SD G4ASTR1NTESTINAL: DIARREIA TRTAMENTO Flashcards
Quais orientações devem ser dadas quanto a criança com diarreia e sem desidratação?
Criança com diarreia sem desidratação: soro caseiro, para prevenir e não para tratar desidratação, é feito com 200ml de água filtrada ou fervida + 01 medida rasa de sal (01 pitada) + 02 medidas rasas de açúcar. O soro caseiro deve ser menos salgado que a lágrima. Usar como medida a colher de dupla concha.
Qual a vantagem da solução de reidratação de osmolaridade reduzida?
Sobre a solução de reidratação padrão e a solução de reidratação de osmolaridade reduzida: reduziu-se a concentração de sódio r glicose, reduzindo a osmolaridade da Solução de reidratação, o que conferiu algumas vantagens ao tto:
- Menor taxa de perda fecal: a SR padrão aumentava o volume das fezes nas primeiras horas de tto, o que não acontece mais como a SROR.
- Menor frequência de vômitos;
- Menor duração da diarreia
- Menor necessidade de terapia de hidratação venosa após início da terapia de reidratação oral.
- Quais os passos para realizar a gastróclise?
(1) Colocar a SRO em frasco limpo, e fazer a sondagem nasogástrica.
(2) Adaptar a sonda à conexão e controlar o gotejamento.
(3) Anotar a aceitação, tolerância e quantidade de líquido administrado.
Qual o plano A- indicado para criança sem desidratação?
Plano A: criança sem desidratação
-Baseado em 04 pilares:
-Aumentar a ingesta de água e outros líquidos (chá, suco) para prevenir a desidratação, a sronão é obrigatória.
Após cada evacuação oferecer:
- criança <1 ano: 50-100 ml de líquido;
- criança 1-10 anos: 100-200 ml de líquido;
- > 10 anos e adulto: o quanto de líquido aceitar.
-Suplementar zinco: diminuir a gravidade do quadro e prevenir episódios futuros em 2-3 meses:
< 6 meses: 10mg/dia
>6 meses: 20mg/dia
-Manter alimentação habitual: AM a livre demanda e oferecer 01 refeição a mais nas próximas 02 semanas.
- Retornar em casos de gravidade:
- Aumento das evacuações
- Vômitos repetidos,
- Se a criança se tornar sedenta,
- Recusar alimentos ou líquidos,
- Tiver febre, sangue nas fezes
- Não melhore em três dias
Qual o plano B- indicado para criança com desidratação?
Plano B: desidratação
-Criança tratada na Unidade de Saúde
-Dar 50-100ml/kg de SRO nas primeiras 4-6h, uma outra medida possível é 75ml/kg de peso: pode-se administrar em copinho, colher ou seringa, mamadeiras são desaconselhadas.
-É comum a presença de vômitos nas primeiras duas horas de tratamento, mas isso não impede que a TRO seja eficaz, caso a criança vomite, aguarde entre cinco e dez minutos e reinicie a administração de SRO, mais lentamente.
-Nesse período a criança não deve ser alimentada, exceto se estiver em aleitamento materno, que deve ser mantido.
•-Quando as crianças com menos de seis meses que não são mais amamentadas estiverem recebendo a TRO com a solução que contém 90 mEq/l de sódio, devemos oferecer de 100 a 200 ml de água no período de tto. Quando a solução de baixa osmolaridade estiver sendo usada, isso não é necessário.
-Reavaliar a criança periodicamente e avaliar ao final de 4h onde encontraremos as seguintes situações:
- Sinais de desidratação grave: a conduta será iniciar o plano C;
- Presença de sinais de desidratação (não grave): repetir o plano B. Nesse momento, podem ser oferecidos alimentos;
- Ausência de sinais de desidratação: a criança poderá ser liberada com plano A, com a recomendação de preparo de solução
de reidratação oral em casa. Todas as crianças com mais de seis meses devem receber algum alimento antes de serem mandadas para casa.
Na falha do plano B, o que fazer?
-Havendo falhas poderá ser indicado hidratação por sonda nasogástrica ou parenteral.
As causas de falha são:
-Quando as perdas significativas se mantem
-Vômitos incoercíveis (>3 em 1h)
-Ingestão insuficiente de SRO
Quais as Indicações de gastróclise?
