T 23- Infeções de importação Flashcards

1
Q

Class

A
  • Agudas <3 sem -> subclass em febres ou diarreias

- Crónicas >3 sem

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Q

Infeções de importação crónicas

A
  • Vírus- HIV1/2, HAV, HBV, HCV, HEV, HTLV1/2 (primos da sida -> agente etiológico da leucemia/linfoma de cel T no adulto)
  • Bact- borrelioses, bartolenoses (verruga peruana -> bartolenose sul-americana), lepra (tuberculoide ou lepromatosa)
    Fungos .Histoplasmose africana, micetomas (Também chamado de Pé de Madura, sendo que Madura é uma zona de praias paradisíacas no Sul da Índia, que vive do turismo, O micetoma é um fungo de vida livre, não é um fungo parasita habitual do Homem,, Entra para o pé, quando as pessoas andam descalças, e, depois, cresce como se fosse uma pedra ou outro, destruindo tudo no seu caminho, incluindo, não só a pela e os tecidos moles, mas também cartilagem, osso, etc., É uma infeção com muito mau prognóstico: a maioria dos casos acaba em amputação)
  • Protozoários - malária, amebíase, leishmaníase (ex cutânea) - foi erradicado em PT (tem alcunha de flor de Deli/Bagdad), DOença doo sono (fase encefalítica - transmitida pela mosca tse tse), doença de chagas, giardíase
  • Helmintas - filaríase (ex linfática- indolor), Schistosomíases (também erradicado em PT) (ex S. mansoni) - (Ascite sob tensão, estado de magreza marcado, com varizes da parede abdominal, com hipertensão portal, sem icterícia), Helmintíases intestinais, Matacanhas (Infestação subungueal ou subcutânea por ovos e larvas de Tunga penetrans, Pulga que habitualmente coloca ovos na pele debaixo dos dedos dos pés, Típico de Goa, Luanda ou Fortaleza)
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3
Q

Infeção de importação aguda

A
  1. Diarreias
    o Cólera
    . Transmissão: oral-fecal (Principalmente pela água, Outros: contacto direto, contacto com animais e alimentos)
    o Único sintoma: diarreia (que pode chegar aos 20L em 4h)
    o Único tratamento: re-hidratação, por via oral, se possível, ou por via parentérica, se via oral não permeável
2. Febres
• Malária
• COVID-19
• Arboviroses & ≈
• Febre tifoide & ≈
• Doenças cosmopolitas
• Outras 

o Arboviroses e ≈
• Assintomática
• Síndroma febril
• Febre hemorrágica
• Encefalite
- Arboviroses (Arthropod born viroses ou vírus transmitidos por artrópodes) são infeções com ciclo alterno. Metade do seu ciclo de vida passa-se no seu vetor artrópode e a outra metade passa-se no seu hospedeiro vertebrado.
- Só são chamados de arboviroses se se multiplicarem nos artrópodes. (e for simplesmente transmissão passiva, por exemplo, uma mosca varejeiraque pousou nas fezes de alguém que teveuma diarreia por Pólioe, a seguir, levou aquilo para um alimento, depois ingerido por outro indivíduo que ficará infetado com Pólio–isto trata-se apenas de umtransportador, não um vetor –não é uma arbovirose.)

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4
Q

Febre dos flebótomos

A
  • única arbovirose endémica em Portugal, transmitida por flebótomos
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5
Q

Febres hemorrágicas

A
  • uma das duas formas graves de apresentação das arboviroses, sendo a outra as encefalites

