pacientes terão geralmente entre 5-15 anos e apresentarão febre entre 39-40º C, é possível também algum sintoma GI como dor abdominal e vomito.

47
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais os achados da faringite estreptocócica ao exame físico?

A

O exame físico demonstra tipicamente hiperemia faríngea e uma amigdalite com exsudato branco-amarelado (amigdalite pultácea),
embora muitas vezes o exsudato esteja ausente.
Tome bastante cuidado com isso: a faringite estreptocócica pode ser uma faringite não exsudativa! Outras alterações incluem a presença de petéquias no palato e faringe posterior, adenomegalia cervical anterior dolorosa, hiperemia dos pilares amigdalianos e hiperemia e edema da úvula.
Esse quadro pode vir associado às alterações típicas da escarlatina,
tornando o diagnóstico muito mais evidente. Para relembrar, na escarlatina encontramos exantema micropapular (pele “em lixa”), outras alterações na cavidade oral (língua em morango) e sinais clássicos (Filatov e Pastia).
Em resumo
-Faringite exsudativa;
-Pilares anteriores eritematosos e dolorosos
-Petéquias no palato
-Adenomegalia cervical dolorosa
-Filatov, Pastia, Pele em lixa, Língua em morango vermelho e branco
-Dor abdominal, náusea e vômito
A presença de coriza, tosse e/ou obstrução nasal (sintomas de resfriado) e a faixa etária abaixo dos três anos são dados que apontam para uma provável etiologia viral, praticamente afastando a infecção estreptocócica como causa da faringite

Em menores de 03 anos a faringite estreptocócica se apresenta de forma um pouco mais branda, com febre baixa, obstrução nasal, coriza, adenomegalia cervical anterior que pode entrar no DD do resfriado comum e da sinusote bacteriana aguda.
Obs.: 
Pensar em etiologia viral se:
-Tosse, rouquidão e conjuntivite
-Faringite leve
-Febre variável
-Rinorréia clara e abundante
-manifestações sistêmicas: artralgia, mialgia
-Adenomegalia não dolorosa
-Diarréia
48
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais os achados específicos e sugestivos típicos da faringite estreptocócica ao exame físico?

A

Filatov, Pastia, Pele em lixa, Língua em morango vermelho e branco

49
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais os exames complementares disponíveis na investigação de faringite estreptocócica?

A
  • Cultura de orofaringe: é o padrão ouro, tendo de 90-95% de sensibilidade, leva cerca de 24-48h para obtenção do resultado, a secreção deve ser cuidadosamente coletada das tonsilas e região posterior da faringe, pois falsos negativos podem decorrer da coleta de forma inadequada.
  • Teste rápido para detecção do Ag estreptocócico: fornece o resultado em alguns minutos, mas não tem tanta sensibilidade quanto a cultura, dessa forma o resultado + autoriza o tto e diante de um resultado negativo está indicada a cultura para que um caso não identificado pelo teste não fique sem tto.

No caso de uma faringite estreptocócica, se o tto for iniciado pelo em até 9 dias após o inicio do quadro é o suficiente para evitar a evolução para a Febre reumática.

Outros testes
-Anti estreptolisina O e Anti estreptolisina B: confirmam infecção pregressa, mas não servem para o manejo agudo da doença.

50
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais os principais DD da faringite estreptocócica?

A
Causas infecciosas:
Mononucleose
Herpangina
Febre faringoconjuntival
Difteria
Angina de Vincent ou de Plaut Vincent

Causas não infecciosas
PFAPA

51
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais as principais complicações da faringite estreptocócica?

A

Não supurativas: febre reumática e GNPE.
Supurativas: abscesso retrofaríngeo e abscesso periamigdaliano.
Abscesso periamigdaliano ou peritonsilar: é mais comum em adolescentes e adultos, ocorre por ruptura da cápsula da tonsila palatina infectada, lançando bactérias no espaço periamigdaliano. O quadro clínico é a intensificação da odinofagia, surgindo intensa disfagia, sialorreia e trismo em grau variado, por espasmo do músculo pterigoide.

O exame da orofaringe demonstra um abaulamento tonsilar unilateral rechaçando a úvula para o lado oposto, mas é claro que isso nem sempre é visualizado em função da presença do trismo. Geralmente essa complicação envolve O S. pyogenes e bactérias anaeróbias da boca.

