GASTROENTEROLOGIA 02 Flashcards

1
Q

QUAL OS TESTES INVASIVOS E NÃO INVASIVOS PARA O DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO H. PYLORI

A
  • Invasivo: Teste da Urease; Biópsia + Histopatológico

- Não invasivo: Teste respiratório da uréia; Antígeno fecal; Sorologia.

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2
Q

Qual o tempo mínimo para se fazer o controle de cura após tratamento para H pylori?
Quanto tempo suspender o IBP e ATB.
Quais os testes disponíveis?

A

Mínimo de 04 semanas após o tratamento
IBP 2 semanas e ATB 4 semanas
Testes: Antígeno fecal ou uréia respiratória.

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3
Q

Teste sorológico para H. pylori (IgG)

  • Principais indicações?
  • Principal desvantagem?
A

Indicações: Rastreio populacional; Situações em que haja uma baixa carga de bactéria no estômago (Sangramento, gastrite atrófica, Neo gástrica; MALT.
Desvantagem: Não pode ser utilizado como controle após o tratamento.

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4
Q

O que é dispepsia?

Como é classificada/investigada?

A
  • É a queixa de dor/disconforto pós pranial/saciedade precoce/queimação recorrente ou constante, na região epigástrica por no mínimo 03 meses, e que tenha se iniciado a pelo menos 06 meses.
  • Deve-se investigar com EDA pacientes > 40 anos, refratários ao tto com IBP ou com algum outro sinal de alarme.
  • Classificada em não investigada x Investigada.
  • Após investigação: Funcional (sem alteraçoes na EDA e com HP neg); Orgânica (com alterações na EDA que justifiquem os sintomas) ou associada ao HP (EDA normal com HP presente e melhora sustentada e persistente após a erradicação)
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5
Q

Qual a conduta em relação ao IBP apos tratamento do H pylori em paciente com úlcera duodenal e gástrica

A

Úlcera duodenal: Não precisa de IBP

Úlcera gástrica: Manter IBP por 4-8 semanas após cura da infecção por HP.

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6
Q

Qual a terapia padrão para o tratamento da infecção pelo H pylori?

A

Terapia tripla por 14 dias.

IBP em dose plena (12/12h) + AMoxicilina 1g 12/12h + Claritromica 500 mg 12/12h

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7
Q

Qual a terapia alternativa para o tratamento da infecção pelo H. Pylori?

A

Terapia quadrupla com bismuto de 10-14 dias

Bismuto 240 mg 12/12h + Tetraciclina 500 mg 6/6h ou Doxiciclina 100 mg 12/12h + Metronidazol 400mg 8/8h + IBP 12/12h

OU

Terapia quadrupla sem bismuto por 14 dias

IBP 12/12 h + Amoxicilina 1g 12/12h + Claritromicina 500 mg 12/12h + Metronidazol 500 mg 12/12h

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8
Q

Qual esquema realizar caso haja falha no tratamento da infecção por H. pylori após uso da terapia tripla padrão?

A

Terapia quádrupla com bismuto

Bismuto 240 mg 12/12h + Tetraciclina 500 mg 6/6h ou Doxiciclina 100 mg 12/12h + Metronidazol 400mg 8/8h + IBP 12/12h

OU

Terapia tripla com Levofloxacino

IBP 12/12h + Amoxicilina 1g 12/12h + Levofloxacino 500mg 1x/dia.

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9
Q

Quais parasitoses estão mais associadas com sintomas dispépticos?

A

Giardíase e Estrongiloidiase

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10
Q

Qual exame solicitar na suspeita de gastroparesia?

A

Cintilografia de esvaziamento gástrico com alimento sólido.

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11
Q

No tratamento da dispepsia funcional, quando opta-se por uso de IBP e quando opta-se por uso de procinéticos.

Qual o próximo passo caso não haja melhora?

A

IBP: Predominância de dor epigástrica e azia
Procinéticos: Predominância de empachamento, saciedade precoce, náuseas.

Ambos por 4-8 semanas. Pode-se associar ambos.

Caso não haja melhora, iniciar antidepressivos e avaliar psicoterapia.

