GASTROENTEROLOGIA 01 Flashcards
QUAIS OS PRINCIPAIS ACHADOS DA ESOFAGOMANOMETRIA NA ACALÁSIA?
1 - Ausência do relaxamento fisiológico do EEI durante a deglutição
2- Algum grau de hipertonia do EEI (geralmente >35 mmHg).
3- Peristalse esofagiana anormal.
QUAL A DIFERENÇA DA FISIOPATOLOGIA DA ACALASIA PRIMÁRIA DA ACALÁSIA SECUNDÁRIA À DOENÇA DE CHAGAS?
Primária: Destruição do plexo de Auerbach
Secundária: Destruição do plexo de Auerbach e Meissner
QUAL EXAME DEVE SER REALIZADO ANTES DA ESOFAGOMANOMETRIA?
A endoscopia digestiva alta. Para avaliação de anormalidades estruturais (ex: Neoplasia) no esôfago.
Pressões > 35 mmHg no EEI são vistas somente em 50% dos casos e a ausência de hipertonia não exclui o diagnóstico de acalasia. V ou F
VERDADEIRO
COMO SE DA A CLASSIFICAÇÃO DE MASCARENHAS PARA ACALÁSIA
Tem como referência o grau de dilatação do esôfago:
1- <4 cm
2- 4 - 7 cm
3- 7 - 10 cm
4- >10 cm
COMO SE DA O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ACALÁSIA? PARA QUEM ESTÁ INDICADO?
Pacientes com sintomas leves à moderados / doença inicial.
- Nitratos e bloqueadores dos canais de cálcio: Antes das refeições
- Sildenafil: Não deve associar com os nitratos
- Toxina botulínica: Aplicado via endoscópica; Alta taxa de recorrência. Pode gerar fibrose, dificultando a cirurgia posteriormente.
COMO SE DA O TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DA ACALÁSIA? PARA QUEM ESTÁ INDICADO?
- Pode ser feito dilatação via endoscópica. Melhores resultados para pacientes em estágios inicias (I e II) refratário ao tratamento medicamentoso.
- Geralmente há alta recorrência após a terceira dilatação.
COMO SE DA O TRATAMENTO CIRURGICO DA ACALSIA?
- Miotomia a Heller (esofagocardiomiotomia) + Fundoplicatura parcial anterior (Grau III)
- Esofagectomia transhiatal (grau IV)
COMO É A ESOFGAOMANOMETRIA DO ESPASO ESOFÁGICO DISTAL (DIFUSO)
- Contrações simultâneas, não peristálticas, prolongadas (>2,5s) e de grande amplitude (>120 mmHg) e repetitivas, que predominam nos 2/3 inferiores do esôfago.
QUAL PATOLOGIA É RESPONSÁVEL PELO ESÔFAGO EM SACA-ROLHAS?
Espasmo Esofageano Distal.
COMO É O TRATAMENTO CIRÚRGICO DO ESPASMO ESOFÁGICO DISTAL?
Esofagomiotomia longitudinal + procedimento antirefluxo.
QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO ESÔFAGO EM QUEBRA-NOZES E O ESPASMO ESOFÁGICO DISTAL?
- Gera peristalse eficiente
- Pico de contratilidade é maior do que no EED.
Como se da o surgimento do divertículo de Zenker?
Quais seus limites anatômicos?
É o divertículo verdadeiro ou falso?
- Pela hipertonia do esfíncter esofágico superior (músculo cricofaríngeo)
- Se insinua pelo trígono de Killian (fragilidade esofágica): Músculos faríngeo inferior e cricofaríngeo.
- É um divertículo falso.
Qual o exame de escolha para odiagnóstico do Divertículo de Zenker?
Esofagografia baritada
COMO É FEITO O TRATAMENTO DO DIVERTÍCULO DE ZENKER?
< 2 cm: Miotomia do EES
2 - 5 cm: Miotomia + diverticulopexia ou diverticulectomia.
> 2cm: Miotomia + diverticulectomia preferencialmente.
