SD. 3X4NT3MAT1C4: V4R1C3LA Flashcards

1
Q
  1. Qual o agente da varicela?
A

-Vírus varicela zoster, faz parte da família Herpesviridae;
Capaz de causar infecção primária, permanecer de forma latente nos gânglios sensitivos, e se manifestar de forma recorrente na apresentação do herpes zoster, popularmente conhecido como cobreiro em idosos e pacientes comcomorbidades;

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2
Q
  1. Qual a forma de transmissão da varicela?
A

-Se dá através de secreções respiratórias aerossolizadas que entram em contato com as vias aéreas ou por contato direto com o fluido das lesões.

A transmissão se estende desde 02 dias antes do exantema até todas as lesões se tornarem crostas, o que ocorre após 3-7 dias do inicio das lesões, ou seja, quando afastamos a criança da escola parte do estrago já ocorreu;

O período de incubação é de 10-21 dias;

Uma primeira viremia distribui o vírus das vias aéreas para o sistema reticuloendotelial onde ele se replica se espalhando pelo organismo, uma segunda viremia distribui o vírus na superfície cutânea e surgem as lesões, com o controle do quadro primário, que se dá através da imunidade celular, o vírus regressa pelos axônios para as raízes sensitivas dorsais e fica ali no estado de latência podendo sofrer reativação, se replicar e ter distribuição sobre um ou mais dermatomos específicos que é o quadro da herpes zoster.

Pacientes imunocompetentes não costumam eliminar o vírus pelas vias aéreas, mas o vírus pode ser encontrado e transmitido pelo contato direto com as lesões.

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3
Q
  1. Quais as manifestações clinicas da varicela?
A

-Exantema vesicular de distribuição centrípeta, com lesões em varias fases evolutivas em uma mesma região do corpo – polimorfismo regional.

Fase prodrômica: está ausente nas crianças menores onde a primeira manifestação é a cutânea. Crianças maiores podem apresentar febre moderada, adinamia, anorexia, mal estar e dor abdominal.

Fase exantemática: polimorfismo – inicialmente é uma mácula eritematosa e pruriginosa, que se converte em pápula, vesícula de conteúdo cristalino, que em 24-48h evolui como pústula com umbilicação central e formação de crostas. Ou seja, a formação da pústula faz parte da evolução clinica do paciente, não significando infecção bacteriana secundária. O exantema pode vir acompanhdo de febre e outros sinais sistêmicos que em geral somem de 2-4 dias após o surgimento das lesões, (o paciente tem melhora dos sintomas sistêmicos após o surgimento do exantema), enquanto algumas estão se tornando crostas outras lesões novas estão surgindo, originando o polimorfismo, que se deve às diferentes viremias que ocorrem no ciclo da doença. As lesões se distribuem em pele e mucosas afetando orofaringe, mucosa vaginal, conjuntiva. As lesões se iniciam em couro cabeludo, face e tronco e daí se disseminam para a periferia. Surgem geralmente no contro: face e tronco e vão se disseminando para a periferia.
A resposta imune efetiva interrompe o surgimento de novas lesões, as lesões existentes se tornam crostas e o paciente deixa de transmitir o vírus podendo retornar às suas atividades normais. Todas as crostas irão desaparecer em 1-2 semanas deixando áreas de hipo ou hiperpigmentação, cicatrizes permanentes acontecem quando houve infecção secundária da lesão.

  • Não existe catapora subclínica
  • As lesões são intensamente pruriginosas, o que justifica a infecção bacteriana secundária
  • Afeta mucosas: onde a vesícula rapidamente pode se transformar em ulcera
  • Catapora não deixa cicatriz, apenas se houver infecção bacteriana secundária
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4
Q
  1. Como a varicela neonatal e congênita se manifesta?
A

-
Varicela no período neonatal: se a mãe adquirir varicela até 05 dias antes do parto ou 02 dias após o parto, há maior risco para o bebê pois o vírus pode ter sido transmitido pela via transplacentária, sem que haja havido tempo suficiente para transmissão também de Ac, dessa forma há maior risco de gravidade. O RN terá a manifestação da doença ao fim da 1ª semana de vida ou no inicio da 2ª semana de vida.

Varicela congênita: aqui a mãe adquiriu a doença no inicio da gestação, a criança pode apresentar lesões cicatriciais zosteriformes, ou seja, no trajeto de um dermátomo, más formações como hipoplasia de membros, anomalias do SN autônomo, oculares e renais.
O diagnostico é dado quando a criança apresenta as alterações típicas, Ac IgG após 12-18 meses de vida contra o vírus sem relato de ter contraído catapora nesse período ou ainda Herpes zoster, a região torácica é a mais acometida, com lesões vesiculares agrupadas em um ou 02 dermatomos adjacentes.
Maior risco entre 8ª e 20ª semana gestacional.
Varicela no período neonatal: se a mãe adquirir varicela até 05 dias antes do parto ou 02 dias após o parto, há maior risco para o bebê pois o vírus pode ter sido transmitido pela via transplacentária, sem que haja havido tempo suficiente para transmissão também de Ac, dessa forma há maior risco de gravidade. O RN terá a manifestação da doença ao fim da 1ª semana de vida ou no inicio da 2ª semana de vida.

