T17- AVC Flashcards

1
Q

Epidemio

A
  • 1 em cada 6 sofre avc ao longo da vida
  • 1ª causa de morte em PT
  • 30% pessoas que tem AVC morrem ao fim de 1 ano
  • 50% sobrevivnetes ficam com algum tipo de deficiência
  • Tem maior prevalência no sexo masculino
  • Em relação a países europeus a mortalidade provocada pelo AVC é muito superior, por exemplo, à realidade francesa, mas ainda assim inferior à de outros países, isto acontece devido à organização dos sistemas de saúde e à capacidade de reposta em fase aguda e aos cuidados de saúde numa segunda fase, tanto para estabilização como para reabilitação.
  • O AVC é importante não só pela mortalidade, mas também a sua mortalidade em doentes mais jovens (não é só uma doença de idosos!) e por isso perdem-se muitos anos de vida útil devido a esta doença.
  • Desde 2011 até aos dias de hoje, a implementação da terapêutica fibrinolítica e a criação das unidades de AVC, trouxeram diminuições significativas da mortalidade e morbilidade.
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2
Q

Def e FPat

A
  • Défice neurológico focal, ou seja, perde-se uma função relativa a uma região específica do sistema nervoso central por uma alteração da circulação sanguínea
  • É muito heterogéneo
  • Tem diversas formas de apresentação, várias causas e, portanto, as opções de tratamento e prognósticos são completamente diferentes de acordo com o contexto.
  • 85% isqu, 15% hemorrágico (gravidade muitas x’s sup)
  • Por definição,o AVC tem sempre um início súbito e uma progressão relativamente rápida de um défice neurológico
  • Através da interrupção da vascularização normal, poderá ter diferentes gravidades e diferentes extensões de acordo com a importância e dimensão do vaso afetado. Quanto mais proximal maior é a gravidade. Quanto mais distal (e se for um pequeno vaso) menor é a gravidade
  • TOAST - Trial of ORG 10172 in Acute Stroke Treatment
    o distribui a causa dos AVC isquémicos em 5 grandes grupos:
    1. Aterotrombótico por oclusão de grandes vasos
    2. Cardioembólico –que tem uma fonte cardíaca embolica e por isso provocará muitas vezes uma lesão mais córtico -subcortical (com especto em cunha como se pode ver na imagem)
    3. Oclusão de pequenos vasos ( território afetado é profundo e de pequena dimensão que corresponde a um vaso perfurante)
    4. Outras causas-> vasculites (mais frequentes nos doentes jovens), dissecções carotídeas ou vertebrais, as doenças autoimunes, Drepanocitose, coagulopatias, Moyamoya portanto, outras causas que são encontradas e que não correspondem aos 3 primeiros grandes grupos.
    5. Existem ainda os doentes para quem não conseguimos saber as causas nem conseguimos determinar no momento da alta hospitalar a etiologia do AVC.
  • Aterotrombose - estenose sup a 50% ou oclusão de grandes ramos arteriais; embolia vaso a vaso; dim de perfusão cerebral (ex: situações de hipotensão extrema ou até por perda de volume vascular)
  • Fontes de alto risco de cardioembolismo:
    o Prótese valvular mecânica;
    o Estenose mitral com fibrilhação auricular (FA);
    o FA (não isolada – CHA2DS2VASC);
    o Trombo auricular esquerdo séssil;
    o Doença do nódulo sinusal;
    o Enfarte agudo do miocárdio (EAM) recente (< 4 sem.;
    o Trombo ventricular esquerdo;
    o Cardiomiopatia dilatada;
    o Segmento acinético do ventrículo esquerdo;
    o Mixoma auricular;
    o Endocardite infeciosa.
  • Fontes de médio risco de cardioembolismo:
    o Prolapso da válvula mitral;
    o Calcificação do anel mitral;
    o Estenose mitral sem FA;
    o Turbulência auricular esquerda;
    o Aneurisma do septo auricular;
    o Forâmen oval patente;
    o Flutter auricular;
    o FA isolada;
    o Prótese valvular biológica;
    o Endocardite asséptica;
    o Insuficiência cardíaca congestiva (ICC);
    o Segmento hipocinético do ventrículo esquerdo;
    o EAM há mais de 4 semanas e há menos de 6 meses
  • Oclusão de Peq Artérias:
    o peq artérias cerebrais - lacunares
    o Degenerescência dos peq vasos e arteríolas perfurantes -> HTA, DM, Idade
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3
Q