1) Febre amarela
• Há quem diga que era o “ébola do séc. XVII-XIX” –era extremamente temida
• Depois da descoberta do seu ciclo, pelo combate ao mosquito, conseguiu ser reduzida a sua área de transmissão e, finalmente, com a vacina, ainda foi mais reduzida.
• Atualmente, só existe em zonas de florestas húmidas, quer de África, quer da América do Sul, em zonas com reservatórios animais (macacos)
• Em 2016, Luanda (em Angola) teve um surto gigante de febre amarela, “transbordando” inclusivamente para o país vizinho
o 4188 casos notificados (os casos verdadeiros foram provavelmente muitíssimos mais altos)
o 373 mortes notificadas
• Em 2017, surto do Brasil, centrado na Amazónia, como habitual, mas em Minas Gerais. O relatório final ainda não foi publicado, pois continuam a aparecer casos de 2018-19
o Subnotificação inferior à de Angola
o Até Agosto de 2017: 3564 casos notificados e 261 óbitos
- Ciclo -> A febre amarela é basicamente uma “infeção dos macacos”; O ciclo passa-se 40 ou 50 ou 60 metros acima da canópia (estrutura formada pelas copas das árvores) da floresta tropical; Macaco –mosquito (aedes bromalae/africanus) –macaco –mosquito (etc)
- Quando um humano vai a uma destas florestas e é picado por um mosquito, temos um caso de:febre amarela esporádica/endémica -> Se essa pessoa, durante o período de incubação, voltar à sua cidade e for picada, por azar, por um Aedes aegypti (mosquito “perfeitamente doméstico”), aí pode começar um surto urbano ou febre amarela epidémica (Vetor:Aedes aegypti; Reservatório: humano)
- Clíncia:
• Alterações de consciência, ictéria e “vómito negro”
• As hemorragias da doença podem ser só manifestadas por petéquias nas pernas ou no palato ou só hemorragias conjuntivais
• Doente pode começar com hematemeses e melenas
• “Arma de eleição” = vacina viva atenuada contra a febre amarela (Stamaril)

  1. Dengue
    • É, de longe, a arbovirose mais espalhada pelo mundo
    • É considerado por muitos o vírus mais espalhado do mundo
    • A estimativa diz-nos que há 400 milhões de casos por ano de dengue
    o Com talvez 13-20 mil mortos (Em comparação com a febre amarela: 70 mil casos por ano, com 30-40 mil mortos (taxa de mortalidade muito maior)
    o Dengue hemorrágico
    . sufusões hemorrágicas na testa e nas pálpebras; doentes alertas sem alt consciência
    • Surto de Dengue na Madeira
    o Desde 2005 que foi detetado Aedes aegyptina Madeira, possivelmente introduzida a partir de importação de pneus
    o Depois, alguém chegou em período de incubação e levou ao surto
    o >2000 casos
    • Transmissão local de Dengue em 2018 na Europa: 9 casos em 3 surtos, em França (2) e Espanha (1)
    o Montpellier –1 caso
    o SainLaurent du Val –5 casos
    o Cádiz –3 casos
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6
Q

Encefalites

A

1) Encefalite japonesa
o De longe, é a arbovirose mais importante que provoca encefalites
o Encafalite vírica
o Indistinguível das outras encefalites víricas, do ponto de vista clínica
o Grandes vítimas: crianças

2) Vírus Zika
o Outra doença africana que se espalhou pelo mundo
o Quando chegou ao Brasil, foi descoberto que provocava microcefalia (nos sobreviventes), levando a um atraso mental profundo para o resto da vida
o Se a infeção decorrer no1º trimestre, as malformações fetais são tão graves que são incompatíveis com a vida, levando à morte fetal

