Esofago Flashcards
Refluxo Gastroesofágico - DRGE
- Fluxo retrógrado do contendo gastroduodenal para o esófago e orgãos adjacentes > > causando sintomas e complicações
- Patogênia: tônus diminuído do EEI, peristaltismo inadequado, esvaziamento gástrico anormal, aumento da pressão abdominal, presença de hérnia de hiato
- Natureza do material refluido = acido, pepsina, sais biliares
- Sintomas clássicos : Pirose, regurgitação
- Sintomas atípicos: dor torácica retroesternal, tosse crônica, pneumonia de repetição, halitose, erosão dental
DRGE - Diagnóstico
- Clínico»_space; teste terapêutico
- EDA, manométrica esofágica, PH mestria de 24 hs, impedânciametria
*Se paciente jovem (<40 anos), com sintomas típicos de refluxo e sem sinais de alarme → pode-se iniciar terapia empírica de supressão ácida (IBP); caso insucesso → exames complementares
* Se houver sinais de alarme, fatores de risco para esofago de Barrett, sintomas atípicos ou refratariedade ao IBP, ou acima de 40-45 anos → Endoscopia Digestiva Alta → se não vier +, fazer manometria/ pHmetria
DRGE»_space; EDA
- EDA= faz diagnóstico de esofagite erosiva (embora DRGE pode ocorrer sem erosão)
-Classificação das esofagites (classificação de Los Angeles)
Grau A: lesões erosivas < 5 mm de extensão não confluentes
Grau B: lesões > 5 mm de extensão não confluentes, mas sem acometer o topo das pregas mucosas
Grau C: lesões > 5 mm de extensão, confluentes em algum grau, com comprometimento do topo das pregas mucosas < 75% da circunferência do esôfago
Grau D: lesões > 5 mm de extensão, confluentes, com comprometimento de, pelo menos, 75% da circunferência esofágica
*A DRGE é confirmada pela EDA quando: esofagite grau C ou D, esôfago de Barrett ou estenose péptica - Consenso de Lyon 2018
* Biopsia -D deve ser feita quando há alteração de mucosa vista na EDA
DRGE- Tratamento
*Antiácidos =hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio»_space; alívio no momento dos sintomas
*IBP = dose plena, sintomas típicos ttar por 8 a 12 semanas, sintomas atípicos ttar por até 6 meses
- Efeitos colaterais : aumento da atrofia gástrica, principalmente em pcts com H. Pylori (tratar H. Pylori antes)
*Antagonistas de receptores H2: Famotidina»_space; diminuição da produção de ácido → cicatrização de lesões
*Procinéticos: bromoprida, domperidona, metoclopramida
- aumento da motilidade do esôfago (melhoram clareamento esofágico) - ácido fica menos tempo no esôfago
*Tratamento Cirúrgico
- Geralmente indicado em doença complicada (esôfago de Barret ou estenose)
- pacientes jovens que respondem bem ao tratamento clínico, mas tem novamente os sintomas diante da parada de tomada de medicações, presença de hérnia hiatal OU doenças complicadas, principalmente se tem hipotonia do EEI
DRGE - Diagnósticos diferenciais
- Pirose funcional
- Esofagite Eosinofilica: EDA padrão de traqueização do esôfago. Dx através da biopsia
- Distúrbios motores do esôfago
DRGE - Complicações
Estenose
Esôfago de Barrett (mucosa se transforma em colunar - metaplasia intestinal - células caliciformes → predisposição ao adenocarcinoma)
Adenocarcinoma
Esôfago de Barrett
- Substituição da mucosa escamosa normal (escamoso pavimentoso) do esôfago distal, de qualquer extensão (Epitélio colunar com células caliciformes > 1 cm acima da junção esôfago gástrica - linha Z), visível à Endoscopia Digestiva Alta, por uma mucosa tipo colunar, e que a biópsia demonstre metaplasia intestinal
- Aparecimento de células intestinais (brancas) produtoras de muco → displasia → adenocarcinoma (leva anos
- Longa duração da DRGE ou hernia de hiato (pelo menos 5 anos a 10 anos)