AIT

A
  • Défice autolimitado
  • RM mais sensível que TC
  • doente com um AIT acaba por evoluir nas 48 -72horas horas seguintes para um evento que fica estabelecido.
  • Score ABCD2 para calcular a prob de AVC após AIT
  • Age - >60 - 1 ponto
  • Blood pressure- PA 140/90 ou > na admissão - 1 ponto
  • Clinical features - Alt linguagem sem hemiraparésia - 1 ponto; hemiparésia - 2 pontos
  • Duration - 60 min ou + - 2 pontos; 10-59 min - 1 ponto
  • Diabetes - 1 ponto
  • 0-3 baixo risco, 4-5 moderado, 6-7 alto
  • Se o doente deve ser internado para fazer um estudo / intervenção rápidoou se é um doente de baixo risco e acaba por fazer o estudo e respetiva intervenção mais tarde
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4
Q

CHA2DS2VASC

A
  • adaptada da escala inicial e conta com os fatores que são os de maior probabilidade de o doente vir a ter um fenómeno embólico sem FA.
  • Congestive Heart Failure - +1
  • Hipertensão >140/90 em 2 ocasiões ou AntiHTA - +1
  • > 75 - +2
  • DM +1
  • Stroke, AIT ou TE- +2
  • Vascular disease - +1
  • Age 65-74- +1
  • Female- +1
  • Fatores de risco obrigam-nos e permitem-nos estabelecer uma probabilidade mais alta ou mais baixa de ter um evento embólico e que nos permite decidir de acordo com o risco hemorrágico se vamos ou não anti coagular o doente. Nas mulheres abaixo dos 65anos esse risco é muito baixo e normalmente até é um evento pontual e não uma FA permanente. Isto obriga-nos a tomar uma atitude que é preventiva.
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5
Q

FR AVC isquémico

A
- Modificáveis
o HTA,  
o DM,  
o Dislipidemia,  
o Dça Cardiovascular prévia (Arritmia – FA, DAC, Insuficiênciacardíaca, Valvulopatia)  
o Obesidade,  
o Tabagismo,  
o Alcool,  
o Sedentarismo,  
o Anticonceptivos orais
- Não modificáveis:
o Idade
o Sexo masc
o Etnia negra
o Hx fam
  • Muito importante! O doente com AVC, mesmo quando o assistimos e acompanhamos numa fase muito precoce da sua apresentação clínica, nem sempre verificamos, mesmo tendo um início ictal e súbito, logo de início a sua pior apresentação clínica. Isto acontece porque temos alguns períodos, que são variáveis de pessoa para pessoa e, que tem a ver com a idade e com a capacidade neurológica e, com a adaptação vascular e são variáveis porque a pessoa tem uma zona do cérebro (da zona isquémica) que está na penumbra, ou seja, é uma zona que não está irremediavelmente perdida e onde ainda pode haver intervenção, nomeadamente as terapêuticas de fase aguda que podem vir a salvar este tecido que ainda é viável e, esta é a base para a nossa atuação na fase aguda do AVC!
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6
Q

Mecanismo e FPat AVC hemorrágico

A
  • O AVC hemorrágico a fisiopatologia é diferente, tem a ver com a rutura da parede de um vaso, um vaso leptomeníngeo, de maiores dimensões
  • O AVC hemorrágico vai ter características diferentes consoante a localização do vaso e a acumulação do sangue
    o Lesão devido a rutura do vaso;
    o Lesão e sofrimento encefálico devido à presença de sangue que é uma substância irritativa;
    o Isquémia que está associada a zona de compressão e presença de sangue;
    o Edema citotóxico;
  • TAC: Hemorragia intracraniana “primária” ou associada à HTA que é muito diferente das outras: profunda, córtico sub-cortical com envolvimento dos núcleos da base e tem características completamente diferente do hematoma epidural, p.ex.
  • AC: Hemorragia associada a angiopatia amilóide, que também tem características diferentes, hemorragia que é muitas vezes na zona mais clara (que é o sangue) vêem-se densidades diferentes e vêem-se, ao contrário da hemorragia por HTA que é uniforme, em que os doentes sangram num tempo só, na angiopatia amilóide, por vezes tem mais do que um tempo de hemorragia, isto também acontece muitas vezes nos doentes hipocoagulados, em que há uma maior dificuldade em que a hemóstase fisiológica entre em ação e consiga estancar a hemorragia
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7
Q

FR AVC hemorrágico

A
  • HTA
  • Trauma
  • Diátese hemorrágica
  • Angiopatia amilóide
  • Drogas como anfetaminas e cocaína
  • malformações vasculares
  • Tumores
  • Rotura de aneurisma
  • Vasculites
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8
Q