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7
Q

Malária

A
  • Também referida como: paludismo, impaludismo, sezões, sezonismo, febre terçã/quartã
  • Em Portugal, a “imagem mental” popular desta doença, particularmente entre os mais idosos, é que esta é uma doença que afeta as crianças, com grande mortalidade, espalhada por todo o mundo.
  • A malária talvez seja a infeção que maior impacto teve em toda a história da constituição genética da espécie humana -> Doenças eritrocitárias, que se mantêm, dado a heterozigotia promover uma maior sobrevivência, caso infeções por malária, para além de a heterozigotia compensar a mortalidade acrescida por homozigotia
    • Alfa e beta talassemias
    • Hemoglobinopatias S, C, D
    • Déficit em G-6-P(favismo)
    • Esferocitose
    • Ovulocitose
    • …
  • Nas doenças infeciosas estamos habituados a pensar em dois intervenientes: agente e o hospedeiro. No caso da malária temos de considerar um terceiro agente: o vetor, neste caso o mosquito, sendo que sem ele não há infeção por malária.
  • P. falciparu, P.malariae, P.knowlesi, P. vivax, P.ovale
  • Podemos perceber que o P. falciparum é responsável por tantos casos como o P. vivax/ovale, mas a mortalidade é muito superior no P. falciparum, que representa 95% das mortes, enquato o P. vivax/ovale representa apenas 3% da mortalidade.
  • O P. knowlesi só existe no sudeste asiático.
  • Os agentes de malária são protozoários “sofisticados”
    • Coleção de organelos intracelulares, incluindo mitocôndrias, orgão apical, plastideos
    • Metabolismo aeróbico obrigatório, muito ativo
    • Ciclos alternos, entre um hospedeiro artrópode e um vertebrado
    • Muito móveis, sem flagelos ou cílios
    • Centenas de espécies, parasitas de mamíferos, aves e répteis
    • Genoma com cerca de 5409 genes
  • Reservatório
    o Até 2007 tinha-se a ideia de que o único reservatório era o Homem, sobretudo as crianças. Porém, descobriu-se depois que o P. knowlesi era parasita nos macacos do sudeste asiático, pelo foi aí que se percebeu que estes agentes saltitavam entre os vários primatas, incluindo o Homem.
    o P. falciparum pode está presente nos humanos. Os gorilas ocidentais nem se podem considerar reservatórios pelo seu número ser muito pequeno em comparação com o número de humanos.
    o Já o P. vivax e P. ovale têm uma distribuição muito mais ampla.
    o P. malariae é muito frequente em macacos do Sul da Ásia
    o Em África, algumas das crianças testadas chegavam a ter 100000 parasitas por microlitro de sangue e andavam normalmente a correr e a brincar.O professor diz que quando foi ele que teve malária, tinha 120 parasitas por microlitro de sangue. Mesmo a tomar anti-maláricos e com 40.6 de ferro sentia como se lhe tivesse “passado um camião por cima”. E as crianças que tinham quase mil vezes mais parasitas, tinham energia pra andar a brincar e jogar à bola, ou seja, estavam numa fase passiva de estabelecer uma relação “pacífica” com o seu parasita.

Vetor

  • O vetor é exclusivamente o mosquito do género Anopheles spp. (>200 espécies), sendo no mosquito que o parasita tem a sua fase de reprodução sexuada.
  • No hospedeiro vertebrado, incluindo o ser humano, só há reprodução assexuada
  • Assim, por definição, é o mosquito que é o considerado o hospedeiro definitivo.
  • Todos os vertebrados terrestres são picados por mosquitos, portanto qualquer um pode apanhar malária.

Epidemio
o O maior estudo do impacto da malária foi publicado no Lancet em 2004 , cujos dados afirmam:
. cerca de 2.7 milhões de mortes por malária por ano (nº muito superior ao que a OMS calcula)
. 2000-2500 milhões de pessoas em risco (cerca de 30-40% da população mundial)
. 700-1000 milhões de infeções por ano

GRUPOS DE RISCO:
• Crianças
• Bebés (os bebés estão protegidos em parte pelos anticorpos maternos que receberam ao partilhar a circulação com a mãe durante a gravidez, bem como pela amamentação.)
• Grávidas
• Idosos
• Doentes
• Não-imunes
- De facto, o leite materno é muito rico em anticorpos, e isto é de tal maneira importante que em zonas de África com elevada presença de malária, é recomendado o aleitamento materno em todas as mães quer sejam HIV negativas ou mesmo não tendo feito o teste e havendo risco de serem seropositivas. Isto porque o risco das crianças morrerem de malária se não tiverem protegidas pelos anticorpos maternos é maior do que o risco de virem a ter HIV.
- Como sabemos, a infeção é transmitida pelo mosquito e, sendo a larva do mosquito aquática, é normal que na estação das chuvas haja mais infeção por malária do que nas estações secas, pois há mais poças de água para o mosquito se multiplicar.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