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12
Q

PRINCIPAIS DIFERENÇAS CLÍNICAS DAS ÚLCERAS GÁSTRICAS E DUODENAIS

A

Úlcera duodenal: Dor após 2-3h da alimentação. O alimento melhora a dor momentaneamente. Dor noturna

Úlcera Gástrica: Dor desencadeada pelo alimento. Náusea é comum. Idade > 50 anos

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13
Q

PARA QUEM SE DEVE SOLICITAR EDA NA DISPEPSIA?

A

Pacicentes > 45 anos (Referências americanas colocam > 55anos) ou pacientes com sinais de alarme: Refratariedade, sangramento, perda ponderal, linfonodomegalia, disfagia, gastrectomia prévia, história familiar de neoplasia.

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14
Q

Qual o tratamento para H. pylori para paciente com alergia à Amoxicilina?

A

Terapia tripla com Levofloxacino + Claritromicina

IBP dose plena 12/12h + Levofloxacino 500 mg 1x/dia + Claritromicina 500 mg 12/12h

OU

Terapia quádrupla com bismuto

Bismuto 240 mg 12/12h + Tetraciclina 500 mg 6/6h ou Doxiciclina 100 mg 12/12h + Metronidazol 400mg 8/8h + IBP 12/12h

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15
Q

Preciso repetir a endoscopia após o tratamento, para ver se a úlcera já cicatrizou?

A

É recomendada a repetição da endoscopia após 8–12 semanas nos casos de úlcera gástrica, para documentar a sua resolução! Atenção: essa endoscopia deve ser feita mesmo se a biópsia tiver sido negativa para malignidade!

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16
Q

Quando e como é utilizada a classificação endoscópica de Forrest?

A

Utilizada para estimar a chance de ressangramento de uma úlcera

Ia - Sangramento ativo (90% - alto)
Ib- Sangramento lento “babando”

IIa - Vaso visível não sangrante (50% alto)
IIb - COágulo aderido (30% intermediário)
IIc Hemantina na base da úlcera (10% baixo)

III Úlcera com base clara, sem sangramento (<5% baixo)

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17
Q

A partir de qual classificação de Forrest não é mais necessário o tratamento endoscópico da úlcera?

A

Forrest IIc e III, devido ao baixo risco de sangramento.

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18
Q

Quais as principais complicações das úlceras pépticas?

A

1) Sangramento. Principal complicação das úlceras. Acomete principalmente a parede posterior do bulbo duodenal (artérias gastroduodenal)
2) Perfuração. Principal complicação das úlceras gástricas e a segunda complicação mais comum no geral.

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19
Q

Onde se encontram a maioria dos gastrinomas?

A

Até 2/3 dos casos se encontram na parede posterior da primeira porção do Duodeno.

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20
Q

Quais neoplasias fazem parte da NEM-1

A

1 - Hiperparatireoidismo
2- Tumores pancreáticos (gastrinoma + comum) - Geralmente são benignos. Os esporádicos geralmente são malignos.
3- Adenoma Hipofisário (prolactinoma + comum)

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21
Q

FATORES DE RISCO NAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

  • Qual o principal fator de risco?
  • Qual DII o tabagismo funciona como fator protetor e fator de risco?
  • Qual o efeito da amamentação na DII?
  • Qual efeito da apendicectomia na RCU?
A
  • Principal fator de risco: História familiar positiva
  • Tabagismo é protetor para RCU e aumenta o risco na DC
  • Amamentação é protetor
  • Apendicectomia é protetor na RCU
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22
Q

Qual o padrão de acometimento da DC? Qual o local que mais acomete? Qual local fica poupado?

A

Pode pegar da boca ao ânus
40% tem acometimento só de delgado, e desses, 90% tem acometimento de íleo terminal; 40-50% pega delgado e grosso e 20% tem colite.
Geralmente poupa o Reto.

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23
Q

Qual achado histopatológico (raro) é patognomônico de doença de Crohn?

A

Granulomas não caseosos

24
Q

QUAL DII SE APRESENTA MAIS COM:

  • DIARREIA COM SANGUE E MUCO
  • DIARREIA + DOR ABDOMINAL + EMAGRECIMENTO
A
  • RCU

- DC

25
Q

Qual DII está mais associada ao câncer de cólon?

Quais as principais diferenças quando comparados ao câncer de cólon esporádico?