Manifestações clínicas

A
- Alteração da sensibilidade e/ou da força muscular 
• Assimetria facial 
• Alteração do estado de consciência 
• Alteração da linguagem  
• Alteração da articulação verbal 
• Alterações da coordenação e da marcha 
• Alterações da visão 
• Alteração da audição 
• Cefaleia 
• Vertigem 
• Náuseas, vómitos 
• ...
  • O quadro clínico do doente com AVC evolui ao longo do tempo !!!!
    •…por agravamento da lesão vascular
    •…por insuficiente circulação colateral
    •…por edema secundário à lesão
    •…pelas situações agravantes associadas
  • 29 a 43% dos doentes com AVC com < 3 horas de evolução têm quadros minor ou em melhoria rápida
  • Destes doentes 28% necessitou de reabilitação, 1% morreu, 30% dependentes na alta hospitalar
  • % variável de acidentes isquémicos transitórios
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9
Q

Territórios vasculares

A
  • Sistema carotídeo (carótidas, cerebral anterior, cerebral média)
  • Sistema vértebro-basilar (basilar, vertebral, cerebral post)
  • Circulação anterior:
    a) oftálmica - amaurose fugaz ou alt monocular
    b) cerebral média - Défice motor e/ou sensitivo de predomínio braquifacial; Afasia se hemisfério dom; Negligência (hemisfério não dom)
    c) Cerebral ant- Défice motor e/ou sensitivo de predomínio crural; sinais de desfrontalização
  • Circulação post:
    a) Vertebral - Náuseas, vómitos e vertigem; atingimento de n cranianos baixos; ataxia cerebelosa
    b) Cerebral post - Alt campo visual; depressão do nível consciência; défice sensitivo; alt funções nervosas sup
    c) Basilar- Défice motor e/ou sensitivo geralmente bilateral; diminuição do nível de consciência; alt nervos cranianos
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10
Q

AVC Isquémico- Class

A
  • OCSP - Oxford Community Stroke Project ou de Bamford:
    o AVC da Circulação anterior total - TACI
    o AVC da Circulação anterior parcial - PACI
    o AVC Lacunar - LACI
    o AVC da Circulação posterior – POCI
    o Código final adicional: (ex: TACI…)
    . I – Infarto
    . H – Hemorragia
    . S – Sindrome
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11
Q

DX dif

A
  • AVC/AIT - onset agudo em seg, fenómenos neg, rara perda de consciência, FR CV
  • Epilepsia parcial - Progressão de seg a 1 min, Fenómenos pos, Possível perda de consciência, Epilepsia ou lesões cerebrais passadas
  • AUra de enxaqueca - Progressão de 3-15 min, Fenómenos pos ou neg, Sem perda de consciência, Enxaquecas passadas
  • Síncope - Progressão de seg a 1 min, Sintomas pré-sincope, sem sinais focais, curta perda de consciência
  • Psicogénica- Onset variável, indiferenca relativa, exame demonstrativo, sem sinais neurológicos objetivos, problemas psicogénicos passados

Características muito próprias do AVC:

a. início agudo / abrupto (que pode não ser logo para o piorquadro neurológico que o doente pode ter)
b. associado a defeitos –fenómenos negativos (perda de função) ao contrário, por exemplo, da epilepsia(o doente tem movimentos que não controla e posteriormente pode perder a função motora daquele território), masnormalmente o doente epilético tem fenómenos que provocam movimento e não o contrário.
c. Na epilepsia, ao contrário de um AVC, a progressão é relativamente lenta (começa com uma crise que é parcial e depois generaliza-se a todo o organismo)
d. Pode ou não haver perda de consciência no AVC (é rara, sendo mais frequente nos AVC vertebro-basilar –neste caso é muito típica)
e. Na epilepsia pode haver ou não compromisso do estado de consciência.
f. Muitas vezes os doentes com AVC têm fatores de risco vasculares e na epilepsia pelo haverá lesões cerebrais prévias ou história prévia de epilepsia (por isso é que a história clínica é tão importante!)
g. Enxaqueca pode estar ela própria associada a fenómenos positivos ou negativos (perda de função), contudo são doentes que não têm alteração do estado de consciência (nunca!) e têm história prévia de enxaqueca.
h. Alterações sincopais (não tem focais/ não tem alterações neurológicas associadas), muitas vezes o doente tem sintomas prévios associados a perda de consciência nesse contexto.
i. Causas de psicogénicas (contexto que desencadeia é emocional) são mais difíceis de abordar e estão muito associados ao género feminino. [há uma grande diferença na abordagem nas mulheres em doenças graves com o AVC ou EAM (doenças graves e com apresentação aguda)]. Até prova em contrário devemos estar atentos aos doentes e valorizar aquilo que nos contam e nos mostram!

