DPOC Flashcards

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1
Q

Qual a tríade de sintomas clássicos do DPOC?

A

1) Tosse crônica
> Pode ser o primeiro sintoma e muitas vezes é confundido pelos pacientes como a tosse causada pelo cigarro, retardando o diagnóstico

2) Dispneia (progressiva, persistente e que piora com esforço)
3) Expectoração –> atentar principalmente para a variação de quantidade e de coloração

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2
Q

VERDADEIRO OU FALSO

“No exame físico do paciente com DPOC, em geral não há presença de estertores crepitantes”

A

VERDADEIRO

–> Nessas condições deve-se pensar em diagnósticos diferenciais (ex.: pneumonia, edema pulmonar)

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3
Q

Como se dá o diagnóstico espirométrico da DPOC?

A

VEF1/CVF < 0,7 - PÓS BRONCODILATADOR

VEF1 = volume expirado forçado no 1º segundo
CVF = Capacidade vital forçada
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4
Q

Como são as curvas típicas de espirometria (fluxo x volume / volume x tempo) do paciente com DPOC em comparação a um paciente normal?

A

Na curva FLUXO x VOLUME:

  • Curva mais côncava
  • Pico de fluxo baixo
  • Tamanho (na horizontal) curto -> pois o volume expirado é reduzido

Na curva VOLUME x TEMPO:

  • Curva longa (tempo expiratório prolongado)
  • Curva baixa (pois o volume é reduzido)
  • VEF1 reduzido
  • Não forma platô típico
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5
Q

Qual o parâmetro mais importante da espirometria, capaz de avaliar prognóstico?

A

VEF1

-> É um marcador de mortalidade e possui razoável correlação com gravidade dos sintomas

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6
Q

Como classificar a gravidade da DPOC em estágios (de acordo com o GOLD)?

A

Utiliza-se os valores previstos de VEF1 pós-broncodilatador:

** ESTÁGIO 1 (branda) : VEF1 ≥ 80%

** ESTÁGIO 2 (moderada): entre 50-79 %

** ESTÁGIO 3 (grave): entre 30-49%

** ESTÁGIO 4 (muito grave) : VEF1 < 30% ou presença de insuficiência respiratória crônica

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7
Q

Qual a importância do eosinófilo sérico no tratamento da DPOC de acordo com o GOLD 2019?

A

Para a definição da necessidade de uso de corticoide inalatório.

Pacientes com Eosinófilos > 300 podem se beneficiar do seu uso, enquanto pacientes com eosinófilos < 100 não.

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8
Q

Como deve ser o tratamento, resumidamente, para o DPC de acordo com cada estágio (A, B, C e D)?

A

A - Broncodilatador (curto ou longa)

B - Adicionar um LABA ou um LAMA

C - LAMA (se mostrou superior ao LABA nesses pacientes)

D - LAMA ou LABA + LAMA (se muito sintomático) ou ainda LABA + CI (se eosinófilos > 300)

Exemplos de:
*SABA = fenoterol, salbutamol

  • anticolinérgicos de curta ação = brometo de ipratóprio
  • LABA = formoterol, salmeterol
  • LAMA (anti-muscarínicos/anticolinérgicos de longa ação) = tiotrópio, glicopirrônio
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9
Q

VERDADEIRO OU FALSO

“As xantinas não fazem mais parte do tratamento do DPOC”

A

VERDADEIRO

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10
Q

VERDADEIRO OU FALSO

O tratamento farmacológico do DPOC, apesar de melhora dos sintomas, NÃO altera mortalidade”

A

VERDADEIRO

OBS: A única coisa que melhora sobrevida, em pacientes que necessitam, é o uso de O2 domiciliar!

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11
Q

A partir de qual estágio (A, B, C, D) está indicado a reabilitação pulmonar?

A

A partir do estágio B

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12
Q

Quais as indicações do uso de O2 domiciliar?

