SD. R35P1R4T0R1A - T4QU1PN314 E S3M 3STR1D0R: 1NF3CÇ40 D4S V14S A3R34AS INF3R10R3S- PN3UMON1A TÍPICA Flashcards
Qual o conceito de pneumonia?
É a inflamação do parênquima pulmonar, que decorre mais frequentemente da ação de microorganismos infecciosos, mas há também outras causas para a pneumonia como por exemplo: aspiração de alimentos e/ ou ácido gástrico, corpos estranhos e pneumonite induzida por drogas ou radiação.
A pneumonia causada por MOS típicos é responsável por maior numero de óbitos, mais complicada e sintomática.
Quais os fts de risco para pneumonia?
- Baixa idade
- Desnutrição
- Comorbidades
- Baixo peso ao nascer,
- Permanência em creche,
- Episódios prévios de sibilos e pneumonia,
- Ausência de aleitamento materno,
- Vacinação incompleta,
- Variáveis socioeconômicas
- Variáveis ambientais
Quais os principais agentes em RN menores de 3 semanas?
Na pratica clinica a analise do agente etiológico fica comprometida na pediatria, pois é difícil obter da criança o escarro para cultura, ficando reservados hemocultura e aspirado de liquido pleural na presença de derrame pleural.
- Streptococcus do grupo B,
- E. coli e outros bacilos gram-
- Streptococcus pneumoniae,
- Haemophilus influenzae (tipo b, não tipável).
Quais os principais agentes em crianças de 3 semanas a 4 anos?
-Vírus sincicial respiratório,
-Outros vírus respiratórios (rinovírus,
parainfluenza, influenza, adenovírus),
-S. pneumoniae,
-H. influenzae (tipo b e não tipável);
-Se ausência de febre, considerar Chlamydia
Trachomatis
4 meses a 4 anos os acima e as duas abaixo:
- M. pneumoniae
- Streptococcus do grupo A
Quais os principais agentes em maiores de 5 anos?
- M. pneumoniae,
- S. pneumoniae,
- Chlamydophila pneumoniae,
- H.influenzae (tipo B e não tipável),
- Vírus: influenza, adenovírus, outros vírus respiratórios,
- Legionella pneumophila.
Quais podem ser os achados ao RX de uma pneumonia ?
Radiografia: lactentes e crianças pequenas apresentam maior dissociação clínico radiológica estando bem indicado um RX de tórax. Nas demais, cada vez mais é aceito que crianças em acompanhamento ambulatorial e clinica sugestiva de pneumonia podem ser tratadas sem o uso da imagem.
É importante que em crianças menores o timo pode dar a falsa impressão de uma consolidação pulmonar.
Achados:
1) O infiltrado alveolar broncopneumônico : consolidação alveolar multifocal
2) pneumonias lobares ou segmentares
3) Pneumonias intersticiais
aumento da trama broncovascular, espessamento peribrônquico e hiperinsuflação.
hipotransparência
atelectasias.
Sobre o infiltrado alveolar broncopneumônico:
) O infiltrado alveolar broncopneumônico é encontrado nas pneumonias por microrganismos típicos, seja pelo pneumococo, pelo estafilococo ou por outras bactérias. É caracterizado por consolidação alveolar multifocal, isto é, as imagens não respeitam a segmentação pulmonar, podem ser únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, de limites irregulares, uni ou bilaterais. Nos casos de pneumonia pelo estafilococo é comum o achado de pneumatoceles ou derrame pleural. A pneumonia “redonda” também é bem comum do pneumococo. As complicações também são comuns a esse agente: pneumatocele, derrame pleural e abscessos. Derrame pleural volumoso e consolidações lobares são achados mais comuns nas etiologias bacterianas.
Sobre o achado radiológico de pneumonias lobares ou segmentares:
2) As grandes áreas de consolidação alveolar podem levar à identificação das pneumonias lobares ou segmentares. São processos inflamatórios comprometendo homogeneamente um lobo, lobos ou segmentos pulmonares.
Geralmente, são causadas pelo S. pneumoniae, mas podem ser causadas por outras bactérias. Podem ser visualizadas as condensações com broncogramas aéreos (surge pelo contraste entre o ar contido nos brônquios com os alvéolos preenchidos
por exsudato). São mais frequentes em lactentes acima de seis meses de idade e, principalmente, em crianças maiores.
Sobre o achado radiológico de pneumonias intersticiais
As pneumonias intersticiais, de forma geral, são causadas por vírus ou Mycoplasma, apresentando sinais que incluem aumento da trama broncovascular, espessamento peribrônquico e hiperinsuflação. Progressivamente, podem ocorrer áreas de hipotransparência associadas ao aparecimento de atelectasias.
*Apesar dessas correlações nenhuma dessas alterações é específica para a definição do agente etiológico, até por que o padrão radiológico pode ser influenciado pela idade e situação imunológica do doente.
O que considerar diante do quadro de pneumonias recorrentes?
Dois ou mais episódios de pneumonia em um ano ou três ou mais episódios
em qualquer momento. É importante que tenha havido o desaparecimento de quaisquer alterações radiográficas entres esses episódios.
