T9- Doenças desmielinizantes e Infecciosas do SNC Flashcards
Doenças desmielinizantes do SNC
- As doenças desmielinizantes são caracterizadas, principalmente,pela lesão da bainha de mielina ou das células que as formam que, no caso do SNC, são os prolongamentos dos oligodendrócitos
- mielina permite que a condução do impulso seja realizada de forma mais eficaz: de forma saltatória entre os nódulos de Ranvier. Quando a mielina está lesada, originam-se quadros de disfunção do sistema nervoso
- Sistema nervoso central: esclerose múltipla(a mais importante) e outras como a encefalomielite aguda disseminada
- Sistema nervoso periférico: síndrome de Guillain-Barré e a polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória crónica (PDIC)
Esclerose múltipla
- uma doença desmielinizante primária do SNC
- uma doença inflamatória crónica mediada pelo sistema imunitário e adquirida
- foi descrita, pela primeiravez, no secúlo XIX (1868) por Jean-Martin Charcot
DX EM
CX DX:
- Disseminação no espaço:
o A esclerose múltipla envolve diferentes regiões do SNC, incluindo a substância branca, substância cinzenta, tronco cerebral, medula espinhal e nervo ótico. A região onde é possível reconhecer melhor as áreas focais de dismielinização e inflamação é na substância branca mas é importante não esquecer que também pode haver envolvimento da substância cinzenta
- Disseminação no tempo: doença crónica e não é monofásica
Epidemiologia EM
- Apresentação mais frequente entre os 20-40 anos, sendo mais rara antes dos 15 anos e após os 60 anos
- Predominância nas mulheres (2/3 mulheres:1 homem)
- Prevalência em Portugal é superior a56,2/100000 habitantes e está estimado um total de 8000 doentes com esclerose múltipla. Portugal é considerado um país com prevalência média
- Regra geral, a prevalência da EM aumenta com a latitude(ou seja, países que se localizam mais longe do equador apresentam maior prevalência) ex. Canadá ou Norte da Europa
- Tal como nas outras doenças autoimunes, na esclerose múltiplaexistem fatores genéticos eambientais a contribuir para o aparecimento desta patologia:
o Fatores ambientais que aumentam o risco: latitude do país onde o individuo nasce ou do país para onde o individuo migra (maior latitude corresponde a maior risco); défice de vitamina D/exposição reduzida a luz solar – fator associado à latitude; infeção por vírus EBV (nomeadamente, a infeção mononucleose infecciosa); tabagismo e obesidade na infância e adolescência
o Fatores genéticos: Existem mais de 200 variantes de genes que aumentam o risco de doença, sendo que o haplótipo HLA DRB1*1501é considerado o mais importante; Apenas 15-20% dos doentes com EM é que apresentam história familiar relevante; Quando existe história familiar relevante, sabe-se que ter um familiar de primeiro grau com EM aumenta o risco cerca de 15-35 vezes deste individuo vir a desenvolvera doença. Nos estudos feitos a gémeos monozigóticos, verificou-se uma concordância do diagnóstico de EM em cerca de 20-30%, percentagem superior à concordância verificada entre irmãos que não são gémeos
Patogénese da EM
- Sabe-se que as células B e as células T tem um papel fundamental na fisiopatologia da doença porque existe uma passagem de células T autorreativas pela barreira hemato-encefálicae que existe uma ativação de células B que vai conduzir à lesão da bainha de mielina e dos oligodendrócitos. Os macrófagos também têm um papel ativo na resposta pró-inflamatória
- O que não está bem esclarecido é de que forma é que esta resposta imune anormal contra o SNC começa e o porquê dela persistir
- principal mecanismo da EM é a desmielinização, no entanto, também existe um processo de lesão axonal e de perda neuronal -processo neurodegenerativo que é mais evidente nas formas progressivas da doença.