O tratamento consiste na drenagem do abscesso (seja por aspiração, seja por incisão com drenagem) e antibioticoterapia.
Uma complicação do abscesso é a pneumonite aspirativa.

52
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais as vantagens do tto da faringite estreptocócica?

A
  • Diminuir a duração da doença
  • Diminuir o risco de febre reumática
  • Interromper a transmissão
  • O tto não afeta o risco de glomerulonefrite pós estreptocócica
53
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Qual o tto da faringite estreptocócica?

A
  • Analgésicos para alivio da odinofagia e permitir a alimentação
  • Antipirético

-ATB
-Penicilina benzatina em dose única, intramuscular em
dose única, pois o fármaco mantém níveis
séricos terapêuticos por 10-14 dias. Dose
-Menores de 27 kg: 600.000 UI;
-Maiores de 27 kg: 1.200.000 U.
-Penicilina V oral
-Amoxicilina por 10 dias: 50 mg/kg/dia, dose
máxima de 1 g, pode ser usada em dose única diária em crianças, durante 10 dias.

Para alérgicos a Penicilina:
-Cefalexina
Para alérgicos imediatos:
-Clinda
-Eritro
-Azitro – única droga feita em 5 dias;

Tonsilectomia
A tonsilectomia pode ser recomendada em casos de faringites recorrentes bem documentadas. O procedimento pode ser considerado para crianças com sete ou mais episódios no ano anterior, cinco ou mais por ano nos dois anos anteriores, ou três ou mais por ano nos três anos anteriores.

Carreadores crônicos do S. pyogenes: as vezes continuam colonizados pela bactéria mesmo após o tto, por isso o tto está reservado para cass selecionados, como por exemplo surtos de febre reumática ou de faringite estreptocócica em instituições fechadas, como hospitais. O tto é feito com Clindamicina por 10 dias.

54
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais sintomas devem te fazer pensar em faringite viral ou estreptocócica?

A
Faringite estreptocócica
Febre de início súbito
Faringite grave
Cefaleia
Dor abdominal
Náuseas e vômitos
Faringite viral
Faringite leve
Febre variável
Mialgia
Artralgia
Dor abdominal em caso de influenza
55
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais sinais devem te fazer pensar em faringite viral ou estreptocócica?

A
Estreptocócica
Eritema faríngeo e exsudato
Adenomegalia cervical com sensibilidade local
Petéquias em  palato
Hipertrofia amigdaliana
Escarlatina
Ausência de tosse e de secreção nasal
Ausência de conjuntivite e de diarreia
Viral
Usualmente ausência de exsudato.
Pode haver úlceras
Adenomegalia não dolorosa
Enantema
Presença frequente de tosse, conjuntivite, rouquidão ou diarreia
56
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Qual a idade mais acometida pela Faringite estreptocócica e pela viral?

A

Estreptp: 5 – 11 anos
Viral: Todas as idades

57
Q

FARINGITE ESTREPTOCÓCICA

Quais os sinais e sintomas de uma faringite estreptocócica?

A
Febre de início súbito
Faringite grave
Cefaleia
Dor abdominal
Náuseas e vômitos
Eritema faríngeo e exsudato
Adenomegalia cervical com sensibilidade local
Petéquias em  palato
Hipertrofia amigdaliana
Escarlatina
Ausência de tosse e de secreção nasal
Ausência de conjuntivite e de diarreia
58
Q

FARINGITE VIRAL

Quais os sinais e sintomas de uma faringite viral?

A
Faringite leve
Febre variável
Mialgia
Artralgia
Dor abdominal em caso de influenza
Usualmente ausência de exsudato.
Pode haver úlceras
Adenomegalia não dolorosa
Enantema
Presença frequente de tosse, conjuntivite, rouquidão ou diarreia
59
Q

Qual diagnostico considerar numa oroscopia com achado de aftas – Úlceras ou vesiculas?

A

Herpangina

60
Q

Qual diagnostico considerar numa oroscopia com achado de Pseudomembrana?

A

Difteria

61
Q

Qual diagnostico considerar numa oroscopia com achado de Exsudação purulenta?

