Arritmias Cardíacas Flashcards
Qual a definição e características da FA?
Arritmia cardíaca sustentada mais comum na prática clínica Arritmia supraventricular em que não há sístole atrial por completa desorganização na atividade elétrica atrial. Prevalência aumenta com a idade (média de idade 75a) Mais prevalente no sexo masculino
Como é o ECG na FA
ausência de onda P , que é substituída por um tremor de alta frequência na linha de base Intervalo R-R irregular
A frequência ventricular está relacionada à condução intrínseca do nó AV e ao uso de drogas (beta- bloqueadores, inibidores dos canais de cálcio, digitálicos)
Quais são fatores de risco para a fibrilação atrial?
HAS / DM / IAM / IC Obesidade / apneia obstrutiva do sono / Bebidas alcoólicas / exercício físico / história familiar / fatores genéticos
Qual a influência da ingesta alcoólica com a atividade cardíaca?
O metabólito direto do álcool –> acetaldeido pode causar aumento da atividade simpática, efeito inibitório dos canais de sódio, aumento de ácidos graxos livres no plasma, aumento da atividade parassimpática, o que interfere na condução cardíaca
Como é a história clínica de paciente com FA?
Palpitações, síncope, dispneia, fadiga, dor torácica e tontura, primeira manifestação de evento tromboembolico
FA ocasiona piora na função ventricular esquerda e na qualidade de vida
Como é o escore para definir a necessidade de anticoagulação?
C ongestive heart failure 1 H ypertension 1 A ge> 75 2 D iabetes mellitus 1 S troke/ transient (AVC ou AIT) 2 V ascular disease (IAM, placa em aorta, doença arterial periférica)1 A ge 65-74 1 Sex category (sexo feminino) 1
Como interpretar a pontuação do chads vasc?
0 sem indicação de terapia antitrombotica 1 terapia antitrombotica pode ser instituída, levando-se em conta o risco de sangramento 2 ou mais tem indicação de terapia antitrombotica (IA)
Qual o escore para avaliar o risco de sangramento?
H ypertension A bnormal (alteração da função renal ou hepática) S troke (AVC) B leeding L abile (labilidade do INR) E lderly (> 65) D rugs escore maior que 3 indica maior risco de sangramento mas não contraindica ACO
Qual é a classificação de fibrilação atrial?
Paroxística: episódio de FA com duração < 7dias Persistente : episódio de FA que duram > 7 dias Persistente de longa duração: episódios que duram mais de 1 ano Permanente: episódios em que a cardioversão falhou ou optou-se por não reverter FA não valvar
Quais drogas antiarrítmicas são usadas na FA?
Se a presença de doença cardíaca estrutural como ICC vai usar amiodarona e pode optar pela ablação Se não houver doença cardíaca estrutural pode ser usado o sotalol
Quais são os efeitos adversos mais comuns das drogas antiarrítmicas?
Propafenona: gosto metálico; visão borrada; náuseas, constipação, tontura, depressão moderada da contratilidade miocárdica Sotalol: por aumentar o intervalo QT pode causar torsades de pointes, bradicardia, fadiga, astenia, dispneia e tontura Beta-bloq: bradicardia, broncoespasmo, fadiga, depressão e pesadelos Amiodarona: pneumonite, hipo ou hipertireoidismo, depósitos em córneas com alterações visuais, fotossensibilização, tremor, insônia, ataxia, IC, bradicardia, hepatite medicamentosa, alteração do metabolismo dos triglicérides e glicídios, coloração azulada da pele.
Em quais casos de FA a ablação por cateter está indicada?
Paciente sintomática, com FA paroxística, refratária ou intolerante a pelo menos uma droga AA (classe I) Paciente sintomática, com FA persistente, refratária ou intolerante a pelo menos uma droga AA asse IIA FA paroxística sintomática como primeira terapia antes de drogas AA IIA NÃO está indicado em pacientes que não podem ser tratados com anticoagulante durante e após o procedimento (a ablação pode causar fibrose que dependendo de sua localização pode alterar a condução e favorecer a formação de trombos)
Propafenona, sotalol e amiodarona podem ser usados para evitar a recorrência de FA?
SIM
Beta-bloq e bloqueadores de canais de cálcio são utilizados para quê?
Controle da resposta ventricular
Amiodarona pode ser usada no controle da resposta ventricular em uso de anticoagulantes?
SIM
Digoxina, verapamil, diltiazem ou beta-bloq podem ser usados na presença de pré-excitação ventricular e FA?
NÃO
Propafenona pode ser usada para controle do ritmo em pacientes com disfunção do VE?
NÃO
Como definir o tratamento para controle de ritmo em pacientes que não possuem alteração estrutural?
Como proceder a cardioversão em pacientes com FA?
Como faz o seguimento pós cardioversão?
Paciente com FA não valvar que tenha indicação de terapia antitrombótica pode utilizar quais drogas?
varfarina ou algum novos anticoagulantes orais (dabigatrana, rivaroxabana, apixabana, edoxabana) classe I
Pacientes com FA não valvar com indicação de terapia antitrombótica e contraindicação ao uso de ACO podem usar o quê?
AAS e clopidogrel
Para pacientes com FA valvar qual é a droga de escolha?
apenas varfarina
Como é o uso de anticoagulantes em pacientes oncológicos ou com trombocitopenia?
Como definir a instabilidade clínica?
presença de dor precordial, hipotensão e congestão pulmonar
Quais são as causas de FA?
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Quais são os chados clínicosem pacientes com FA?
Dispneia ocasionada por edema pulmonar, hipotensão e síncope ocorrem por conta da perda da contração atrial associada à frequência ventricular elevada, comprometendo a diástole ventricular e o débito cardíaco.
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Em quais casos a FA pode se manifestar com QRS largo?
Na presença de condução anormal: bloqueio de ramo prévio ou relacionado a alta frequência cardíaca) Na presença de via acessória (pré-excitação)
Pré-excitação
fibras anormais, congênitas, conectam o átrio ou a junção AV ao ventrículo, fora do sistema His-Purkinje. O impulso elétrico será transmitido sem o retardo do NAV, e haverá um by-pass com ativação elétrica prematura do ventrículo. A pré-excitação ventricular determina três principais alterações no ECG: (figura 1)
Intervalo PR curto, menor do que 120 ms nos adultos ou 90 ms nas crianças;
QRS alargado (duração maior do que 120 ms), com um empastamento em sua porção inicial (onda delta) e porção final normal; tal padrão acontece por uma fusão entre a ativação inicial causada pela pré-excitação (com condução intraventricular lenta fibra a fibra) e a ativação final, pelo sistema especializado His-Purkinje.
Alterações secundárias do ST-T, geralmente opostas à polaridade da onda delta.