T 27- anti-infecciosos Flashcards

1
Q

Tipos de anti-infecciosos

A
  • diretos: anti-viricos, AB, anti fungicos, etc

- Manipulação da imunidade

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2
Q

Fatores do hospedeiro importantes no tratamento

A
  • Idd (As crianças são altamente sensíveis à toxicidadede vários anti-infeciosos, nomeadamente à dastetraciclinas. Se administrarmos tetraciclinasa umbebé prematuro ele pode ficar com malformações ósseas e se administrarmos o mesmo AB a recém-nascidos eles podem ficar com malformações dentárias. -> Por outro lado, os bebés toleram bem os aminoglicosídeos, já nos idosos esse AB tem bastantes efeitos secundários.)
  • Hx de RA
  • Gravidez/ amamentação
  • Doenças concomitantes
  • Função renal
  • Função hepática
  • Função medular
  • imunidade
  • tratamentos concomitantes (Por exemplo, o tenofovir,um dos medicamentos mais utilizados no tratamento da infeção por HIV e para profilaxia pré e pós-exposição, é inativo pelos anti-ácidos. Assim, se o doente tomar os dois fármac
    os concomitantemente, o tenofovir deixa de exercer a sua função.)
  • etc
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3
Q

Outros efeitos a considerar dos anti-infecciosos

A
  • Toxicidade e RA
  • Disponibilidade (prob de zonas menos centrais do país)
  • Preço
  • Conveniência (posologia, via de administração, etc)
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4
Q

Características do Anti-infeccioso

A

1- Mecanismo de ação
2- Espetro (largura, profundidade, resist)
3- Farmacocinética (volumes de dist, semivida, penetração órgãos/tecidos, vias de eliminação)
4- Toxicidade
5- Efeitos secundários
6- Efeitos bio-ecológicos (afeção do ambiente bacteriano onde o MO que queremos eliminar está)

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5
Q

Largura do espetro

A

lista de bactérias habitualmente sensíveis àquele AB.
Perfil de resistências: é um subconjunto dessa lista, ou seja, dentro das bactérias habitualmente sensíveis a determinado AB, aquelas que já adquiriram resistências.

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6
Q

Profundidade do espetro

A

o quociente entre a dose eficaz de AB para a infeção que queremos tratar e a dose que provoca toxicidade no doente.
- Temos, então, fármacos como a vancomicina, com pouca profundidade de espetro ou, por outras palavras, com uma janela terapêutica estreita. Isto significa que se passarmos a dose de vancomicina para metade, ela não faz efeito. Por outro lado, se duplicarmos a dose o doente pode fazer uma insuficiência renal aguda.No extremo oposto temos a penicilina, que apresenta uma janela terapêutica alargada.

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7
Q

Mecanismo de ação

A

AB contra:

  1. Parede bacteriana
  2. Membrana celular
  3. Sintese de DNA e RNAm
  4. Sintese de prot (ribossoma 30s erros, ribossoma 30s bloqueio, ribossoma 50 s bloqueio, isoleucil-tRNA sintetase bloqueio)
  5. Prod de energia
  6. Potencial redox
  7. Metabolismo
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8
Q

AB contra parede

A
  • Gram + e -
  • micobactérias, bactérias sem parede
  • B- lactâmicos (antagonistas competitivos do ácido murâmico): Penincilina, cefalosporinas, carbapenemos, manobactams, inibidor das beta-lactamases
  • Vancomicina (só atua nas micobactérias), isoniazida, etambutol
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9
Q

AB contra membrana celular

A
  • todos os seres vivos apresentam membrana celular, pelo que os ABs que atuam contra este alvo da bactérica vão apresentar alguma toxicidade.
    • Polimixinas –existe em formulações tópicas, dada a sua toxicidade em uso sistémico.
    • Colistina –é utilizada em infeções com pseudomonas, mas as doses têm de ser bem controladas.
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10
Q