A

Formalmente indicada:

 - PaO2 ≤ 55%
 - SatO2  ≤ 88%  - -> com ou sem hipercapnia

OU

Cor pulmonale ou policitemia + :

 - PaO2 56-59%
 - SatO2 88-90%
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13
Q

Como se dá, resumidamente, o diagnóstico clínico da EXACERBAÇÃO do DPOC (sintomas cardinais)?

A
  • Piora da dispneia
  • Aumento da expectoração
  • Aumento da purulência do catarro

OBS: A presença dos três é grau B de evidência para o uso de ATB!! A presença de 1 ou 2 é grau C (na prática se usa sempre)

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14
Q

Qual o principal fator de risco para exacerbações no DPOC?

**OBS: lembrar que FR é diferente de causa

A
  • Exacerbação prévia!

Outros:

  • Inatividade física
  • DRGE
  • Cardiopatia grave
  • Obstrução grave (VEF1 < 35%)
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15
Q

Como tratar uma exacerbação por DPOC?

A

–> Mnemônico do abraço: ABCO

  • Antibiótico 5 a 10 dias
    > Se suspeita de infecção por Pseudomonas, usar quinolona respiratória!
  • Broncodilatador –> ex.: Fenoterol (Berotec) 10 gotas + Ipratrópio (Atrovent) 40 gotas, de 4/4h
  • Corticoide sistêmico –> ex.: prednisona 40mg 5 a 7 dias (sem necessidade de desmame)
  • Oxigênio –> manter SatO2 entre 88-92% (usar VNI se necessário)
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16
Q

Quais as 3 bactérias mais envolvidas na exacerbação do DPOC, em ordem decrescente de prevalência?

A

1º) Haemophilus influenzae (20-30%)
2º) S. pneumoniae
3º) Moraxella catarrhalis

Outras: P. aeruginosa, Chlamydophila pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae

MACETE: lembrar que são as mesmas bactérias que causam otite média aguda!

17
Q

Quais os fatores de risco para exacerbação por Pseudomonas na DPOC?

A
  • P. aeruginosa em exacerbação prévias
  • VEF1 < 50%
  • ATB > 4 cursos/ano
  • Hospitalização prévia (> 2 dias nos últimos 90 dias)
  • Bronquiectasias

–> Nesses casos, usar quinolonas!

18
Q

Quando pensar em DPOC por deficiência de alfa-1-antitripsina?

A
  • DPOC em jovens (< 40a)
    • DPOC em não fumantes e sem exposição ocupacional
    • Alterações hepáticas concomitantes (a maior parte da enzima é produzida no fígado)
    • Enfisema predominante em bases pulmonares (o enfisema do tabagismo predomina em lobos superiores!)
    • Pacientes com história familiar de enfisema e/ou cirrose sem explicação (principalmente em idades precoces)

OBS: Alfa-1-antitripsina é uma enzima que degrada a elastase (é uma antiprotease). Por isso sua deficiência está relacionada ao desenvolvimento de enfisema.

19
Q

Qual a principal causa de exacerbação no DPOC?

A
  • Infecção bacteriana (50%)

OBS: Infecção viral -> 25%
Alérgenos -> 5%

20
Q

VERDADEIRO OU FALSO

“Para pacientes com DPOC, está indicada vacinação anual antipneumocócica, para influenzae e Haemophilus”

A

FALSO

Os guidelines não citam como obrigatória a vacinação para HEMÓFILO (as vacinas antipneumocócicas e anti-influenzae são formalmente indicadas!)

21
Q

Como dividir a DPOC em graus (A, B, C e D)?

A

C D
A B

Nas LINHAS: histórico de exacerbação no último ano (0-1 sem hospitalização ou 1 com hospitalização ou 2 sem hospitalização)

Nas COLUNAS: gravidade da dispneia (mMRC 0-1 ou 2+; CAT < 10 ou +10)