A
  • Geralmente não se desenvolve de um pólipo adenomatoso.
  • Maior incidência de tumores sincrônicos
  • Idade mais jovem.
  • Comportamento mais agressivo, pois há maior incidência de tumores mucinosos e anaplásicos.
26
Q

Quais as manifestações articulares das DII?

  • Qual a mais comum?
  • Qual está relacionada com atividade de doença?
  • Qual não tem relação com atividade de doença?
A

Artrite (periférica, assimétrica, poliarticular,migratória)
Espondilite Anquilosante
Sacroileíte

Mais comum: Artrite
Atividade da doença: Artrite
Não se relaciona: Sacroileíte e EA.

27
Q

Quais as principais manifestações cutâneas das DII?

A

1) Eritema nodoso: Mais comum na DC e se relaciona com a atividade de doença
2) Pioderma gangrenoso: Pode surgir antes dos sintomas ou anos após a colectomia total. Tratamento: CTC ou tracolimo tópico ou CTC sistêmico (1mg/Kg)

28
Q

Quais as principais manifestações oculares das DII?

Qual o tratamento?

A

Conjuntivite, Episclerite e Uveíte anterior

CTC tópico.

29
Q

Quais as principais manifestações hepatobiliares das DII?

A

1) Colangite esclerosante: Mais comum na RCU. Não tem relção com atividade de doença.
2) Cálculo biliar: Mais comum na DC devido à ma absorção de ácidos biliares no íleo –> bile litogênica.

30
Q

Quais os dois exames sorológicos úteis no dx das DII?

A

p-ANCA: Associado com RCU (posiitivo em 60-70%)

ASCA: Associado com DC (60-70% dos pacientes com DC.)

31
Q

Como se da o tratamento da DC leve à moderada? (Indução e manutenção)

A

Indução da remissão = Derivados do 5-ASA
Ileíte: Pentasa ou Asacol (liberação ileal)
Colite: QUalquer derivado do 5-ASA (sulfassalazina, Pentasa,Asacol)
Se não melhorar considerar CTC tópico (budesonida) ou sistêmico +- ATB.

Manutenção = Derivados do 5-ASA.
NÃO fazer manutenção com CTC

32
Q

Como se da o tratamento da DC grave? (Indução e manutenção)

A

Indução = Anti-TNF + Imunomodulador +- CTC sistêmico

Manutençao: Anti-TNF + Imunomodulador aprox 1 ano –> ANti-TNF isolado.

33
Q

Paciente com DC padrão fistulizante, como tratar?

A

Primeira linha: Imunobiológico + ATB.

A cirurgia só deve ser indicada em casos refratários.

34
Q

Qual a principal droga a interagir com a Azatioprina?

A

Alopurinol

A interação se dá pela inibição da xantina oxidase, enzima bloqueada pelo alopurinol, mas que também é responsável pela degradação da 6-mercaptopurina, metabólito ativo da azatioprina. Caso se opte por fazer esta combinação, a dose da azatioprina deve ser reduzida em 50 a 75%.

35
Q

O Adalimumabe pode exacerbar / desencadear quais doenças neurológicas?

A

Doenças desmielinizantes

36
Q

Como se classifica uma RCU como moderada? e grave?

A

Moderada: > 4 evacuações ao dia; Dor abdominal leve; Febre baixa; Apetite e peso mantidos.

Grave: > 6 evacuações ao dia; Dor abdominal intensa; inflamação sistemica (febre alta); anemia moderada/grave; PCR e VHS elevados. Em geral hã desnutrição e algum grau de perda ponderal

37
Q

Tratamento da colite distal na RCU

A

Mesalazina retal +- coricoide retal ou 5-ASA oral.

38
Q

Quais alelos do HLA estão mais associados com doença celíaca?

A

HLA-DQ2 e HLA-DQ8

39
Q

Como se da a forma atípica da doença celíaca (adolescentes e adultos)

A

Quadro oligossintomático, com manifestações digestivas em segundo plano (dor abdominal, ausência de diarreia). Sobressaem alterações extraintestinais como baixa estatura, atraso puberal, irregularidade menstrual, anemia ferropriva refratária, anemia megaloblástica, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias, constipação intestinal, osteoporose, manifestações neurológicas (ataxia, neuropatia, epilepsia, miopatia) e psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia).

