Síndromes Endócrinas - Tireoide Flashcards

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1
Q

Efeito de Wolff-Chaikoff:

A
  • iodo induzindo hipotireoidismo (tireoide possui mecanismos que freiam a síntese hormonal quando o iodo está em excesso)
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Q

Fenômeno de Jod-Basedow:

A
  • iodo induzindo hipertireoidismo (em pacientes que se encontravam previamente em situação de carência de iodo, fazendo com que as células foliculares se tornassem ávidas pela substância)
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3
Q

Dosagem do TSH:

A
  • valor de referência: 0,5 - 5
  • diferencia distúrbios primários e secundários:
    distúrbios primários: variação disconcordante com o T3/T4
    distúrbios secundários: variação concordante do T3/T4
  • é o exame mais sensível, o primeiro a se alterar em um distúrbio da tireoide (permite o diagnóstico de hiper/hipo subclínico)
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4
Q

Dosagem do T4 livre/T3:

A
  • T4 livre: 0-9 - 2
  • diferenciam hipo e hipertireoidismo:
    hiper: T4 livre/T3 aumentados
    hipo: T4 livre/T3 reduzidos
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5
Q

Síndrome do Eutireóideo Doente:

A
  • comum em pacientes internados
- citocinas inflamatórias inibem as enzimas desiodases I e II:
TSH reduz
T3 reduz
T4l reduz após certo tempo
T3r aumenta
  • fase de recuperação: TSH aumenta, T3 e T4l normalizam
  • para evitar este diagnóstico: avaliar função tireoidiana apenas 1-2 meses após a alta
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6
Q

RAIU (Índice de Captação de Iodo Radioativo):

A
  • % de iodo marcado captado pela tireoide 24h após sua administração
  • normal: 5-30%
  • hipertireoidismo: 35-95%
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7
Q

Exames que avaliam a anatomia tireoidiana:

A
  • cintilografia:
    . estado funcional de nódulos
    . tecido tireoidiano ectópico
  • USG:
    . nódulos císticos vs. sólidos
    . nódulos não identificados à palpação
  • biópsia + aspiração com agulha
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8
Q

Hipertireoidismo vs. Tireotoxicose:

A
  • tireotoxicose: excesso de hormônios tireoidianos nos tecidos (pode ou não ser por hipertireoidismo)
  • hipertireoidismo = hiperfunção da glândula (leva a tireotoxicose)
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9
Q

Causas de tireotoxicose sem hipertireoidismo:

A
  • tireoidites subagudas, fase aguda da tireoidite de Hashimoto
  • tireotoxicose factícia
  • destruição da glândula (radioiodo, amiodarona)
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10
Q

Causas de tireotoxicose com hipertireoidismo:

A
  • primário:
    doença de Graves
    bócio multinodular tóxico
    adenoma tóxico (doença de Plummer)
  • secundário:
    adenoma hipofisário secretor de TSH
    tumores produtores de beta-HCG
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11
Q

Manifestações clinicas da Doença de Graves:

A
  • sinais inespecíficos de tireotoxicose +
  • sinais específicos da Doença de Graves:
    bócio difuso (com sopro, frêmito)
    oftalmopatia
    dermopatia
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12
Q

Epidemiologia da Doença de Graves:

A
  • mulheres (9:1)

- 20-50 anos

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13
Q

Anticorpos da Doença de Graves:

A
  • Anti-TRAb estimulador = responsável pelas manifestações clínicas
  • Anti-TPO, Anti-TBG = marcadores de doença autoimune da tireoide
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14
Q

Oftalmopatia de Graves:

A
  • 40% dos pacientes
  • evolução independente do quadro tireoidiano
  • tabagismo é importante fator de risco (apenas leve para Graves)
  • manifestações clínicas:
    olhar fixo, amedontrado
    proptose
    plegia
    oculopatia congestiva (lacrimejamento fácil, sensação de areia nos olhos, diplopia, fotofobia)
  • exame de imagem: TC
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15
Q

Dermopatia infiltrativa de Graves (mixedema pré-tibial):

A
  • menos de 5% dos pacientes
  • evolução independente do quadro tireoidiano
  • edema por proteoglicanos, sem cacifo, elevado, espesso
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16
Q

Diagnóstico de Doença de Graves:

A
  • clínica
  • função tireoidiana: T4l e T3 aumentados, TSH suprimido
  • se dúvida diagnóstica: RAIU, anticorpos
17
Q

Opções terapêuticas para TTO da Doença de Graves:

A
  • betabloqueadores
  • antitireoidianos
  • radioiodoterapia
  • tireoidectomia
18
Q

Betabloqueadores:

A
  • propranolol
  • como sintomático
  • apenas sintomas beta-adrenérgicos (tremor, palpitação, ansiedade) respondem - intolerância ao calor, perda de peso não melhoram
19
Q

Antitireoidianos:

A
  • Metimazol, Propiltiouracil
  • inibem a TPO
  • hormônios que já estavam estocados continuam ganhando a circulação por 6-8 semanas (usar BB nesse período)
20
Q

Metimazol:

A
  • meia-vida mais longa (dose única diária)
  • mais seguro
  • mais barato
  • efeito mais rápido
  • droga de escolha
21
Q

Propiltiouracil:

A
  • indicações:
    gestantes no 1º trimestre
    alérgicos/intolerantes ao MMZ
    crise tireotóxica
22
Q

Acompanhamento do tratamento:

A
  • dosagem do T4l (TSH leva 3 meses para normalizar)
  • 4-6 semanas após o início do tratamento
  • alvo: 0,9-2
  • duração: 12-18 meses
  • 90% de recidiva em 2 anos (partir para a radioiodoablação)
23
Q

Efeitos adversos dos antitireoidianos:

A
  • leves = rash, urticária, febre, artralgia

- graves = hepatite medicamentosa, colestase, vasculite ANCA positivo, leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose

24
Q

Iodeto:

A
  • Lugol ou Iodeto de Potássio
  • controle da tireotoxicose pós-radioiodoablação
  • 7-10 dias antes de uma tireoidectomia, para reduzir seu volume e vascularização
25
Q

Radioiodoablação:

  • indicações
  • contraindicações
  • complicações
A
  • indicações:
    casos recidivantes
    alergia/intolerância aos antitireoidianos
  • contraindicações:
    gestantes/lactantes
    bócios muito grandes
  • complicações:
    hipotireoidismo
    tireoidite
    piora da oftalmopatia
26
Q

Tireoidectomia:

  • indicações
  • técnicas
  • preparo pré-operatório
A
  • indicações:
    . pacientes com alergia/intolerância aos antitireoidianos e que não desejam ou não podem realizar a radioiodoablação
  • técnicas:
    . sub-total ou quase total
  • preparo pré-operatório:
    . MMZ ou PTU por 6 semanas
    . lugol ou iodeto de potássio por 7-10 dias (para diminuir vascularização e facilitar a cirurgia)
27
Q

Bócio Multinodular Tóxico:

  • conceito
  • epidemiologia
  • clínica
  • diagnóstico
  • tratamento
A
  • conceito = múltiplos nódulos autônomos e hiperfuncionantes
  • epidemiologia = mulheres, > 50 anos
  • clínica = tireotoxicose + sintomas compressivos (disfagia, dispneia,…)

-diagnóstico:
função tireoidiana = hiper primário
cintilografia = múltiplos nódulos de captação variável, alguns hipercaptantes (nódulos quentes)

  • tratamento:
    escolha = tireoidectomia subtotal
    opção = radioiodoterapia
28
Q

Adenoma Tóxico (Doença de Plummer):

A
  • semelhante ao BMT, porém, ao invés de vários nódulos, há apenas um ou poucos nódulos
  • TTO:
    escolha = radioiodoterapia
    pacientes jovens, nódulo muito grande = tireodectomia
29
Q

Principais causas de hipotireoidismo:

A
  • no mundo:
    deficiência de iodo
  • no Brasil:
    tireoidite de Hashimoto
    hipotireoidismo iatrogênico (pelo tratamento de um hipertireoidismo)
30
Q

Tireoidite de Hashimoto:

  • conceito
  • epidemiologia
A
  • conceito = destruição autoimune da tireoide mediada por células T e auto-anticorpos
  • epidemiologia = mulheres, ~60 anos
31
Q

Autoanticorpos da Tireoidite de Hashimoto:

A
  • anti-TPO (95-100% dos casos)
  • anti-tireoglobulina (95-100% dos casos)
  • anti-TRAb inibidor
  • anti- transportador de iodo
32
Q

Evolução da Tireoidite de Hashimoto:

A
  • 1ª fase: tireotoxicose (hashitoxicose - na maioria das vezes passa despercebida)
  • 2ª fase: hipotireoidismo subclínico
  • 3ª fase: hipotireoidismo clinicamente manifesto (5% ao ano)
33
Q

Tireoidite de Hashimoto é fator de risco para:

A
  • linfoma de tireoide

- quando suspeitar? aumento súbito ou localizado do bócio

34
Q

Diagnóstico de Tireoidite de Hashimoto:

A
  • quadro clínico compatível:
    hipotireoidismo +
    bócio
  • função tireoidiana:
    TSH aumentado
    T4l e T3 reduzidos
  • presença de autoanticorpos tireoidianos:
    anti-TPO
    anti-tireoglobulina
35
Q

Tratamento da Tireoidite de Hashimoto:

A
  • reposição de hormônio tireoidiano ad eternum
  • levotiroxina (Puran T4)
  • 1,6 microgramas/kg por dia (100-150 microgramas/dia)
  • em jejum, pela manhã
36
Q

Início/objetivo do tratamento da Tireoidite de Hashimoto:

A
- paciente < 60 anos, sem doença coronariana:
50-100 microgramas/dia
controle: TSH em 4-6 semanas
alvo: TSH entre 1-2 mU/l
ajustes: 12,5-25 microgramas/semana
- paciente > 60 anos ou coronariopata:
12,5-25 microgramas/dia
controle: TSH em 4-6 semanas
alvo: TSH entre 1-2 mU/l
ajustes: 12,5-25 microgramas/mês
37
Q

Tireiodite granulomatosa de De Quervain:

A
  • 1-3 semanas após uma infecção viral
  • dor importante na região cervical
  • aumento do VHS (> 50mm/h)
  • 3 fases: tireotoxicose (em 50% dos casos), hipotireoidismo, eutireoidismo
  • TTO: AINEs, AAS, corticoide se não houver melhora após 24-48h
38
Q

Hipotireoidismo subclínico:

A
  • TSH elevado

- T4l normal

39
Q

Indicações de tratamento do Hipotireoidismo subclínico:

A
  • sintomático
  • TSH > 10
  • anti-TPO positivo
  • gestantes/mulheres com desejo de engravidar
  • hipercolesterolemia/evidência de doença cardiaca