Clm 12 - Dispneia Flashcards
Manifestações clínicas TEP
Evento SÚBITO
Dor torácica (pleuritica)
Hemoptise
Sibilância
Taquipneia (principal sinal)
Dispneia (principal sintoma)
Se grave: TEP maciço -> hipotensão; cor pulmonale
Alterações do ECG
+ específica: S1Q3T3 (S em D1/Q em D3/T invertida em D3)
+ comum: taquicardia sinusal
Rx tórax
Sinal de westermark (oligoemia localizada) -> + preto
Corcova de Hampton (hipotransparencia triangular periférica)
Ecocardiograma
Disfunção de VD (pior prognóstico)
Marcadores
^ BNP e troponina = pior prognóstico
D-dimero: expectativa é estar elevado
Escore de Wells
Episódio prévio de TVP/TEP (1,5)
Malignidade (1)
Batata inchada (3)
sem Outro diagnóstico mais provável (3)
Lung bleeding - hemoptise (1)
Imobilização/cirurgia recente (1,5)
Alta FC (>100) (1,5)
Algoritmo diagnóstico
Na suspeita, faz o escore de wells
Se escore baixo, (<=4), faz d-dimero
Se d-dimero baixo, sem TEP
Se d-dimero alto, fazer imagem para confirmar
Se escore alto (>4), imagem direto
Qual exame de imagem?
AngioTC
Cintilografia
Doppler MMII
Arteriografia (p ouro)
Tto: sempre? Maciço? CI ou falha?
Anticoagulação >= 3 meses
Maciço: tbm faz trombólise até 14º dia - interrompe infusão da heparina antes do trombolítico
CI ou falha
Da anticoagulação: filtro de VCI
Da trombólise: embolectomia
Como fazer anticoagulação?
- Heparina + varfarina juntos (suspender heparina com 2INRs entre 2-3)
- Heparina 5d depois dabigatrana 150mg 2x/d
- Rivaroxabana 15mg 2x/dia (sem heparina)
Embolia gordurosa: fisiopatologia? Fatores de rosco?
FR: fraturas de ossos longos e pelve (fêmur, bacia), após osteomielite, pancreatite, anemia falciforme, lipoaspiração, NPT, by-pass cardiopulmonar
Micropartículas de gordura na circulação geram obstrução + vasculite (12-72h), no pulmão causam hipoxemia, no SNC alterações neurológicas e na pele rash petequial.
Embolia gordurosa: tto? Prevenção?
Suporte +/- metilprednisolona (?)
Tto ortopédico precoce
Parâmetros espirometria; exemplos de doenças
Pelo menos 2 exames espirometricos separados para firmar o diagnóstico
VEF1/CVF <70% = Dça obstrutiva
Obstrutivo (asma, dpoc): VEF1 muito diminuído, CVF diminuído, VEF1/CVF diminuído
Restritivo (pneumopatias intersticiais difusas): VEF1 diminuído, CVF diminuído, VEF1/CVF variável
Asma x DPOC
Asma tem prova broncodilatadora positiva, ou seja, há aumento de >200mL no VEF1 ou >12% após broncodilatador
Asbestose x silicose
Asbestose: amianto; construção civil, demolição, caixas d’água
Silicose: sílica; pedreiras, vidro/areia; aumenta risco de infecção por tuberculose. Rx com infiltrado e fibrose em zonas superiores; linfonodos com calcificação periférica (em casca de ovo)
Pneumopatias intersticiais difusas
Geram restrição
Fibrose Superior: Silicose, Sarcoidose
Fibrose Inferior: fibrose pulmonar Idiopática
Mesotelioma
Tx primário mais comum da pleura
Fr: Asbestose
Rx: “sinal da silhueta”
DPOC: definição e fisiopatologia?
Obstrução crônica e geralmente irreversível
2 mecanismos:
- Bronquite crônica obstrutiva (inflamação/fibrose)
- Enfisema pulmonar (enzimas proteoliticas)
Fatores de risco?
Tabagismo (pelos 2 mecanismos)
Deficiência de alfa-1-antitripsina (só enfisema)
Manifestações clínicas
- Obstrução ao fluxo de ar (hiperinsuflacao - entra, mas sai pouco)
- Hipoventilacao alveolar (MV reduzido): aumenta retenção de CO2, diminui O2 (dispneia, cianose..)