Varicela congênita: aqui a mãe adquiriu a doença no inicio da gestação, a criança pode apresentar lesões cicatriciais zosteriformes, ou seja, no trajeto de um dermátomo, más formações como hipoplasia de membros, anomalias do SN autônomo, oculares e renais.
O diagnostico é dado quando a criança apresenta as alterações típicas, Ac IgG após 12-18 meses de vida contra o vírus sem relato de ter contraído catapora nesse período ou ainda Herpes zoster, a região torácica é a mais acometida, com lesões vesiculares agrupadas em um ou 02 dermatomos adjacentes.
Maior risco entre 8ª e 20ª semana gestacional.

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5
Q
  1. Como a varicela se manifesta em individuos vacinados?
A

-Outras apresentações clínicas
Varicela em indivíduos vacinados: uma em cada 05 crianças vacinadas podem ter a doença, a qual terá um curso mais benigno, com predominância de lesões maculopapulares, menor numero de lesões e menor transmissão.

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6
Q
  1. Quando está indicada a confirmação diagnostica da varicela?
A
  • -Está indicada para casos de pacientes de alto risco, onde haja duvida diagnostica e seja necessária a adoção de medidas especificas;
  • Teste de Tzanck: avaliação citológica das lesões que evidencia cells gigantes mutinucleadas, tem baixa sensibilidade e não diferencia o vírus da varicela zoster do herpes vírus simples;
  • PCR a partir das lesões cutâneas;
  • Ac IgG: pode indicar infecção aguda e também ajuda a identificar infecção previa ao vírus quando a história pregressa não está clara. O Ac IgM não é confiável.
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7
Q
  1. Quais as possíveis complicações da varicela?
A

-Infecção secundária das lesões: por Streptococcus do grupo A, Staphylo aureus, que podem causar impetigo, a identificação de infecção secundaria se dá quando há base eritematosa e mais profunda associada à lesão ou em casos em que a febre se mantem apesar do exantema, momento em que deveria haver melhora dos sintomas sistêmicos, ou quando desaparece e retorna.
Quadros mais graves também podem ocorrer são eles: fasceite necrosante, osteomielite ou sepse.

Pneumonia: se manifesta com dispneia, hemoptise, é a principal causa de óbitos nos quadros de varicela, mais comum em adultos e imunodeprimidos.

SNC:
Ataxia cerebelar (alteração do equilíbrio, da fala e nistagmo), a ataxia cerebelar resolve-se espontaneamente.
Encefalite (rigidez de nuca, alteração de consciência e convulsões).
Síndrome de Reye: disfunção hepática, hipoglicemia e encefalopatia, precipitada pelo uso de AAS em infecções virais (principalmente varicela e influenza) em pessoas com predisposição. Se manifesta com vômitos, rebaixamento da consciência e sintomas neurológicos num quadro viral que parecia já estar se resolvendo, pode haver franca ins. hepática e hepatomegalia sem icterícia.

Varicela progressiva: É uma forma grave de varicela com lesões por tempo prolongado, coagulopatia, hemorragias e envolvimento visceral (pneumonia, encefalite e hepatite). Acomete imunocomprometidos, especialmente com distúrbio da imunidade celular. A hepatite cursa com sinais clínicos - dor abdominal intensa, vômito, icterícia e aumento de transaminases. A coagulopatia se manifesta com a transformação das vesículas em lesões hemorrágicas.

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8
Q
  1. Qual a forma de prevenção pré e pós exposição da varicela?
A

-Pré exposição: Vacinação – aos 15 meses – tetraviral
Pós exposição: Vacinação em até 5 dias ou Imunoglobulina humana anti varicela zoster (IGHAVZ) em até 96h;

  • Pode ser mais grave em adultos e imunossuprimidos
  • A transmissão é mais comum no meio domiciliar do que no meio escolar;
  • Isolamento até que as lesões formem crostas;
  • Isolamento aéreo e de contato;
  • Vacinação pré exposição: com 1 ano de idade a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)

Pós exposição

  • Vacinação pós exposição, para os que atenderem cumulativamente os seguintes critérios:
  • Maior de 09 meses de idade
  • Imunocompetente
  • Suscetivel
  • Contactante
  • Até 05 dias após a exposição – não mais do que isso;
  • Controle de surto – hospital e creche por exemplo;
  • *Não atendendo esse critério de surto crianças com uma pessoa com a doença em casa não receberão a vacina a não ser que estejam na idade de receber a tetraviral.

