Emergência Cirúrgica - Colelitíase e Colecistite Flashcards

1
Q

Arvore Biliar

A

PORÇÃO INTRA-HEPÁTICA
- ductos biliares interlobulres&raquo_space;ductos biliares coletores (fazem parte da tríade portal intra-hepática)&raquo_space; ductos hepáticos direito e esquerdo

PORÇÃO EXTRA-HEPÁTICA
- ducto comum&raquo_space; que recebe a direita o ducto cístico&raquo_space; formando DUCTO COLEDOCO (parte da tríade portal extra-hepática)

COLEDOCO: recebe o ducto pancreático e desemboca na papila duodenal maior no duodeno

PAPILA MAIOR (Ampola de Vate): esfíncter de Oddi (2cm) por ocorre o desague da junção do colédoco com ducto pancreático&raquo_space; para o intestino

OBS: o enchimento da vesícula biliar se dá por fluxo retrogrado

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2
Q

Triangulo de Calot

A

*Triangulo de Calot (conhecido como triângulo hepatobiliar): espaço anatômico, delimitado pelo o ducto hepático comum central, o ducto cístico lateral e a borda inferior do fígado.
- em seu interior passa artéria cística, ramo da artéria hepática direita acessória e presença Linfonodo de Mascagni

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3
Q

Colelitíase

*calculo amarelo = colesterol (decantamento da bile por estase)&raquo_space; mais comum em mulher, obesidade, bariátrica, >40a

*calculo preto = hemólise crônica (pacientes com anemia falciforme, esferitrocitose ou outras doenças hemolíticas)&raquo_space; risco de complicações mais graves

*calculo castanho = infecção (presente no coledocolitíase primaria)

A

Cir VPL: indicações cirúrgicas

  • presença de pedras (cálculo) no interior da vesícula biliar - cálculos de colesterol e/ou sais de Ca e/ou pigmentos
  • Fatores predisponentes: idade avançada, progesterona, gestação, obesidade, hiperlipidemia
  • Sintomas: desde de assintomática a cólicas biliares
    *Obstrução parcial do ducto cístico
    *Dor em hipocôndrio D - transitória q dura em media 6hs
    *Vesícula palpável
    *Dispepsia
    *Pirose, náuseas, epigastralgia
  • Complicação:
    1. Colicistite aguda
    2. Obstrução cística, colédoco ou papila
    3. Síndrome de Mirizzi: obstrução do ducto hepático comum ou do colédoco, secundaria a compressão extrínsecas devido a impactação de cálculos no infundíbulo da vesícula
  • Dx:
    USG: presença de cálculos (imagem hiperecogênica), com sombra acústica, e moveis; Dilatação das vias biliares; Coledocolitise associado em 15%
  • TTo:
    #Ácido ursodeoxicolico - casos não operáveis ou selecionados

*sintomas
*calculo <3cm;
*icterícia obstrutiva; aumento de FA,GGT e BT
*calculo preto
*pólipo + calculo
*pólipo isolado >1cm em >50a - VLP ou Aberta

*com colangio: calculo <3cm
*sem colangio

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4
Q

Indicação para colecistectomia em pacientes assintomáticos

A
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5
Q

Colicistite AGUDA

A
  • Inflamação da vesícula biliar (aguda, crônica ou aguda + crônica)
  • Obstrução do colo ou ducto cístico por cálculo
  • Acalculosa (menos frequente)&raquo_space; trauma grave, ascensão de bactérias do TGI, queimaduras, pós-op de grandes cir&raquo_space; mais fulminante
  • Patogênese: Lesão do epitélio mucoso por sais biliares (calculo ou estase)→ resposta inflamatória → dismotilidade, distensão e pressão → isquemia → favorece ação bacteriana
  • Morfologia: Empiema da vesícula ou Colecistite gangrenosa