  • O periodo de incubação é curto, sendo o minimo 7 dias para P. falciparum e P. malariae. Já para P. vivax e P. ovale, o período de incubação é igual ou superior a 8 dias
  • Se tivermos um doente que chegou a Luanda há dois dias e começou com febre de 40ºC mas que nunca tinha estado em África antes, o doente não vai ter malária pela existência desse período de incubação, ou seja, há períodos biológicos que são incompressiveis.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
o tempo  que  o  parasita  pode  ficar  no  organismo  até  haver manifestações:
• P. falciparum <18 meses
• P. vivax / ovale < 3 anos
• P. malariae até 54 anos
  • Imaginemos o caso de um doente que diz que teve malária quando esteve na guerra em África. O doente diz que depois de ter voltado, sempre que chegava o verão tinha ataques de malária. Perguntamos ao doente se ainda tem esses “ataques” e o doente diz que não. O que o diagrama pretende demonstrar é que se a pessoa não for tratada corretamente para a malária, as crises podem voltar a ocorrer, ou seja, se não for tratada, pode levar a reaparecimento dos sintomas mais tarde.
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8
Q

Clinica malaria

A
- Tríade ou a Tétrade de Hipócrates:
• Febre
• Esplenomegália
• Anemia
• Icterícia

FEBRE:
• Quase universal
• Crianças > adultos > idosos
• Não imunes > imunes
• Varia entre 37.2ºC a 42ºC
1º Período frio
- Pessoa sente imenso frio, arrepios, e a temperatura começa a subir muito até aos 39.5 ou 40ºC.
- Dura cerca de 20-30 minutos
2ª Período quente
- Pessoa sente está muito muito quente
- Dura cerca de 60-120 minutos
3ª Período Húmido
- Hipotálamo percebe que aquela não é a temperatura normal do doente e “manda baixar a temperatura” pelo que o doente começa a suar muito
- O doente não está a exagerar quando nos diz que teve de trocar 3 vezes de pijama durante a noite por estarem encharcados! Na fase aguda da malária, os doentes podem mesmo perder 4L de água
- A malária é também designada febre terçã ou quartã pela periodicidade com que surgem os acessos de febre:
o Chama-se febre terçãs e a pessoa tiver febre dia sim, dia não, ou seja, a cada 3º dia a pessoa tem febre. No caso de ser por P. vivax designa-se terçã benigna, enquanto se for por P.falciparum designa-se de terçã maligna.
o Se a pessoa tiver 2 dias sem febre e depois um dia com febre, chama-se febre quartã, tipica de P. malariae.

  • Se regular e em dias alternados (febre terçã) ->P. vivax ou P. ovale
  • Se regular e 1 dia de febre seguido de 2 dias sem febre (febre quartã) -> P. malariae
  • Se regular, diária-> P. knowlesi
  • Se irregular, ou ciclos de 36-48h febre -> P. falciparum

ESPLENOMEGÁLIA
• Muito mais frequente nas crianças que nos adultos, e mais frequente nestes que nos idosos
• Mais comum na infeção por P. vivax do que por P. falciparum
• Pode ser gigante
• Nem sempre existe
- Pode romper!

ANEMIA
• Pode estar ou não presente
• Normocítica, normocrómica
• Pode ser grave (sobretudo nas crianças e nas grávidas) ou até mesmo fatal

ICTERÍCIA
• Nem sempre presente
• Às vezes é intensa
• Provocada pelo aumento da bilirrubina não conjugada (anemia hemolítica)

OUTROS SINTOMAS
• Cefaleias (+ típico nos adultos)
• Mialgias
• Astenia intensa
• Náuseas e vómitos (+ típico nas crianças)
• Diarreia

SINAIS DE ALARME
• SNC:
o Confusão> obnubilação> coma (muito frequente nos idosos)
o Convulsões que podem evoluir para mal epilético (causa de morte importante)
o Sinais focais (ex.: hemiplegia)
• Rim: Hemoglobinúria que pode evoluir para falência renal aguda àanúria
• S.Hematológico: Hemorragias (por trombocitopenia) que pode evoluir para CID
• S. respiratório: Dispneia> edema pulmonar> ARDS
• S. circulatório: Choque (malária álgica)

