Síndromes Ictéricas - Colestase Flashcards

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1
Q

Três grandes grupos de doenças causadoras de colestase:

A
  1. doenças litiásicas
  2. doenças neoplásicas
  3. doenças não-litiásicas e não-neoplásicas
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Q

Triângulo de Callot:

A
  • borda inferior do fígado
  • ducto hepático comum
  • ducto cístico
  • conteúdo: artéria cística
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3
Q

Primeiro exame a ser realizado em todo quadro de colestase:

A
  • USG abdominal:
    . localiza grosseiramente a obstrução
    . melhor exame p/ diagnóstico de colelitíase
    . primeiro exame na suspeita de colecistite (não é o melhor, embora possa confirmar esse diagnóstico)
    . não visualiza bem cálculos em colédoco
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4
Q

Icterícia flutuante:

A
  • = obstrução intermitente
  • bastante indicativa de doença calculosa
  • pode ser resultante de neoplasias (necroses tumorais espontâneas)
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5
Q

Sinal de Courvoisier-Terrier:

A
  • vesícula biliar distentida, palpável, porém indolor

- = neoplasia

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6
Q

CPRE:

A
  • padrão-ouro para diagnóstico de coledocolitíase
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7
Q

Complicações da CPRE:

A
  • pancreatite
  • colangite
  • perfuração duodenal retroperitoneal
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8
Q

TC de abdomen:

A
  • para avaliar tumores periampulares
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9
Q

Radiografia de abdomen:

A
  • vesícula em porcelana
  • pneumobilia
  • ar na parede da vesícula (colangite enfisematosa)
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10
Q

Colangiografia Transhepática Percutânea (CTP):

A
  • padrão-ouro para diagnóstico de obstruções na porção proximal da via biliar
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11
Q

Colangioressonância:

A
  • opção não-invasiva à CPRE na coledocolitíase

- desvantagem: não é terapêutica

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12
Q

Cálculos amarelos:

A
  • mais comuns
  • se formam na vesícula
  • composição: colesterol
  • radiotransparentes
  • fatores de risco: sexo feminino, estrogênios, gravidez, multiparidade, obesidade, perda rápida de peso, doença ileal
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13
Q

Cálculos pretos:

A
  • se formam na vesícula
  • composição: bilirrubinato de cálcio
  • radiopacos
  • fatores de risco: hemólise crônica, doença ileal
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14
Q

Cálculos castanhos:

A
  • se formam fora da vesícula (coledocolitíase primária)
  • composição: bilirrubinato de cálcio
  • causa: colonização das vias biliares por bactérias que desconjugam a BD, decorrente de obstrução prévia dessas vias
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15
Q

Dor biliar (cólica biliar):

A
  • intensidade: moderada/forte
  • qualidade: em ‘aperto’ ou ‘fisgada’
  • localização: hipocôndrio direito ou epigástrio
  • irradiação: ombro/escápula direitos
  • desencadeante: alimentação
  • contínua
  • duração: 1-6 horas (sempre melhora!)
  • manifestações associadas: náuseas, vômitos, plenitude pós-prandial
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16
Q

Indicações de cirurgia na colelitíase assintomática:

A
  1. cálculos grandes (> 2,5 - 3cm)
  2. presença de pólipos de risco:
    > maiores que 1cm
    > adenomatosos
    > em crescimento
    > em paciente > 50-60 anos
  3. anemias hemolíticas
  4. vesícula em porcelana
  5. vesícula com anormalidades congênitas
17
Q

Tratamento da colelitíase sintomática:

A
  • sempre cirúrgico!