AB contra síntese de DNA

A
  • cromossomas bacterianos são bastante diferentes dos cromossomas humanos.
  • Não tem histonas, são circulares em vez de lineares, estão ancorados à membrana bacteriana em vez de livres no nucleoplasma, e replicação pela DNA-Girase, em vez do sistema ribossomal
  • Os ABs que atuam contra a enzima DNA-girase são fármacos que não apresentam toxicidade pelo facto desse enzima não fazer parte do metabolismo das células humanas.
    • Quinolonas: ácido naxidílico, fluorquinolonas
    mRNA
    • Rifamicinas (inibidores da RNA-polimerase DNA-dependente)
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11
Q

AB contra ribossomas

A
  • Nas células nucleadas é o organelo mais importante a seguir ao núcleo. Nas não-nucleadas é o principal
  • Um alvo possível para os antibióticos atuarem ao nível da bactéria é a fração 30s do ribossoma, promovendo a disfunção proteica -> Ao ser construída uma proteína que não é funcional, tal como todas as moléculas, esta exerce um efeito osmótico e à medida que a célula acumula proteínas disfuncionais, cria um gradiente osmótico tal que acaba por ocorrer lise celular. Este é o mecanismo de ação dos aminoglicosídeos –bactericidas (matam a bactéria)
  • Outro alvo possível é a inibição da ligação do complexo tRNA-aminoácido ao local A da subunidade 30s do ribossoma bacteriano. Deste modo, a síntese proteica pára. Este é o mecanismo de ação das tetraciclinas –não matam a bactéria, são bacteriostáticos.
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12
Q

Resistências

A
  • A primeira nova classe de antibióticos lançada em mais de 40 anos é utilizada no tratamento da tuberculose –a maior causa de morte infecciosa do mundo (a última estimativa da OMS é de 1.800.000 mortos por ano).
  • A seleção de resistências é inerente à utilização do antibiótico -> NÃO HÁ NENHUM AB PARA O QUAL NÃO EXISTAM JÁ RESISTÊNCIAS
    Causas:
    • erro médico -medo do médico deixar o doente “desprotegido” se não tiver acertado no diagnóstico;
    • pressão exercida pelo doente para obter uma prescrição de antibióticos-vítimas do próprio sucesso, por serem vistos como uma “droga mágica”;
    • incentivo financeiro da instituição –ex: na China a venda de medicamentos, incluindo antibióticos, é parte importante das receitas dos Hospitais; na Índia é habitual a Farmácia pagar uma percentagem do valor das vendas ao médico prescritor (dois dos países mais populosos do Mundo e com maior utilização de antibióticos);
    • criação de animais –doses subterapêuticas são utilizadas para engordar os animais (prática livre na maioria dos locais de todo o Mundo).
Principais 6 agentes a ter em olho para as resistências:
o Enterococos faecium
o SA
o Klebsiella pneumoniae
o Acinetobacter baumannii
o Pseudomonas aeruginosa
o Enterobacter
o Outros (como a TB ou pneumococos)
  • Mutação da resistência da SA à meticilina disseminada fundamentalmente por transmissão vertical (o staphylococcus tem pouca transmissão horizontal)
  • A nível de resistências aos antibióticos, a klebsiella pneumonia é a bactéria que mais mata por infeções hospitalares. A bactéria mais frequente em meio hospitalar é E. Coli, mas raramente um doente morre por infeção urinária.
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13
Q

