SD. R3SP1R4T0R14 V14 A3R34 5UP3R10R: R3SFRIADO, OMA, F4RINGITE, SINUSIT3 Flashcards
Criança com infecção respiratória aguda e: Sem taquipneia e sem estridor, em quais DD pensar?:
tem uma infecção das vias aéreas superiores (resfriado comum e suas complicações ou faringite aguda).
Criança com infecção respiratória aguda Com estridor (frequência respiratória variável)em quais DD pensar?:
tem uma infecção das vias aéreas intermediárias (epiglotite aguda, laringotraqueobronquite aguda).
Criança com infecção respiratória aguda Com taquipneia e sem estridor em quais DD pensar?:
: tem uma infecção das vias aéreas inferiores (pneumonia por microrganismos típicos, viral ou por microrganismos atípicos).
- Cite alguns fts de risco para Infecções respiratórias na infância:
- Desmame precoce
- Tabagismo domiciliar
- Aglomerado de pessoas
- Baixo peso ao nascer
- Desnutrição
- Quais sinais podem apontar para gravidade do quadro da infecção de VA?
Sínais gerais de perigo para as crianças com idade entre dois meses e cinco anos são:
• a criança não consegue beber nem mamar;
• a criança vomita tudo o que ingere;
• a criança apresentou convulsões;
• a criança está letárgica ou inconsciente.
RESFRIADO COMUM
Qual o conceito de um resfriado comum ou rinossinusite?
é uma inflamação por uma infecção viral que afeta o nariz, seios paranasais e faringe. As mães podem reclamar dizendo “Dr. Esse menino vive doente, isso é normal?” Nos primeiros 5 anos de vida as crianças podem ter de 6-8 episódios por ano.
RESFRIADO COMUM
Pq o resfriado comum é mais comum em crianças?
- Contato constante com outras crianças infectadas
- Sistema imune pouco desenvolvido
- Higiene precária
RESFRIADO COMUM
Quais as manifestações clínicas do resfriado comum ou rinossinusite?
- Predominam coriza ou rinorreia e obstrução nasal, tossse, irritação de garganta “sensação de que a garganta está arranhando” e febre.
- Na ausência de taquipneia e estridor, pensamos exclusivamente em VA superiores
- A tosse pode ainda perdurar por 1-2 semanas após a melhora do quadro clinico e um de seus mecanismos pode ser o gotejamento pós nasal, que se agrava ao deitar
Exame físico: edema e hiperemia de cornetos, roncos pela obstrução nasal.
RESFRIADO COMUM
Quais os agentes do Resfriado comum?
Rinovirus – há 200 tipos de rinovírus diferentes: uma infecção por esse vírus pode causar uma exacerbação asmática Outros possíveis agentes: -Coronavirus -Virus sincicial respiratório Menos comuns: -Influenza -Parainfluenza *Alguns desses vírus são circulantes durante o ano inteiro.
RESFRIADO COMUM
Qual a forma de tranmissão do Resfriado comum?
São três os mecanismos principais:
- Aerossois: o individuo tosse e as partículas ficam em suspensão no ar, podendo viajar alguma distancia.
- Gotículas: liberadas num espirro, se depositam na mucosa nasal ou na conjuntiva, infectando o individuo suscetível.
- Contato direto: quando o individuo entra em ctt com a pessoa contaminada ou com superfície contaminada e inocula o vírus em sua própria mucosa nasal ou conjuntiva – principal forma de transmissão, o vírus permanece viável por 2h na pele humana.
- Transmissão através de fômites: bem menos frequente;
- O surgimento de secreção brancacenta, amarelada ou esverdeada ocorre a partir da liberação de enzimas pelos polimorfonucleares;
- Adultos não costumam ter febre, mas lactentes e pré escolares podem apresenta-la.
RESFRIADO COMUM
Quais as possiveis complicações do resfriado comum?
- Otite media aguda:
- Sinusite bacteriana aguda:
- Exacerbação da asma brônquica
RESFRIADO COMUM
Qual o tto do resfriado comum?
- Solução fisiológica
- Antipireticos
- Antitussígenos e descongestionantes não são comprovadamente eficazes na terapia de crianças, os mesmos não devem ser prescritos para menores de 06 anos;
- Hidratação adequada para fluidificar as secreções
Para a coriza e obstrução nasal: anti histamínico de primeira geração (Dexclorfeniramina e Clorfeniramina), devido as suas propriedades anticolinergicas e descongestionante (adrenérgicos orais ou tópicos – fenilefrina e oximetazolina) não devem ser usados por tempo prolongado devido ao risco de rinite medicamentosa, um efeito rebote que se instala com a interrupção do medicamento e ao risco de bradicardia em crianças.
Para a tosse: alguns pacientes apresentam uma hiper responsividade brônquica induzida pela infecção viral e podem se beneficiar de broncodilatadores. Guaifenesina, vitamina C e Extrato de Equinacea tem a mesma eficácia do placebo.