A

Faringite estreptocócica
Mononucleose
Febre faringoconjuntival – Adenovírus
PFAPA ou Sd de Marshal

62
Q

Considerações sobre a Mononucleose infecciosa:

A

Mononucleose infecciosa: quadro insidioso, composto pela tríade: faringite, linfadenopatia generalizada e astenia. Podem também estar presentes esplenomegalia e mais raramente hepatomegalia. Exantema após o uso de amoxicilina e ampicilina (mais de 80% dos casos). Na avaliação laboratorial há linfocitose com alto percentual de linfócitos atípicos. A confirmação é feita pela pesquisa de anticorpos heterófilos ou pela sorologia para o EBV.

63
Q

Considerações sobre a herpangina:

A

Herpangina: causada pelo coxsackie A e menos comumente pelo Enterovirus A71. Cursa com febre alta e odinofagia. Ao exame físico, há pequenas vesículas e úlceras com halo eritematoso, dolorosas, observadas na faringe posterior, palato mole, tonsilas e pilares tonsilares, já o coxsackie A16, é causa da síndrome mão-pé-boca, as lesões estão distribuídas por toda a cavidade oral, não há febre alta e há lesões nas mãos, pés e nádegas.

64
Q

Considerações sobre a Febre faringoconjuntival:

A

Febre faringoconjuntival: é causada pelo Adenovírus, cursa com faringotonsilite exsudativa ou não exsudativa, conjuntivite não exsudativa febre alta e linfadenopatia pré-auricular e cervical. A faringite é autolimitada e se resolve em até 7 dias, enquanto a conjuntivite pode persistir por até duas semanas

65
Q

Considerações sobre a difteria:

A

Difteria: menos comum na pratica clinica, mas ainda pode estar presente em provas. A doença acomete pele, mucosa, tonsilas e laringe.
Os sintomas são: dor de garganta, febre ausente ou febre baixa, rouquidão, intensa disfagia, mal estar e cefaleia, Ao exame as tonsilas estão aumentadas, hiperemiadas e recobertas por uma membrana aderente branco-acinzentada. A tentativa de remoção dessa membrana provoca sangramento local. Há linfonodos cervicais grandes, que causam um aspecto de “pescoço de touro”.

66
Q

Considerações sobre a Angina de Vincent ou de Plaut Vincent

A

Angina de Vincent ou de Plaut Vincent: os pacientes tem geralmente má higiene bucal, a doença tem início agudo de hálito fétido, odinofagia, aparecimento de lesões ulceradas superficiais e necróticas com formação de pseudomembranas.

67
Q

Considerações sobre a PFAPA:

A

PFAPA: Periodic fever, Aftas, Pharingite, Adenite, é também conhecida como Síndrome de Marshal, entra no DD da faringite de repetição, tem etiologia ainda indefinida, mas se caracteriza por episódio anuais (8-12) que recorrem a cada 3-6 semanas. Os sintomas são: febre, mal estar, faringite exsudativa, adenopatia cervical e úlceras orais. Pode haver, ainda, cefaleia, dor abdominal e artralgia. Há uma resposta dramática à administração de corticoide sistêmico (prednisona) e o uso diário de cimetidina pode prevenir a recorrência dos episódios em até um terço dos pacientes e algumas crianças melhoram após a realização de tonsilectomia.
A história, na prova (e na vida!) é a de uma criança que já apresentou inúmeros episódios de faringite, mas que nunca respondeu prontamente ao tratamento antimicrobiano apropriado para uma faringite estreptocócica.
Além disso, é comum o relato de que já foram realizados exames para a identificação de estreptococo da orofaringe, com resultados sempre negativos. Haverá, também, a descrição das úlceras ou aftas

68
Q

Sobre o estridor:

A

Estridor: é produzido pelo turbilhonamento de ar em uma via aérea estreitada (laringe e porção extratorácica da traqueia). É um ruído que predomina na inspiração, pois nessa fase a via aérea está ainda mais estreita do que durante a expiração. O estridor pode ter causas infecciosas e não infecciosas.

69
Q

Quais os parâmetros de taquipneia em:
Menores de 2 meses
DE 2 meses a 1 ano
De 1 ano a 5 anos

A

Taquipneia: Marcador de infecção de vias aéreas inferiores sendo:
-Menores de 2 meses: ≥ 60 irpm
-2 meses a 1 ano: ≥ 50 irpm
-1 a 5 anos: ≥40 irpm
É um sinal muito mais sensível de acometimento das VA inferiores do que alterações de ausculta..