Pneumonias Flashcards

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1
Q

Formas como os patógenos atingem as vias aéreas inferiores/alvéolos:

A

. microaspiração (principal) - necessária colonização da orofaringe por bactérias gram-negativas
. inalação - Mycoplasma, Legionella
. hematogênica
. extensão direta

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Q

Consolidação/condensação:

A
  • ocupação do espaço alveolar por exsudato neutrofílico
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3
Q

Padrões histopatológicos de pneumonia:

A
  • pneumonia lobar = consolidação em todo um lobo pulmonar (pneumococo é a principal causa)
  • broncopneumonia = múltiplos focos coalescentes de consolidação na região peribrônquica (tipo histopatológico mais comum, inclusive nas pneumonias por pneumococo)
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4
Q

Agentes típicos vs. atípicos:

A
  • típicos:
    possuem parede celular
    coram pelo gram
    respondem a beta-lactâmicos
  • atípicos:
    sem parede celular
    não coram pelo gram
    não respondem a beta-lactâmicos
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5
Q

Principais agentes típicos e atípicos:

A
  • típicos:
    S pneumoniae
    H influenzae
    S aureus
  • atípicos:
    M pneumoniae
    C pneumoniae
    Legionella (obs: causa quadro típico!!)
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6
Q

Quadro clínico e laboratório das pneumonias típicas:

A
  • febre alta (39-40°), calafrios
  • tosse, expectoração purulenta
  • dor pleurítica
  • instalação hiperaguda (2-3 dias)
  • laboratório: leucocitose (15000 - 35000) com desvio a esquerda
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7
Q

Exame físico das pneumonias típicas:

A
  • síndrome de consolidação:
    som bronquial
    aumento do FTV
    submacicez a percussão
  • síndrome do derrame pleural:
    abolição do MV
    abolição do FTV
    submacicez a percussão
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8
Q

Complicações radiográficas das pneumonias:

A
  • pneumonia lobar&raquo_space;> pneumococo
  • pneumonia do lobo pesado&raquo_space;> Klebsiella
  • pneumatoceles&raquo_space;> S aureus
  • pneumonia redonda&raquo_space;> pneumococo
  • pneumonia necrosante (<2cm) / abcesso pulmonar (>2cm)
  • derrame pleural (derrame parapneumônico)
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9
Q

Quadro clínico e laboratorial das pneumonias atípicas:

A
  • evolução arrastada (~10dias)
  • síndrome gripal no início do quadro: febre baixa, cefaleia, dor de garganta, mialgia, tosse seca
  • após 7 dias: tosse seca (as vezes produtiva) passa a ser o principal sintoma
  • laboratório: leucocitose neutrofílica ocorre na minoria dos casos
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10
Q

Exame físico e radiografia nas pneumonias atípicas:

A
  • dissociação clínico-radiológica:
    . exame físico pobre (no máximo estertores crepitantes ou sibilos)
    . radiografia com infiltrado intersticial extenso
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11
Q

Diagnóstico de pneumonia:

A
  • clínica +
  • exame físico +
  • radiografia de tórax
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12
Q

Como identificar o agente:

A

. escarro - bacterioscopia, cultura
. hemocultura
. antígeno urinário - pneumococo, Legionella
. testes moleculares
. broncofibroscopia (lavado broncoalveolar)

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13
Q

Marcadores prognósticos:

A

. PCR - falência do tratamento ou piora da pneumonia

. procalcitonina - infecção viral vs. bacteriana

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14
Q

Definição do local de tratamento da pneumonia:

A
  • ambulatorial vs. hospitalar = CURB-65

- enfermaria vs. CTI = IDSA/ATS

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15
Q

CURB-65:

A
C = confusão mental | 1 ponto
U = ureia > 50* | 1 ponto
R = FR > 30 irpm | 1 ponto
B = baixa PAS (<90) ou PAD (<60) | 1 ponto
65 = idade > 65 anos | 1 ponto
  • > 43 nas referências internacionais
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16
Q

Interpretação do CURB-65:

A

. 0-1 = ambulatorial
. 2 = considerar internação (acaba internando na maioria das vezes)
. > 3 = internação
. 4-5 = considerar UTI

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17
Q

CRB-65:

A
C = confusão mental | 1 ponto
R = FR > 30 irpm | 1 ponto
B = baixa PAS (<90) ou PAD (<60) | 1 ponto
65 = idade > 65 anos | 1 ponto
18
Q

Interpretação do CRB-65:

A

. 0 = ambulatorial
. 1-2 = considerar internação (acaba internando na maioria das vezes)
. > 3 = internação

