Câncer de esôfago Flashcards
Tumores benignos
Raros: 0,5% a 0,8% dos tumores do esôfago
Mais comuns são os leiomiomas
Mais comum em terços médio e distal
Disfagia ou dor só em tumores acima de 5 cm pelo fato de a distensibilidade do esôfago não estar comprometida
Ultrassonografia endoscópica confirma o diagnóstico pela tumoração em camadas mais profundas Tratamento: excisão cirúrgica quando Sintomáticos ou maiores de 2 cm –> Tendência atual mais conservadora: Seguimento com EDA-USG mesmo em tumores maiores que 2 cm
Epidemiologia
8º mais incidente no mundo
6ª causa de morte por câncer no mundo
No Brasil, é o 6º mais incidente no homem
A sobrevida em cinco anos é baixa, por volta de 15% a 25%
Mais homens que mulheres (3 a 5:1)
Pico de prevalência: 5ª e 6ª décadas Países como China, Japão, Irã, Ásia Central e Chile
No Brasil → região Sul
Maioria → carcinoma espinocelular (CEC)
Carcinoma epidermoide X Adenocarcinoma
CARCINOMA EPIDERMOIDE (ESPINOCELULAR) Mais comum Terço médio
ADENOCARCINOMA Associação com refluxo e Barrett Terço distal
Carcinoma epidermoide – decrescendo: Diminuição do tabagismo e etilismo
Adenocarcinoma – aumentando: Obesidade e sobrepeso
Equilíbrio CEC/Adenocarcinoma
Qual é a epidemiologia do CEC?
Fatores demográficos: homens, áreas urbanas, classes socioeconômicas inferiores
੦ Tilose (hiperceratose palmoplantar e papilomatose de esôfago)
੦ Fumo e álcool
੦ Fatores dietéticos: componentes nitrogenados, toxinas fúngicas, baixos níveis de Selênio e Zinco
੦ Doenças esofágicas prévias: acalasia, estenose cáustica
੦ HPV
੦ Alimentos em altas temperaturas
Qual é a epidemiologia do adenocarcinoma?
Brancos / Negros: 5/1
Homens / Mulheres: 8/1
੦ Doença do refluxo: Barrett, Esofagite de longa data
੦ Tabagismo e etilismo
੦ Obesidade e síndrome metabólica: efeito próinflamatório (citocinas)
Qual é o desafio do diagnóstico?
Maioria faz diagnóstico em estágio tardio
Identificar o câncer em sua fase inicial é um desafio pois são poucos sintomas.
O que é o esôfago de Barret?
É o estágio final da DRGE 7 a 10% dos portadores de DRGE
Substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago por epitélio colunar com células tubulares (intestinais)
5 a 10%/ano progridem para displasia
0,1 a 0,5% ao ano para adenocarcinoma (40 vezes mais que a população normal)
Importância de acompanhar esses pacientes com EDA periodicas
Quadro clínico
Disfagia rapidamente progressiva → sólidos → pastosos → líquidos (a disfagia demora para se instalar, mas quando isso acontece é de maneira rápida)
Odinofagia
Sialorreia
Regurgitação
Hematêmese, melena
Caquexia, perda de peso
Tosse, cornagem, rouquidão –> quando isso acoentece já pensar em quadro mais grave que acomete o nervo reponsável pelas cordas vocais
Invasão nervo laríngeo recorrente
Como fazer diagnóstico e estadiamento?
EDA com biópsia
EED (raio-x contrastado)
TC cervical, torácica e abdominal
USG endoscópico
Broncoscopia PET-CT
Videolaparoscopia / toracoscopia
Raio-x contrastado
Estreitamento da luz
Dilatação proximal
Fístula traqueoesofágica
Útil em neoplasia obstrutiva
Avalia extensão do tumor
Quais são exames que ajudam no estadiamento?
TC de tórax
TC de abdome
Broncoscopia e laringoscopia: tumores de terços médio e superior
Ecoendoscopia: infiltração de parede e metástase linfonodal
Videocirurgia
PET CT: vêo metabolismo da glicose
Ângulo de picus
Formado entre a aorta e o esôfago
Se < 45 existe menor relação entre as estruturas
se > 90 a relação entre as estruturas provavelmente torna o tumor inoperável.