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12
Q

Avaliação clínica

A
  • Anamnese
  • Dados demográficos e ocupacionais
  • Idade ( < 55anos – Isquémia por dissecção arterial, foramen oval patente, vasculite, SAF…)4
  • Raça
  • História clínica pregressa
  • Existência de fatores de risco vasculares conhecidos
  • Hora do início dos sintomas OU hora a que foi visto bem pela última vez Terapêutica de ambulatório
  • Exame objectivo geral e Exame neurológico
    o Exame Neurológico completo
    o EscalaNIHSS (score 0 a 34) -National Institute of Health Stroke Scale
    o Usada para estimativa prognóstica da extensão do AVC , do risco hemorrágico pós-trombólise, e seguimento após o evento cerebral
    o sabemos que, com um maior score, com uma lesão maior, o risco de hemorragia pós-trombólise é maior.
    o Exame físico completo - pode ajudar a definir o provável mecanismo fisiopatológico:
    . temperatura, glicemia, exame cardiovascular completo -> pressão arterial (PA), ritmo e frequência cardíaca (FC), auscultação cardíaca, palpação dos pulsos periféricos e auscultação cervical
    o AIT - aplicação do score ABCD2 permite identificar o risco em manifestar um AVC
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13
Q

ECD

A
  • Estudo analítico: Exames laboratoriais: hemograma completo, glicemia, função renal, marcadores de necrose muscular e do miocárdio, função tiroideia, Lípidos, Poteína C reativa (PCR), Função hepática, VDRL, culturas de sangue (se suspeita de endocardite)
  • ECG de 12 deriv, Rx Tx
    o Exclusão de patologias sistémicas que possam mimetizar ou causar o AVC, ou que possam influenciar as decisões terapêuticas
  • TC-CE:
    o Exame acessível e barato
    o Tem uma boa sensibilidade para a exclusão de hemorragias intracranianas, critério indispensável para a implementação de terapia fibrinolítica.
    o Detecção de lesões isquémicas agudas
    o Identificação hemorragias intracranianas
    o Exclusão de potenciais “strokemimics”
    o Identificação de tecido potencialmente recuperável
    o Demonstração de eventual patologia arterial – oclusão grande vaso
    o Identificação de contra-indicações para trombólise
  • Score ASPECTS (Alberta Stroke Program Early CT Score): unciona de0 a 10 e relaciona-se com o envolvimento de gânglios da base e de algumas zonas específicas encefálicas que nos permitem perceber a proporção de território afetado já de uma forma permanente.Quanto maior o score, menor é o número de zonas afetadas.
  • RM:
    o Sensibilidade boa na detecção de lesões isquémicas agudas
    . de pequenas dimensões
    . localização cortical e circulação posterior
    o Igualmente sensível para a exclusão de lesões hemorrágicas.
    o Deteção de situações mimetizadoras de AVC
    o Deteção de alterações mais precoces
    o Menos acessível
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14
Q

TX agudo

A
  • TX fibrinolítica EV:
    o está demonstrada desde os anos 2000 e o seu uso tem sido cada vez mais generalizado
    o relativamente fácil de gerir e aprender.
    o padronizados e preconizados os tempos máximos que cada passo de intervenção deverá ter, de forma a que o tempo porta-agulha (tratamento fibrinolítico) seja inferior a 60min
    o tempo 0 corresponde à chegada do doente ao Hospital e depois estão estabelecidos tempos máximos para avaliação inicial, notificação da equipa multidisciplinar de AVC, realização de TC, interpretação de exames e administração de fibrinolíticos se indicado. O ideal é a que estes tempos se vão reduzindo ao máximo.
    o Esta questão do tempo é deveras importante pois, quanto mais rápida e precoce o início da trombólise e reperfusão vascular, maior é a probabilidade daquela zona em isquémia não ficar indefinidamente lesada e de vir a recuperar. Como é possível verificar no gráfico, à medida que o tempo passa, maior é o número de doentes a tratar (NNT) necessário para o tratamento ser eficaz.
  • Limitações:
    o Tempo para terapêutica após início dos sintomas limitado (até às 4h e 30 circ anterior e 6 h na posterior)
    o Doentes com elevado risco de eventos cerebrovasculares com contra-indicações absolutas ou relativas (FA anti-coagulada)
    o Terapêutica sistémica e não dirigida ao local da oclusão (perigoso, por exemplo, em doentes com úlcera gástrica que poderá complicar com uma hemorragia digestiva alta)
  • TX Endovascular
    o realizada através de punção femoral (ao contrário do EAM em que é muitas vezes a nível radial) que permite a cateterização supra-seletiva de determinado vaso e o objetivo é o restabelecimento do território vascular obstruído
    o Existem vários mecanismos de disrupção do coágulo ou mesmo a sua remoção e permite a colocação de um stent.
    o Maior rapidez de revascularização.
    o Permite revascularização de grandes vasos(não é utilizado, por exemplo, em AVCs lacunares e por oclusão de vasos de pequeno calibre).
    o Menor risco de hemorragiapois é uma intervenção local.
    o Alarga a janela terapêutica(até às 6h na circulação anterior e às 24h na circulação posterior, caso haja um estudo na TC de perfusão favorável e com um score ASPECTS alto)
    o Doentes com agravamento após fibrinólise EV.
    o Utilização em doentes com contraindicações para trombólise EV:
    . Pós-cirúrgicos (Cirurgia cardiotorácica, por exemplo, com risco hemorrágico altíssimo)
    . Anti-coagulação (varfarina com INR > 1.7 ou sob heparina, ou seja, doentes que não poderiam realizar fibrinólise)
    . Doente fora dos timings adequados (após 4h30 na circulação anterior e 6h na circulação posterior)
  • NOTA: Recanalização é diferente de melhoria clínica, ou seja, se se tratar de um parênquima que já está irreversivelmente lesado, apesar de conseguirmos restabelecer a circulação, esta não será acompanhada de melhoria clínica.
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15
Q