- avaliação anatomo-patológica, os doentes com EM apresentam, a nível macroscópico, placas no cérebro, nomeadamente em redor dos ventrículos e no corpo caloso. Estas áreas de desmielinização também podem ser encontradas ao nível do troncocerebral e da medula espinhal. A nível microscópico, se utilizarmos corantes apropriados, é possível observar zonas de desmielinização e zonas de infiltrado peri-vascular com hipercelularidade, presença de macrófagos que vão digerir a mielina e presença de linfócitos T e B
Apresentação clínica
- 85% dos casos, a EM apresenta-se sob a forma de surto-remissão–os doentes têm períodos em que não há evolução da doença entre períodos de surto
- Ao longo dos anos, cerca de 80% destes doentes (com apresentação surto-remissão) evoluem para uma forma progressiva da doença que se caracteriza por um agravamento lento dos défices neurológicos, independente da ocorrência de surtos. Esta forma denomina-se forma secundariamente progressiva
- 10-15% dos doentes, a doença inicia-se sob a forma primariamente progressiva onde não é possível identificar surtos
Subtipos EM
- Forma surto-remissão -> Um surto de EM define-se pelo aparecimento de novos sintomas neurológicos ou reaparecimento de sintomas antigos, que perduram mais de 24 horas. Tipicamente, tem uma instalação sub-aguda, desde horas a dias, e de seguida há uma recuperação espontânea de forma completa ou parcial, podendo restar sequelas. A forma como o surto se apresenta clinicamente é muito variável sendo dependente da localização da lesão. Normalmente entre surtos não agrava a doença
- Forma secundariamente progressiva -> Sem tratamento, aproximadamente 80% dos doentes com a forma surto-remissão evolui para a forma secundariamente progressiva após 25 anos. Nesta forma existe um agravamento do quadro neurológico independente da ocorrência de surtos
HX NATURAL DA DOENÇA SOB A FORMA SURTO-REMISSÃO:
Nos primeiros anos de doença, os doentes podem ter vários surtos comum a frequência muito variável e uma recuperação que tanto pode ser completa como incompleta com uma acumulação de sequelas. As ressonâncias magnéticas (RM)realizadas ao longo da doença apresentam novas lesões e algumas captantes de gadolíneo (lesões ativas). Ao longo do tempo, os surtos tornam-se menos frequentes e há uma evolução progressiva da doença –forma secundariamente progressiva. Nesta forma,o aparecimento de lesões novas/ativas na RM é menos frequente e observa-se uma redução no volume cerebral que está associada à componente neurodegenerativa mais evidente nas formas progressivas. - Síndrome clínico isolado -> primeiro episódio de disfunção neurológica com apresentação sugestiva de EM com duração superior a 24h, com ausência de febre, infeção ou encefalopatia. Normalmente pode ser chamado de surto inaugural de esclerose múltipla
o Perda da visão monocular devido a uma nevrite ótica
o Défice de sensibilidade ou de força dos membros devido a uma mielite transversa
o Diplopia devido a uma disfunção do tronco
o Ataxia devido a uma lesão cerebelosa
o … - Forma primariamente progressiva - No conjunto de doentes com esta forma, a doença progride gradualmente desde o inicio e de forma independente de surtos; doentes surgem, normalmente, com um quadro medular com um compromisso maioritariamente motor –paraparésia ou tetraparésia espástica assimétrica que vai agravando. A distribuição por géneros é semelhante e a doença aparece um pouco mais tarde comparativamente aos doentes com a forma surto-remissão, normalmente surge por volta dos 40 anos.