Cerca de metade dos adultos com doença celíaca apresenta-se com anemia ou osteoporose, sem diarreia ou outros sintomas gastrointestinais.

40
Q

Dermatite Herpetiforme

  • Principal doença gastrointestinal assocaida
  • Característica típica da lesão
  • Achado na Bx.
A
  • Doença celíaca
  • Lesões pruriginosas nas faces extensoras dos membros e tronco; máculas eritematosas + pústulas e vesículas coalescentes.
  • depósitos granulares de IgA distribuídos pela membrana subepidérmica não afetada
41
Q

Principais neoplasias associadas à DC

A
  • Adenocarcinoma de Jejuno

- Linfomas não Hodgkin.

42
Q

Diagnóstico da doença celíaca:

  • Qual o principal marcador sorlógico?
  • Qual o padrão ouro?
  • Quais os principais achados na Bx?
A
  • Anti-transglutaminase tecidual IgA
  • Biópsia distal de delgado + nova biópsia após suspensão do glúten e melhora dos achados

Achados ugestivos

  • Atrofia de vilosidades
  • Hiperplasia de criptas
  • Infiltrado linfoplasmático na lâmina própria.
43
Q

Principais exames para o diagnóstico de intolerância à lactose?

A
  • Excreção respiratória de hidrogênio (aumentada) - é o exame mais importante
  • Teste da absorção de lactose (diminuida)
44
Q

Quais os critérios diagnósticos da síndrome do intestino irritável (ROMA IV)?

A

Dor abdominal recorrente, pelo menos uma vez na semana nos últimos três meses, mais 02 dos seguintes:

  • Relação com defecação
  • Mudança na frequencia das evacuações
  • Mudança na forma (consistência) das fezes.
45
Q

A presença de muco nas fezes exclui o diagnóstico de síndrome do intestino irritável?

A

NÃO

46
Q

Quais os antibióticos mais associados à colite por clostridium?

A
Clindamicina (principal)
Amoxicilina
Ampicilina
Cefalosporina
Fluorquinolonas.
47
Q

O que diferencia uma colite por Clostridium entre grave x não grave?

A

Leuco > 15.000 e creatinina > 1.5 mg/dL

Fulminante: Choque, ileo paral´´itico, megacolon toxico.

48
Q

Como é feito o tratamento da Infecção por Clostridium?

A

Colite não fulminante: Vancomicina 125 mg 6/6h VO por 10-14 dias ou Fidaxomicina 200 mg por 10 dias

Colite fulminante: Associar Metronidazol 500 mg 8/8h EV.

49
Q

Como se trata a recorrência da infecção por Clostridium?

A

Primeira recorrênica –> Cascata de vanco
Segunda recorrência –> Nova cascata de vanco ou nova cascata seguida de rifaximina
Terceira recorrência –> Transplante de microbiota fecal

50
Q

Qual a terapia de resgate em paciente com RCU grave/fulminante que não responde ao uso de CTC?

A
  • Infliximabe ou Ciclosporina
51
Q

Doença de Whiple

  • Achado na Bx
  • Tratamento
A
  • Macrófago com citoplasma espumoso na lâmina própria intestinal
  • Penicilina G ou Ceftriaxona por 7 dias + Bactrim por 1 ano
52
Q

O que avalia a calprotectina fecal?

A

Avalia se há padrão inflamatório nas fezes; Sugestiva de DII

53
Q

Qual exame está indicado para o diagnóstico de supercrescimento bacteriano?

A

Teste do hidrogênio expirado

54
Q

Qual teste é capaz de excluir o Dx de doença celíaca?

A

HLA DQ2 e DQ8

55
Q

Principais agentes responsáveis por diarréia inflmatória/invasiva (sangue,muco,pus +- Febre)

A
E.Coli (Enterohemorrágica principalmente)
Shigella
Salmonella não tiphy
Campilobacter
Entamoeba histolytica
Yersinia
56
Q

Qual achado patognomônico na bx da colangite esclerosante?

A

Fibrose periductal concêntrica (cicatriz em “ casca de cebola” ).

Outros achados: DUctopenia