TX médico

A

o Abordagem inicial - sistemática e ágil, com equipas integrando vários profissionais e setores específicos das unidades de emergência.
o Medidas iniciais - controlar os possíveis fatores que agravam a lesão, manutenção da via aérea, ventilação adequada e circulação
o Monitorização FC e ritmo, TA, temperatura, SatO2, hidratação, capacidade de deglutição e presença de atividade convulsiva
o SatO2 > 95%, com a suplementação de O2
o Hidratação com soluções salinas ev
o Tratar HTA de acordo com o indicado para cada etiologia
o Tratar hipertermia
o Controlar glicémia
o Avaliação da deglutição e inicio dieta de acordo com o grau de disfagia
o Otimização da cabeceira da cama - a 30º

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16
Q

Prevenção de complicações

A
  • É um dos objetivos do tratamento
  • Os problemas médicos agudos ou subagudos associados ao AVC incluem:
    • EAM
    • IC
    • Disfagia
    • Pneumonia de aspiração e pneumonia bacteriana
    • Infeção urinária
    • Trombose venosa profunda
    • Embolia pulmonar
    • Desidratação
    • Malnutrição
    • Úlceras de pressão
    • Complicações ortopédicas
17
Q

PA AVC isq

A
  • A HTA em fase aguda é frequente.
  • Em muitos casos a TA baixa por si só nas primeiras 24h.
  • Candidatos a trombólise -> Manter TA < 185/110 mmHg
    o Labetalol ev 10-20mg e repetir 2 min (dose máxima 300mg)
    o Considerar perfusão continua 2-8mg/min
  • Não fazer trombólise se não se conseguir controlo tensional
  • Doentes mais hipertensos têm um risco de transformação hemorrágica muito maior,
  • Não candidatos a trombólise -> Manter TA < 220/120 mmHg ou PAM 130 mmHg
  • Considerar tratamento mais agressivo -> ICC, SCA, IRA, dissecção aórtica ou HTA maligna)
18
Q

PA AVC Hemorrágico

A
  • Se TAS > 200 mmHg ou PAM > 150 mmHG ->Redução agressiva da TA e Monitorizar PIC
  • Se TAS > 180 mmHg ou PAM > 130 mmHG com HIC -> Redução agressiva da TA para manter PIC > 60 mmHg
  • Se TAS > 180 mmHG ou PAM > 130 mmHG sem PIC -> Redução cautelosa da TA para alvo 160/90 mmHg ou PAM 110 mmHG
  • em haver grande descida porque os doentes continuam a necessitar de uma pressão de perfusão para as zonas ainda em sofrimento.
  • Considerar Labetalol, Nicardipina. Nitroprussiato pode aumentar a PIC.
19
Q

Febre e Hipertermia

A

• Agravam outcome dos doentes com AVC
• Por cada aumento de 1ºC na temperatura a mortalidade aumenta 2.2x
• A hipotermia moderada pode ter efeitos benéficos em doentes com AVC malignos da ACM e NIHSS> 19 **
• Causas de febre em doentes com AVC:
- Pneumonite aspiração e Infecção respiratória
- ITU e Infecção cateteres venosos
- Endocardite
- TVP e TEP
- Febre medicamentosa
- Hemorragia retroperitoneal (+ frequente, esta última, em doentes com terapêutica fibrinolítica)
- Febre de causa central

  • Medidas:
    • Paracetamol (Metamizol é 2ª linha)
    • Arrefecimento externo
    • Culturas e ATB

NOTA: Quanto maior a lesão e nos AVCs hemorrágicos, maior é probabilidade de vir a ter hipertermia.