-o zinco parece reduzir o tempo de duração da doença;
Orientar a procurar a assistência caso a criança apresente:
-Dificuldade respiratória ou respiração mais acelerada;
-Incapacidade para ingerir líquidos
-Deterioração do estado geral
Tratamento especifico: é difícil pois o tto deveria ocorrer nas primeiras 48h e não há antiviral especifico para o rinovírus. Temos:
- Ribavirina: VSR
- Oseltamivir e Zanamivir: influenza
RESFRIADO COMUM
Qual a medida de prevenção contra a infecção do resfriado comum?
- Lavagem de mãos
- Vacinação para Influenza
RESFRIADO COMUM E GRIPE
Qual a diferença entre gripe e resfriado comum?
São duas coisas distintas. A gripe é causada pelo vírus Influenza A ou B, principalmente.
Acomete em graus variáveis as vias respiratórias superiores e inferiores e, diferentemente
do que ocorre nas rinossinusites virais, produz uma série de sintomas sistêmicos como
febre, mal-estar, cefaleia, astenia e mialgias. Nas crianças pequenas, o quadro geralmente
manifesta-se com febre alta, sintomas de acometimento das vias aéreas superiores (coriza
hialina, obstrução nasal e tosse) e sintomas gastrointestinais (anorexia, náuseas e vômitos).
A doença é benigna e autolimitada, mas para alguns indivíduos pode representar grande morbidade, como aqueles portadores de doenças pulmonares, doenças neurológicas, imunodeficiências, doenças crônicas de um modo geral e cardiopatias. A idade abaixo de dois anos também é um fator de risco para a doença grave.
OTITE MÉDIA AGUDA
Qual o conceito da OMA?
É uma inflamação da orelha média provocada por agentes bacterianos, principalmente Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.
OTITE MÉDIA AGUDA
Como estabelecer o diagnostico da OMA?
Através da anamnese e do exame físico (otoscopia), sendo o abaulamento da mb timpânica o achado mais importante.
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais os fts de risco para OMA?
- Idade inferior a 02 anos, pela imaturidade imunológica e pela anatomia da trompa de Eustáquio (tuba auditiva) nessa idade que é mais curta e mais horizontal dificultando o funcionamento dos mecanismos antirrefluxo e de drenagem da orelha média.
- Mais comum em meninos
- O primeiro episódio de otite média aguda antes dos 6 meses é um importante preditor de OMA recorrente;
- Aglomerações, higiene inadequada, nutrição inadequada;
- Contato maior com outras crianças, ida á creche;
- Más formações como fenda palatina e Sd de Down;
- Tabagismo passivo;
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais os fts de proteção contra OMA?
- Vacinação anti-pneumocócica e contra a Influenza
- Aleitamento materno;
OTITE MÉDIA AGUDA
Qual a patogênese da OMA?
A tuba auditiva comunica a nasofaringe com a orelha média, ela tem três funções em relação a orelha média:
-Ventilar
-Proteger
-Permitir o clearance de secreções da orelha média pela nasofaringe
Quando ocorre infecção de VAS a inflamação ali instalada obstrui a drenagem do liquido estéril de dentro da orelha média e ainda oermite o refluxo de vírus e bactérias da orofaringe para a orelha média, onde esses MOS encontram local ideal para se proliferarem e estabelecer a otite média aguda.
O acúmulo de pus dentro da orelha média forma uma espécie de abscesso que causa um abaulamento da membrana timpânica levando a otalgia (Principal sintoma da otite média aguda).
Se a OMA não for tratada, esse pus no ouvido médio pode, eventualmente, encontrar uma via de saída (autodrenagem) através de uma pequena perfuração na membrana timpânica. Neste momento, a otalgia melhora e a criança elimina secreção purulenta pelo conduto auditivo externo (otorreia).
A obstrução da tuba pode também ser secundária a fts mecânicos como hipertrofia de adenoide ou tumores.
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais os principais agentes da OMA?
Mais comuns por ordem de frequencia -S. pneumoniae – mais comum -H. influenzae (não tipável – o que está na vacina é o tipo B) -Moraxella catharralis Em lactentes e crianças hospitalizadas -S. aureus -S. pyogenes -Anaeróbios
Vírus: já foram isolados o VSR e o rinovírus, mas eles estão geralmente associados a bacteria, não causando otite quando presentes isoladamente.
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais as manifestações clínicas da OMA?
A história típica da OMA é a de uma criança com uma infecção das vias aéreas superiores que, agudamente, desenvolve febre, otalgia e hipoacusia, mas essa história clássica não é tão frequente.
Em lactentes sinais possíveis de OMA são: irritabilidade, choro intenso, mudança nos hábitos alimentares ou de sono, vômitos, ou, eventualmente, o ato de coçar e puxar o pavilhão auricular. A febre pode ou não estar presente. Em crianças maiores a queixa é mais objetiva: hipoacusia e otalgia.
O achado de otorreia purulenta ocorre quando há ruptura da mb timpânica.