Indicações de gastróclise são:
- Perda de peso após as duas primeiras horas de TRO;
- Vômitos persistentes (quatro ou mais vezes em um período de uma hora após o início da TRO);
- Distensão abdominal com ruídos hidroaéreos
presentes;
- Dificuldade de ingestão da SRO.
Qual o plano C?
Hidratação venosa
-Se a criança puder beber líquidos enquanto preparamos o acesso, oferecer SRO.
Oferecer 100ml/kg preferencialmente de Ringer, se não disponível, oferecer solução salina
EM:
Menores de 1’ ano
Primeiro: 30ml/kg na 1a hora
Depois: 70ml/kg em 5 horas
Maiores de 1 ano
Primeiro: 30ml/kg nos primeiros 30 min
Depois: 70ml/kg em 2h30min
Reavaliar a cada 15-30min até que o pulso esteja forte e presente, quando isso ocorre, reavaliar a cada 1h.
Assimn que a criança estiver apta a ingerir líquidos (2-4h), oferecer SRO.
Sinais de desidratação grave: repetir o plano C. Isso é incomum;
- Presença de sinais de desidratação (não grave): suspender a hidratação venosa
e iniciar o plano B;
- Ausência de sinais de desidratação: a
criança poderá ser liberada com plano A. O ideal é que a criança seja mantida em observação por 6 horas antes de ir para casa e deve ser observada a sua aceitação da SRO. A mãe deve levar os envelopes com os sais de reidratação oral para administrar em casa.
Quais as CI do SRO?
- Íleo paralitico
- Suspeita de má absorção da glicose
- Distensão abdominal
Quais as Indicações para uso de ATB
Indicações para uso de ATB
-Disenteria – presença de sangue nas fezes, cobrir Shigella com Cipro
Ciprofloxacina 15 mg/kg a cada 12 horas, via oral, por 3 dias).
OU
Ceftriaxona (50-100 mg/kg, intramuscular, uma vez ao dia, por 2 a 5 dias)
Reavaliar após dois dias e, se mantiverem a presença de sangue nas fezes após 48 horas
do início do tratamento, devem ser encaminhadas para internação hospitalar.
Quais os medicamentos CI na diarreia aguda ?
Medicamentos CI
Metoclopramida: CI por que apresenta poucos benefício e tem risco de distonia e letargia.
Loperamida: antiespasmódico, inibe o peristaltismo, o que pode ser prejudicial e predispor a complicações, como íleo paralítico, distensão abdominal e
perfuração intestinal.
Caolim pectina: é um adsorvente que aumenta a consistência das fezes, está CI pois aumenta a perda de sódio e potássio.
- Qual o conceito e abordagem da diarreia persistente?
O quadro de diarreia persistente caracteriza–se por uma diarreia que se inicia agudamente, cuja etiologia é presumivelmente infecciosa, mas que se prolonga por 14 dias ou mais, os agentes mais comuns são: E. coli enteropatogênica, enteroagregativa, Salmonella, Shigella e Cryptosporidium.
A diarreia persistente está associada a lesão da mucosa, que leva à perda das enzimas, como a lactase, interferindo na digestão e ainda facilitar a passagem de proteínas alimentares, podendo associar-se a quadros de alergias às proteínas dos alimentos.
TTO: medidas já vistas no manejo da criança com diarreia aguda uso de fórmulas sem lactose, pela possibilidade de intolerância secundária à lactose associada ao quadro
Em casos supeitos de cólera, quais os ATB de escolha?
Casos suspeitos de cólera (Vibrio cholerae): Doxiciclina, são opções a Azitro, Cipro, Eritro.
Em casos supeitos de giardia, quais os ATB de escolha?
Giardíase: Metronidazol 15 mg/kg/dia, 3x ao dia, por cinco dias.
Em casos supeitos de salmonella, quais os ATB de escolha?
Salmonella: tratar quando em crianças com fatores de risco para doença sistêmica: menores de três meses, doença gastrointestinal crônica, hemoglobinopatias, e imunossupressão. As opções incluem ciprofloxacina, ampicilina e ceftriaxona.