20
Q

Hiperglicémia

A
  • Pode ocorrer em até 60% dos doentes com AVC sem historia de DM.
  • A DM piora o prognóstico dos doentes com AVC.
  • A hiperglicemia é factores de risco modificável para um pior prognostico aos 30 dias.
  • Hiperglicemia em fase aguda está associada a enfartes de grande volume e envolvimento cortical.
  • É necessário excluir cetoacidose ou coma hiperosmolar que mimetizam AVC em doentes que já tenham uma fragilidade neurológica. Evitar soros dextrosados, realizar controlo com insulina e dieta.

Medidas:
• Começar a tratar glicemias ≥ 180 mg/dl
• Monitorizar glicemias 4/4h nas primeiras 24h e depois 6/6h
• Excluir cetoacidose ou estado hiperosmolar
• Evitar soros dextrosados nas primeiras 24h
• Insulina rápidas SC segundo esquema habitual
• Insulinas de acção intermédia 24-48h apos inicio das insulinas rápidas
• Dieta
• Iniciar ADO se apropriado antes da alta

21
Q

Edema cerebral e HTIC

A
  • Edema cerebral e HIC tem efeito directo na sobrevivência.
  • 10% dos AVC isquémico são AVC malignos da ACM associados ao risco de edema e HIC
  • O risco de edema e HIC é tão maior quando maior o vaso ocluído.
  • Os AVC envolvendo a fossa posterior tem um risco aumentado de HIC
  • O pico de edema ocorre entre 48-72h pós AVC causando rápida deterioração clinica
  • O edema cerebral tem um risco de maior gravidade nos doentes mais jovens porque não há uma atrofia cerebral (característica dos mais velhos) que é protetora

SINAIS E SINTOMAS:
• Deterioração Neurologica com agravamento défices previos
• Afundamento rápido do estado de consciência
• Novos défices neurológicos
• Cefaleia grave
• Vomitos
• Alterações visuais
• Triade de Cushing (Bradicardia, bradipneia e HTA) é tardia
• Edema da papila
• Paresias oculomotoras (p.e VI par)
• Anisocoria

Medidas:
• Elevação cabeceira a 30 graus e pescoço na linha média
• Analgesia se apropriado
• Manter oxigenação
• Normalizar PA, temperatura e glicémias – neuroprotecção
• Parecer neurocirúrgico
• Manitol (sem efeito no prognóstico) bólus 0.5-1g/kg durante 20 min e repetir 6/6h
• Furosemido (sem efeito no prognóstico) 20mg 6/6h
• Cloreto de Sódio hipertónico e evitar soluções hipotónicas
• Hiperventilação (EOT) paCO2 alvo 28-32 mmHg
• Coma barbiturico e monitorização da PIC
• Corticoides não tem efeito no edema citotóxico da isquemia e não são recomendados.
• Hemicraniectomia descompressiva
• Ventriculostomia AVC cerebelo
• Derivação ventricular na hidrocefalia

22
Q

Prevenção TVP e TEP

A

● 50% dos doentes de AVC na ausência de profilaxia, tem TVP.
● Os doentes com plegia/hemiparesia importantes estão em risco elevado
. Pico de incidência na primeira semana para TVP e 2-4 semanas para TEP
● Pode ser necessário prolongar a profilaxia 2-4 semanas após AVC ou até recuperação motora total
● Considerar dispositivos de compressão pneumática em doente com AVC hemorrágico, AVC isquémico com transformação hemorrágica major ou risco elevado de complicação hemorrágica (particular interesse em AVCs hemorrágicos em que não é viável o uso de heparina)
● Profilaxia com enoxaparina (20-40mg/dia) no AVC isquémico

23
Q

Prevenção de Infeções

A

● Evitar cateterização vesical, CVC ou procedimentos invasivos nas primeiras horas e, se possível, durante todo o internamento.
● O risco de aspiração e Pneumonia é elevado na fase aguda, especialmente de depressão do estado de consciência ou disfagia
- Medidas:
o Testar disfagia na fase aguda e considerar SNG (após 24h rt-PA)
o Cabeceira elevada pelo menos 30 graus
o Evitar gastroparésia (usar pro-cineticos se necessário)
o Cinesiterapia respiratória e técnicas posturais e reabilitação

24
Q

Convulsões e AVC

A

• Convulsões precoces pós- AVC ocorrem no período de 1 semana de AVC agudo em 2-6% dos doentes.
• 50-90% são convulsões parciais simples
• Factores de risco: AVC corticais, transformação hemorrágica espontânea e gravidade do AVC.
• Escolha de anticonvulsivantes não é consensual: fenitoína, fenobarbital e benzodiazepinas podem associar-se a recuperação neurologica menos favorável.
• Anti-comiciais como levetiracetam, oxcarbazepina ou topiramato tem perfil de efeitos secundários mais favorável e menos interações medicamentosas.
- A própria convulsão agrava a lesão neurológica do AVC porque provoca sofrimento tecidular pela atividade elétrica anormal. Em primeiro lugar é necessário excluir que seja o próprio AVC que tenha complicado (terá aumentado de dimensão? Doente terá sangrado?).