Etiologia
- E. coli (aeróbio)
- Klebsiella (aeróbio)
- Proteus (aeróbio)
- S. faecalis (aeróbio)
- Peptostreptococcus (anaeróbio)
- C. perfringens (anaeróbio)
- B. fragilis (anaeróbio)

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6
Q

Colecistite CRONICA

A
  • Sequela de ataques de colecistite aguda (brandas)
  • Patogênese: obstrução facultativa (múltiplos episódios que vão causam fibrose na parede da vesícula biliar)
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7
Q

Colicistite AGUDA - Clinica

  • Faz parte das doenças que causam Abdome Agudo Inflamatório (Pancreatite Aguda, Diverticulite Aguda, Colecistite ou Colangite Aguda e Apendicite Aguda)
A
  • Clinica: dor em hipocôndrio D, náuseas e vômitos, febre
  • Exame fisico:
    Sinal de Murphy +: Interrompe a respiração profunda por conta da dor à palpação da vesícula = sinal clássico de colecistite
    Palpação dolorosa de Vesícula
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8
Q

Colicistite AGUDA - Diagnostico

A

Exames laboratoriais: para descartar colangite, pancreatite, doença hepática
- Hemograma: taxa de hemoglobina, leucócito
- Amilase: enzimas pancreáticas
- Lipase: enzimas pancreáticas
- Bilirrubinas: verificar obstrução dos canais biliares
- Transaminases: enzimas hepáticas

Métodos de imagem
*Ultrassonografia (melhor método - na dor)
- vesícula distendida + sombra acústica
- espessura da parede vesicular (>4mm)
- presença de coleções pericolecístics
- tamanho e mobilidade dos cálculos
- se não estiver móvel - sinal de processo de obstrução do cístico levando à colecistite aguda

*Tomografia computadorizada
Se USG duvidosa (ou na ausência de USG)

*Ressonância magnética
Se quadro fora do padrão

Critérios de TOKYO 2018

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9
Q

Colicistite AGUDA - Classificação de Tokyo

Pode ser usada para Colecistite e Colangite

A

Dx: Clinica, Labs e Imagem
A: Sinais de inflamação local: Murfhy, dor em QSD, massa
B: Sinais de inflamação sistêmico: febre, leucocitose, PCR alto
C: Sinais de imagem

A + B = suspeita
A + B + C = confirmação

*Grau I: sem complicação&raquo_space; VLP + ATBp

*Grau II: com complicação local &raquo_space; VLP especializado + ATBp
- Leuco >18000
- empiema (vesícula com pus)
- necrose
- perfuração (bloqueada)
- abscesso perivesicular
- peritonite

*Grau III: complicação sistêmica (difusa - perfurou e caiu bile em toda a cavidade = coleperitônio ou disfunção orgânica sistêmica)&raquo_space; ATBt + punção + estabilizar&raquo_space; VLP depois
- choque séptico
- falências orgânicas

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10
Q

Colicistite AGUDA - Tratamento

A

*Colecistite litiásica
CLÍNICO: quando há risco cirúrgico elevado (ex. cardiopatia descompensada, paciente renal crônico descompensado, DPOC que precisa de O2, etc)
- antibiótico (pela infecção)
- analgesia
- jejum (por conta dos sintomas vagais - distensão, vômito, etc)

CIRÚRGICO + CLÍNICO: indicado para todos os pacientes e aos que o tratamento clínico falhou
- Colecistectomia: retirada da vesícula
VLP (ideal <72hs)
laparotomia por incisão subcostal (incisão de Kocher)
laparoscópica
OBS: se passar de 72hs, pode fazer tecnica de esfriar o processo com ATB + VLP em 8 semans

COLECISTOSTOMIA: punção percutânea pelo fígado para pacientes que não toleram CIR

*Colecistite alitiásica = SEMPRE CIRÚRGICO

OBS: Trígono de Calot (triangulo hepático)é o referencial anatômico para o tratamento da colelitíase e colecistite