PRINCIPAL SINTOMA DO DIVERTÍCULO DE ZENKER
DISFAGIA
COMO É CLASSIFICADO O DIVERTÍCULO POR TRAÇÃO/MEDIO-ESÔFAGO?
QUAIS SUAS PRINCIPAIS CAUSAS
- É um divertículo verdadeiro
- Causas: Tração de linfonodo mediastinal (TB/Histoplasmose) // Distúrbios do esôfago (Acalásia)
ANEL DE SCHATZKIN E SÍNDROME DE PLUMMER-VINSON
Anel de Schatzkin: Malformação do esôfago distal (transição esofagogástrica) em que há disfagia intermitente para sólidos. Mais comum em homens > 40 anos. “Steakhouse Syndrome” - comida fica entalada
Plummer-Vinson: Anel hipofaringe associado à anemia ferropriva.
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA
1) PRINCIPAL SINTOMA
2) PRINCIPAL POPULAÇÃO ACOMETIDA
3) PRINCIPAIS ACHADOS NA EDA
4) PRINCIPAL ACHADO NA BX
5) TRATAMENTO
1) Disfagia. Pode ter pirose ou dor torácica
2) Crianças e adultos jovens
3) Anéis mucosos, com aspecto de traquéia ao esôfago; Pápulas esbranquiçadas (microabscessos eosinofílicos); Erosões lineares
4) > 15 eosinõfilos por camo de grande aumento.
5) TTO: Primeira linha: Corticoesteróides tópicos (fluticasona ou budesonida)ç; Alguns pacientes melhoram com o uso empírico de IBPs em dose dobrada por 08 semana.
Achado na EDA de vesículas e/ou ulcerações com bordos elevados (“em vulcão”) em paciente com intensa disfagia, com ou sem lesões em mucosa oral.
Esofagite herpética
Achado na EDA de uma grande úlcera plana, única, em paciente imunossuprimido.
CMV
Qual o principal mecanismo visiopatológico da DRGE?
Relaxamento transitório e prolongado, sem reação com o alimento, do esfíncter sofágico inferior.
Como é feito o diangnóstico de DRGE?
Quadro clínico típico (pirose ou regurgitação) + ausência de sinais de alarme + Melhora do tratamento com a prova terapêutico com IBP
QUANDO DEVE-SE SOLICITAR EDA NA SUSPEITA DE DRGE?
1) Presença de sinais de alarme.
2) Idade > 54-55 anos
3) Sintomas refratários
4) História prolongada de pirose (>5-10 anos)
CLASSIFICAÇÃO DE SAVARY-MILLER MODIFICADA
Classificação de esofagite por refluxo
I: Erosão linear ou ovalada, ocupando uma única prega longitudinal
II: Situadas em mais de uma prega, sem ocupar toda a circunferência
III: Erosões confluentes que ocupam toda a circunferência do esôfago.
IV: Úlcera, estenose péptica
V: Áreas de metaplasia de Barret (vermelho-salmão)
QUANTO TEMPO ANTES DA PHMETRIA DEVE-SE SUSPENDER O IBP?
4 - 5 DIAS ANTES DO EXAME
QUAL O PADRÃO OURO PARA O DX DE DRGE?
QUAIS SUAS PRINCIPAIS INDICAÇÕES?
QUAL A PRINCIPAL DESVANTAGEM DESSE EXAME?
Phmetria de 24horas
Indicações:
- Refratariedade ao tto em paciente com sintoma típico e EDA normal.
- Refratariedade ao tto em pacientes com sintomas atípicos respiratórios, ORL e dor.
Confirmação de DRGE antes da cirurgia anti refluxo.
- Refratariedade ao tratamento cirurgico.
Desvantagem: Não detecta o refluxo não ácido
Qual o valor de refrência da Phmetria de 24h?
pH < 4 em mais de 7% das medidas = DRGE.
QUAL É PROVAVELMENTE O “ NOVO PADRÃO OURO” PARA O DX DE DRGE??
Impedâncio-pHmetria de 24h.
Vantagem: Consegue pegar os refluxos não ácidos tmb
Quais as principais complicações da DRGE?