Manifestações clínicas
- manifestações clinicas mais frequentes são as sensoriais e motoras
- SENSORIAIS: Em muitos casos, estas manifestações constituem os primeiros sintomas de EM
o Manifestações do tipo negativas– hipostesia e positivas–parestesia, distesia ou dor neuropática
o Disfunção das sensações profundas por atingimento dos cordões posteriores da medula com afeção das colunas dorsais – ataxia sensorial e sinal de romberg
o Quando ocorre lesões ao nível da coluna cervical, pode surgir o sinal de Lhermitte-sensação de choque elétrico que se prolonga pelo dorso aquando a flexão do pescoço
MOTORAS:
o Surge uma fraqueza assimétrica que é mais evidente nos membros inferiores
o Sinais piramidais: espasticidade, hiperreflexia, sinal de Babinski
CEREBELOSAS:
o Perda do equilibro (ataxia da marcha) e ataxia apendicular
o Tríade de Charcot: disartria, tremor de intenção e nistagmo
VISUAIS:
o Quadro de nevrite ótica: perda visual subaguda acompanhada por uma dor ocular que agrava com o movimento e discromatopsia (distúrbio de visão cromática). Geralmente unilateral com um defeito pupilar aferente. Envolvimento retrobulbar. O disco ótico aparece normal na fase aguda e apresenta-se pálido na fase crónica
o Fenónemo Uhthoff – agravamento transitório dos sintomas com o aumento da temperatura corporal, este agravamento é mais percetível nos sintomas visuais mas também pode acontecer com outros.
TRONCO CEREBRAL:
o Vertigem
o Diplopia por distúrbios do movimento
FADIGA:
o Frequente, pode ser incapacitante e pode agravar com o calor
FENÓMENO PAROXÍSTICO
o Nevralgia do trigémeo –a EM é a causa de nevralgia do trigémeo mais frequente em adulto jovem
DISFUNÇÃO DE ESFÍNCTERES:
o Urgência miccional, (em casos mais graves) incontinência miccional com esvaziamento incompleto da bexiga que podem culminarem infeções do trato urinário recorrentes (dissinergiado esfíncter detrusor com hiperreflexia do detrusor)
o Obstipação
o Disfunção sexual, nomeadamente nos homens
NEUROPSIQUIATRIA
o Disfunção cognitiva, nomeadamente funções executivas como capacidade de processamento de informação ou a capacidade de planeamento
o Ansiedade, depressão
ECD na EM
- TAC: Normalmente, a TAC não mostra bem as lesões de EM
- RM: A realização de RM é fundamental. Os locais onde frequentemente encontramos as lesões de EM são a substância branca periventricular, substância branca subcortical, corpo caloso, tronco, cerebelo e medula espinhal; O diagnóstico só pode ser confirmadoquando há clinica subjacente,caso seja encontrada uma imagem radiológica de lesões de EM sem clinica, esta é designada como síndrome radiológico isolado; A RM não só é fundamental para o diagnóstico como também é muito importante para a monitorização da resposta inflamatória da doença. A RM mostra o aumento do número das lesões e/ou presença de novas lesões que captam gadolíneo (lesões ativas) e, frequentemente, as lesões mostradas na RM são assintomáticas. Para além disso, a RM pode revelar sinais de lesão axonal e cronicidade como por exemplo a presença de atrofia cerebral e de black holes
NOTA: LESÕES EM DEDOS DE DAWSON - EM - Na RM da medula espinhal(dorsal e cervical) também é possível observar lesões medulares típicas da EM - hiperintensas em T2, pequenas (tamanho inferior ao do corpo vertebral), multifocais. Clinicamente, estas lesões dão origem a quadros medulares incompletos e subtis.