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11
Q

Complicações da Colecistite - Colecistite Enfisematosa

A
  • Presença de gas a parede da vesicula biliar (aerobilia)
  • Maior gravidade&raquo_space; mais comum em idosos e diabeticos&raquo_space; Clostridium perfringens
  • Melhor exame TC de Abdomem
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12
Q

Complicações da Colecistite - Colecistite Alitiiasica

A
  • Estase biliar por incapacidade de contração da vesícula&raquo_space; que leva ao aumento de pressão&raquo_space; isquemia
  • Grandes queimados, NPT, VM
  • Maior gravidade (enfisema, gangrena e perfuração0&raquo_space; UTI + febre + leucocitose inexplicada ou sepse de foco desconhecidos = pensar em Colicistite Alitiasica
  • Melhor exame = USG
  • Pct estável = Colecistectomia
  • Instável: Colecistostomia percutânea (trans hepática)
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13
Q

Complicações da Colecistite - Fístula Biliar

A

Sindrome de Mirizzi
- Compressão do ducto hepatico comum por calculo no infundibulo
- Ictericia + colecistite de repetição
- CPRE ou CTP (colangiotranhepativa) = Dilitação intra-hepatica acima do ponto cistico
- Tratmento: classificação de Csendes

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14
Q

Coledocolitíase

A

RESIDUAL: ate 2 anos pós CLV

PRIMARIA ou RECORRENTE: quando não houve CLV ou 2 anos pós CLV

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15
Q

Coledocolitíase

A

Quadro clinico:
- Ictérica flutuante
- Acolia
- Colúria
- Prurido
- Dor irradiada para dorso à D

Complicações
*Colangite&raquo_space; febre
*Pancreatite

Exame físico:
*Dor em hipocôndrio D - vesícula palpável
*Dispepsia
*Pirose, náuseas, epigastralgia

Dx:
- Colangioressonância sem contraste
- CPRE

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16
Q

Coledocolitíase - Abordagem

A

Paciente ALTO RISCO = CPRE
- USG com imagem de calculo + Icterícia
- Colecistectomia laparoscópica na mesma internação

Paciente RISCO MEDIO = ColangioRNM
- USG com colédoco >5mm sem ver calculo
- Historia de colicistite, pancreatite ou colangite
- aumento de enzimas canaliculares ou Bilirrubinas

Paciente BAIXO RISCO = Colangio Intraoperatório

ABORDAEM CIRURGICA = Derivação Biliodigestiva
- Colédoco >1,5 - 2 cm
- Múltiplos cálculos >6 no colédoco
- Litíase intra-hepática
- Coledocolitíase primária

17
Q

Q. de Prova: Cisto Coledoco Congenito

A
  • cistos de colédoco são lesões incomuns e na sua maioria congênitas, apesar de o diagnóstico ser frequentemente realizado na vida adulta
  • explicados por **uma junção anômala entre o ducto colédoco e o ducto pancreático principal (ducto de Wirsug), que ocorre em uma localização superior à normal
  • com um ducto comum mais longo, as secreções pancreáticas e biliares, por um processo de autodigestão, são responsáveis por enfraquecer esse ducto e promover a sua dilatação com o passar do tempo, formando os chamados “cistos” (dilatações) de colédoco.
18
Q

Q. Prova: drenagem de bile após colecistectomia

A
  • lesão de via biliar principal ou do ducto cístico durante o procedimento cirúrgico ou vazamento biliar pelo ducto acessório de Luschka&raquo_space; drenagem de alto volume pelo dreno
  • dx: Colangio RMN (estudo da via biliar para identificar o tipo de lesão)
  • TTO: se a fistula estiver orientada o TTO pode ser clinico endoscópico com papiloma e passagem de prótese biliar ou se for necessário reabordagem

Dreno de Kehr - pode permanecer por 14 dias e para sua retirada é importante fazer colangiografia