- Esofagite de refluxo
- Estenose péptica
- Úlcera esofágica
- Esôfago de Barret
- Sintomas respiratórios.
O QUE É O ESÔFAGO DE BARRET?
QUAL A SUA PRINCIPAL COMPLICAÇÃO?
É a metaplasia do epitélio escamoso estratificado do esôfago, pelo epitélio colunar (células caliciformes) INTESTINAL.
O diagnóstico é histopatológico!
Principal complicação: Adenocarcinoma esofágico (0,5% ao ano).
EM QUEM DEVE SER REALIZADO O RASTREIO DE ESÔFAGO DE BARRET?
1) Homem que apresenta DRGE por mais de cinco anos e ou:
2) Pirose e regurgitação + dois dos seguintes: Idade > 50 anos; Origem caucasiana; Obesidade central; História de tabagismo; História familiar positiva em parente de primeiro grau.
Quais as principais medidas comportamentais para o tratamento do refluxo?
- Elevar a cabeceira
- Perda ponderal
- Parar de fumar.
Como é feito o tratamento farmacológico de DRGE?
IBP em dose plena por 4 - 8 semanas. (Omeprazol 20 mg e Pantoprazol 40 mg/dia)
Alguns autores propõem dose dobrada de início para pacientes com maior gravidade (Savary-Miller III a V ou C e D de Los Angeles)
O que fazer caso o paciente não tenha melhora dos sintomas após 8 semanas de tto da DRGE?
Tratar por mais 8 semanas.
Alguns recomendam dose dobrada por mais 12 semanas em casos mais graves.
QUANDO INDICAR CIRURGIA PARA O TRATAMENTO DA DRGE NÃO COMPLICADA?
1) Pacientes que se julguem impossibilitados de dar seguimento ao tratamento clínico
2) Grandes volumes de regurgitação e sintomas aspirativos
3) Alternativa ao tratmento contínuo de manutenção em pacientes jovens.
4) DRGE associada à grande hérnia de hiato
A refratariedade ao tratamento com IBP não é necessariamente uma indicação cirúrgica! Devido à alta eficácia desses fármacos no controle da sintomatologia da DRGE, a refratariedade deve sugerir a pesquisa de outras etiologias como causadora dos sintomas. Somente após uma investigação detalhada e confirmação do refluxo a cirurgia poderá ser indicada.
Qual o tratamento cirúrgico de escolha para a DRGE?
Fundoplicatura esofagogástrica total (Nissen)
COMO É FEITO O TRATAMENTO DO ESÔFAGO DE BARRET DE ACORDO COM O ACHADO HISTOPATOLÓGICO?
1) Metaplasia sem displasia: Acompanhar com EDA a cada 3 - 5 anos.
2) Displasia de baixo grau: Ablação endoscópica (algumas referências aceitam vigilância anual).
3) Displasia de alto grau: Ablação endoscópica (a esofagectomia nesses casos está cada vez mais em desuso)
4) Adenocarcinoma invasivo: Ressecção cirúrgica com margem + Linfadenactomia.
COMO É FEITA A CLASSIFICAÇÃO DE LOS ANGELES PARA ESOFAGITE?
A: Uma ou mais erosôes até 5mm.
B: Uma ou mais erosões > 5mm, não contínuas entre os ápices de duas pregas esofágicas.
C: Erosões contínuas entre os ápices de pelo menos duas pregas, envolvendo 75% do esôfago.
D: Erosôes ocupando pelo menos 75% da circunferência do órgão.
SOBRE AS GASTROPATIAS HIPERTRÓFICAS:
- O QUE SÃO
- COMO SÃO CLASSIFICADAS E PRINCIPAIS CAUSAS
- Pregas gástricas de tamanho aumentado à EDA (>1cm)
- Hiperplásica x Não hiperplásica
- Hiperplãsica: Sd de Zollinger Ellison ou Doença de Menetrier; Por proliferação das células oxínticas
- Não hiperplásicas: H. pylori aguda; neoplasia; sarcoidose e gastrite eosinofílica.