Síndrome Metabólica - HAS e Dislipidemia Flashcards
Componentes da SM:
- obesidade
- diabetes
- hipertensão
- dislipidemia
Diagnóstico da SM pelos critérios do NCEP-ATP III:
- circunferência abdominal:
- homens: > 102cm
- mulheres: > 88cm - glicemia de jejum:
- > 100mg/dl - pressão arterial:
- PAS > 130mmHg
- PAD > 85mmHg - triglicerídios:
- > 150mg/dl - HDL:
- homens: < 40mg/dl
- mulheres: < 50mg/dl
*pelo menos 3 dos 5 critérios = SM
Outras manifestações associadas na SM:
- acantose nigricans
- esteatose hepática
- hiperandrogenismo (hirsutismo, acne, SOP)
Definição de SM:
Grupo de condições que, uma vez em conjunto, elevam a chance de o paciente desenvolver aterosclerose (doença inflamatória crônica, multifatorial, que acomete a camada íntima das artérias de grande e médio calibre, levando ao desenvolvimento das placas de ateroma).
Diagnóstico de HAS com a PA medida no consultório:
- média das aferições > 140/90mmHg
- aferições em 2 consultas, pelo menos 2 em cada consulta
Diagnóstico de HAS com a MRPA:
- média das aferições > 130/80mmHg
- aferições por 5 dias, 3 pela manhã e 3 à noite
Diagnóstico de HAS com a MAPA:
- média das aferições em vígilia > 135/85mmHg
- média das aferições em 24h > 130/80mmHg
- média das aferições no sono > 120/70mmHg
LOAs - coração (cardiopatia hipertensiva):
- hipertrofia ventricular esquerda
- insuficiência cardíaca (sistólica e/ou diastólica)
- doença aterosclerótica coronariana
LOAs - cérebro:
- AVE isquêmico (mais comum - 85%)
- AVE hemorrágico
- demência/declínio cognitivo
LOAs - rim:
- nefroesclerose benigna:
crônica
arteriolosclerose hialina
hipertrofia da camada média - nefroesclerose maligna:
aguda (crise hipertensiva)
arteriolosclerose hiperplásica (aspecto em bulbo de cebola)
necrose fibrinoide
LOAs - retina:
I = estreitamento arteriolar II = cruzamento AV patológico III = sangramento/exsudato IV = papiledema
LOAs - artérias:
- aortopatias (aneurisma, dissecção)
- DAP
LOAs:
- coração
- cérebro
- rim
- retina
- artérias
Exames de rotina para o paciente hipertenso:
- glicemia de jejum, hemoglobina glicada
- creatinina plasmática/TFG
- potássio
- ácido úrico
- colesterol total, HDL e triglicerídios (LDL é calculado indiretamente)
- EAS
- ECG
Estratificação de RCV:
- Adicional (exclusiva para pacientes hipertensos)
- Global (para qualquer paciente entre 30-74 anos)
Alto risco pela Estratificação de RCV Adicional:
- LOAs
- doença renal crônica
- doença cardiovascular
- diabetes mellitus
- 3 ou mais fatores de risco
Fatores de risco:
- sexo masculino
- idade
- história familiar
- tabagismo
- dislipidemia
- diabetes
- obesidade
MEVs:
- perda ponderal (medida com maior potencial de redução da PA)
- padrão alimentar: dieta NASH
- redução do consumo de sódio
- moderação no consumo de álcool
- atividade física (pelo menos 30min/dia, por no mínimo 5 dias)
Anti-Hipertensivos de 1ª linha:
- Diuréticos tiazídicos
- IECAs
- BRAs
- Bloqueadores dos canais de cálcio
Diuréticos tiazídicos:
- Clortalidona (escolha - maior potência, duração do efeito maior)
- Hidroclorotiazida
Mecanismo de ação dos Tiazídicos:
- inibem a bomba de NaCl no túbulo contorcido distal (efeito diurético/natriurético inicial)
- redução da RVP por mecanismos ainda não conhecidos após 4-6 semanas
Indicações dos Diuréticos Tiazídicos:
- idosos, negros
- pacientes com osteoporose (retém cálcio)
- pacientes com nefrolitíase (reduz calciúria)
Efeitos adversos dos Diuréticos Tiazídicos:
- 4 hipos: hipocalemia hiponatremia hipovolemia hipomagnesemia
- 3 hipers:
hiperglicemia (não contraindica)
hipertrigliceridemia (não contraindica)
hiperuricemia (não usar em pacientes com história de gota)
IECAs:
- “pril”:
captopril
enalapril
Mecanismo de ação dos IECAs:
- inibem a ECA, que converte angiotensina I em II, a qual é um potente vasoconstrictor
Indicações dos IECAs:
- jovem, branco
- DRC com microalbuminúria/proteinúria (nefroprotetores - dilatam a arteríola eferente)
- pós-IAM
- insuficiência cardíaca
- diabéticos
- prevenção secundária de AVE
Efeitos adversos/contraindicações dos IECAs:
- precipitação de IRA (não usar se Cr > 3)
- hipercalemia (não usar se K > 5,5)
- tosse seca
- angioedema
- estenose bilateral de a. renal/unilateral em rim único
- gestantes
BRAs:
- “sartana”:
losartana
valdesartana
Mecanismo de ação dos BRAs:
- bloqueiam os receptores da angiotensina II
Indicações dos BRAs:
- as mesmas dos IECAs
Efeitos adversos/contraindicações dos BRAs:
