NEONATOL0GIA - DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS - PNEUMONIA, TTRN, SAM Flashcards
PNEUMONIA PELO STREPTO GRUPO B
- Quais os principais MOS envolvidos na pneumonia neonatal?
A pneumonia bacteriana pode acometer qualquer RN, independente da idade gestacional. Os agentes bacterianos causadores do quadro precoce são o GBS e bactérias Gram-negativas, ou seja, patógenos do sistema geniturinário ou gastrointestinal materno que ascendem e atingem o líquido amniótico e o feto, sempre que houver quebra da barreira placentária, ou que esses colonizam o canal de parto.
PNEUMONIA PELO STREPTO GRUPO B
- Quais os fts de risco para pneumonia neonatal?
Os fatores de risco para infecção são: amniorrexe prolongada (≥ 18h), infecção urinária materna, corioamnionite, colonização materna pelo GBS e parto prematuro sem causa aparente.
PNEUMONIA PELO STREPTO GRUPO B
- Quais as manifestações clínicas da pneumonia neonatal?
No quadro clínico perceberemos que, além dos sinais de desconforto respiratório (taquipneia e dispneia), haverá aqueles que traduzem comprometimento sistêmico pela infecção, como: Hipoatividade, Distermia, Apneia, Distúrbios de perfusão, Distensão abdominal Hipotensão arterial.
A radiografia de tórax pode mostrar um padrão indistinguível daquele encontrado na DMH e também condensações mais grosseiras.
Encontraremos leucometria elevada, com aumento dos neutrófilos totais e imaturos.
PNEUMONIA PELO STREPTO GRUPO B
- Quais as drogas de escolha para tto?
Inicia-se tratamento empírico com ampicilina e gentamicina, cujas doses e intervalos serão estabelecidos de acordo com a idade gestacional. O tratamento para estreptococcia invasiva é feito com penicilina cristalina ou ampicilina.
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO ou SINDROME DO PULMÃO ÚMIDO
- Qual a etiologia da TTRN?
Durante o período intra-uterino o pulmão do bebê é banhado por liquido, o qual auxilia o desenvolvimento do pulmão. Porém, quando se aproxima do termo ocorre reabsorção desse liquido, ao longo do trabalho de parto, a liberação de catecolaminas e outros hormônios também estimulam a reabsorção durante a passagem do bebê pelo canal de parto.
O restante do líquido pulmonar será reabsorvido nas primeiras horas de vida. A oxigenação e a aeração pulmonar força o restante desse líquido a passar pelos vasos linfáticos e capilares pulmonares.
A presença desse líquido nas VA do RN leva a diminuição da complacência pulmonar, com aumento do trabalho respiratório, e edema das vias aéreas, aprisionando o ar e causando hiperinsuflação.
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO ou SINDROME DO PULMÃO ÚMIDO
- Quais os fts de risco para TTRN?
- Cesariana eletiva, sem trabalho de parto;
- Asfixia perinatal;
- Sexo masculino: desenvolvimento mais tardio, comparativamente ao sexo feminino;
- Macrossomia;
- Asma materna;
- Sedação materna;
- Exposição materna a agentes beta-miméticos;
- Prematuridade tardia;
- Prolapso de cordão;
- Diabetes materno;
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO ou SINDROME DO PULMÃO ÚMIDO
- Quais as manifestações clinicas da TTRN?
A doença se manifesta LOGO APÓS O NASCIMENTO com taquipneia e pode estar acompanhada de gemência e retrações intercostais, tem evolução benigna e autolimitada, com resolução do quadro dentro de 24-72h. (1-3 dias)
Essas crianças recebem oxigenoterapia, mas dificilmente necessitarão de uma FiO2 maior que 40%. A descrição da necessidade de um suporte ventilatório mais invasivo ou de uma oferta de oxigênio em concentrações mais altas nos aponta para outro diagnóstico, em detrimento deste.
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO ou SINDROME DO PULMÃO ÚMIDO
- Quando a evolução clínica autolimitada não está descrita na questão, ou no caso clínico o RX de tórax pode sinalizar uma TTRN, quais os achados típicos do RX?
- Hiperinsuflação pulmonar.
- Aumento da trama vascular pulmonar com a presença de hilo congesto, de onde irradiam-se condensações (estrias) lineares.
- Cissuras espessadas (derrame cissural).
- Eventualmente, discreta cardiomegalia e/ou derrame pleural.
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO ou SINDROME DO PULMÃO ÚMIDO
- Qual o tto da TTRN?
Tratamento de suporte:
- Oxigenoterapia: por campânula nasal ou CPAP, geralmente não há necessidade de grandes ofertas de oxigênio.
- Monitorização
- Controle térmico
- Jejum – quando a FR diminuir, pode-se oferecer leite materno ordenhado, através da sonda orogástrica.
- Hidratação
- Controle de glicemia
- Obs.: não há indicação para diuréticos ou nebulização com adrenalina..