25
Q

Disfagia e AVC

A

• Todos os doentes com AVC devem fazer teste de disfagia antes de iniciarem alimentação: teste com água e teste saturação O2. Outros testes: videofluroscopia, nasofibroscopia
• Avaliar deglutição, reflexo da tosse, mastigação.
• Adiar para depois das 24h pós trombólise a colocação de SNG
• Não se recomenda a alimentação por PEG em doentes com AVC e menos de 2 semanas de evolução.
• O início de reabilitação precoce no AVC, incluindo treino de deglutição, postura anti-aspiração e treino da motricidade oro-facial permite a restituição precoce da via oral.
- A disfagia deve ser testada muito precocemente, nas primeiras 24h, por terapeutas da fala ou enfermeiros de reabilitação, ou outros treinados nesta avaliação. Esta avaliação é bastante protocoladacom uma diversidade de técnicas. Caso haja dúvidas, o doente deverá fazer uma nasofibroscopia com contraste para avaliar o trajeto dos alimentos durante a deglutição. Mesmo em doentes com alterações significativas na deglutição, e evitando prolongar o tempo em que o doente não é corretamente nutrido (que é um aspeto muito importante na recuperação dos doentes), devemos iniciar o treino da deglutição e protelar a colocação de sondas nasogástricas. Opções mais definitivas, como a gastrostomia percutânea endoscópica (PEG), devem ser proteladas para lá das 2 semanas porque, em regra, há recuperação entretanto.

26
Q

Prevenção de úlceras de pressão

A
  • Doentes com ulceras de pressão tem risco aumentado de dor, celulite, osteomielite e sépsis.
  • As alt de sensibilidade, imobilidade, incontinência, idade avançada predispõe os doentes comAVC ao des de úlceras de pressão
Medidas:
• Reposicionamentos a cada 2h  
• Almofadas em locais de maior pressão 
• Elevação ligeira da cabeceira 
• Colchão anti-escaras
• Manter a pele seca e limpa  
• Exame da pele diariamente  
• Reabilitação e levante precoces
27
Q

Reabilitação

A

o Mais de 40% dos doentes necessitarão de reabilitação ativa numa fase precoce
o Mobilização passiva com adequado posicionamento no leito é essencial
o Plano de reabilitação de intensidade e duração personalizados
o Fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional
o Após a alta deve ser garantida a continuidade da reabilitação

28
Q

Tx complicações trombolise

A

• Hemorragia
-> Minor
● Gengivorragia: Tratamento: hemóstase local, soro gelado, prevenção da aspiração
● Hemorragia por acessos vasculares: compressão, gelo, prevenção da extensão e sínd. compartimento
● Hematomas cutâneos : Gelo, prevenção da extensão e sínd. compartimento
-> Major (considerar reverter efeitos do rt-PA nas primeiras 24h)
● Hemorragia do SNC
● Hemorragia gastrintestinal: Proteção gástrica, EDA, Colonoscopia, Cirurgia
● Hemorragia genito-urinária: Lavagem vesical, técnicas urológicas, Cirurgia
● Hemorragia intra-abdominal e retroperitoneal : Cirurgia
● Hemorragia Alveolar: Ventilação mecânica, broncofibroscopia
->Catastrófica- Choque hemorrágico
• Anafilaxia
-> Sem critérios de gravidade (-> Reacções locais, cutâneas, urticariformes, prurido, exantema ( Anti histamínicos, corticoides) )
-> Choque Anafilático (-> Compromisso da Via Aérea, epigastralgia, vómitos e diarreia, dor abdominal, hipotensão e disfunção multiorgânica (suspender rt-PA, Adrenalina 1mg IM (repetir 2-3 min), Assegurar VA e suporte hemodinâmico - noradrenalina, cristaloides./ se necessário, administrar um anti-histamínico ou corticoide para suportar o doente. )