- A RM na nevrite ótica é útil porque é possível observara captação de gadolíneo por lesões
- Punção lombar: A realização da punção lombar não é obrigatória para o diagnóstico de EM mas pode ser útil. Normalmente, o exame citoquímico está normal(proteínas e contagem de células normais) mas ocasionalmente, pode se verificar uma pleocitose (<50cel/L) e/ou um ligeiro aumento de proteínas; A pesquisa do índice de IgG e a deteção de bandas oligoclonais especificas do LCR (ou seja, que estão presentes no LCR mas estão ausentes no soro) são métodos importantes no diagnóstico de EM. O índice de IgG é a razão entre a IgG do LCR e a IgG do soro (não esquecer de enviar uma amostra de LCR e outra de soro). Cerca de 90% dos doentes com EM apresenta estas bandas oligoclonais e um aumento do índice de IgG que mostra a disfunção imunológica no SNC e a produção intratecal de IgG
NOTA: estas alterações também aparecem em doentes com outras doenças inflamatórias e/ou infeciosas do sistema nervoso
Critérios de McDonald
- No caso de um síndrome clínico isolado, é necessário demonstrar os critérios de disseminação no espaço e no tempo
- A disseminação no espaço é demonstrada com base em uma ou mais RM com lesões hiperintensas em T2, características de EM, presentes em duas de quatro áreas do SNC: periventricular, cortical ou justacortical, infratentorial ou na medula espinhal
- A disseminação no tempo não é possível demonstrar clinicamente dado que só ocorreu um surto -> presença simultânea de lesões que captam gadolíneo (lesões ativas/novas) e de lesões que não captam gadolíneo (lesões antigas)numa RM no momento do surto OU pela existência de novas lesões ou lesões que captam gadolíneo na RM repetida após alguns meses, caso a RM inicial não tenha mostrado lesões captantes OU demonstração de bandas oligoclonais especificas de LCR na punção lombar
- No caso de esclerose múltipla sob a forma primariamente progressiva, os critérios são:
o = ou > 1 ano de evolução do quadro neurológico independente de surtos
o 2 dos 3 seguintes critérios: evidência dedisseminação no espaço no cérebro com base em, pelo menos, 1 lesãocaracteristicada EM em T2 nas seguintes regiões: periventricular, cortical ou justacortical ou infratentorial; evidência de disseminação no espaço na medula espinhal com base em, pelo menos, 2 lesões em T2; presença de bandas oligoclonais especificas de LCR.
Escala que avalia a incapacidade dos doente com EM
- Nos estudos clínicos, a escala usada para avaliar a incapacidade dos doentes com esclerose múltipla é a EDSS–Expanded Disability Status Scale, com um valor mínimo de 0 –exame neurológico sem alterações -e um valor máximo de 10 –morte devido a esta doença. Esta escala tem em conta o envolvimento nos diferentes subsistemas: vias piramidais, cerebelar, sensorial, esfíncteres (digestivos e urinários), visual e ainda cerebral (ou seja, alterações mentais)
Tratamento EM
- tratamento dos surtos visa acelerar a recuperação do surto. Os surtos que carecem de tratamento são somente os que causam incapacidade significativa
1ª linha- metilprednisolona endovenosa 1000mg/dia durante 3-5 dias
2ª linha: imunoglobulina ev ou plasmaferese (raramente) - As terapêuticas modificadoras da doença ou imunomodeladoras apenas estão indicadas para a forma surto-remissão e têm como objetivo diminuir a ocorrência de surtos e a incapacidade que lhes está associada. Tipicamente, esta terapêutica é iniciada usando-se um fármaco de eficácia moderada e, se não for suficiente para controlar a doença, escala-separa um fármaco de maior eficácia mas menos seguro e mais dispendioso.
- 1ª linha:
o interferão beta 1a
o interferão beta 1b
o acetato de glatiramer
o teriflunomida
o fumarato de dimetil - Ecomo 2ª linha (para casos mais graves ou quando não se consegue obter melhorias com os de 1ºlinha:
o natalizumab (diminui a passagem dos linfócitos pela BHE)
o fingolimod
o alemtuzumab
o cladribina
o ocrelizumab (causa depleção dos linfócitos B) - No caso da esclerose múltipla primariamente progressiva, o único fármaco aprovado é o anticorpo monoclonal anti-CD20, Ocrelizumab
TX sintomática de EM
- Para a espasticidade: Baclofeno, Tizanidina, (para a espasticidade focal) injeções de toxina botulínica
- Para a distesia/parestesia: Carbamazepina, Gabapentina, Pregabalina, Amitriptilina
- Para a fadiga: Amantadina, modafinil
- Para o tremor de intenção: clonazepam, propanolol
- Para a urgência miccional: oxibutinina, cloreto de tróspio, mirabegron
- Para a disfunçãosexual: sildenafil, tadalafil, vardenafil
- Para a perturbação da marcha: fampridina (Fampyra) –oral 10mg 12h-12h –pacientes com pontuação entre 4 e 7 na escala de EDSS
- Fisioterapia
EM e Gravidez
- A gravideznão parece ter influência no prognóstico da EM a longo prazo, ou seja, não aumenta o risco de incapacidade.A maior parte das mães podem amamentar, se assim o desejarem.