- Cor pulmonale (pela hipoxemia crônica)
Critérios cardinais de exacerbação (Gold)
Piora da dispneia
Aumento do volume e piora da qualidade do escarro, que se torna purulento
Principais germes envolvidos na exacerbação
H influenzae, S pneumoniae, M catarrhalis;
história de internações: pseudomonas aeruginosa
Consuta exacerbações
A B C D
Atb por 5-7 dias SE: escarro purulento, VNI ou IOT
Broncodilatador de curta: B2 agonista (SABA) e/ou anticolinérgico (ipratrópio)
Corticoide sistêmico por 5-7 dias (prednisona VO ou metilprednisolona IV)
Dar O2:
- O2 suplementar (satO2 88-92%)
- VNI: ph <=7,35 e Pco2 >=45, hipoxemia persistente, sinais de fadiga
- IOT: perda de consciência, falha VNI, instabilidade hemodinâmica
Estadiamento DPOC
VEF1
I: >=80%
II: 50-79%
III: 30-49%
IV: <30%
Grupos DPOC
Grupo A: < 2 agudizacoes/ano e sintomas
Grupo C: > 2 agudizacoes/ano e 2 agudizacoes/ano e > sintomas
Terapia de manutenção
Para TODOS: parar de fumar + vacina (pneumococo, gripe, covid, coqueluche) + avaliar O2 domiciliar + broncodilatador SOS
A: só broncodilatador SOS ou broncodilatador de longa
B: broncodilatador de longa (B2 agonista LABA) + reabilitação
C: broncodilatador de longa (anticolinérgico - LAMA) + reabilitação + corticoide inalatório se ^ eosinofilia
D: broncodilatador de longa (anticolinérgico - LAMA ou LABA) + reabilitação + corticoide inalatório se ^ eosinofilia
Indicações O2 domiciliar
> 15h/dia
- PO2 <=55 ou SaO2 <= 88%
- PO2 56-59 + Ht >55% ou cor pulmonale
Deve-se avaliar esses parâmetros em paciente estável e em repouso, não dá pra avaliar no momento da agudização!
Asma: definição e fisiopatologia
Inflamação crônica com episódios reversíveis de hiperreatividade brônquica (crises asmáticas)
Vias aéreas cronicamente inflamadas -> hiperreatividade a estímulos -> broncoespasmo -> obstrução
Diagnóstico asma
1- Obstrução (VEF1/CVF <70%; porém aceita-se <75-80% em adultos e <86% em crianças)
+
2- Variação
Prova broncodilatadora +
Broncoprovocação (diminui VEF1 com metacolina)
Variação do pico de fluxo expiratório
Classificação crise asmática
Leve a moderada: PFE >50%; paciente bem
Grave: PFE <=50%; alcalose respiratória; frases incompletas; FC>120bpm
Muito grave: sonolência; confusão
mental; acidose respiratória; sem sibilos; MV abolido
Tratamento crise
A B C D
Anticolinérgico de curta (ipratrópio): se não teve melhora ou crise grave/muito grave
B2 agonista de curta (SABA): 4-10 puffs 20-20min (3x em 1h)
Corticoide sistêmico (iniciar na primeira hora)
Dar O2: para alvo de SatO2 93-95% em adultos e 94-98% em crianças
Na hora da alta..
Manter corticoide oral por 5-7 dias (criança 3-5 dias)
Tto crônico: aumentar step por 2 semanas ou iniciar
Consulta de acompanhamento em 2-7 dias (criança 1-2 dias)
Classificação de controle: parâmetros
A B C D (nas últimas 4 sem)
Atividades limitadas?
Broncodilatador de alívio >2x/sem?
Calada da noite (sintomas noturnos)?
Dia (sintoma diurno) >2x/sem?
Nível de controle:
-Controlada=0
- Parcialmente controlada=1-2
-Não controlada=3-4
Por qual etapa iniciar um tratamento?
Etapas 1/2: clínica eventual (<2x/mês) ou infrequente (>=2x/mês)
Etapa 3: clínica frequente (4-5d/sem); noturna
Etapa 4: quando a apresentação é com crise
Terapia SOS?
CTC inalatorio em baixas doses + formoterol (“bud-form”)
Opção pro adulto/ preferencial pra criança: CTC inalatorio em baixa dose + B2 de curta (<12a)
Etapas 1/2 (leve)
Apenas SOS
Opção pro adulto e preferencial pra criança: CTC in dose baixa na etapa 2
Etapa 3 (moderada)
Uso crônico de:
CTC in baixa dose + B2 de longa
Etapa 4 (moderada)
CTC in dose média + B2 de longa
Etapa 5 (grave)
Encaminhar ao especialista: CTC inalatorio dose alta, tiotropio, anti ige, il6,il4, azitromicina…..
Seguimento
Controle mantido por 3 meses = diminui uma etapa
Parcialmente controlada = sobe uma etapa
Não controlada = sobe uma etapa
Checar adesão sempre
Fibrose cística: genética?
Doença autossômica recessiva (mutação DF508)
Mutação no gene da proteína CFTR
Consequência: acúmulo de secreções espessas em vários epitelios corporais
Clínica
Respiratória: infecções de repetição, pólipos nasais, bronquiectasias…
Gastrointestinais: diarreia crônica (insuficiência pancreática exócrina) -> no RN há mecônio espesso (obstrução intestinal por íleo meconial), esteatorreia, diabetes
Diagnóstico
Teste do pezinho (dosagem de tripsina imunorreativa - IRT)
Se positiva, nova dosagem após 2 semanas
Se nova dosagem positiva, fazer teste de eletrólitos no suor (^ cloreto) em 2 dias diferentes e/ou análise de DNA (mutação DF508)
Sarcoidose: clínica? Definição e etiologia? HPt? Complicações?
Quadro respiratório arrastado + exame radiológico com infiltrados intersticiais superiores + adenomatosos hilar bilateral + lesões cutâneas
É uma doença granulomatosa multissistemica, de origem desconhecida
Hpt: granulosas não-caseosos
Complicações: neuroendócrina (diabetes insipidus), envolvimento meníngeo (meningite asséptica), neuropatia periférica, mielopatia, radiculopatia, convulsões, paralisia facial periférica, mononeuropatia craniana