Orto T15 - Infeções Osteoarticulares da Criança e do Adulto (2) Flashcards

1
Q

Osteomielite Crónica (OMC)?

A
Quadro clínico que se prolonga por mais de 6 semanas
~
-Etopatogenia:
contaminação direta (ferida, fratura)
por contiguidade
evolução desfavorável de OAH

-Etiologia:
Staphylococcus aureus
polimicrobianos, gram - e anaeróbios mais frequentes do que na OAH

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2
Q

OMC Clínica?

A

prolongada com períodos de agudização intercalados com períodos de quiescência
pode apresentar-se por fistulização ou pela não consolidação de uma fratura

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3
Q

Anatomia Ptológica - OMC?

A

fenómenos de destruição e reparação entrelaçados
sequestros ósseos
fistulas
esclerose óssea

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4
Q

Rx OMC?

A

desmineralização generalizada
osteocondensação cortical
sequestros

A biópsia óssea com isolamento do microrganismo em culturas é gold standard e o único método de diagnóstico definitivo

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5
Q

Osteomielite Crónica (OMC) - Classificação e Estadiamento?

A

– Classificação de Cierny e Mader:
baseia-se no estado fisiológico do hospedeiro e na extensão local da doença

– Estadiamento fisiológico:
A: bom estado geral e boa vascularização tecidular
B: patologia local (BL) ou sistémica (BS)
C: morbilidade superior à não-intervenção

– Estadiamento local:
Estadio 1: Medular (sem atingimento cortical)
Estadio 2: Superficial (sem atingimento medular)
Estadio 3: Localizado (envolvimento de osso cortical e medular / sequestro pode ser retirado sem comprometer estabilidade)
Estadio 4: Difuso

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6
Q

OMC Tratamento Médico?

A

controlo nutricional e imunológico
antibioterapia específica/dirigida com capacidade de penetração óssea e celular (p.e. clindamicina, rifampicina e linezolid); poliantibioterapia

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7
Q

OMC Tratamento Cirúrgico?

A

desbridamento alargado (resseção “tumoral”); muitas vezes seriado
aporte local de antibioterapia
estabilização óssea
reconstrução óssea e cobertura de partes moles
amputação

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8
Q

Osteomielite Crónica (OMC) - Complicações?

A

agudizações
artrite séptica
fratura patológica

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9
Q

Prognóstico de OMC?

A

progressão da doença

degeneração maligna (após várias décadas de doença)

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10
Q

Artrite Séptica (AS)?

A
  • Infecção causada por presença de agentes microbianos no espaço articular
  • Produz-se uma reação inflamatória da sinovial com supuração e destruição articular secundária
  • Epidemiologia:
    mais frequente no género masculino
    localizações atípicas nos imunocomprometidos e toxicodependentes
  • Etiologia:
    dependente da faixa etária, co morbilidades, imunização e epidemiologia local
    isolamento em 30-50% dos casos apenas
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11
Q

Etiologia AS?

A
    • 0-3 meses: S. aureus, Streptococcus agalactiae, bacilos gram-, N. gonorrhoeae, C. albicans
    • 3 meses-5 anos: S. aureus, Kingella kingae, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, H. influenzae
    • > 5 anos: S. aureus, Streptococcus pyogenes, N. gonorrhoeae
    • Adultos: S. aureus,
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12
Q

Diagnóstico de AS?

A

clínicos
laboratoriais
imagiológicos
microbiológicos

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13
Q

Clínica de AS?

A
    • sinais inflamatórios articulares: dor (85%; sintoma mais frequente), calor, rubor, edema
    • impotência funcional (pseudoparalisia nos recém-nascidos e lactentes; claudicação/recusa de marcha nas crianças/adultos)
    • febre (pode estar ausente em recém-nascidos)

o derrame articular da anca caracteriza-se pela postura em flexão, abdução e rotação externa

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14
Q

MCDs de AS?