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais as alterações da otoscopia da OMA em comparação a uma otoscopia normal?
MB timpânica normal:
• Transparente, cabo do martelo bem visualizado;
• Brilhante (reflexo luminoso presente, chamado de “triângulo luminoso”);
• Levemente côncava;
• Móvel à insuflação pneumática.
Obs.: Alguma opacidade é normal nos primeiros meses de vida
MB timpânica na OMA
- Hiperemiada – achado isoladamente não indica OMA pois a MB pode ficar eritematosa até mesmo durante o choro no exame físico.
- Opaca
- Congesta: com áreas esbranquiçadas
- Cabo do martelo não visível
- Convexa ou abaulada – especificidade desse achado com OMA
- Convexa ou abaulada
- Sem mobilidade a insuflação pneumática – exame pouco realizado – alta especificidade
- Raro: miringite bolhosa – bolhas no tímpano: pode ser causada pelas mesmas bactérias da OMA, por vírus e pelo Mycoplasma pneumoniae
- Otorreia – perfuração da mb
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais os criterios diagnosticos para OMA?
- Historia de inicio abrupto de sinais e sintomas de OMA
- Otoscopia com sinais de efusão da orelha média:
- Nivel hidroaereo atras da MT
- Abaulamento- deve estar presente nas questões
- Otorréia
- Mobilidade da MT reduzida
- Sinais de inflamação da orelha média
- Hiperemia de mb timpânica
- Otalgia
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais possíveis exames complementares e suas indicações?
- Timpanometria ou impedanciometria acústica: investigam a mobilidade e a complacência timpânica. Confirmam a presença de efusão em casos de otoscopia duvidosa.
- Timpanocentese com cultura: indicada nos casos refratários de OMA, na sepse em menores de três meses de vida, na presença de complicações supurativas associadas, e, eventualmente, nas crianças com imunodeficiência.
OTITE MÉDIA AGUDA
Qual a Síndrome conjuntivite - Otite
Síndrome conjuntivite - OMA Algumas crianças apresentam simultaneamente o surgimento de conjuntivite purulenta e otite média aguda. Na maioria das vezes o agente etiológico é o H. influenzae não tipável. O tratamento requer o uso de antibióticos por via oral (os colírios antibióticos tópicos serão ineficazes).
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais as possíveis complicações agudas da OMA?
Perfuração timpânica, otite média secretora, otite média crônica, mastoidite, infecção do SNC,
Perfuração da mb timpânica:
A perfuração da membrana em geral cicatriza-se espontaneamente. Eventualmente, pode haver perfuração crônica com necessidade de intervenção cirúrgica.
Dermatite infecciosa Infecção da pele do conduto auditivo externo por contaminação
pela secreção da orelha média. O tratamento é a higiene e
antibioticoterapia ototópica.
Otite média crônica supurativa Infecção persistente da orelha média com drenagem de secreção
por uma perfuração na membrana, os agentes mais comuns são Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, mas qualquer um dos agentes que causa OMA pode estar envolvido, especialmente nas crianças menores.
Uma complicação possível da OM crônica é a formação de um colesteatoma, uma reação de metaplasia do epitélio timpânico,
formando um agregado pseudotumoral cístico, revestido por queratinócitos e contendo debris celulares, essa “massa polipoide” envolve a cadeia ossicular, inflama e infecta, provocando otorreia fétida e sanguinolenta, e perda rápida da audição.
Mastoidite Sempre que ocorre OMA ocorre tamb´pem inflamação das células aeromastoideas que se recuperam com a resolução do quadro, contudo quando a infecção atinge o periósteo a mastoidite se mantem, com deslocamento do pavilhão, apagamento do sulco retroauricular.
Os principais agentes são S. pneumoniae e h. influenzae, o tto é a miringotomia, solicitação de TC para avaliar a extensão do processo e ATB parenteral.
Mastoidite coalescente: afeta atrabeculas osseas do processo mastoide
Petrosite: porção petrosa do osso temporal
Dor ocular: comprometimento do ramo oftálmico do nervo trigêmeo;
A tríade de Gradenigo é caracterizada pela associação de otite média supurada, paralisia do músculo reto lateral e dor orbitária ipsilateral.
Paralisia facial Complicação pouco comum que se resolve com miringotomia e ATB para tto da OMA.
Labirintite
Meningite, abscesso
epidural ou subdural,
encefalite focal,
abscesso cerebral,
trombose do seio sigmoide São complicações intracranianas que podem se estabelecer por extensão direta do processo infeccioso, por disseminação hematogênica ou por tromboflebite.
A presença de sintomas neurológicos em uma criança com OMA deve
prontamente levantar a suspeita de alguma complicação intracraniana.
OTITE MÉDIA AGUDA
Quais as possíveis complicações crônicas da OMA?
Alterações crônicas da orelha média que causam perda auditiva de condução.
Atraso do desenvolvimento, problemas na aquisição da fala e linguagem.