Mecanismo de resistência das bactérias

A
  1. Resistência natural (não se considera uma verdadeira resistência)
    a. Ausência de órgão-alvo: (ex: penicilinas nas Chlamidae)
    b. Irrelevância do alvo (ex: nitro-imidazóis nos aeróbios)
  2. resistências genéticas
    a. mutação cromossómica (ex:staphylococcus)
    b. plasmídeos –transmissível de bactéria para bactéria
    c. bacteriófagos (um cocobacilo normal é parasitado por cerca de 200 bacteriófagos diferentes,a cada momento,constituindo estes a forma de vida mais abundante da Terra. Constituem vírus que infetam bactérias –os bacteriófagos estão para as bactérias como as bactérias estão para nós; os bacteriófagos são constituídos por 3 partes: (1) cápside onde está armazenado o ácido nucleico sob alta pressão dado o volume reduzido; (2) tripé ou quadripé, para se ligarem à parede; (3) peça intermédia, que funciona como seringa, pois quando perfura a parede da bactéria, permite“injetar”o ácido nucleico. Existem permutas entre o cromossoma e o DNA extra-cromossómico da bactéria, deste modo, uma resistência armazenada num cromossoma pode passar para um bacteriófago e vice-versa)
    d. transposões
  3. Resistências ecológicas
  4. Alteração da permeabilidade membrana (normalmente existe na parede da bactéria um recetor que “confunde” o antibiótico com um nutriente; a partir do momento em que o antibiótico é assumido como uma toxina,cria-se a resistência por alteração das características do recetor)
  5. Alteração do órgão-alvo (se a bactéria altera determinada enzima, de modo a que não seja reconhecida pelo antibiótico, torna-se resistente)
  6. Inibição / destruição enzimática (os diversos enzimas da bactéria quebram as moléculas –no caso de a bactéria adaptar os seus enzimas para destruírem o antibiótico cria-se a resistência –ex: beta-lactamases)
  7. Promoção de efluxo (“bombas”)–expulsam os metabolitos que são tóxicos para a bactéria (se o antibiótico for eficazmente reconhecido como tóxico, será eliminado e esta torna-se resistente)
  • EX: gene mfpA das micobactérias - sofre mutação e confere resist às quinolonas
  • A maior parte das resistências surge nos hospitais, mas os doentes quando regressam a casa e à comunidade levam consigo essas mesmas resistências, tornando-as suscetíveis a que se propaguem fora do meio hospitalar. Alem disso, metade da produção de antibióticos destina-se a uso animal, nomeadamente criação de gado, em vez de tratamento de doenças, o que viabiliza a criação de resistências por interação como ambiente.Os aviários são um exemplo de um meio em que as resistências estão muito favorecidas, dada a proximidade dos animais e as pobres condições de higiene do local.
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14
Q

Conjugação bacteriana

A
  • Pili - pseudópode emitido pela bactéria dadora de ácido nucleico
  • A outra bactéria envolvida no processo de conjugação bacteriana denomina-se bactéria recetora.
  • passagem de material de uma bactéria para a outra
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15
Q

Como combater as resistências

A
  • Criar novos antibióticos
  • Aumentar as doses (ex: as meningites purulentas eram tratadas com 200.000 unidades de penicilina quando esta começou por ser usada, ao passo que atualmente se usam 20.000.000 unidades para o mesmo fim–100x aumento da dose –dá-se ½ penicilato de sódio + ½ penicilato depotássio)
  • Associações Antibióticos (particularmente os com efeito sinérgico) –grande vantagem no caso de infeções mistas, crónicas (mandatório), parasitárias (ex: malária);permite a penetração em diferentes compartimentos ;numa situaçãode urgência sem suspeitas microbiológicas específicas, administram-se os antibióticos que cobrem os agentes mais prováveis da infeção em questão; sinergismo –ex: endocardite a enterococcus: tratada com beta-lactâmico (faz “rachas” na parede da bactéria) + aminoglicosídeos (aumenta a pressão osmótica no interior da bactéria); permite uma menor toxidade (por utilização doses menores)
  • Bloqueio dos enzimas (ex: amoxicilina + ácido clavulânico –inibidor da beta-lactamase –antibiótico mais vendido em todo o Mundo)
  • Promoção das bombas de efluxo (ainda em investigação ativa, não muito utilizado atualmente)
  • Política de Antibióticos (mapa das resistências: países como a Suécia e a Noruega apresentam níveis de resistências extremamente baixos,ao passo que países como a Itália, Portugal e Roménia apresentam níveis de resistência extremamente elevados –a diferença está na aplicação dos antibióticos)
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16
Q

Ex de associações

A

Parede + erros ribo 30s
Sintese RNAm + erros ribo 30s ou bloqueio ribo 30 s ou metabolismo ou bloqueio ribo 50s
metabolismo + metabolismo

Má associação
parede + bloqueio ribo 30 s ou 50 s
Sintese de DNA + bloqueio e ribo 30 s