- O risco de surtos tipicamente diminui durante a gravidez e aumenta transitoriamente no período pós-parto
- procuramos que a gravidez seja planeada numa fase em que a doença está controlada uma vez que alguns fármacos não são seguros na gravidez -> Muitas DMT ́s (Disease Modifying Therapies -> Terapêutica imunomoduladora) não são recomendadas durante a gravidez e a amamentação
- risco de uma criança(filha de um doente com esclerose múltipla) vir a desenvolver a doença é baixo (<5%)
Prognóstico de EM
- principal causa de incapacidade neurológica não traumática entre jovens adultos
- Geralmente,nos doentes com EM remitente-recorrente, a incapacidade ocorrerá, sobretudo, na fase progressiva secundária da doença
- É uma doença muito heterogénea, quer na frequência de ocorrência dos surtos, quer na forma de apresentação, quer no tempo que o doente leva a passar de uma forma surto-remissão para uma forma secundariamente progressiva
- doença que pode cursar com uma morbilidade significativa mas, em termos de esperança média de vida, tem um impacto relativamente baixo -> A esperança média de vida está reduzida em cerca de 7 a 14 anos, comparativamente à população em geral (população saudável)
Doenças que imitam a EM
Encaflomielite aguda disseminada e neuromielite ótica
Encefalomielite aguda disseminada
- Doença monofásica(raramente com recorrências), de instalação aguda ou subaguda, que afeta sobretudo crianças e que surge, geralmente, após infeção ou vacinação
- tem uma apresentação multifocal, com envolvimento de várias partes do SNC,e acompanha-se, tipicamente,de encefalopatia (sonolência/confusão/depressão do estado de consciência)
- A nível imagiológico, encontramos lesões maiores comparativamente às da EM -> encefalomielite aguda disseminada as lesões são bilaterais, mais tumefactas e mais extensas a nível medular
- É MAIS frequente encontrarmos pleocitose no líquor e é MENOS frequente encontrarmos bandas oligoclonais na Encefalomielite Aguda Disseminada comparativamente à EM
- TX: corticoterapia
na EM não utilizamos corticoterpia cronicamente (só surtos)
Neuromielite ótica
- mais rara que a EM e que se manifesta por episódios recorrentes de mielite e de nevrite ótica. As mielites são, geralmente, longitudinalmente extensas
- doença autoimune cujo principal alvo de lesão primária são os astrócitos (e não a mielina) ->Astrocitopatia Autoimune na qual os astrócitos são destruídos por Ac anti-aquaporina-4. A maior parte dos doentes que têm Ac anti-aquaporina-4são detetados no soro. Estes anticorpos, a nível do SNC, são patogénicos e conduzem a nevrites óticas e amielites
- doença afeta, mais frequentemente, indivíduos melanodérmicos e asiáticos, enquanto a EM afeta mais caucasianos
- Doença com maior prevalência no sexo feminino. As mielites e nevrites óticas costumam ser mais graves do que as que sucedem na EM. Não existe uma forma progressiva da doença
- Em termos de estudo do líquor (LCR) é mais frequente encontrarmos
uma pleocitose, mas não é habitual encontrar bandas oligoclonais - espasmos tónicos paroxísticos
- Maior risco para falência respiratória neurogénica
TX: Em caso de surto, o tratamento é semelhante ao da EM -> Metilprednisolona, Imunoglobulina IV, plasma exchange (plasmaferese) - O tratamento crónicoenvolve fármacos imunossupressores(como a azatioprina), associados a corticosteroides
- Na RM encefálica destes doentes,habitualmente,não encontramos as lesões típicas da EM. Deparamo-nos, muitas vezes, com lesões à volta dos ventrículos(que são as áreas de maior expressão de aquaporina-4)e lesões na área postrema, as quais podem originar quadros de vómitos incoercíveis