Em crianças com pneumonia recorrente deve-se suspeitar de desordens como:
fibrose cística, quadros de imunossupressão, alterações anatômicas, sequestro pulmonar, enfisema lobar, refluxo gastroesofágico.
Dois ou mais episódios de pneumonia em um ano ou três ou mais episódios
em qualquer momento. É importante que tenha havido o desaparecimento de quaisquer alterações radiográficas entres esses episódios.
Em crianças com pneumonia recorrente deve-se suspeitar de desordens como:
fibrose cística, quadros de imunossupressão, alterações anatômicas, sequestro pulmonar, enfisema lobar, refluxo gastroesofágico.
Quais os principais agentes etiológicos da pneumonia típica?
-S. pneumoniae – exceto no período neonatal.
Outros
- Haemophilus influenzae tipável e não tipável
- Staphylococcus aureus
Quais as manifestações clínicas da pneumonia típica?
Pneumonia típica: apresentação é mais aguda e violenta do que nas demais formas de pneumonia (viral ou por germes atípicos). Nas crianças maiores, adolescentes e adultos o início é hiperagudo, com febre alta, tosse, dor torácica, calafrios, toxemia e taquipneia.
Em lactentes a apresentação é mais variável, geralmente se inicia com um quadro de IVAS com obstrução nasal, redução do apetite e irritabilidade, vindo posteriormente a febre (de 39º C ou mais) e a tosse que é inespecífica estando presente também nas IVAS.
A presença de taquipneia na ausência de estridor é o que nos faz pensar em pneumonia, e a historia clinica mais “aguda” nos sugere infecção pelos MOS típicos.
Na prática clínica a taquipneia na presença de febre deve ser idealmente reavaliada após a diminuição da temperatura, na prova isso não será possível.
Taquipneia: Marcador de infecção de vias aéreas inferiores sendo:
-Menores de 2 meses: ≥ 60 irpm
-2 meses a 1 ano: ≥ 50 irpm
-1 a 5 anos: ≥40 irpm
É um sinal muito mais sensível de acometimento das VA inferiores do que alterações de ausculta.
A tosse é um sintoma que mesmo após o tto pode demorar mais tempo a se resolve, e sua presença não indica falha terapêutica.
Algumas dessas crianças também apresentam manifestações relacionadas ao trato gastrointestinal, como vômitos (que podem inclusive ser causados pela tosse), diarreia e distensão abdominal, que pode ser secundária à deglutição de ar ou ao íleo paralítico. A rigidez de nuca sem infecção meníngea também pode ser proeminente, sobretudo quando há o envolvimento do lobo superior direito.
Quais os Sinais de Gravidade da pneumonia?
-Tiragem subcostal: é a que está mais associada à gravidade da pneumonia e traduz um aumento do trabalho respiratório pela diminuição da complacência pulmonar. A criança com tiragem subcostal apresenta retração da parede torácica inferior durante a inspiração. Para ser valorizada como sinal de gravidade, a tiragem subcostal deve ser evidente e mantida (não pode ser intermitente).A tiragem intercostal deve também ser avaliada, porém os manuais dos programas AIDPI recomendam que tiragem intercostal isoladamente não seja usada como critério para caracterizar a gravidade. Já OMS, atualmente, não usa mais a tiragem como indicador de pneumonia grave. Porém, revendo as questões dos últimos anos, ainda é mais comum encontrarmos esse sinal como sendo critério de gravidade e indicando, inclusive, a necessidade de internação hospitalar.
Batimento de asa nasal: identificado, principalmente, em crianças menores de um ano de idade. Embora seja um sinal não específico, indica a presença de dificuldade respiratória.
Gemência: a gemência, ou gemido, surge quando expiramos contra uma glote parcialmente
fechada. Isso ocorre tipicamente em doenças que cursam com diminuição da capacidade residual funcional, como nos casos de pneumonia. Ao expirarmos contra a glote parcialmente fechada, conseguimos manter uma pressão aérea positiva mais prolongada durante a expiração, otimizando a troca gasosa.
Cianose: a cianose não é apenas uma manifestação de gravidade, é manifestação de “muita” gravidade.
Como se manifesta a pneumonia em crianças maiores e adolescentes?
Nas crianças maiores e adolescentes, a evolução clínica e o exame físico são semelhantes
aos descritos em adultos. Logo após o surgimento de sinais de infecção respiratória das vias superiores, há calafrios e febre de até 40,5ºC.
Quais os possiveis achados da ´neumonia ao exame físico?
Ao exame físico, podemos identificar desde o aparecimento de estertores inspiratórios até o surgimento dos sinais que indicam uma síndrome de consolidação, como o aumento do frêmito toracovocal, submacicez, broncofonia, sopro tubário e pectorilóquia fônica. Preste atenção: todos esses sinais semiológicos que caracterizam a síndrome de consolidação também poderão estar presentes na criança pequena, mas sua identificação é muito mais difícil. Essas crianças têm uma respiração mais superficial, frequência respiratória mais aumentada e, frequentemente, o choro prejudica a avaliação.