A

– Ecografia:
técnica de imagem de eleição para o diagnóstico
deteção precoce

– Rx simples:
realizar sempre na suspeita de infeção AO
geralmente normal à admissão; alterações surgem na 2ª-3ª semana (alargamento de espaço articular e erosão óssea)
importante para o diagnóstico diferencial

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15
Q

Artrocentese na AS?

A
    • Classicamente considerado séptico se macroscopicamente amarelo opaco e ao exame citológico com contagens >50000 cél./mm3
    • Concentração de glicose do líquido articular<60% da concentração de glicose sérico é sugestivo de artrite séptica
    • Coloração gram

– A cultura de líquido articular positiva faz o diagnóstico definitivo de artrite séptica

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16
Q

Diagnóstico diferencial de AS?

A

Gota
Celulite
Bursite
Osteomielite

17
Q

Tratamento de AS?

A
    • Emergente (danos irreparáveis quando não tratado nas primeiras 24-48h)
    • Consiste na drenagem/lavagem articular associada a tratamento antibiótico
    • Imobilização do membro afetado na fase aguda, seguido de programa de reabilitação
18
Q

Complicações de AS?

A

Destruição epifisária
Lesão da fise (encurtamento; desvio axial)
Rigidez
Artrofibrose
Artrose secundária a destruição articular

19
Q

Fatores de mau prognostico de AS?

A
    • < 1 ano de idade
    • Atraso no diagnóstico e início de tratamento
    • Associada a osteomielite
    • Bacteriemia
20
Q

Infeções ósseas e articulares por patogéneos específicos?

A

– Micobactérias
sobretudo a tuberculose (aumento por imunodeficiências; frequentemente vertebral)

-- Espiroquetas
Treponema pallidum (sífilis) e Borrelia burgdorferi (doença de Lyme)

– Vírus
Poliartrites infeciosas simétricas por Rubéola , hepatites B e C e HIV

– Fungos
artrites lentamente progressivas das grandes articulações provocadas sobretudo por Candida

21
Q

Infeções Peri-implantes Ortopédicos?

A

–Tipo de infeção osteoarticular mais frequente no 1º mundo
– Fatores de risco: Diabetes , patologia auto-imune, artropatia inflamatória,
imunocompromisso, hepatopatia, alcoolismo, obesidade.
– 1% das próteses totais da anca, 2% das próteses totais do joelho e 4% das intervenções à coluna
– Uma vez infetado o sítio do implante, as bactérias persistem localmente e dificilmente são eliminadas pelo ATB e pelo sistema imunitário:
. zonas pouco vascularizadas
. os biomateriais inibem o sistema imunitário
. produção de biofilme de glicoproteínas e proteoglicanos
. que protege as bactérias dos anticorpos e macrófagos

22
Q

Clínica e Diagnóstico de Infeções Peri-implantes Ortopédicos?

A
    • Dor, febre, má evolução pós-operatória, drenagem persistente
    • VS e PCR tem elevado valor preditivo negativo

Rx:
. osteólise rapidamente progressiva
. reação peri óssea
. descolamento do implante

– O diagnóstico definitivo faz-se pela cultura positiva de várias amostras colhidas intra operatoriamente

23
Q

Tratamento de Infeções Peri-implantes Ortopédicos?

A
    • Infeção aguda (desbridamento; manter implante se osteossíntese correta e implante estável; cultura de material colhido; ATB)
    • Infecção crónica (desbridamento alargado; poliATB, retirar implantes e estabilizar osso; aporte local de ATB; reconstrução após infeção controlada)
24
Q

Infeções de Artroplastias (próteses)?

A
    • Todos os tratamentos devem incluir ATB prolongado (6 semanas ev + 3 a 6 meses oral)
    • Desbridamento e substituição de componentes amovíveis: até às 4 semanas pós-cirurgia
    • Substituição de toda a prótese: nas infeções tardias; mais usual fazer-se em dois tempos cirúrgicos
    • Artroplastia de ressecção: indicações muito limitadas; não confere estabilidade; girldestone na anca
    • Artrodese : confere estabilidade à custa da perda total de mobilidade; preferível do joelho
    • Amputação