17
Q

Ação dos Antiviricoa

A
  • virucida
  • bloqueio recetor (t20, mrv -> HZV-1)
  • inibição transporte trans membrana
  • bloqueio abertura do cápside
  • bloq replicação
  • inib sintese prot
  • bloqueio montagem cápside
  • bloqueio da libertação
18
Q

Analogos nucleosidicos

A
  • citosina - ddc, 3tc, ftc, cidofovir - HPVs, Herpes 8
  • Timidina - AZT, D4t - HTLVs, pox virus, herpes e adenovirus
  • Uracil - sofosbuvir - HDV
19
Q

Bloqueio da replicação

A
  1. análogos nucleotidos - tenofovir, adefovir - HIV, HTLV, herpesvirus
  2. Analogo fosfato - foscarnet - herpesvirus, HIV
  3. Não-nucleosidos - EFV, NVP, ETV, RPV - HIV1
20
Q

Bloqueio montagem capside

A

Inibidores protease - HIV

21
Q

Anti-protozoários

A
  1. Inibição sintese DNA
    Quinacrina - giardíase, malária
  2. Degradação DNA
    Nitrofurans: Furazolidona - giardiase; Nifurtimox - D. de CHagas
  3. Inib sintese prot:
    Tetraciclinas- malária
    Clinda - Toxoplasmose, P. carinnii
    Espiromicina - toxo
    Anfo B - Leishmaniose, meningites amebianas
  4. Erros ribo 30s:
    Paramonicina - amebíase
  5. Antimetabolitos
    o sintese ácido folico - sulfamidas, sulfonas, trimetropim, pirimetamina -> malária, P. carinii, toxo, cyclospora, etc
    o Sintese de ornitina - DFMO - D sono, pneumocistose
  6. Alt potencial redoz
    Nitro-imidazois (metronidazol, tinidazol, etc) - largo espetro anaeróbios e microaeróbios
  7. Bloq cadeia transporte e- mitocondriais
    primaquina - Malária, P carinii
  8. 4-a-q: cloroquina, hidroxi// - malária, amebíase
    o alcaloides da chinchona
    Quinino, quinidina -> malária, babesiose
    o Pentamidina - Leishmaníase, D. sono
    o Antimónio pentavalente - leishmaníase
22
Q

Anti fungicos

A
  1. Erros síntese - flucitosina - largo espetro inf graves
  2. inib síntese ribossómica prot - Nistatina - candidíase
  3. Inib montagem microtubulos - griseofulvina - tinhas
  4. Inib sintese parede - caspofungina - candidíase, aspergilose
  5. sintese memb
    o lig esteroides -anfotericina- largo espetro inf graves
    o depleção dos esteroides (bloq CYT450) - imidazois - largo espetro
  • Fungicidas agricultura -RESIS
23
Q

Anti- helminticos

A
  1. bloq montagem microtub
    benzimidazois - acabados em dazol - entinemotocidas de largo espetro - hidatidose
  2. bloq despolarização neuro mx
    pamoato de piratel - ancilostomíase, ascardíase, enterobíase
  3. inib GABA
    Piperazina - ascardíase, enterobíase
    Dietilcarbamazina - filaríases
  4. Bloq canais ca-
    Praziquantel - antiplatelminta de largo espetro
  5. Inib acetilcolinesterase
    organofosforados - metrifonato - schistosomíase urinária
  6. Expoliação reserva ATP
    niclosamida - teníases
  7. Suramina - filaríases, d do sono
24
Q

Manipulação da imunidade

A
  1. indução artificial de resposta imune normal -> vacinas
  2. Imunidade huoral susbtituida -> gamaglobulina de pool, gamaglobulinas especificas, mABS
  3. Imunidade celular subs -> transplante medular, reconstrução imune
  4. Imunossupressão -> corticoides, citostaticos, ciclosporina, soro anti-linfocítico
  5. CItocinas -> INF alfa(herpes, hcv, hbv, hiv, hpv), IFN beta, IFN gama (HIV), TNF alfa, IL2 (HIV)
  6. Imunoestimulação
    Levamisol, anfo B