Não preenchendo esses critérios esta indicada a Ig humana contra VZ, nas seguintes condições:

  • Grávidas e imunodeprimidos devem fazer a IGVZ por que não podem fazer a vacina, já que contem vírus vivo atenuado.
  • Até 04 dias após
  • Suscetibilidade: sem historia previa de catapora ou com imunidade celular prejudicada
  • Contato de pelo menos 1h com o doente;
  • Risco de varicela grave:
  • Neonatos que a mãe teve varicela nos últimos 5 dias ou primeiras 48h após o parto;
  • No caso de zoster está indicada aos imunodeprimidos;
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9
Q
  1. Sobre a varicela e Herpes zoster:
A

-Pouco comum em crianças, bem mais frequente em idosos, mas pode ocorrer em crianças que tiveram a primo-infecção antes de um ano de idade ou quando houve infecção intrauterina ou ainda em crianças que realizam terapia imunossupressora ou tem o vírus HIV;

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10
Q
  1. Qual o tto da varicela?
A

-O uso de Aciclovir na criança hígida é controverso, pelo receio de induzir a resistência viral uma doença de evolução benigna. Por isso pode optar-se por não usá-lo. Esta indicado se iniciado precocemente, de preferência até 48h do surgimento do exantema, passadas mais de 72h o uso do Aciclovir não alterará o curso da doença.

  • Anti-histamínico sistêmico
  • Antipiréticos
  • Compressas ou banhos coom Permanganato de potássio para prevenir infecção bacteriana;
  • Proibir o uso de AAS
  • Manter as unhas cortadas

Possibilidade:
-Aciclovir oral 20mg/kg/dose 4 vezes ao dia por 5 dias (máx 800mg/dose)

Outras Indicações para o uso do Aciclovir.

  • Pacientes com mais de 12 anos – tendência a forma grave da doença;
  • Crianças com mais de 12 meses de doença cutânea ou pulmonar crônica, pelo risco de complicações cutâneas ou pneumonia, maior causa de óbito na varicela.
  • Usuarios de corticoide inalatório ou sistêmico em dose não imunossupressora e por tempo curto ou intermitente, se dose imunossupressora fazer Aciclovir EV
  • Uso crônico de salicilatos – Síndrome de Reye
  • O segundo caso num mesmo domicilio
  • Aciclovir EV
  • Doença grave – envolvimento visceral: pneumonia, hepatite e SNC
  • Imunossupressão – ex.: corticoide em dose imunossupressora
  • RN
  • Gestantes com complicações graves da doença

Se vírus resistente está indicado o Foscarnet

Herpes zoster: o tto reduz o tempo de doença e o risco de neuralgia pós herpética, o tto em crianças é ainda controverso.
Dose: 20mg/ kg/ dose 5x ao dia por 5 dias ou 800mg/dose em adultos.

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11
Q
  1. Quando notificar casos de varicela?
A

–Casos graves, inclusive se cursar com internação e óbitos

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12
Q
  1. Qual a manifestação clínica do exantema laterotorácico unilateral?
A

-Os achados característicos incluem uma erupção unilateral, com lesões escarlatiniformes, maculopapulares ou eczematosas, acompanhadas de prurido na metade dos casos.

As lesões iniciais são encontradas mais comumente no tronco e na axila. Durante a evolução da doença, a erupção pode manter-se unilateral ou pode se disseminar, mas a predominância unilateral é mantida. Após um período de quatro a seis semanas, ocorre a melhora espontânea.

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13
Q
  1. Qual a etiologia do exantema laterotorácico unilateral?
A

Não se sabe exatamente qual a etiologia deste quadro; estuda-se a participação de diversos agentes virais ou bacterianos na origem dos sintomas.

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14
Q

Explique a Sd de GIanotti Crosti:

A

Consiste em uma
erupção inespecífica que pode estar associada
com diversas infecções virais, como a infecção
pelo vírus Epstein-Barr, pelo vírus da
hepatite B, dentre outros. Também acredita-se
haver associação com algumas vacinas.

O quadro é mais comum nas crianças entre
dois e seis anos e é caracterizado pelo aparecimento
de erupção monomórfica, eritematopapular,
não pruriginosa. As lesões têm um topo
achatado e distribuem-se na face, nas nádegas
e nas extremidades; o tronco costuma ser poupado.
O desaparecimento da erupção ocorre
espontaneamente após um período de 15 a 20
dias, podendo ser mais prolongado.

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