- iguais aos dos IECAs, com exceção da tosse e do angioedema
BCCs:
- cardiosseletivos: verapamil, diltiazem
- vasosseletivos: nifedipino, anlodipino
Mecanismo de ação dos BCCs:
- bloqueiam os canais lentos de cálcio no coração ou nos vasos sanguíneos, tendo efeito cronotrópico e inotrópico negativos ou vasodilatador
Indicações dos BCCs:
- idosos, negros
- arteriopatia periférica
- fibrilação atrial
Efeitos adversos/contraindicações dos BCCs:
- cefaleia/tontura/rubor facial
- edema de MMII
- não usar nas bradiarritmias
- não usar na IC
Indicações dos BB:
- IC com FE reduzida
- pós-IAM
- taquiarritmias
- cefaleia
Efeitos adversos/contraindicações dos BB:
- broncoespasmo (não usar em asmáticos/DPOC)
- bradicardia (não usar nas bradiarritmias)
- vasoconstricção periférica (não usar na DAP)
- alterações metabólicas (hiperglicemia, dislipidemia)
Outros anti-hipertensivos:
- Alisquireno - inibidor direto da renina
- Hidralazina, Minoxidil - vasodilatadores diretos
- Metildopa, Clonidina - inibidor adrenérgico de ação central
- Prazosin, Doxazosin - alfa-1-bloqueadores
Diuréticos de alça na HAS:
- TFG < 30 ou Cr > 2,5 ou
- IC com retenção de volume
Metas pressóricas com o tratamento da HAS:
- alvo geral: < 140/90mmHg
- pacientes com alto RCV: < 130/80mmHg
- idoso frágil: < 160/90mmHg
- OBS: evitar ao máximo PAD < 70mmHg, especialmente em pacientes com doença coronariana
Estratégias de terapia:
- HAS estágio III = 2 drogas
- HAS estágio II = 2 drogas
- HAS estágio I:
RCV alto ou moderado = 2 drogas
RCV baixo = 1 droga (considerar MEV por 3-6 meses)
Anti-hipertensivo de escolha na: >> doença coronariana >> insuficiência cardíaca >> fibrilação atrial >> diabetes >> DRC >> gestantes >> enxaqueca/tremor essencial >> HPB >> osteoporose >> nefrolitíase
>> doença coronariana = IECA/BRA, BB >> insuficiência cardíaca = IECA/BRA, BB >> fibrilação atrial = BCCs, BB >> diabetes = IECA/BRA >> DRC = IECA/BRA >> gestantes = metildopa, hidralazina >> enxaqueca/tremor essencial = BB >> HPB = prazosin, doxazosin >> osteoporose = tiazídicos >> nefrolitíase = tiazídicos
HAS resistente:
- HAS que não responde a terapia com 3 drogas, sendo uma delas um diurético
Espironolactona na HAS:
- como 4ª droga, nos casos de HAS resistente (trata um possível hiperaldosteronismo, causa mais comum de HAS secundária)
- para tratar a hipocalemia provocada por outros diuréticos
Crise, emergência e urgência hipertensivas:
- Crise = elevação abrupta da PA, com níveis geralmente superiores a 180/120mmHg
- Emergência = elevação da PA é acompanhada de LOA aguda e progressiva - ameaça de imediato à vida do paciente
- Urgência = elevação da PA NÂO é acompanhada de LOA aguda e progressiva - representa ameaça à vida do paciente em horas ou dias, se não for tratada
LOAs agudas e progressivas nas emergências hipertensivas:
- cérebro = encefalopatia hipertensiva, AVE (isquêmico ou hemorrágico)
- coração = SCA, EAP, dissecção de aorta
- rim = IRA
- gestante = eclâmpsia, síndrome HELLP
- outras: papiledema, crises adrenérgicas graves
Recomendações gerais de redução da PA nas emergências hipertensivas:
- redução da PAM em 25% na primeira hora
- PA < 160x110-100mmHg na 2ª a 6ª hora
- PA < 135x85mmHg em um período de 24-48h subsequentes
- drogas: BB (labetalol) ou Nitroprussiato via EV (iniciar drogas orais assim que se antigir a meta da PA)
Recomendações gerais de redução da PA nas urgências hipertensivas:
- utilizar drogas com meia-vida curta, por VO
- reduzir lentamente a PA, até que se alcance níveis seguros, < 160x100mmHg em 24-48h
Fórmula de Friedewald:
LDL = CT - HDL - TG/5
Terapia de alta intensidade para redução do LDL:
- meta: redução > 50%
- Atorvastatina 40-80mg
- Rosuvastatina 20-40mg
Terapia de moderada intensidade para redução do LDL:
- meta: redução de 30-49%
- Atorvastatina 10-20mg
- Sinvastatina 20-40mg
Risco muito alto:
- história de AVE, IAM, DAP
- devem receber terapia de alta intensidade
- obs: diretriz brasileira estabelece valores, meta para esses pacientes é < 50mg/dl
Risco alto:
- escore de risco global > 20% ou
- LDL > 190mg/dl
- devem receber terapia de alta intensidade
- obs: diretriz brasileira estabelece valores, meta para esses pacientes é < 70mg/dl
LDL 70-189 + diabetes ou potencializadores:
- devem receber a terapia de moderada intensidade
- meta: LDL < 70mg/dl (se “DM puro”: < 100mg/dl)
- potencializadores: SM, LOAs, PCR ou escore de Ca elevados