CR14NÇ4 C0M F3BR3 S3M F0>0 Flashcards
Qual a definição de febre sem foco?
Febre sem foco: situações clínicas em que a única alteração clínica é apresença de febre.
Qual a definição da febre de origem indeterminada?
Febre de origem indeterminada: aquele caso que teve o quadro de febre documentado por um profissional de saúde e cuja causa não foi definida após três semanas de avaliação ambulatorial
ou uma semana de avaliação em ambiente hospitalar.
Em qual temperatura posso considerar que a criança está com febre?
Febre: há autores que consideram como pontos de corte a temperatura axilar de ≥37,8ºC, enquanto outros continuam considerando o valor de 38ºC.
Em menores de 1 mês, como fazer a investigação da febre sem foco?
Se os pais comunicam que a criança esteve febril em casa podemos a principio pensar em excesso de agasalhos, remover tais agasalhos e reavaliar em 15-30min. Se ainda houver febre devemos:
-Internar;
-Coletar exames:
Hemograma
EAS
Cultura de sangue, urina, liquor: o líquor pode ser reservado aos casos com leucocitose que exijam início de antibioticoterapia, nesse caso o liquor precisa ser testado previamente.
RX de tórax
Avaliação das fezes: especialmente se houver sintomas respiratórios ou gastrintestinais;
PCR para herpes simples e enterovirus se indicada
Antibioticoterapia empírica: que pode ser Ampicilina + Cefotaxima ou Aciclovir se houver historia de infecção materna;
Na criança de 1-3 meses quais as considerações sobre o possivel diagnostico de um episodio de febre sem foco?
-Geralmente a causa é viral
-Dentre as infecções bacterianas, ITU deve ser considerada, especialmente em meninos não circuncidados ou com más formações do TU;
-Outras possíveis infecções incluem a otite média aguda, a pneumonia, onfalite, mastite e infecções de pele e partes moles.
-Se a criança estiver toxêmica, devemos internar e seguir o protocolo de investigação:
-Internar;
-Coletar exames:
Hemograma
EAS
Cultura de sangue, urina, liquor: o líquor pode ser reservado aos casos com leucocitose que exijam início de antibioticoterapia, nesse caso o liquor precisa ser testado previamente.
RX de tórax
Avaliação das fezes: especialmente se houver sintomas respiratórios ou gastrintestinais;
PCR para herpes simples e enterovirus se indicada
Antibioticoterapia empírica: que pode ser Ampicilina + Cefotaxima ou Aciclovir se houver historia de infecção materna;
-Se a criança tiver bom estado devemos avaliar o risco de se tratar de uma infecção bacteriana grave.
Também serão colhidas culturas de sangue, urina e liquor, mas esses exames não nos
fornecem resultados imediatos e não irão definir a conduta na emergência.
Diante de uma criança com febre sem foco é preciso estimar se se trata de um caso de baixo risco ou não, quais as considerações para fazê-lo?
A criança de baixo risco: se a criança preencher os critérios de baixo risco acima, não
receberá nenhum antibiótico e será reavaliada em 24 horas (ou antes, caso ocorra piora). São recomendadas reavaliações diárias até que os resultados das culturas estejam fechados. Caso alguma cultura revele-se positiva, a criança é reavaliada e o tratamento é indicado.
A criança que não é de baixo risco: se a criança não preencher os critérios de baixo risco, será internada e receberá antibioticoterapia parenteral até que o resultado de todas as culturas seja liberado e o diagnóstico final seja estabelecido. Se o EAS indicar a presença de uma infecção do trato urinário, o tratamento da mesma pode ser feito em regime ambulatorial.
Na criança de 3 meses a 3 anos devemos considerar a temperatura da criança como parâmetro para a investigação, nesse caso quais as considerações sobre a investigação diagnostica?
- Nessa idade a principal causa é também viral;
- Mas pode tratar-se de uma infecção bacteriana oculta, nessa idade os principais agentes são: S. pneumoniae, N. meningitidis, e Salmonella.
1ª situação: temperatura < 39ºC.
→ apenas observação; reavaliar caso a febre persista, ultrapasse 39ºC ou surjam novos
sinais ou sintomas.
• 2ª situação: temperatura ≥ 39ºC.
→ definir a situação vacinal: - se vacinada contra pneumococo e hemófilo tipo B: avaliar apenas infecção urinária – colher EAS e urinocultura (meninos circuncidados menores de 6 meses; meninas; meninos não circuncidados; e crianças com história de infecção urinária de repetição).
- se não vacinada contra pneumococo e hemófilo tipo B: avaliar infecção urinária
com EAS e urinocultura; se o EAS for normal, a avaliação deve continuar através de
três possíveis maneiras (não há uma única possibilidade certa):
1) coletar uma hemocultura e prescrever uma dose de antimicrobiano por via parenteral;
liberar a criança e reagendar avaliação;
2) obter um hemograma; se houver uma contagem de leucócitos maior que 15.000
céls/mm3, obter hemocultura e prescrever uma dose de antimicrobiano por via parenteral, liberar a criança e reagendar avaliação;
3) apenas coletar uma hemocultura e reagendar avaliação.
Obs.: Podemos considerar como vacinada
aquela criança que já tenha pelo menos duas
doses das vacinas contra cada um desses
agentes, mas isso ainda não está completamente
estabelecido.