- CVL eletiva

18
Q

Colelitíase na USG:

A

imagem hiperecogênica arredondada, móvel, com sombra acústica posterior

19
Q

Mecanismo da inflamação na colecistite aguda:

A
  1. Químico

2. Bacteriano

20
Q

Bactérias mais comuns na colecistite aguda:

A
  • E coli
  • Klebsiella sp.
  • Enterococcus
21
Q

Manifestações clínicas da colecistite aguda:

A
  1. dor biliar prolongada (>6h)
  2. febre baixa a moderada (38-39,5°)
  3. massa dolorosa palpável (plastrão) em QSD
  4. irritação peritoneal em QSD
  5. sinal de Murphy
  6. anorexia, náuseas e vômitos
22
Q

Alterações laboratoriais na colecistite aguda:

A
  • leucocitose neutrofílica (12000-15000)
  • leve desvio a esquerda
  • FA, AST/ALT e amilase tocadas
23
Q

Colecistite vs. Pancreatite:

A
  • na pancreatite os vômitos são bem mais proeminentes e a amilase se encontra muito elevada
24
Q

USG na colecistite aguda:

A
  • exame inicial
  • pode mostrar:
    > cálculo impactado
    > distensão da vesícula
    > espessamento da parede da vesícula (>4mm)
    > coleção pericolecística
    > sinal de Murphy ultrassonográfico
  • sensibilidade de 85% e especificidade de 95%
25
Q

Cintilografia na colecistite aguda:

A
  • maior sensibilidade e acurácia que USG (especificidade igual)
  • para os casos duvidosos (USG negativo)
  • resultado positivo = captação do radioisótopo por toda a via biliar, mas não pela vesícula, em 2-4h (= ducto cístico obstruído)
26
Q

Tratamento da colecistite aguda:

A
  • medidas gerais:
    . dieta zero
    . hidratação e analgesia EV
    . ATB - sempre cobrir gram-negativos entéricos (E coli e Klebsiella sp)
  • tratamento definitivo:
    . CVL precoce (idealmente até 72h, aceitável até 1 semana)
    . paciente sem condição cirúrgica = colecistostomia percutânea
27
Q

Complicações da colecistite aguda:

A
  • empiema
  • necrose e perfuração
  • colecistite enfisematosa
28
Q

Empiema:

A
  • pus na vesícula

- febre alta + leucocitose > 15000 + prostração/calafrios/toxemia

29
Q

Gangrena + perfuração:

A
  • bloqueada (mais comum): abcesso subhepático
  • livre: peritonite generalizada
  • fístula colecistoentérica: íleo biliar
30
Q

Colecistite enfisematosa:

A
  • presença de ar na vesícula
  • Clostridium perfringens (bactéria produtora de gás)
  • comum em diabéticos idosos
  • diagnóstico: RX
  • TTO: colecistectomia
31
Q

Apresentação clínica da coledocolitíase:

A
  • icterícia flutuante
32
Q

Coledocolitíase vs neoplasia:

A
- coledocolitíase:
. icterícia = flutuante
. lei de Courvousier = vesícula impalpável
. bilirrubina = menor que 10
. perda de peso = ausente
- neoplasia:
. icterícia = progressiva
. lei de Courvousier = vesícula palpável, volumosa, indolor, de paredes finas
. bilirrubina = maior que 15
. perda de peso = presente
33
Q

Tratamento da coledocolitiase:

A
  • papilotomia endoscópica (CPRE):
    . se descoberta antes ou após a CVL
  • exploração cirúrgica:
    . se descoberta durante a CVL
- derivação biliodigestiva:
. múltiplos cálculos (>6)
. colédoco muito dilatado (>1,5-2cm)
. cálculos intra-hepáticos
. cálculos castanhos
34
Q

Complicações da CVL:

A
  • coledocolitíase residual:
    . cálculo até 2 anos após a CVL
    . icterícia flutuante e episódica
    . TTO = CPRE
  • estenose cicatricial:
    . nos primeiros meses após a CVL
    . icterícia contínua e progressiva
    . TTO = reparo primário, stent ou derivação bilio-digestiva
35
Q

Tokyo Guideline para colecistite aguda:

A

Grau III:
presença de disfunção orgânica

Grau II:
leucocitose > 18000
evolução > 72h
massa palpável e dolorosa em QSD
sinais de complicação local

Grau I
demais casos

36
Q

Conduta nas colecistites agudas de acordo com o Tokyo Guideline:

A
  • Grau I:
    CVL
    se risco cirúrgico proibitivo = ATB + cirurgia tardia
  • Grau II:
    CVL em centro avançado
    se risco cirúrgico proibitivo = ATB + colecistostomia
  • Grau III:
    correção da disfunção orgânica
    se risco cirúrgico proibitivo = ATB + colecistostomia