Esôfago de Barrett - Patogenia
- Esfíncter inferior do esôfago anormal
< 2 cm: comprimento total (normal tem 3 cm)
< 1 cm: extensão intra-abdominal (alteração da posição - esfíncter intratorácico) → hérnia de hiato
< 6 mmHg: tônus pressórico (alteração do tônus) - Motilidade do corpo do esôfago anormal
Retardo do bombeamento do corpo do esôfago pode gerar esofagite ao longo de anos
ELA, EM, doenças do tecido conjuntivo
Esôfago de Barrett - Diagnostico
*EDA + Biopsia = Classificação de Praga
- Padrão anárquico de distribuição da metaplasia intestinal
- C: maior circunferência
- M: maior extensão
- Biópsia: evolução = Epitélio estratificado escamoso → Epitélio cilíndrico → Epitélio cilíndrico com células caliciformes → Displasia → Carcinoma invasivo
*Classificação antiga
Barrett curto (< 3 cm)
Barrett longo (> 3 cm): maior o risco de evolução para displasia → adenocarcinoma
Esôfago de Barrett - Seguimento
- Sem displasia/ Negativo para displasia
EDAs com biópsia
3 a 5 anos: Barrett curto
2 a 3 anos: Barrett longo
*Displasia indefinida
EDA com biópsia
6 meses
Revisão da lâmina por patologista experiente
*Positivo para displasia
Displasia de baixo grau
EDA com biópsia
6 meses
Revisão da lâmina por patologista experiente
Displasia de alto grau
*EDA com biópsia
Revisão da lâmina por patologista experiente
Ressecção endoscópica da lesão (EMR)
Ablação com radiofrequência (Área total)
EDA com biópsia 6 meses
Próxima etapas são: carcinoma in situ e depois câncer invasivo»_space;Esofagectomia ubtotal (Videotoracoscopia)
Reconstrução com tubo gástrico
Anastomose esofagogástrica cervical
Esôfago de Barrett - Tratamento
*Tratamento cirúrgico (melhor opção)
- Hiatoplastia + fundoplicatura → se não der certo, fazer gastrectomia
Restaura a função do EIE
Suprime o refluxo de conteúdo ácido gástrico ou biliar
*Técnica Fundoplicatura
Válvula 360 graus (Nissen - Rosseti)
Válvula 270 graus (Lynd)
Gastrectomia/ Antrectomia
Vagotomia troncular
Y de Roux
*Displasia de alto grau»_space;>tto endoscópico (mucosectomia ou ablação com radiofrequência
- melhores resultados com lesões ate 2cm»_space; quanto maior o tamanho maior o risco de desenvolver estenose
Esôfago de Barrett - Complicações pós-cirurgicas
- dificuldade para deglutir dieta espessa e sólidos, e a conduta inicial é expectante, com regressão da dieta para liquida e avalair a progressão
Megaesôfago
- Doença de Chagas
- Acalásia - disfagia funcional»_space; Reação inflamatória com destruição do plexo muscular → incoordenação das contrações (relaxamento da cárdia → retorno do alimento, broncoaspiração, halitose)
Megaesôfago - Diagnóstico
- Clínico: disfagia de longa duração
- Radiológico:
*Esofagograma - paciente ingere contraste e se realiza RX seriados
Grau I: até 4 cm de dilatação - não avançado
Grau II: 4,1 a 7cm - não avançado
Grau III: 7,1 a 10 cm - não avançado ou avançado
Grau IV: acima de 10 cm - avançado OU desvio do eixo do esôfago (aumento das fibras longitudinais) - bolsa com área de retenção do contraste
*Eletromanometria Convencional (padrão ouro): mais atual (mede a pressão do corpo do esôfago) - sonda que entra pelo nariz e vai para esôfago → mensuração do grau de contração do esofago e EEI
- relaxamento incompleto → acalásia
- ausência de relaxamento do EEI → Chagas
- Até 10/15 mmHg de força de contração: megaesôfago avançado (não há contração suficiente)
- Acima de 10/15 mmHg: não avançado
Megaesôfago - Tratamento
Cirurgia de Heller: miotomia (abrir a saída do esôfago com uma válvula com o estômago. Utiliza-se uma válvula tipo Toupet), secção da musculatura