  • Hemorragia IC
    ● Sintomática -> Hemorragia documentada por imagem que condiciona deterioração clínica temporalmente relacionada com rt-PA, com deterioração do score NIHSS ≥4 ou morte, até às 36h pós tratamento
    ● Assintomática -> Documentação imagiológica sem deterioração clínica
  • Hemorragia intracraniana – Factores de risco
    • Alterações isquémicas precoces > 1/3 território ACM • Historia de DM ou hiperglicemia
    • Scores NIHSS altos
    • Tempo evento-agulha elevado
    • Hipertensão arterial sistólica
    • Trombocitopenia
    • Idade avançada
  • Medidas:
  • Suspeita de hemorragia intracraniana:
    • Cefaleia de novo
    • Náusea e vomito
    • Agravamento neurológico
    -> • Suspender rt-PA
    • TP, apTT, plaquetas e fibrinogénio
    • Tipagem
    • TAC-CE
    -> HEMORRAGIA CONFIRMADA
    • PFC/Crioprecipitado 6-8U para alvo fibrinogénio > 150mg/dL
    • Plaquetas 6-8U
    • Parecer neurocirúrgico
    • Acido aminocapróico 4-5g IV 1 hora e repetir/ Acido tranexâmico**
    • Monitorizar tempos de coagulação, fibrinogénio (4/4h) e hemoglobina
    • Monitorizar TA a cada 15 min
    • Monitorizar sinais de HIC
- ANAFILAXIA
o Hipersensibilidade rara 0,02%
- Ac IgG e IgM detectadas 12 dias a 10 meses
o Reacção anafilática
- Mastócitos activados por IgE
o Reacções anafilactóides 2%
- Mastócitos activados não por IgE
- Angioedema (edema laringe, rash, urticária)
29
Q

Prevenção Secundária

A
  • Depende do mecanismo fisiopatológico
    o Se detectada trombose de grandes vasos e de pequenos vasos, -> identificar e controlar os factores de risco vasculares (HTA, DM, tabagismo, dislipidemia, etc.)
    o Alteração do estilo de vida: -> cessar o consumo de tabaco, praticar exercício físico regular, alimentação saudável
    o Terapêuticas adequadas ao controlo das comorbilidades
  • Investigação etiológica:
    o Holter ECG de 24 h ou ECG seriados: deteção de FA /outras disritmias. A combinação de ECG Holter e de ECG seriados aumenta a deteção de FA
    o Ecocardiogramas bidimensionais transtorácico e transesofágico no AVC embólico
    o Exames vasculares
    . Eco-Doppler dos vasos cervicais
    . Angio-RM, Angio-TC e Arteriografia convencional (pormenor das artérias intracranianas e extracranianas)
    . Doppler transcraniano

o Em doentes jovens (< 55 anos) estudo laboratorial alargado para deteção de coagulopatias, vasculites, doenças do colagénio, SAF, Anemiafalciforme, CADASIL, Doença de Fabry…

  • Terapêuticas adequadas ao controlo das comorbilidades:
    o Hipolipemiantes
    o Antiagregantes plaquetares
    o Eventual intervenção cirúrgica ou endovascular na Estenose significativa de vaso extracraniano e eventual/ endovascular se Estenose intracraniana (VB)
    o Anticoagulação oral – AVK (Warfarina ou Acenocumarol – INR terapêutico) e NOACs (Dabigatrano, Apixabano, Rivaroxabano, Edoxabano) na FA não valvular
  • Não administrar antiagregantes ou anticoagulantes nas primeiras 24h apos rt-PA;
  • Todos os AVC isquémicos não candidatos a hipocoagulação devem ser tratados com antiagregação: AAS 100-150 mg dia, Clopidogrel 75 mg dia; a antiagregação dupla não está recomendada no AVC, salvo situações excepcionais
  • Fazemos a prevenção secundária de acordo com a etiologia que encontramos. Por exemplo, num doente com doença aterotrombótica, devemos fazer os hipolipemiantes, antiagregantes plaquetários e poderá ter, ou não, indicação para intervenção endovascular. Num doente com fibrilação atrial temos de ponderar, pelo risco hemorrágico, iniciar anticoagulação e com qual fármaco o iremos fazer.
  • A substituição de antiagregantes após AVC isquémico não está apoiada em dados da literatura, embora seja realizada em muitas unidades de AVC. Estudas outros factores de risco potencialmente modifcáveis.
  • Os AVC isquémicos cardioembólicos que beneficiam de anticoagulação devem iniciá-la após 14 dias, dado o risco aumentado de transformação hemorrágica.
  • Não se recomenda o uso de anticoagulação para prevenir recorrência precoce, suster agravamento neurológico ou melhorar prognóstico no AVC agudo
  • Todos os doentes com AVC e LDL > 100 devem receber terapêutica com estatina;
  • Baixar LDL > 70 mg/dl é recomendado a doentes de alto risco com aterosclerose de grandes vasos
  • Pode considerar-se tratamento com niacina ou gemfibrozil em doentes com AVC isquémico ou AIT e HDL baixo.
  • A suspensão recente de Estatinas é um factor de risco reconhecido para eventos cardiovasculares e morte.
  • A manutenção de Estatinas em fase aguda parece ser razoável.