  • O SNC pode ser muito afetado pela malária. A malária grave afeta sobretudo os pequenos vasos -> últiplas pequenas hemorragias cerebrais. Apesar de não levar a um AVC “maciço” por obstrução de grandes vasos como p.e. a carótida, estas pequenas hemorragias podem ser graves na mesma e até levar à morte
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9
Q

Complicações na gravidez

A
  • Em toda a África a malária é maior causa de morte materna no 2º trimestre de gravidez e muitas vezes causa de morte do feto.
  • mãe particularmente vulnerável
    o anemia
    o Edema pulm
    o Hipoglicemia
    o Acidose metabólica
    o infeções oportunistas
    o choque
    o morte
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10
Q

Dx

A

• Sempre que possível deve fazer-se exame parasitológico.
• Pode fazer-se esfregaço/gota espessa.
• Deve exigir-se sempre ao laboratório a identificação de espécie e a contagem de parasitas.
o eritrócitos multiparasitados -> gravidade

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11
Q

TX

A
a)Tratamento de suporte
o Antipiréticos
o Nutrição
o Água e eletrólitos
o Anti-escaras
o Apoio psicológico
b) Tratamento de complicações
o Anticonvulsionantes
o Antieméticos
o Prevenção/tratamento hipotensão
o Prevenção/tratamento hipoglicémia
o Prevenção/tratamento acidose
o Prevenção/tratamento infeções secundárias
o Diálise
o Ventilação assistida
o Transfusões
o Sangue total
o Concentrado eritrocitário
o Plaquetas
o Plasma/fatores de coagulação

c) Tratamento anti-parasitário
Tratamento 1:
o P. ovale;
o P. malariae;
o P. knowlesi;
o P. vivax (sem suspeita de resistência);
o P. falciparum não complicado e de área sem cloroquino-resistência
o Tratamento oral com:
• Damos cloroquina ou hidroxicloroquina.
• Pode associar-se ainda primaquina, se indicado, no caso de P. vivax ou P.ovale.

Tratamento 2:
o P. falciparum não complicado mas suspeito de resistência à cloroquina
o P. vivax resistente à cloroquina

Tratamento oral com:
• Damos ACTs, derivados da artesmisina.
• Se não houver ACTs: halofantrina, mefloquina, fansidar. Estes nunca são usados em monoterapia, pelo que escolhemos um destes fármacos e associamos a doxiciclina (adultos) ou clindamicina (crianças)

Tratamento 3:
o P. falciparum não complicado mas suspeita de multirresistências

  • Tratamento oral com:
    • ACTs
    • Se não disponíveis ACTs: quinina ou halofantrina ou mefloquina, sempre associado a doxiciclina ou clindamicina.

Tratamento 4:
o P. falciparum grave

  • Tratamento EV, IM, IR(ou oral em ultimo caso) com:
    • ACTs
    • Se não disponíveis: quinina* ou quinidina ou mefloquina, sempre associado a doxiciclina ou clindamicina
    *toxicidade cardíaca -> pode dar complicações cardíacas, sobretudo nos idosos
  • foram já encontrados P. falciparum resistentes aos ACTs.
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12
Q

Prevenção

A
1. Medidas de saúde pública 
• Educação 
o Escolas
o Grémios e sindicatos rurais
o Autarcas e personalidades locais
o Pessoal de saúde
o Igrejas e lideres religiosos
o População geral
• Higiene rural e engenharia sanitária
• Luta biológica
o Peixes larvicidas
o Batráquios
o Insetos competidores/predadores
• Luta química
o Inseticidas larvicidas
o Inseticidas imagocidas
• Promoção/distribuição redes
• Quimioprofilaxia
o Grupos de risco acrescidos
• Rede local de diagnóstico e tratamento rápidos
  • É também importante prevenir a importação de mosquitos que podem vir nos aviões.
    Existe mesmo a chamada “malária dos aeroportos” que surge nas áreas que rodeiam os aeroportos, como é o caso do bairro da portela em que isso já aconteceu.
2. Proteção pessoal
Se formos para zonas com malária, é importante tomar algumas medidas:
• Educação
• Redes mosquiteiras
• Repelentes
• Inseticidas
• Quimioprofilaxia
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