Quais são os sinais de doença avançada?
Pneumonia aspirativa
Rouquidão (infiltração de nervo laríngeo recorrente)
Tosse durante deglutição (fístula esofagotraqueal) Insuficiência respiratória (infiltração de traqueia)
Ascite – carcinomatose
Como classificar o T?
Tumor primário (T)
Tx – indeterminado
T0 – sem sinais de tumor primário Tis – carcinoma in situ T1 – mucosa ou submucosa
੦ T1a- lâmina própria ou muscular da mucosa
੦ T1b- submucosa
T2 – muscular própria
T3 – adventícia
T4 – estruturas adjacentes ੦ T4a- pleura, pericárdio, ázigos, peritônio, pericárdio
੦ T4b- aorta, vértebras, via aérea
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Como definir o estadiamento?
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Como é a classificação de siewert?
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Quando é feito tratamento paliativo?
Irressecáveis: tumor está muito relacionado com estrutura importante
Inoperáveis: paciente não tem condições clínicas de passar por cirurgia
Metástases
Envolvimento da aorta
Nervo laríngeo recorrente
Fístula esofagotraqueal/brônquica
Como fazer o tratamento paliativo?
Aliviar a disfagia
Nutrir e limitar a hospitalização
Dilatação/prótese: fístula traqueoesofágica
Radioterapia: alivia a disfagia em 80%, terapia fotodinâmica, laser
Paliação cirúrgica interposição de estômago ou cólon, alta mortalidade
Tratamento cirúrgico
A cirurgia é o principal tratamento
Avaliar o estado nutricional
Suporte nutricional prévio por SNE, mínimo 15 dias Avaliar funções pulmonar e cardíaca (fisioterapia respiratória) Etilistas e tabagistas → patologias respiratórias, cardíacas e hepáticas associadas
Tratamento de acordo com o tumor
Tumor precoce (apenas 5% dos casos)
੦ Cirurgia → esofagectomia
੦ Mucosectomia endoscópica?
Tumor não avançado ੦ Esofagectomia + quimiorradioterapia adjuvante
TUMOR AVANÇADO
Ressecável
Quimiorradioterapia neoadjuvante Reestadiamento com TC Cirurgia → esofagectomia
Irressecável ou inoperável
Quimiorradioterapia isolada?
Como é a cirurgia?
ESOFAGECTOMIA EM 3 CAMPOS
Laparotomia mediana
Toracotomia direita
Cervicotomia esquerda
Linfadenectomia Agressiva → respeita os princípios oncológicos
ACESSO TRANSMEDIASTINAL Não completa linfadenectomia
Para casos muito iniciais ou paliativos
Reconstrução com tubo gástrico
Qual a funcionalidade da radioterapia?
Isolada é apenas paliativa, melhora na obstrução
Pré-operatória reduz o volume do tumor, controla invasão local, reduz risco de disseminação na cirurgia
Pós-operatória destrói células residuais se margens positivas
Qual a funcionalidade da quimio
Como tratamento único, é a menos eficaz
Mais utilizada no pré-operatório, isolada ou com radioterapia para tratar micrometástases e melhorar ressecabilidade
APESAR DA FALTA DE DADOS CONVINCENTES, A TERAPIA COMBINADA COM QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA PRÉ-OPERATÓRIA SEGUIDA DE RESSECÇÃO É TIDA COMO TERAPIA-PADRÃO NA MAIORIA DOS CENTROS
Quais sçao as complicações?
Pulmonares
Lesões cirúrgicas fatais
Traqueia, aorta
Lesão do nervo laríngeo recorrente
Lesão do ducto torácico
Sangramento (trans-hiatal)
Deiscência de anastomose ou fístula (5-10%) sefor na regiçao Intratorácica pode resultar em Mediastinite → sepse
Cervical: boa evolução (dreno)
Como é oprognóstico de acordo como estágio?
Global (todos os estádios): 20-25%
੦ Estádio 0: 75%
੦ Estádio I: 50%
੦ Estádio IIa: 40%
੦ Estádio IIb: 20%
੦ Estádio III: 15%
੦ Estádio IV: <5%