19
Q

IDSA/ATS:

A
  • critérios maiores:
    necessidade de ventilação mecânica
    choque séptico com necessidade de vasopressores
- critérios menores:
CURB
temperatura < 36
relação P/F < 250
acometimento multilobar
leucócitos < 4.000
plaquetas < 100.000
20
Q

Interpretação do IDSA/ATS:

A
  • 1 critério maior ou

- 3 critérios menores = UTI

21
Q

Tratamento ambulatorial de pacientes hígidos:

A
  • beta-lactâmico ou
  • macrolídeo ou
  • doxiciclina
22
Q

Tratamento ambulatorial de pacientes com comorbidades ou com ATB nos últimos 90 dias:

A
  • beta-lactâmico + macrolídeo ou

- quinolona respiratória (apenas se alergia a beta-lactãmico e macrolídeo)

23
Q

Tratamento de pacientes internados em enfermaria com PAC:

A
  • associação:
    beta-lactâmico (cefalosporina de 3ª) + macrolídeo
  • monoterapia:
    beta-lactâmico (cefalosporina de 3ª) ou
    quinolona respiratória
24
Q

Tratamento de pacientes internados em UTI com PAC:

A
  • associação:
    beta-lactâmico (cefalosporina de 3ª) + macrolídeo ou
    beta-lactâmico (cefalosporina de 3ª) + quinolona respiratória
25
Q

Beta-lactâmicos:

A
  • ambulatorial:
    Amoxicilina (+/- Clavulanato)
  • hospitalar:
    Amoxicilina (+/- Clavulanato)
    Cefalosporina de 3ª: Cefotaxime, Ceftriaxone
    Ampicilina + Sulbactam
26
Q

Macrolídeos:

A
  • Azitromicina

- Claritromicina

27
Q

Quinolonas respiratórias:

A
  • Levofloxacino

- Moxifloxacino

28
Q

Efeitos adversos das quinolonas:

A
  • tendinite
  • neuropatia
  • AAA
  • alterações psíquicas
29
Q

Momento de suspensão da ATB:

A
  • paciente afebril por no mínimo 3 dias
30
Q

Repetição da radiografia de tórax:

A
  • não deve ser feita para controle de cura!
  • indicações:
    persistência de sintomas/alterações no exame físico
    fumantes com > 50 anos
    pacientes hospitalizados
  • após 6-8 semanas
31
Q

Derrame parapneumônico:

A
  • 20-70% dos casos

- lâmina > 1 cm na incidência de Laurell = toracocentese

32
Q

Critérios de Light para identificação de exsudato:

A
  • LDH pleural > 200
  • relação LDH pleural / LDH sérico > 0,6
  • relação proteínas pleurais / proteína sérica > 0,5
33
Q

Exsudato vs. empiema:

A
- empiema:
aspecto purulento
pH < 7,20 - 7,0
glicose < 60 - 40
LDH > 1000
presença de bactérias no gram
34
Q

Características bacterioscópicas:

A
- gram +:
S pneumoniae (diplococo)
S aureus (em conchas)
- gram -:
C pneumoniae (intracelular)
H influenzae (cocobacilo)
Legionella (bacilo)
M catharralis (diplococo)
Klebsiella (bastonete)
Pseudomonas (bacilo)
35
Q

Principal mecanismo patogênico das pneumonias hospitalares:

A
  • microaspiração de material da orofaringe (que geralmente encontra-se modificado no paciente hospitalizado)
36
Q

Fatores de risco para pneumonias hospitalares:

A
  • ventilação mecânica (principal)
37
Q

Definição de Pneumonia Hospitalar/PAVM:

A
  • pneumonia hospitalar:
    sintomas surgem 48h após a admissão no hospital
  • PAVM:
    sintomas surgem 48h após a intubação
38
Q

Diagnóstico de pneumonia hospitalar:

A
  • infiltrado pulmonar novo ou progressivo +
- 2 sinais de infecção:
. febre 
. leucocitose (>10.000) ou leucopenia (<4.000)
. secreção purulenta
. piora da oxigenação
39
Q

Síndrome gripal:

A
  • febre de início súbito +
  • tosse ou dor de garganta +
  • cefaleia, mialgia ou artralgia
  • leucocitose com linfocitose
  • infiltrado pulmonar bilateral
  • TC com vidro fosco
40
Q

Indicações de Oseltamivir:

A
  • SRAG
  • grupos de risco para desenvolverem a SRAG: gestantes, puérperas, < 5 e > 60 anos, indígenas, imunodeprimidos, obesos
  • no máximo até 48h após o início dos sintomas